True History of the Kelly Gang é um filme biográfico ocidental-britânico de 2019 da Austrália, dirigido por Justin Kurzel, a partir de um roteiro de Shaun Grant, baseado no romance de 2000 com o mesmo nome de Peter Carey. Edward “Ned” Kelly, o fora-da-lei mais famoso da Austrália, oriundo de uma família irlandesa, seu pai um bandido de pequeno porte, e sua mãe, uma prostituta. O longa se inicia com a mensagem “Nada do que você vai ver é verdade", com isso, sabemos que haverá lições poéticas, e liberdades narrativas. Um ponto positivo do longa é justamente a liberdade criativa, assim quem está assistindo tire suas próprias conclusões, e intérprete o filme da sua maneira. A humanidade de Ned Kelly, é o foco, sua contrução de personalidade, se inicia da sua fase criança/adolescente, e da continuidade já adulto. A frase que inicia o filme é uma sacada singela do diretor, por quê ela automática constrói e desconstrói o personagem Ned Kelly, deixando livre de interpretações. Outro ponto positivo é a sua fotografia e direção. Planos abertos, aéreos, fechados, sobrepostos, e a iluminação dão charme ao longa. A direção de arte também é extremamente bem feita, figurinos, locações, ambientação, são bem resolvidos. George MacKay se sobressai, sua interpretação feroz, autônoma, e rebelde, eleva o longa, mas o elenco como um todo funciona muito bem, não existem personagens apenas por existir, cada um tem o seu destaque. True Story of the Kelly Gang é um filme muito bem dirigido, com qualidade técnica e narrativa pontuais, que aborda o fora-da-lei australiano, que até os dias de hoje é apreciado pela sua população local, um símbolo de várias facetas.
1917 é um filme britânico de 2019, dos gêneros épico e de guerra, co-escrito e produzido por Sam Mendes. A obra é estrelada por George MacKay, Dean-Charles Chapman, Mark Strong, Andrew Scott, Richard Madden, Claire Duburcq, Colin Firth e Benedict Cumberbatch. É parcialmente baseado em uma história contada a Mendes por seu avô paterno, Alfred Mendes, e narra a história de dois jovens soldados britânicos durante a Primeira Guerra Mundial, aos quais foi dada a missão de transmitir uma mensagem alertando para uma emboscada contra compatriotas que seria realizada pelos alemães, logo após sua retirada para a Linha Hindenburg, durante a Operação Alberich, em 1917. A história é simples, dois soldados britânicos precisam entregar uma mensagen saindo do ponto A, e chegar ao ponto B. Mas o longa não se compromete em entregar uma história com personagens sendo o principal fator da história, e sim o que acontece no decorrer da jornada destes dois soldados. A proposta do longa em ser um plano sequencia de duas horas, não é uma novidade, mas o resultado final se sobressai em relação a outros trabalhos já feitos. Tecnicamente o longa é perfeito, fotografia dispensa comentários, design de som extremamente imersivo, e a montagem fazendo com que o longa pareça ser realmente um plano sequencia de duas horas, é um trabalho incrivel de Lee Smith. Em relação ao enredo e aos personagens que estão nele, está singelo, não muito sobre os personagens, por que não precisa, o objetivo de completar a missão e sua jornada até ela é o que fazem os personagens ganherem seus destaques. 1917 tem o melhor diretor de 2019, e um dos melhores filmes sobre a WWI da década passada. Um longa para ser apreciado em uma sala de cinema, para ter a mais completa imersão sobre um longa que retrata uma guerra.
Mad Max: Fury Road (Mad Max: Estrada da Fúria) é um filme australo-estadunidense de 2015, de ação e ficção científica, dirigido por George Miller, e escrito por Miller, Brendan McCarthy, e Nico Lathouris. Em um mundo apocalíptico, Max Rockatansky acredita que a melhor forma de sobreviver é não depender de ninguém. Porém, após ser capturado pelo tirano Immortan Joe e seus rebeldes, Max se vê no meio de uma guerra mortal, iniciada pela imperatriz Furiosa que tenta salvar um grupo de garotas. Também tentando fugir, Max aceita ajudar Furiosa. Dessa vez, o tirano Joe está ainda mais implacável pois teve algo insubstituível roubado. Apoteótico, técnico, deslumbrante, selvagem, esses são alguns adjetivos que descrevem esse longa. Mad Max: Fury Road é um completo caos orquestrado por seres humanos em sua mais ambigua insanidade num mundo pos-apocalptico. George Miller criou uma obra extremamente fascinante, perversa, e brutal, retratando um mundo onde as pessoas estão em seus limites emocionais, físicos, e principalmente mentais. O primeiro longa, Mad Max de 1979, veio com uma proposta de certa forma ousada, onde o foco seria a ação desenfreada em uma Austrália onde as ruas foram tomadas por pessoas e seus veículos em estado de loucura, e ao mesmo tempo em que Max (vivido por Mel Gibson), um policial respeitado por seus companheiros e pela cidade onde atua, se vê com seus ideais irem a tona quando passa por uma experiencia que irá abalar sua vida para sempre. Com a trilogia original finalizada em Mad Max Beyond Thunderdome (Mad Max - Além da Cúpula do Trovão) em 1985, se passaram 28 anos até o início das filmagens do novo longa, iniciada em Julho de 2012 na Namíbia, e sendo lançado em 2015. Havia uma expectativa vindo de um diretor como o George Miller, mas a medida que foram sendo lançados imagens, e trailer, viu se uma obra com um grande potencial, e isso se concretizou com o seu lançamento, só que elevada a máxima potencial de tudo o que era esperado. A experiencia de vivenciar (ou melhor dizendo "testemunhar") este longa em uma sala de cinema, com certeza foi uma das melhores coisas daquele ano. Mad Max: Estrada da Fúria é um dos melhores filmes de 2015, e da década passada, o maior e melhor filme de ação da história do cinema.
The Lighthouse, dirigido por Robert Eggers, narra a história de dois guardiões do farol, que com o passar do tempo são afetados pela solidão, e suas sanidades começam a se perder e passam a se tornar a ameaçados pelos piores pesadelos. Direção extremamente técnica e competente, fotografia exuberante, design de som e a trilha do filme conversam com a temática do longa, que ajuda a contar a história e nos ambientar dentro dela. Aqui temos provavelmente dois atores que serão indicados ao óscar, atuações primorosas. The Lighthouse, é uma obra-prima, e fico lisonjeado de poder tido a oportunidade de apreciar essa obra.
HHhH (2017), filme biográfico de drama policial de guerra franco-belga, sendo uma adaptação cinematográfica do livro Himmlers Hirn heißt Heydrich: o cérebro de Himmler se chama Heydrich, de Laurent Binet. Sendo uma adaptação, obviamente terá algumas mudanças em relação ao material original. Nesse caso as alterações não são de risco para a obra, mas poderia ter sido melhor aproveitadas. Jason Clarke (Reinhard Heydrich) é o destaque aqui, interpretação precisa do personagem, que conhece a personalidade de Heydrich, não como se impressionar com a atuação do ator. Jack O'Connell (Jan Kubis) e Jack Reynor (Jozef Gabcik) estão muito bem, a dinâmica entre os dois convence e cativa quem está assistindo. Em sua fidelidade história, o filme cumpre o seu trabalho. Design de produção, fotografia, e trilha sonora são os maiores destaques desse longa. É uma pena que esse filme não tenha ganhado tanta atenção como deveria, por mais que tenha os seus problemas, na minha opinião é um dos melhores longas sobre WWII desta década.
Lords of Chaos, filme baseado no livro de mesmo nome, tendo sua primeira publicação em 1997, com roteiro de Dennis Magnusson, Jonas Åkerlund e direção do próprio Åkerlund é um filme semi-ficcional centrada na cena black metal norueguesa no início dos anos 90, sob a ótica do co-fundador da banda Mayhem, Euronymous. Tecnicamente, o filme é muito bom, Åkerlund com sua experiência em video-clipes, consegue colocar uma identidade no filme. Soube usar bem o jogo de câmeras, e também o trabalho de edição do filme contribuiu com que o filme tivesse um ritmo agradável de se assistir. Direção de arte dispença comentário, toda a ambientação, os figurinos, detalhes muito específicos, não tenho do que reclamar. Como eu sou um apreciador da música pesada, já tinha conhecimento considerável sobre o Euronymous, Varg, as queimas das igrejas, seus ideais artísticos, e como já havia lido um pouco do livro, já sabia o que esperar. Em relação à abordagem que o diretor deu aos personagens, e até como foi posto em prática, não me incomodou, mas o que eu achei ruim, foi como retrataram o Varg (especificamente a atuação do Emory Cohem) ele me pareceu um pouco “burro” no filme. Mas a medida que fui lendo entrevistas com o diretor, e tambem conhendo um pouco da história do Varg, eu entendo o que o Åkerlund quis fazer (quem já viu os vídeos do Varg no YouTube, vai entender). A trilha sonora não tinha como ser ruim, Åkerlund sendo ex baterista do Bathory, ele só entregrou o que os fãs queriam ouvir. Na minha opinião o filme está longe de ser ruim.
Inspirado no personagem Gwynplaine, no filme O Homem Que Ri de 1928, Joker é um dos maiores vilões das HQs (se não o maior), tendo sua primeira aparição em abril de 1940 em Batman #1. Com o passar das décadas, vimos esse personagem realizar às mais diversas atrocidades contra quem cruzasse o seu caminho. Um vilão imprevisível, que na maioria das vezes não sabemos qual será o seu novo plano de vilão, o que torna esse personagem tão especial é que não tem motivações para as suas ações, é apenas um homem louco se divertindo com as suas loucuras. Nesse mesmo ano, este mesmo personagem recebe sua adaptação nos cinemas, Joker (Coringa), dirigido por Todd Phillips, e estrelado por Joaquin Phoenix, retrata uma história de origem do arque inimigo do Batman. É diferente de tudo que foi mostrado anteriormente nos filmes que retratam o universo de Gotham, é um filme de estudo de personagem. A fotografia remetente a década de 70-80, relaciona-se com a podridão que Gotham está passando naquele período. Arthur Fleck, com os seus problemas neurológicos e psicológicos, se vê mais em ruptura com sua condição, o sentimento de felicidade parece não existir dentro dele, mesmo ele se esforçando colocar um sorriso no rosto. Sua transição de Arthur Fleck para Coringa, é um momento de libertação de personalidade, Joaquin Phoenix interpreta isso com maestria, Todd Phillips surpreende com sua direção, ele deixa claro sua visão do personagem não deixando se submeter a clichês de filmes de personagens baseados em HQs. Particularmente, existe um único momento de defeito no filme que poderia ser melhor resolvido, mas nada que me fez se distanciar da história, Joker já é um clássico absoluto, é uma obra prima da sétima arte, é o ápice de um personagem baseado em HQs.
Nota: 10/10
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A Verdadeira História de Ned Kelly
3.2 56 Assista AgoraTrue History of the Kelly Gang é um filme biográfico ocidental-britânico de 2019 da Austrália, dirigido por Justin Kurzel, a partir de um roteiro de Shaun Grant, baseado no romance de 2000 com o mesmo nome de Peter Carey. Edward “Ned” Kelly, o fora-da-lei mais famoso da Austrália, oriundo de uma família irlandesa, seu pai um bandido de pequeno porte, e sua mãe, uma prostituta. O longa se inicia com a mensagem “Nada do que você vai ver é verdade", com isso, sabemos que haverá lições poéticas, e liberdades narrativas. Um ponto positivo do longa é justamente a liberdade criativa, assim quem está assistindo tire suas próprias conclusões, e intérprete o filme da sua maneira. A humanidade de Ned Kelly, é o foco, sua contrução de personalidade, se inicia da sua fase criança/adolescente, e da continuidade já adulto.
A frase que inicia o filme é uma sacada singela do diretor, por quê ela automática constrói e desconstrói o personagem Ned Kelly, deixando livre de interpretações. Outro ponto positivo é a sua fotografia e direção. Planos abertos, aéreos, fechados, sobrepostos, e a iluminação dão charme ao longa. A direção de arte também é extremamente bem feita, figurinos, locações, ambientação, são bem resolvidos.
George MacKay se sobressai, sua interpretação feroz, autônoma, e rebelde, eleva o longa, mas o elenco como um todo funciona muito bem, não existem personagens apenas por existir, cada um tem o seu destaque. True Story of the Kelly Gang é um filme muito bem dirigido, com qualidade técnica e narrativa pontuais, que aborda o fora-da-lei australiano, que até os dias de hoje é apreciado pela sua população local, um símbolo de várias facetas.
1917
4.2 1,8K Assista Agora1917 é um filme britânico de 2019, dos gêneros épico e de guerra, co-escrito e produzido por Sam Mendes. A obra é estrelada por George MacKay, Dean-Charles Chapman, Mark Strong, Andrew Scott, Richard Madden, Claire Duburcq, Colin Firth e Benedict Cumberbatch. É parcialmente baseado em uma história contada a Mendes por seu avô paterno, Alfred Mendes, e narra a história de dois jovens soldados britânicos durante a Primeira Guerra Mundial, aos quais foi dada a missão de transmitir uma mensagem alertando para uma emboscada contra compatriotas que seria realizada pelos alemães, logo após sua retirada para a Linha Hindenburg, durante a Operação Alberich, em 1917.
A história é simples, dois soldados britânicos precisam entregar uma mensagen saindo do ponto A, e chegar ao ponto B. Mas o longa não se compromete em entregar uma história com personagens sendo o principal fator da história, e sim o que acontece no decorrer da jornada destes dois soldados. A proposta do longa em ser um plano sequencia de duas horas, não é uma novidade, mas o resultado final se sobressai em relação a outros trabalhos já feitos. Tecnicamente o longa é perfeito, fotografia dispensa comentários, design de som extremamente imersivo, e a montagem fazendo com que o longa pareça ser realmente um plano sequencia de duas horas, é um trabalho incrivel de Lee Smith. Em relação ao enredo e aos personagens que estão nele, está singelo, não muito sobre os personagens, por que não precisa, o objetivo de completar a missão e sua jornada até ela é o que fazem os personagens ganherem seus destaques. 1917 tem o melhor diretor de 2019, e um dos melhores filmes sobre a WWI da década passada. Um longa para ser apreciado em uma sala de cinema, para ter a mais completa imersão sobre um longa que retrata uma guerra.
Mad Max: Estrada da Fúria
4.2 4,7K Assista AgoraMad Max: Fury Road (Mad Max: Estrada da Fúria) é um filme australo-estadunidense de 2015, de ação e ficção científica, dirigido por George Miller, e escrito por Miller, Brendan McCarthy, e Nico Lathouris. Em um mundo apocalíptico, Max Rockatansky acredita que a melhor forma de sobreviver é não depender de ninguém. Porém, após ser capturado pelo tirano Immortan Joe e seus rebeldes, Max se vê no meio de uma guerra mortal, iniciada pela imperatriz Furiosa que tenta salvar um grupo de garotas. Também tentando fugir, Max aceita ajudar Furiosa. Dessa vez, o tirano Joe está ainda mais implacável pois teve algo insubstituível roubado.
Apoteótico, técnico, deslumbrante, selvagem, esses são alguns adjetivos que descrevem esse longa. Mad Max: Fury Road é um completo caos orquestrado por seres humanos em sua mais ambigua insanidade num mundo pos-apocalptico. George Miller criou uma obra extremamente fascinante, perversa, e brutal, retratando um mundo onde as pessoas estão em seus limites emocionais, físicos, e principalmente mentais. O primeiro longa, Mad Max de 1979, veio com uma proposta de certa forma ousada, onde o foco seria a ação desenfreada em uma Austrália onde as ruas foram tomadas por pessoas e seus veículos em estado de loucura, e ao mesmo tempo em que Max (vivido por Mel Gibson), um policial respeitado por seus companheiros e pela cidade onde atua, se vê com seus ideais irem a tona quando passa por uma experiencia que irá abalar sua vida para sempre.
Com a trilogia original finalizada em Mad Max Beyond Thunderdome (Mad Max - Além da Cúpula do Trovão) em 1985, se passaram 28 anos até o início das filmagens do novo longa, iniciada em Julho de 2012 na Namíbia, e sendo lançado em 2015. Havia uma expectativa vindo de um diretor como o George Miller, mas a medida que foram sendo lançados imagens, e trailer, viu se uma obra com um grande potencial, e isso se concretizou com o seu lançamento, só que elevada a máxima potencial de tudo o que era esperado.
A experiencia de vivenciar (ou melhor dizendo "testemunhar") este longa em uma sala de cinema, com certeza foi uma das melhores coisas daquele ano. Mad Max: Estrada da Fúria é um dos melhores filmes de 2015, e da década passada, o maior e melhor filme de ação da história do cinema.
Nota:10/10
O Farol
3.8 1,6K Assista AgoraThe Lighthouse, dirigido por Robert Eggers, narra a história de dois guardiões do farol, que com o passar do tempo são afetados pela solidão, e suas sanidades começam a se perder e passam a se tornar a ameaçados pelos piores pesadelos. Direção extremamente técnica e competente, fotografia exuberante, design de som e a trilha do filme conversam com a temática do longa, que ajuda a contar a história e nos ambientar dentro dela. Aqui temos provavelmente dois atores que serão indicados ao óscar, atuações primorosas.
The Lighthouse, é uma obra-prima, e fico lisonjeado de poder tido a oportunidade de apreciar essa obra.
Nota: 10/10
The Man With the Iron Heart
3.4 37HHhH (2017), filme biográfico de drama policial de guerra franco-belga, sendo uma adaptação cinematográfica do livro Himmlers Hirn heißt Heydrich: o cérebro de Himmler se chama Heydrich, de Laurent Binet. Sendo uma adaptação, obviamente terá algumas mudanças em relação ao material original. Nesse caso as alterações não são de risco para a obra, mas poderia ter sido melhor aproveitadas. Jason Clarke (Reinhard Heydrich) é o destaque aqui, interpretação precisa do personagem, que conhece a personalidade de Heydrich, não como se impressionar com a atuação do ator. Jack O'Connell (Jan Kubis) e Jack Reynor (Jozef Gabcik) estão muito bem, a dinâmica entre os dois convence e cativa quem está assistindo. Em sua fidelidade história, o filme cumpre o seu trabalho. Design de produção, fotografia, e trilha sonora são os maiores destaques desse longa. É uma pena que esse filme não tenha ganhado tanta atenção como deveria, por mais que tenha os seus problemas, na minha opinião é um dos melhores longas sobre WWII desta década.
Nota: 7.5/10
Mayhem: Senhores Do Caos
3.5 280Lords of Chaos, filme baseado no livro de mesmo nome, tendo sua primeira publicação em 1997, com roteiro de Dennis Magnusson, Jonas Åkerlund e direção do próprio Åkerlund é um filme semi-ficcional centrada na cena black metal norueguesa no início dos anos 90, sob a ótica do co-fundador da banda Mayhem, Euronymous.
Tecnicamente, o filme é muito bom, Åkerlund com sua experiência em video-clipes, consegue colocar uma identidade no filme. Soube usar bem o jogo de câmeras, e também o trabalho de edição do filme contribuiu com que o filme tivesse um ritmo agradável de se assistir. Direção de arte dispença comentário, toda a ambientação, os figurinos, detalhes muito específicos, não tenho do que reclamar.
Como eu sou um apreciador da música pesada, já tinha conhecimento considerável sobre o Euronymous, Varg, as queimas das igrejas, seus ideais artísticos, e como já havia lido um pouco do livro, já sabia o que esperar. Em relação à abordagem que o diretor deu aos personagens, e até como foi posto em prática, não me incomodou, mas o que eu achei ruim, foi como retrataram o Varg (especificamente a atuação do Emory Cohem) ele me pareceu um pouco “burro” no filme. Mas a medida que fui lendo entrevistas com o diretor, e tambem conhendo um pouco da história do Varg, eu entendo o que o Åkerlund quis fazer (quem já viu os vídeos do Varg no YouTube, vai entender). A trilha sonora não tinha como ser ruim, Åkerlund sendo ex baterista do Bathory, ele só entregrou o que os fãs queriam ouvir. Na minha opinião o filme está longe de ser ruim.
Nota: 8/10
Coringa
4.4 4,1K Assista AgoraInspirado no personagem Gwynplaine, no filme O Homem Que Ri de 1928, Joker é um dos maiores vilões das HQs (se não o maior), tendo sua primeira aparição em abril de 1940 em Batman #1. Com o passar das décadas, vimos esse personagem realizar às mais diversas atrocidades contra quem cruzasse o seu caminho. Um vilão imprevisível, que na maioria das vezes não sabemos qual será o seu novo plano de vilão, o que torna esse personagem tão especial é que não tem motivações para as suas ações, é apenas um homem louco se divertindo com as suas loucuras.
Nesse mesmo ano, este mesmo personagem recebe sua adaptação nos cinemas, Joker (Coringa), dirigido por Todd Phillips, e estrelado por Joaquin Phoenix, retrata uma história de origem do arque inimigo do Batman. É diferente de tudo que foi mostrado anteriormente nos filmes que retratam o universo de Gotham, é um filme de estudo de personagem. A fotografia remetente a década de 70-80, relaciona-se com a podridão que Gotham está passando naquele período. Arthur Fleck, com os seus problemas neurológicos e psicológicos, se vê mais em ruptura com sua condição, o sentimento de felicidade parece não existir dentro dele, mesmo ele se esforçando colocar um sorriso no rosto. Sua transição de Arthur Fleck para Coringa, é um momento de libertação de personalidade, Joaquin Phoenix interpreta isso com maestria, Todd Phillips surpreende com sua direção, ele deixa claro sua visão do personagem não deixando se submeter a clichês de filmes de personagens baseados em HQs. Particularmente, existe um único momento de defeito no filme que poderia ser melhor resolvido, mas nada que me fez se distanciar da história, Joker já é um clássico absoluto, é uma obra prima da sétima arte, é o ápice de um personagem baseado em HQs.
Nota: 10/10