"Toritama muda a cada dia. Somente a chuva que cai depois do Carnaval, permanece a mesma."
Os eventos da vida dos sujeitos ficcionais desse documentário são cíclicos. O efeito cíclico no tempo da narrativa associado à melancolia do agreste e seus personagens traz angústia mas também encanta.
Esse foi (infelizmente) o último filme de Joan com Anita Page, que se aposentou das telonas em 1936. Tony (Bob Montgomery) se apaixona por Jerry (Joan), funcionária de seu pai. Claro, somente quando o príncipe prova o seu valor é que a plebeia o aceita. Connie (Anita) é uma graça, uma pitada trágica de melancolia. De bônus temos cenas de desfile: Joan modelando criações by Adrian. Sofisticado.
"Muitos críticos acharam completamente inadequado Joan exalar sofisticação Park Avenue, enquanto ela estava interpretando uma mera shopgirl. [...] Por que uma garota de uma família pobre não poderia desenvolver porte e sofisticação? Em qualquer caso, a performance foi escolhida como a performance do mês pela revista Photoplay."
Abrindo a sua década de 30 no cinema, Crawford interpreta a meiga Joan Prescott num filme meigo, sem muitas investidas. Essa meiguice canta muito bem. Contrariando a crítica da época, não apenas algumas, mas sim todas as suas cenas são bem executadas, sua performance é sempre o primeiro (e por vezes o único) destaque de seus filmes.
Fazendo uso das palavras de Miss Crawford: "Em 1929, todos na Metro entraram em pânico. Realmente todos. Executivos, atores, atrizes. Os novatos não entendiam muito bem. Mas eu não tive medo. E fiz meu primeiro filme falado: 'Untamed' com Bob Montgomery."
A performance de Joan foi impecável (o que não é novidade). Miss Crawford atuou, dançou e cantou. Como um belo debute no cinema falado, a primeira cena de "Untamed" começa com Crawford cantando "Chant of the Jungle" (https://www.youtube.com/watch?v=_HA3FHtuE6s). Joan volta a cantar em mais duas cenas do filme. Sua voz sedutora é um deleite. Para Joan: Quando ouvi minha voz, eu disse: "Essa não sou eu. É um homem."
O filme, com toques de comédia, gira em torno do romance de Bingo e Andy. Joan, convincentemente nos mostra os dois lados de sua personagem: o selvagem e o civilizado. Desde muito cedo em sua carreira, nota-se suas habilidades de personificação. Não pouparei elogios fellas. Miss Crawford: meu orgulho.
Tão trash que acaba sendo maravilhoso, a versão dublada é impagável, muitas gargalhadas. Qualquer fã qualificado da Miss Crawford, que já tenha lido biografias aclamadas, sabe reconhecer as verdades mas também o absurdo e exagero contido na historinha da Christina. Então queridos, vocês haters que acham que conhecem a Joan porque assistiram "Mommie dearest", nos poupem, melhorem.
"Achou que o deixaria me destruir e ser mais feliz que nunca? NO FUCKING WAY!" (hahahahaha) Miss Pike foi perfeita! Performance impecável. Com toda certeza: digna da nomeação e da estatueta!
Performance majestosa! Miss Crawford aos 60 anos, maravilhosamente bem vestida, nos dando toda sua elegância. Essas madeixas brancas, por favor, quanta beleza. Fatal em cada cena!
Após alguns anos de filmes para a Warner - que não eram menos do que bem sucedidos criativamente e financeiramente - Miss Crawford solicitou um empréstimo para a Columbia para protagonizar “Harriet Craig” (remake do filme de Rosalind Russell de 1936) um trabalho que se consagrou por sua capacidade de personificação. De volta à Warner, estrelou “Goodbye, My Fancy” e em seguida, para seu desgosto, aceitou interpretar Beth Austin em “This Woman is Dangerous”, obtendo desempenhos não tão aclamados. No início de 1952, o estúdio concordou em liberá-la de seu contrato, uma solicitação feita pela própria Joan. Com a saída de Miss Crawford, foi possível o acréscimo enaltecedor em sua filmografia de uma produção da RKO Pictures: “Sudden Fear”. Produzido por Joseph Kaufman e Joan Crawford - que não se creditou pela produção – e roteirizado com base no romance de Edna Sherry, o filme não teve sua condução pomposa na direção de David Miller, mas sim na performance épica de Miss Crawford como Myra Hudson, uma dramaturga rica que se casa com um desapiedado ator mais jovem, interpretado pelo sinistro Jack Palance, que junto da amante planeja o assassinato da esposa. O desempenho rendeu à Joan sua terceira e última indicação ao Oscar de melhor atriz, a Academia erroneamente não lhe conferiu a estatueta, premiando naquele ano Shirley Booth em “Come Back, Little Sheba”. Munido de elementos elaborados e aparatos estilísticos do “noir”, a ambientalização do cenário amplamente elegante também se caracteriza esfíngica ao desenrolar conturbado dos eventos, que tornam o sonhador amor em uma realidade colossal de desilusão, medo, raiva, e, consequentemente, vingança, a fim de estimular a sensação de saciedade do espectador, dando-lhe expectativa ultraelevada de incerteza e surpresa. Um desfecho refinado em ritmo acelerado.
Comprar Ingressos
Este site usa cookies para oferecer a melhor experiência possível. Ao navegar em nosso site, você concorda com o uso de cookies.
Se você precisar de mais informações e / ou não quiser que os cookies sejam colocados ao usar o site, visite a página da Política de Privacidade.
Estou Me Guardando Para Quando o Carnaval Chegar
4.3 209"Toritama muda a cada dia. Somente a chuva que cai depois do Carnaval, permanece a mesma."
Os eventos da vida dos sujeitos ficcionais desse documentário são cíclicos. O efeito cíclico no tempo da narrativa associado à melancolia do agreste e seus personagens traz angústia mas também encanta.
Noivas Ingênuas
3.9 1Esse foi (infelizmente) o último filme de Joan com Anita Page, que se aposentou das telonas em 1936. Tony (Bob Montgomery) se apaixona por Jerry (Joan), funcionária de seu pai. Claro, somente quando o príncipe prova o seu valor é que a plebeia o aceita. Connie (Anita) é uma graça, uma pitada trágica de melancolia. De bônus temos cenas de desfile: Joan modelando criações by Adrian. Sofisticado.
"Muitos críticos acharam completamente inadequado Joan exalar sofisticação Park Avenue, enquanto ela estava interpretando uma mera shopgirl. [...] Por que uma garota de uma família pobre não poderia desenvolver porte e sofisticação? Em qualquer caso, a performance foi escolhida como a performance do mês pela revista Photoplay."
Mulher... e Nada Mais
3.9 1Abrindo a sua década de 30 no cinema, Crawford interpreta a meiga Joan Prescott num filme meigo, sem muitas investidas. Essa meiguice canta muito bem. Contrariando a crítica da época, não apenas algumas, mas sim todas as suas cenas são bem executadas, sua performance é sempre o primeiro (e por vezes o único) destaque de seus filmes.
A Indomável
3.3 1Fazendo uso das palavras de Miss Crawford: "Em 1929, todos na Metro entraram em pânico. Realmente todos. Executivos, atores, atrizes. Os novatos não entendiam muito bem. Mas eu não tive medo. E fiz meu primeiro filme falado: 'Untamed' com Bob Montgomery."
A performance de Joan foi impecável (o que não é novidade). Miss Crawford atuou, dançou e cantou. Como um belo debute no cinema falado, a primeira cena de "Untamed" começa com Crawford cantando "Chant of the Jungle" (https://www.youtube.com/watch?v=_HA3FHtuE6s). Joan volta a cantar em mais duas cenas do filme. Sua voz sedutora é um deleite. Para Joan: Quando ouvi minha voz, eu disse: "Essa não sou eu. É um homem."
O filme, com toques de comédia, gira em torno do romance de Bingo e Andy. Joan, convincentemente nos mostra os dois lados de sua personagem: o selvagem e o civilizado. Desde muito cedo em sua carreira, nota-se suas habilidades de personificação. Não pouparei elogios fellas. Miss Crawford: meu orgulho.
Mamãezinha Querida
3.5 185Tão trash que acaba sendo maravilhoso, a versão dublada é impagável, muitas gargalhadas. Qualquer fã qualificado da Miss Crawford, que já tenha lido biografias aclamadas, sabe reconhecer as verdades mas também o absurdo e exagero contido na historinha da Christina. Então queridos, vocês haters que acham que conhecem a Joan porque assistiram "Mommie dearest", nos poupem, melhorem.
Garota Exemplar
4.2 5,0K Assista Agora"Achou que o deixaria me destruir e ser mais feliz que nunca?
NO FUCKING WAY!" (hahahahaha) Miss Pike foi perfeita! Performance impecável.
Com toda certeza: digna da nomeação e da estatueta!
Della
3.6 2Performance majestosa! Miss Crawford aos 60 anos, maravilhosamente bem vestida, nos dando toda sua elegância. Essas madeixas brancas, por favor, quanta beleza. Fatal em cada cena!
Solteiras às Soltas
3.6 5Que delícia é assistir Roz nos dando uma performance impecável nessa comédia. Tão divertida, tão polida e descontraída! Maravilhosa ♡
Nos Bastidores de Londres
3.6 5 Assista AgoraMiss Vivien Leigh! Você é impecável, tão única, tão perfeita!
Para Sempre Alice
4.1 2,3K Assista AgoraSensivelmente impecável! Miss Julianne Fucking Moore, perfeita ❤
Precipícios d'Alma
4.2 44Após alguns anos de filmes para a Warner - que não eram menos do que bem sucedidos criativamente e financeiramente - Miss Crawford solicitou um empréstimo para a Columbia para protagonizar “Harriet Craig” (remake do filme de Rosalind Russell de 1936) um trabalho que se consagrou por sua capacidade de personificação. De volta à Warner, estrelou “Goodbye, My Fancy” e em seguida, para seu desgosto, aceitou interpretar Beth Austin em “This Woman is Dangerous”, obtendo desempenhos não tão aclamados. No início de 1952, o estúdio concordou em liberá-la de seu contrato, uma solicitação feita pela própria Joan. Com a saída de Miss Crawford, foi possível o acréscimo enaltecedor em sua filmografia de uma produção da RKO Pictures: “Sudden Fear”. Produzido por Joseph Kaufman e Joan Crawford - que não se creditou pela produção – e roteirizado com base no romance de Edna Sherry, o filme não teve sua condução pomposa na direção de David Miller, mas sim na performance épica de Miss Crawford como Myra Hudson, uma dramaturga rica que se casa com um desapiedado ator mais jovem, interpretado pelo sinistro Jack Palance, que junto da amante planeja o assassinato da esposa. O desempenho rendeu à Joan sua terceira e última indicação ao Oscar de melhor atriz, a Academia erroneamente não lhe conferiu a estatueta, premiando naquele ano Shirley Booth em “Come Back, Little Sheba”. Munido de elementos elaborados e aparatos estilísticos do “noir”, a ambientalização do cenário amplamente elegante também se caracteriza esfíngica ao desenrolar conturbado dos eventos, que tornam o sonhador amor em uma realidade colossal de desilusão, medo, raiva, e, consequentemente, vingança, a fim de estimular a sensação de saciedade do espectador, dando-lhe expectativa ultraelevada de incerteza e surpresa. Um desfecho refinado em ritmo acelerado.