"Daydream delusion, limousine eyelash Oh baby with your pretty face Drop a tear in my wineglass Look at those big eyes See what you mean to me Sweet-cakes and milkshakes I'm a delusion angel I'm a fantasy parade I want you to know what I think Don't want you to guess anymore You have no idea where I came from We have no idea where we're going Lodged in life Like branches in a river Flowing downstream Caught in the current I carry you You'll carry me That's how it could be Don't you know me? Don't you know me by now?"
Suspeitíssima para falar dos filmes do Woody, mas vamos lá: trilha sonora redondinha, com um jazz e um fox trote agradáveis. Cenários bucólicos e paradisíacos. E o que me faz rir e chacoalhar a moringa mais uma vez: o roteiro e as sacadas, as pinceladas na psique humana, os personagens caricatos e cativantes e neuróticos. Ah, vá... Que amor de filme <3 - não consigo mais ser formal.
A visão de uma América aterrorizada antes e pós o 11 de setembro não é falácia. A cultura do medo, como o próprio documentário chega a abordar, é realidade (a qual podemos traçar aqui no Brasil também, sob outras influências). Fato é que Moore, apesar de ser caótico na sua leitura, também traz à tona o backstage dessa influência bélica que chega literalmente às mãos de jovens e até crianças que não resistem ao apelo da arma. A busca pelas influências dessa violência, a comparação com outros países e culturas, apenas ressaltam que vivemos sob a égide do medo (até pela influência que recebemos dos norte-americanos), mas ainda assim podemos ver o quanto estão envoltos no preconceito, no medo e em mitos e caminhos errôneos que fazem as pessoas crer que a violência não nos é enxertada nas entrelinhas, no cotidiano.
Um filme delicioso de assistir; uma estética simétrica que agrada os olhos; uma história de realismo fantástico; um elenco de encher os olhos (mesmo com os rostos mais que conhecidos por nós em uma obra de Wes). As tragédias e as alegrias de Wes Anderson num só tempo - sempre saio dos filmes dele com um suspiro de alegria.
Se você se interessa por temas sociais e políticos (mesmo tudo envolvendo política) eu diria que Teorema é um filme essencial. A obra-prima aborda a sociedade burguesa e, num núcleo menor, uma família burguesa. A vinda de um hospede cujo nome nem se conhece faz com que toda família, da empregada ao chefe da casa, por ele se envolva (de formas diversas) e, depois, num átimo ele se vai, deixando todos atordoados com essa ida. Cada um dos personagens nessa família tradicional se despedaça e se redescobre - às vezes em sacrifício, às vezes em atos dispendiosos em busca do preenchimento de uma vazio inerente à burguesia. Assim que ela nos é retratada por Pasolini: a burguesia dilacerada, a família em cacos, cada um buscando o seu eixo, a sua personalidade, descobrindo suas mazelas em virtude de uma simples despedida daquele hóspede sem nome. Situações como histeria, descoberta sexual, monogamia, tabus de uma forma geral, a falência do homem burguês, que se vê sufocado, que tenta se despir de todos os padrões, do capital que o rege, todos se mostram frágeis, todos caminham na aridez, todos se veem envoltos na descoberta e no desterro. O filme começa com uma entrevista que trata da burguesia e termina com o grito de sofrimento dela perante o nada.
Frances Ha me lembra o modo simples de ver as coisas, assim como o personagem Forrest Gump. Sem falar nas referências à Nouvelle Vague - e por que não dizer que me lembrei de Jules & Jim? O movimento da câmera na vida da Frances, a trilha sonora com nada menos que David Bowie. Um roteiro um tanto quanto woodyano, talvez. É um dos filmes que se aconchegam no meu coração a partir de hoje. "Ha ha".
A natureza se mostra: o verde, os rios, os terremotos, as nuvens, o belo céu azul e o vento. Este aparece como metáfora, por todo o filme, é ele que está nos encontros, nos ditos acasos, é ele que ocasiona na vida das pessoas, ele é um personagem também. Acompanhamos a vida de Jiro, desde a infância até à fase adulta. Jiro sempre fora sonhador e seu sonho mais latente veio de um de seus vários sonhos: ser um designer de avião. Assim seguimos com Jiro até os estudos da faculdade e seu encontro fortuito com Naoko, com quem futuramente se encontraria novamente. Na fase adulta, acompanhamos sua disciplina e compromisso com seu sonho de designer, que é materializar o avião dos seus sonhos. Acredito que Miyazaki tocou no lado pessoa do designer Jiro Horikoshi (que foi quem desenhou aviões que foram usados na Segunda Guerra Mundial, veja mais em: http://www.nytimes.com/1982/01/12/obituaries/jiro-horikoshi-78-dies-in-tokyo-designer-of-zero-fighter-aircraft.html), para que pudéssemos vislumbrar o ser humano antes do evento bélico que durante o filme se revelaria. Ele fez isso mostrando os sonhos de Jiro, o seu amor por Naoko, a sua criatividade. Depois, vimos um Jiro um tanto quanto despontado com o fim de sua "criatura", a qual é usada no combate. Um paralelo bem bonito se faz entre a realidade e o sonho, o quanto o primeiro nos dói e o segundo nos alimenta muitas vezes. A presença do vento em todos os momentos se faz presente, de certa forma nos alertando para a fugacidade da vida, para o vai e vem da vida, nos apontando com o dedo na cara para o sensível, além do racional, o que é a eterna batalha do homem. Por fim, a frase de Paul Valéry, poeta francês, que permeia o longa, como epígrafe, e contorna o filme tão bem: "Le vent se lève, il faut tenter de vivre" (O vento se levanta, devemos tentar viver).
Gosto de ficção... mas eu achei a ideia do filme boa e o o desenrolar do filme exagerado, o que não me agradou. E o Wagner Moura estava bem em seu papel, diga-se de passagem, ele não é modinha mesmo.
Muito ouvi falar sobre este filme, mas particularmente nada vi de fantástico. O que achei mais interessante mesmo foram as cenas que envolviam o carro, que considero personagem da história também. O Gosling tentou passar um clima soturno ao personagem, mas temo que não alcançou este intento. Por fim, acho que superestimaram o filme e acho sacanagem quererem fazer uma comparação (como tenho lido por aí) com Taxi Driver - a não ser pelo carro e pela violência, não vejo muitas semelhanças. E nem consigo imaginar a comparação entre Travis Bickle com o motorista dublê interpretado por Ryan.
Antes do Amanhecer
4.3 1,9K Assista Agora"Daydream delusion, limousine eyelash
Oh baby with your pretty face
Drop a tear in my wineglass
Look at those big eyes
See what you mean to me
Sweet-cakes and milkshakes
I'm a delusion angel
I'm a fantasy parade
I want you to know what I think
Don't want you to guess anymore
You have no idea where I came from
We have no idea where we're going
Lodged in life
Like branches in a river
Flowing downstream
Caught in the current
I carry you
You'll carry me
That's how it could be
Don't you know me?
Don't you know me by now?"
a kind of romantism
Tudo Pode Dar Certo
4.0 1,1KBoris é um outro tipo de anti-heroi maravilhoso para o meu rol.
No entanto funciona. :)
Magia ao Luar
3.4 569 Assista AgoraSuspeitíssima para falar dos filmes do Woody, mas vamos lá: trilha sonora redondinha, com um jazz e um fox trote agradáveis. Cenários bucólicos e paradisíacos. E o que me faz rir e chacoalhar a moringa mais uma vez: o roteiro e as sacadas, as pinceladas na psique humana, os personagens caricatos e cativantes e neuróticos. Ah, vá... Que amor de filme <3 - não consigo mais ser formal.
Corrida Sem Fim
3.9 59talvez a sua impressão seja realmente o lugar-nenhum, ou seja, a fuga do lugar-comum.
Os Incompreendidos
4.4 645A vida frame a frame, da nossa adolescência, das nossas descobertas e insolências.
Os vários golpes sofridos pelo anti-herói mais querido, Doinel.
Tiros em Columbine
4.2 350A visão de uma América aterrorizada antes e pós o 11 de setembro não é falácia. A cultura do medo, como o próprio documentário chega a abordar, é realidade (a qual podemos traçar aqui no Brasil também, sob outras influências). Fato é que Moore, apesar de ser caótico na sua leitura, também traz à tona o backstage dessa influência bélica que chega literalmente às mãos de jovens e até crianças que não resistem ao apelo da arma. A busca pelas influências dessa violência, a comparação com outros países e culturas, apenas ressaltam que vivemos sob a égide do medo (até pela influência que recebemos dos norte-americanos), mas ainda assim podemos ver o quanto estão envoltos no preconceito, no medo e em mitos e caminhos errôneos que fazem as pessoas crer que a violência não nos é enxertada nas entrelinhas, no cotidiano.
Brigitte e Brigitte
3.6 6Je me sens un peu comme Brigitte et Brigitte.
O Grande Hotel Budapeste
4.2 3,0KUm filme delicioso de assistir; uma estética simétrica que agrada os olhos; uma história de realismo fantástico; um elenco de encher os olhos (mesmo com os rostos mais que conhecidos por nós em uma obra de Wes). As tragédias e as alegrias de Wes Anderson num só tempo - sempre saio dos filmes dele com um suspiro de alegria.
Os Homens que não Amavam as Mulheres
4.1 1,5KLisbeth Salander best character ever!
Teorema
4.0 198Se você se interessa por temas sociais e políticos (mesmo tudo envolvendo política) eu diria que Teorema é um filme essencial.
A obra-prima aborda a sociedade burguesa e, num núcleo menor, uma família burguesa. A vinda de um hospede cujo nome nem se conhece faz com que toda família, da empregada ao chefe da casa, por ele se envolva (de formas diversas) e, depois, num átimo ele se vai, deixando todos atordoados com essa ida. Cada um dos personagens nessa família tradicional se despedaça e se redescobre - às vezes em sacrifício, às vezes em atos dispendiosos em busca do preenchimento de uma vazio inerente à burguesia. Assim que ela nos é retratada por Pasolini: a burguesia dilacerada, a família em cacos, cada um buscando o seu eixo, a sua personalidade, descobrindo suas mazelas em virtude de uma simples despedida daquele hóspede sem nome. Situações como histeria, descoberta sexual, monogamia, tabus de uma forma geral, a falência do homem burguês, que se vê sufocado, que tenta se despir de todos os padrões, do capital que o rege, todos se mostram frágeis, todos caminham na aridez, todos se veem envoltos na descoberta e no desterro. O filme começa com uma entrevista que trata da burguesia e termina com o grito de sofrimento dela perante o nada.
Frances Ha
4.1 1,5K Assista AgoraFrances Ha me lembra o modo simples de ver as coisas, assim como o personagem Forrest Gump. Sem falar nas referências à Nouvelle Vague - e por que não dizer que me lembrei de Jules & Jim? O movimento da câmera na vida da Frances, a trilha sonora com nada menos que David Bowie. Um roteiro um tanto quanto woodyano, talvez. É um dos filmes que se aconchegam no meu coração a partir de hoje. "Ha ha".
Frances Ha
4.1 1,5K Assista AgoraJá dois amigos haviam falado que eu lembrava a Frances Ha no jeito de ser. Agora entendi o porquê. ;)
Vidas ao Vento
4.1 603 Assista AgoraA natureza se mostra: o verde, os rios, os terremotos, as nuvens, o belo céu azul e o vento. Este aparece como metáfora, por todo o filme, é ele que está nos encontros, nos ditos acasos, é ele que ocasiona na vida das pessoas, ele é um personagem também. Acompanhamos a vida de Jiro, desde a infância até à fase adulta. Jiro sempre fora sonhador e seu sonho mais latente veio de um de seus vários sonhos: ser um designer de avião. Assim seguimos com Jiro até os estudos da faculdade e seu encontro fortuito com Naoko, com quem futuramente se encontraria novamente. Na fase adulta, acompanhamos sua disciplina e compromisso com seu sonho de designer, que é materializar o avião dos seus sonhos. Acredito que Miyazaki tocou no lado pessoa do designer Jiro Horikoshi (que foi quem desenhou aviões que foram usados na Segunda Guerra Mundial, veja mais em: http://www.nytimes.com/1982/01/12/obituaries/jiro-horikoshi-78-dies-in-tokyo-designer-of-zero-fighter-aircraft.html), para que pudéssemos vislumbrar o ser humano antes do evento bélico que durante o filme se revelaria. Ele fez isso mostrando os sonhos de Jiro, o seu amor por Naoko, a sua criatividade. Depois, vimos um Jiro um tanto quanto despontado com o fim de sua "criatura", a qual é usada no combate. Um paralelo bem bonito se faz entre a realidade e o sonho, o quanto o primeiro nos dói e o segundo nos alimenta muitas vezes. A presença do vento em todos os momentos se faz presente, de certa forma nos alertando para a fugacidade da vida, para o vai e vem da vida, nos apontando com o dedo na cara para o sensível, além do racional, o que é a eterna batalha do homem. Por fim, a frase de Paul Valéry, poeta francês, que permeia o longa, como epígrafe, e contorna o filme tão bem: "Le vent se lève, il faut tenter de vivre" (O vento se levanta, devemos tentar viver).
Elysium
3.3 2,0K Assista AgoraGosto de ficção... mas eu achei a ideia do filme boa e o o desenrolar do filme exagerado, o que não me agradou.
E o Wagner Moura estava bem em seu papel, diga-se de passagem, ele não é modinha mesmo.
Drive
3.9 3,5K Assista AgoraMuito ouvi falar sobre este filme, mas particularmente nada vi de fantástico. O que achei mais interessante mesmo foram as cenas que envolviam o carro, que considero personagem da história também. O Gosling tentou passar um clima soturno ao personagem, mas temo que não alcançou este intento. Por fim, acho que superestimaram o filme e acho sacanagem quererem fazer uma comparação (como tenho lido por aí) com Taxi Driver - a não ser pelo carro e pela violência, não vejo muitas semelhanças. E nem consigo imaginar a comparação entre Travis Bickle com o motorista dublê interpretado por Ryan.