A série decaiu muito, nesta terceira temporada, ao tornar-se excessivamente tendenciosa, panfletária. Os criadores devem ter recebido alguma pressão para forçar ainda mais essa ideia de que o Reich só tem psicopata e desequilibrados, como se a busca por uma sociedade equilibrada levasse à corrupção de todos.
Até abusam da ideia de que ser conservador é mais saudável, assim confundindo a mente dos espectadores, vez que o fascismo é revolucionário, sim, mas defende valores tradicionais. Em uma cena, contrapõem o discurso de Himmler com o Bar Mitzvah de Frank. Ora, os mesmos que, em outra cena, colocam o julgamento moral da homossexualidade como algo errado, sendo que isso é também uma tradição. Em suma, estão confundindo a todos para, por meio dos sentimentos, mais uma vez, distorcer a temática. Infelizmente, a maioria das pessoas sequer estuda o assunto a sério, portanto, irão acreditar no que a série transmite, como se fosse a mais pura verdade histórica, ainda que seja uma ficção.
A ideia desta série é mesmo perfeita e profunda, vez que, assim como fora com Dexter, coloca a todos nós, telespectadores, numa situação de relativização involuntária do certo e do errado. O código de conduta que Dexter, óbvio psicopata, aprendeu com o seu pai adotivo, levou-o a ser um serial killer que escolhia apenas outros assassinos como vítimas. No caso do "professor", seu plano todo consiste em não roubar direta e conceitualmente ninguém, mas em imprimir seu próprio dinheiro, através de um sequestro à Casa da Moeda da Espanha, país que utiliza o Euro. Apesar da beleza que há no desafio ao sistema financeiro, visto que os próprios dólares são impressos à vontade, sem lastro algum, os criadores da série se equivocaram na associação desta "resistência", ato não só egoísta mas político, aos partisans, ou seja, à "resistência antifascista italiana". Sim, a canção "Bella ciao" é mui bela, mas que há de fascista no sistema financeiro? Não é a União Europeia, por sua natureza, antifascista? Não foram os fascistas contrários ao sistema financeiro? Infelizmente, ainda que excelente, esta série faz uma associação sutil entre o antifascismo -- aqui, obviamente, destaca-se a esquerda, que nada tem de verdadeiramente libertária -- e o combate ao dinheiro dos "donos do mundo". Se for para lutarmos contra o "papel", a solução passa longe de ser simplesmente "antifascista". Isto é apenas folclore esquerdista, discurso romântico.
É raro uma série ser assim tão viciante, mas essa conseguiu fazer-me um membro da resistência. he he he Fato é que se imprime dinheiro à vontade mesmo. O professor não estava mentindo. Ninguém os vê como vilões justamente porque eles não desafiaram as regras de um jogo justo, mas boicotaram o sistema financeiro cuja a essência é injusta per si.
"O que é 'tempo'? E, a propósito, o que é 'espaço'? O objetivo do trabalho científico não deveria ser apenas utilizar o mundo ao nosso redor, mas sim compreendê-lo fundamentalmente. Não importa qual uso seja feito."
"Tudo está conectado. A natureza não é um produto de Deus, a natureza é Deus. E supondo que isso é verdade, devemos concluir que o universo não é um mundo místico fora da nossa compreensão. Da menor molécula até a maior galáxia, toda pergunta deve ter uma resposta definível. E, bom, pretendo encontrar essas respostas."
"Eu não tenho talento especial algum. Mas eu sou muito curioso. Tudo o que eu faço é perguntar. Essa é a coisa mais importante. Qualquer um pode fazer isso."
Uma das melhores séries já feitas. Termino-a consciente de que hoje compreendo melhor o que movia Einstein e que essa sede também me move. Sendo assim, essa série contribuiu de forma positiva para com a minha vida. E fiquei, inclusive, curioso para saber mais sobre Einstein e sua obra.
GENIAIS, de fato, foram estes dez episódios. E bastante emocionantes também.
Para quem leu o livro, este filme é meio distorcido, porém não deixa de ser belo e triste, assim como é a vida real, e mais precisamente a história de Giuliano, um verdadeiro mito. Termino o filme com lágrimas nos olhos, tamanha a lição dolorosa que nos traz o desfecho desse idealista que lutava por uma causa justa, com um coração nobre. Como é lamentável a realidade siciliana. Lastimável! O nobre Salvatore Giuliano traz um romantismo viril, heróico, apaixonante. Eterno será o seu nome. "Assim morrem todos os que traem Giuliano". He he he
Tem uma história bem distorcida, nada similar à retratada no referido livro. Pareceu-me, ao mesmo tempo que uma gozação com Adolf Hitler e seus ideais, um tentativa de reescrever parte de sua história, mas confirmando que o futuro conhecido de todos sempre foi o inevitável, o destino dele. É um filme simples, de estética pobre, porém que fica com ar de algo complexo, quiçá cult, por não ser tão facilmente "digerível". O filme também nos engana, até que se chega ao desfecho não tão improvável, mas pouco esperado até então. Recomendo o filme, sim.
Além de provar ser um grande ator, com este filme conseguiu também melhor demonstrar o seu máximo talento para as artes marciais, mais precisamente com o seu Jeet Kune Do. Além de ser um filme viril com uma pitada saudável de romance, ele consegue ser extremamente adulto, num sentido recomendável a todos os garotos, ainda que repleto de mortes, porque reforça valores como o da honra, justiça e vingança, num contexto de quase guerra civil entre duas sub-raças asiáticas. A parte sonora só favorece o filme, tonando-o mais empolgante, seja com a bela trilha sonora, seja com os efeitos especiais típicos e os tão frequentes gritos de Bruce Lee, que fez jus ao título nacional, com esse personagem explosivo em constantes ataques de fúria assassina. O filme é tão adulto que apresenta-nos uma realidade sem "felizes para sempre", e isso tocou-me verdadeiramente, por representar a vida como ela é, onde o mocinho pode ter um final lamentável, ainda que a vingança tenha sido bem concretizada. É um grande filme, muito melhor que grande parte das produções hollywoodianas das últimas décadas. Um filme verdadeiramente másculo e honrado, digno não só de apreço, mas de veneração a este a à sua estrela principal, o "pequeno dragão".
Deu para perceber que Bruce Lee ainda não tinha o completo controle sobre o filme, pois, embora já provavelmente superior aos demais, ainda carrega um tanto de exageros nas lutas, principalmente com relação aos saltos e alguns golpes desferidos. Fora isso, é uma trama simples, mas não tão desinteressante. Como vibrei no final, afirmo que o filme é bom.
Escrevo isto aqui ouvindo suas músicas e emocionado com o fim desta série. Seis episódios, de fato, são muito pouco para a dimensão deste mestre do cinema, José Mojica Marins, que acabou incorporando o seu mais famoso personagem, Zé do Caixão, que é também o melhor do cinema de terror mundial, além do meu personagem de ficção preferido. Se há a decepção de que a sua biografia, Maldito, não originou um longa-metragem, como se esperava, há também a perspectiva positiva, otimista, de que, no formato de minissérie, poder-se-ia detalhar mais a sua vida, embora tendo de manipular muito a história, principalmente no quesito "personagens", que são mantidos quase todos os mesmos, para dar maior familiaridade ao telespectador. Fora isso, pode-se dizer que tudo aqui é primoroso: o roteiro ficou esplêndido, coeso; a produção é de qualidade, não deixando a desejar, sem precisar se rebaixar às da Rede Globo; a direção acertou em cheio, e a trilha sonora é perfeita; por fim, a ambientação, figurinos e demais questões estéticas estão impecáveis. Escolheram seis filmes, para, cada um deles, centrarem-se em um dos seis episódios; e essa escolha se deu porque têm maior peso, porque são mais significativas para ilustrar as fases da vida do Mojica. Desse modo, cada episódio (produção de um filme, ou melhor, "fita", como costuma dizer o mestre), acabou condensando vários outros detalhes de sua vida pessoa, que, em tese, ficariam de fora, através desse brilhante roteiro, que omitiu alguns outros detalhes de sua vida pessoal, diga-se, como as várias amantes e filhos. É impensável deixar de comentar a grandiosa atuação de Matheus Nachtergale, que, com todo o seu talento, conseguiu incorporar não só o José Mojica Marins em pessoa, mas também o seu grande personagem. É de espantar mesmo. Não há o que dizer. É surreal, tamanha a fidelidade a todas as características visíveis do Mojica. Esplêndido! José Mojica Marins tem cinema correndo no sangue, e o faz como fizera desde moleque: com o coração, com naturalidade, e de forma inocente, mas não menos ambiciosa, chegando a topar qualquer tipo de negócio para promover-se. Zé do Caixão esteve em todas as plataformas de comunicação e foi até tema de marchinha de carnaval. É um personagem sem igual na cinematografia mundial, é o maior ícone ateu que já conheci, e é completamente profundo e singular, e, muito embora o Mojica fosse pouco letrado, muitos acadêmicos o associam até mesmo com pensamentos da filosofia de Friederich Nietzsche. Zé do Caixão é eterno, e como tal, esta minissérie também será. Vida longa ao mestre! Vida eterna, pela continuidade do sangue, ao Josefel Zanatas, ao Zé do Caixão! Heil Mojica! Maldito, muito embora amado por todos nós. A vida é o princípio da morte, e a morte é o fim da vida mesma; a continuidade do sangue é a existência em si, e o sangue é toda a razão da existência. O terror é você!
É muito interessante essa teoria alternativa à morte de Hitler. Desconsidera a tese de que cometeu suicídio, para afirmar que o mesmo escapou para a Argentina, ali residindo, junto com sua esposa, Eva Braun, até sua morte, mais especificamente na região da Patagônia.
"Nelson Gonçalves foi excessivo na sua arte e em tudo o que fez. Alternou golpes de violência e de ternura, como se encarnasse o drama das suas canções. Ele não interpretou absolutamente nada. Ele foi mesmo aquilo tudo que cantou."
Belíssimo! Magnífico! Uma homenagem à grande voz nacional.
Uma digna continuação para a saga deste grande personagem do cinema de terror mundial. Acho fantástica a criatividade do Mojica em dar ao seu personagem, tamanha filosofia de vida.
Foi muito bom revê-lo no cinema. Pude assisti-lo em grande estilo, prestando maior atenção aos detalhes, e podendo refletir mais sobre o filme em si. Trata-se já dum clássico entre os filmes com a temática da dança, um clássico, principalmente, da década de 1980 e sua respectiva geração. Trata de questões interessantes, em relação ao protestantismo e à recepção que o Rock'n'Roll teve nas cidades americanas mais tradicionais. Por comungar com a metáfora da vida como uma pista de dança, este filme me conquista. Nem preciso entrar em detalhes sobre a trilha sonora; basta dizer que é fantástica.
O documentário soube explorar o tema de maneira a dar voz tanto aos profissionais que já trabalharam neste negócio sanguinário, quanto às infelizes "mães" que já realizaram tão deplorável procedimento alguma vez em suas vidas. O interessante é notar o quanto que isso as fez sofrer durante anos, quando supostamente é realizado justamente para evitar qualquer tipo de sofrimento. Não há humanidade no aborto, não é um ato racional, pois como fora dito, parte de uma lógica bizarra em que uma vida é sacrificada para "melhorar" uma outra. Saber que algumas mães deixam que matem seus próprios filhos, nunca será compreensível, qual seja a hipótese.
Considero-o melhor que o primeiro, mais divertido. Aparentemente, foi o meu filme preferido na infância, acredito que o assisti muitas vezes. Aquela música (me parece um solo de guitarra) que toca quando Júnior vai fazer algum arte é inesquecível. Ficou marcado na minha memória, o estilingue, a dinamite e tudo mais.
Não posso deixar de comentar a beleza da Annie (Amy Yasbeck, mesma atriz que fez a esposa do 'Little' Bem Healy no primeiro filme), ela é maravilhosa. É bem curioso o fato de que John Ritter (ator que faz o pai de Júnior) casou-se com Amy alguns anos depois, inclusive, eles fizeram o papel de casal em outros filmes/séries, sendo que o casamento deles terminou infelizmente com a morte do mesmo.
Júnior não chega a ser um psicopata, creio que isso fica bem claro, ele tem sentimentos, apenas não foram bem estimulados, o que podemos considerar é que sua natureza é bem tempestuosa e arteira. rs
Gosto bastante da questão Pai e Filho do filme, um companheirismo que muitas vezes não é praticado nas famílias e que nesse filme é a base maior e também a mais nobre, tornando-o mais completo do que apenas uma simples comédia de uma garoto endiabrado
Esse documentário é fantástico e emocionante. Ele é bem minucioso para contar a história do Superman desde os anos 1930 até 2006. Nos apresenta o verdadeiro significado universal do Superman, que é do estrangeiro que consegue atingir o máximo de suas virtudes numa nova terra. Pois sim, Kal-El é o ser mais virtuoso do planeta, a representação máxima do ideal de vida americano conservador. Precisamos de um super-herói para resgatar os bons valores de nossa civilização em crise e ninguém é mais indicado que o Homem de Aço. Antes de ter superpoderes, ele possui uma alma nobre, eis aí o segredo por trás de tamanha simplicidade na construção d'um personagem que ao mesmo tempo é altamente bem sucedido ao longo de décadas.
O filme exige que tenhas em seu repertório, os outros cinco filmes envolvendo o boneco, para que tudo faça mais sentido. Não me recordo muito bem dos filmes, para poder compará-los com este que acabo de assistir, mas suponho que os dois primeiros sejam realmente melhores, até por serem os originais (o terceiro dá um pulo no tempo e tem um clima diferente).
O filme tem lá a sua diversão, a produção não parece ser das mais "fodásticas" de Hollywood, mas o filme não chega perto de ser tosco não. Achei que souberam resgatar e completar a história de Chucky, de modo que no final dá uma certa expectativa para a provável continuação da franquia.
Filme para fazer bilheteria e trazer algumas emoções usando da figura do Renato Manfredini Júnior. A biografia é parcial, porém fiel nos seus pontos principais. Talvez se estivesse esperando mais que isso, daí o descontentamento. Só posso dizer que não é nenhum marco, ao menos fora do mundinho de Legião Urbana. Diria até mais, trata-se do retrato da geração dele que seguia esse viés musicalmente rebelde (ou rebelde e musical) em plena capital do país, mais do que a do próprio Renato Russo, que não foi explorado com a profundidade que a maioria pareceu esperar. Assiste-se numa boa, permite cantarolar, até mesmo sentir leves emoções. Numa leitura medíocre, o filme é ótimo, pois, carrega além do peso mitológico um leque de expectativas, de vibrações a seu favor, oriundas dos que um dia foram adeptos da tal "Religião Urbana", que permite uma análise menos exigente, por ser esta, mais aberta ao deslumbramento com os hinos de quem se diz geração coca-cola.
Raciocínio lógico: qualquer película relacionada com O Mestre, tem de ser no mínimo excelente, caso contrário, será sumariamente depredada por todos os amantes da sétima arte, principalmente pelos deslumbradores de sua genialidade, como eu.
Pois bem, ela está aí, em existência atemporal, talvez não tanto quanto a d'uns "Alfred Hitchcock's filmes", mas tem-se neste filme uma boa adaptação, uma necessariamente caricata representação do gênio em questão e de seu particular com a esposa e maior contribuinte para a execução, tal como foram, das incontáveis obras-primas que detêm a assinatura deste nato inglês, peculiar e incrivelmente único.
Pode-se dizer muito a respeito, das fabulosas adições fantasiosas, mas não tão irreais a respeito do psicológico de Sir Alfred Hitchcock, porém, devo me ater ao sumo disto tudo, que é um simples dizer que simplifique a maravilha que acabo de assistir.
Pois bem, seus produtores conseguiram manter a qualidade por todo o filme, qualidade essa que é obrigatoriamente necessária, já que indiscutivelmente corresponde ao assunto de que se trata.
A reprodução da época foi fiel a mesma e assim pôde-se levar a história a seus pontos de conflitos, sem talvez um grande clímax, que se houvesse, não consigo imaginar qual seria, visto que trata-se de uma história supostamente já conhecida pelo espectador, ou melhor, provável cinéfilo e declarado fã do universo Hitchcockiano.
O humor está presente e da forma que deve ser, uma bem sucedida referência às aberturas da excepcional série Alfred Hitchcock Presents, onde definitivamente a figura de sua silhueta é cravada na memória do público, sempre agraciado pelo sutil humor negro com sotaque e dedo inglês do mestre.
Trata-se do Making Of vivo de Psycho (1960), digo-o porque é mais que um documentário, bem mais, não só pelo formato de longa-metragem inspirado num livro, mas pela licença de uso da "poética hitchcockiana" que possui e que soube usar bem.
Não há decepção, somente apreciação e sentimento de maior proximidade com o nosso Hitch.
O bom elenco nos traz esperanças aqui não correspondidas. O filme é fraco, porém não a nível de Agamenon, é possível assisti-lo todo numa boa, tem lá seus momentos divertidos.
A grande proposta não tão presente seria o retrato d'um Brasil naturalmente malandro, com determinados indivíduos especializados nessa arte da esperteza, da pilantragem.
O filme de fato poderia enveredar-se por caminhos de maior graça, talvez o erro esteja na escolha das condutas que teriam cada ator no filme, afinal, Adnet não pode ser tão engraçado quanto é, mesmo sem sair do contexto, poderia se explorar mais o que o público espera, já que é um filme mais "pipoca", dar-nos bom humor de forma incessante e saciar-nos de uma vez.
É surpreendente, é motivador, é esperançoso e por fim, um retratação básica de uma genialidade transcendente, que está além dos limites da normalidade.
A canção Balada do Louco é mais precisamente a Balada de Arnaldo, assim como a de qualquer outro maluco beleza, qualquer outro desviado de um caminho tortuoso desta lamentável aceitação dos papéis sociais pré-determinados, da busca de um lugar comum dirigido por outrem, fadado ao apodrecimento da essência do ser único.
Os Mutantes materializam a representação de um dos momentos, senão o maior deles, da música brasileira e ouso dizer (embora nem ousadia seja, mas uma simples verdade) da música mundial.
Tirada a conclusão tão óbvia, porém tão pouco difundida, para a infelicidade de nós, admiradores dos mutantes, assim como somos também "eternos" mutantes em nosso mundo interno, algo de que o Arnaldo bem entendia, podemos dizer então que ele é a cabeça maior dos mutantes e portanto, a genialidade do homem é triplicada.
"Loki" era movido por si próprio, sua maior obra de arte (eis aqui minha completa veneração para o comportamento que considero ser o mais perfeito e que anseio para a minha pessoa também) e portanto, carregou sempre essa espécie de sina da loucura, algo que lhe ocorreu de fato em partes, devido ao abuso do LSD (ao menos é o que se entende nas entrevistas do documentário).
É um documentário rico, pois trata de uma mina de ouro, ou melhor, de uma nascente de ideias mais avançadas que o meio em que serão apresentadas.
O Homem do Castelo Alto (3ª Temporada)
4.2 75 Assista AgoraA série decaiu muito, nesta terceira temporada, ao tornar-se excessivamente tendenciosa, panfletária. Os criadores devem ter recebido alguma pressão para forçar ainda mais essa ideia de que o Reich só tem psicopata e desequilibrados, como se a busca por uma sociedade equilibrada levasse à corrupção de todos.
Até abusam da ideia de que ser conservador é mais saudável, assim confundindo a mente dos espectadores, vez que o fascismo é revolucionário, sim, mas defende valores tradicionais. Em uma cena, contrapõem o discurso de Himmler com o Bar Mitzvah de Frank. Ora, os mesmos que, em outra cena, colocam o julgamento moral da homossexualidade como algo errado, sendo que isso é também uma tradição. Em suma, estão confundindo a todos para, por meio dos sentimentos, mais uma vez, distorcer a temática. Infelizmente, a maioria das pessoas sequer estuda o assunto a sério, portanto, irão acreditar no que a série transmite, como se fosse a mais pura verdade histórica, ainda que seja uma ficção.
[spoiler][/spoiler]
La Casa de Papel (Parte 1)
4.2 1,3K Assista AgoraA ideia desta série é mesmo perfeita e profunda, vez que, assim como fora com Dexter, coloca a todos nós, telespectadores, numa situação de relativização involuntária do certo e do errado.
O código de conduta que Dexter, óbvio psicopata, aprendeu com o seu pai adotivo, levou-o a ser um serial killer que escolhia apenas outros assassinos como vítimas. No caso do "professor", seu plano todo consiste em não roubar direta e conceitualmente ninguém, mas em imprimir seu próprio dinheiro, através de um sequestro à Casa da Moeda da Espanha, país que utiliza o Euro.
Apesar da beleza que há no desafio ao sistema financeiro, visto que os próprios dólares são impressos à vontade, sem lastro algum, os criadores da série se equivocaram na associação desta "resistência", ato não só egoísta mas político, aos partisans, ou seja, à "resistência antifascista italiana". Sim, a canção "Bella ciao" é mui bela, mas que há de fascista no sistema financeiro? Não é a União Europeia, por sua natureza, antifascista? Não foram os fascistas contrários ao sistema financeiro?
Infelizmente, ainda que excelente, esta série faz uma associação sutil entre o antifascismo -- aqui, obviamente, destaca-se a esquerda, que nada tem de verdadeiramente libertária -- e o combate ao dinheiro dos "donos do mundo".
Se for para lutarmos contra o "papel", a solução passa longe de ser simplesmente "antifascista". Isto é apenas folclore esquerdista, discurso romântico.
La Casa de Papel (Parte 2)
4.2 942 Assista AgoraÉ raro uma série ser assim tão viciante, mas essa conseguiu fazer-me um membro da resistência. he he he
Fato é que se imprime dinheiro à vontade mesmo. O professor não estava mentindo. Ninguém os vê como vilões justamente porque eles não desafiaram as regras de um jogo justo, mas boicotaram o sistema financeiro cuja a essência é injusta per si.
Genius: A Vida de Einstein (1ª Temporada)
4.4 52 Assista Agora"O que é 'tempo'? E, a propósito, o que é 'espaço'? O objetivo do trabalho científico não deveria ser apenas utilizar o mundo ao nosso redor, mas sim compreendê-lo fundamentalmente. Não importa qual uso seja feito."
"Tudo está conectado. A natureza não é um produto de Deus, a natureza é Deus. E supondo que isso é verdade, devemos concluir que o universo não é um mundo místico fora da nossa compreensão. Da menor molécula até a maior galáxia, toda pergunta deve ter uma resposta definível. E, bom, pretendo encontrar essas respostas."
"Eu não tenho talento especial algum. Mas eu sou muito curioso. Tudo o que eu faço é perguntar. Essa é a coisa mais importante. Qualquer um pode fazer isso."
Uma das melhores séries já feitas. Termino-a consciente de que hoje compreendo melhor o que movia Einstein e que essa sede também me move. Sendo assim, essa série contribuiu de forma positiva para com a minha vida. E fiquei, inclusive, curioso para saber mais sobre Einstein e sua obra.
GENIAIS, de fato, foram estes dez episódios. E bastante emocionantes também.
O Siciliano
3.2 31Para quem leu o livro, este filme é meio distorcido, porém não deixa de ser belo e triste, assim como é a vida real, e mais precisamente a história de Giuliano, um verdadeiro mito.
Termino o filme com lágrimas nos olhos, tamanha a lição dolorosa que nos traz o desfecho desse idealista que lutava por uma causa justa, com um coração nobre. Como é lamentável a realidade siciliana. Lastimável! O nobre Salvatore Giuliano traz um romantismo viril, heróico, apaixonante.
Eterno será o seu nome.
"Assim morrem todos os que traem Giuliano". He he he
Minha Luta
3.7 2Tem uma história bem distorcida, nada similar à retratada no referido livro. Pareceu-me, ao mesmo tempo que uma gozação com Adolf Hitler e seus ideais, um tentativa de reescrever parte de sua história, mas confirmando que o futuro conhecido de todos sempre foi o inevitável, o destino dele.
É um filme simples, de estética pobre, porém que fica com ar de algo complexo, quiçá cult, por não ser tão facilmente "digerível".
O filme também nos engana, até que se chega ao desfecho não tão improvável, mas pouco esperado até então.
Recomendo o filme, sim.
A Fúria do Dragão
3.9 114 Assista AgoraAlém de provar ser um grande ator, com este filme conseguiu também melhor demonstrar o seu máximo talento para as artes marciais, mais precisamente com o seu Jeet Kune Do. Além de ser um filme viril com uma pitada saudável de romance, ele consegue ser extremamente adulto, num sentido recomendável a todos os garotos, ainda que repleto de mortes, porque reforça valores como o da honra, justiça e vingança, num contexto de quase guerra civil entre duas sub-raças asiáticas.
A parte sonora só favorece o filme, tonando-o mais empolgante, seja com a bela trilha sonora, seja com os efeitos especiais típicos e os tão frequentes gritos de Bruce Lee, que fez jus ao título nacional, com esse personagem explosivo em constantes ataques de fúria assassina. O filme é tão adulto que apresenta-nos uma realidade sem "felizes para sempre", e isso tocou-me verdadeiramente, por representar a vida como ela é, onde o mocinho pode ter um final lamentável, ainda que a vingança tenha sido bem concretizada. É um grande filme, muito melhor que grande parte das produções hollywoodianas das últimas décadas. Um filme verdadeiramente másculo e honrado, digno não só de apreço, mas de veneração a este a à sua estrela principal, o "pequeno dragão".
O Dragão Chinês
3.6 108 Assista AgoraDeu para perceber que Bruce Lee ainda não tinha o completo controle sobre o filme, pois, embora já provavelmente superior aos demais, ainda carrega um tanto de exageros nas lutas, principalmente com relação aos saltos e alguns golpes desferidos.
Fora isso, é uma trama simples, mas não tão desinteressante. Como vibrei no final, afirmo que o filme é bom.
Zé do Caixão
4.0 52Escrevo isto aqui ouvindo suas músicas e emocionado com o fim desta série. Seis episódios, de fato, são muito pouco para a dimensão deste mestre do cinema, José Mojica Marins, que acabou incorporando o seu mais famoso personagem, Zé do Caixão, que é também o melhor do cinema de terror mundial, além do meu personagem de ficção preferido.
Se há a decepção de que a sua biografia, Maldito, não originou um longa-metragem, como se esperava, há também a perspectiva positiva, otimista, de que, no formato de minissérie, poder-se-ia detalhar mais a sua vida, embora tendo de manipular muito a história, principalmente no quesito "personagens", que são mantidos quase todos os mesmos, para dar maior familiaridade ao telespectador.
Fora isso, pode-se dizer que tudo aqui é primoroso: o roteiro ficou esplêndido, coeso; a produção é de qualidade, não deixando a desejar, sem precisar se rebaixar às da Rede Globo; a direção acertou em cheio, e a trilha sonora é perfeita; por fim, a ambientação, figurinos e demais questões estéticas estão impecáveis.
Escolheram seis filmes, para, cada um deles, centrarem-se em um dos seis episódios; e essa escolha se deu porque têm maior peso, porque são mais significativas para ilustrar as fases da vida do Mojica. Desse modo, cada episódio (produção de um filme, ou melhor, "fita", como costuma dizer o mestre), acabou condensando vários outros detalhes de sua vida pessoa, que, em tese, ficariam de fora, através desse brilhante roteiro, que omitiu alguns outros detalhes de sua vida pessoal, diga-se, como as várias amantes e filhos.
É impensável deixar de comentar a grandiosa atuação de Matheus Nachtergale, que, com todo o seu talento, conseguiu incorporar não só o José Mojica Marins em pessoa, mas também o seu grande personagem. É de espantar mesmo. Não há o que dizer. É surreal, tamanha a fidelidade a todas as características visíveis do Mojica. Esplêndido!
José Mojica Marins tem cinema correndo no sangue, e o faz como fizera desde moleque: com o coração, com naturalidade, e de forma inocente, mas não menos ambiciosa, chegando a topar qualquer tipo de negócio para promover-se.
Zé do Caixão esteve em todas as plataformas de comunicação e foi até tema de marchinha de carnaval. É um personagem sem igual na cinematografia mundial, é o maior ícone ateu que já conheci, e é completamente profundo e singular, e, muito embora o Mojica fosse pouco letrado, muitos acadêmicos o associam até mesmo com pensamentos da filosofia de Friederich Nietzsche.
Zé do Caixão é eterno, e como tal, esta minissérie também será.
Vida longa ao mestre! Vida eterna, pela continuidade do sangue, ao Josefel Zanatas, ao Zé do Caixão! Heil Mojica! Maldito, muito embora amado por todos nós.
A vida é o princípio da morte, e a morte é o fim da vida mesma; a continuidade do sangue é a existência em si, e o sangue é toda a razão da existência.
O terror é você!
El Escape de Hitler
3.5 5É muito interessante essa teoria alternativa à morte de Hitler. Desconsidera a tese de que cometeu suicídio, para afirmar que o mesmo escapou para a Argentina, ali residindo, junto com sua esposa, Eva Braun, até sua morte, mais especificamente na região da Patagônia.
Nélson Gonçalves
3.4 8"Nelson Gonçalves foi excessivo na sua arte e em tudo o que fez.
Alternou golpes de violência e de ternura, como se encarnasse o drama das suas canções. Ele não interpretou absolutamente nada. Ele foi mesmo aquilo tudo que cantou."
Belíssimo! Magnífico! Uma homenagem à grande voz nacional.
Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver
3.9 111 Assista AgoraUma digna continuação para a saga deste grande personagem do cinema de terror mundial. Acho fantástica a criatividade do Mojica em dar ao seu personagem, tamanha filosofia de vida.
À Meia-Noite Levarei Sua Alma
3.9 288 Assista AgoraUma obra prima do cinema de terror mundial!
O nascimento de Coffin Joe!
Noel - Poeta da Vila
3.6 93 Assista Agora"-Sabe que casamento é bom porque põe o sujeito na linha.
-Na linha do trem. "
hahahahahahahaha
Footloose: Ritmo Louco
3.6 510 Assista AgoraFoi muito bom revê-lo no cinema. Pude assisti-lo em grande estilo, prestando maior atenção aos detalhes, e podendo refletir mais sobre o filme em si.
Trata-se já dum clássico entre os filmes com a temática da dança, um clássico, principalmente, da década de 1980 e sua respectiva geração.
Trata de questões interessantes, em relação ao protestantismo e à recepção que o Rock'n'Roll teve nas cidades americanas mais tradicionais.
Por comungar com a metáfora da vida como uma pista de dança, este filme me conquista.
Nem preciso entrar em detalhes sobre a trilha sonora; basta dizer que é fantástica.
Blood Money: Aborto legalizado
3.8 16O documentário soube explorar o tema de maneira a dar voz tanto aos profissionais que já trabalharam neste negócio sanguinário, quanto às infelizes "mães" que já realizaram tão deplorável procedimento alguma vez em suas vidas. O interessante é notar o quanto que isso as fez sofrer durante anos, quando supostamente é realizado justamente para evitar qualquer tipo de sofrimento. Não há humanidade no aborto, não é um ato racional, pois como fora dito, parte de uma lógica bizarra em que uma vida é sacrificada para "melhorar" uma outra. Saber que algumas mães deixam que matem seus próprios filhos, nunca será compreensível, qual seja a hipótese.
O Grito Silencioso
3.8 6Todos deveriam assisti-lo antes de falar algo a respeito do tema.
O Pestinha 2
2.9 466 Assista AgoraConsidero-o melhor que o primeiro, mais divertido. Aparentemente, foi o meu filme preferido na infância, acredito que o assisti muitas vezes. Aquela música (me parece um solo de guitarra) que toca quando Júnior vai fazer algum arte é inesquecível.
Ficou marcado na minha memória, o estilingue, a dinamite e tudo mais.
Não posso deixar de comentar a beleza da Annie (Amy Yasbeck, mesma atriz que fez a esposa do 'Little' Bem Healy no primeiro filme), ela é maravilhosa. É bem curioso o fato de que John Ritter (ator que faz o pai de Júnior) casou-se com Amy alguns anos depois, inclusive, eles fizeram o papel de casal em outros filmes/séries, sendo que o casamento deles terminou infelizmente com a morte do mesmo.
Júnior não chega a ser um psicopata, creio que isso fica bem claro, ele tem sentimentos, apenas não foram bem estimulados, o que podemos considerar é que sua natureza é bem tempestuosa e arteira. rs
Gosto bastante da questão Pai e Filho do filme, um companheirismo que muitas vezes não é praticado nas famílias e que nesse filme é a base maior e também a mais nobre, tornando-o mais completo do que apenas uma simples comédia de uma garoto endiabrado
Olhe Para o Céu! A Incrível História do Superman
4.0 8Esse documentário é fantástico e emocionante. Ele é bem minucioso para contar a história do Superman desde os anos 1930 até 2006. Nos apresenta o verdadeiro significado universal do Superman, que é do estrangeiro que consegue atingir o máximo de suas virtudes numa nova terra. Pois sim, Kal-El é o ser mais virtuoso do planeta, a representação máxima do ideal de vida americano conservador. Precisamos de um super-herói para resgatar os bons valores de nossa civilização em crise e ninguém é mais indicado que o Homem de Aço. Antes de ter superpoderes, ele possui uma alma nobre, eis aí o segredo por trás de tamanha simplicidade na construção d'um personagem que ao mesmo tempo é altamente bem sucedido ao longo de décadas.
A Maldição de Chucky
2.6 1,3KO filme exige que tenhas em seu repertório, os outros cinco filmes envolvendo o boneco, para que tudo faça mais sentido. Não me recordo muito bem dos filmes, para poder compará-los com este que acabo de assistir, mas suponho que os dois primeiros sejam realmente melhores, até por serem os originais (o terceiro dá um pulo no tempo e tem um clima diferente).
O filme tem lá a sua diversão, a produção não parece ser das mais "fodásticas" de Hollywood, mas o filme não chega perto de ser tosco não.
Achei que souberam resgatar e completar a história de Chucky, de modo que no final dá uma certa expectativa para a provável continuação da franquia.
Somos Tão Jovens
3.3 2,0KFilme para fazer bilheteria e trazer algumas emoções usando da figura do Renato Manfredini Júnior. A biografia é parcial, porém fiel nos seus pontos principais. Talvez se estivesse esperando mais que isso, daí o descontentamento. Só posso dizer que não é nenhum marco, ao menos fora do mundinho de Legião Urbana.
Diria até mais, trata-se do retrato da geração dele que seguia esse viés musicalmente rebelde (ou rebelde e musical) em plena capital do país, mais do que a do próprio Renato Russo, que não foi explorado com a profundidade que a maioria pareceu esperar.
Assiste-se numa boa, permite cantarolar, até mesmo sentir leves emoções.
Numa leitura medíocre, o filme é ótimo, pois, carrega além do peso mitológico um leque de expectativas, de vibrações a seu favor, oriundas dos que um dia foram adeptos da tal "Religião Urbana", que permite uma análise menos exigente, por ser esta, mais aberta ao deslumbramento com os hinos de quem se diz geração coca-cola.
Hitchcock
3.7 1,1K Assista AgoraRaciocínio lógico: qualquer película relacionada com O Mestre, tem de ser no mínimo excelente, caso contrário, será sumariamente depredada por todos os amantes da sétima arte, principalmente pelos deslumbradores de sua genialidade, como eu.
Pois bem, ela está aí, em existência atemporal, talvez não tanto quanto a d'uns "Alfred Hitchcock's filmes", mas tem-se neste filme uma boa adaptação, uma necessariamente caricata representação do gênio em questão e de seu particular com a esposa e maior contribuinte para a execução, tal como foram, das incontáveis obras-primas que detêm a assinatura deste nato inglês, peculiar e incrivelmente único.
Pode-se dizer muito a respeito, das fabulosas adições fantasiosas, mas não tão irreais a respeito do psicológico de Sir Alfred Hitchcock, porém, devo me ater ao sumo disto tudo, que é um simples dizer que simplifique a maravilha que acabo de assistir.
Pois bem, seus produtores conseguiram manter a qualidade por todo o filme, qualidade essa que é obrigatoriamente necessária, já que indiscutivelmente corresponde ao assunto de que se trata.
A reprodução da época foi fiel a mesma e assim pôde-se levar a história a seus pontos de conflitos, sem talvez um grande clímax, que se houvesse, não consigo imaginar qual seria, visto que trata-se de uma história supostamente já conhecida pelo espectador, ou melhor, provável cinéfilo e declarado fã do universo Hitchcockiano.
O humor está presente e da forma que deve ser, uma bem sucedida referência às aberturas da excepcional série Alfred Hitchcock Presents, onde definitivamente a figura de sua silhueta é cravada na memória do público, sempre agraciado pelo sutil humor negro com sotaque e dedo inglês do mestre.
Trata-se do Making Of vivo de Psycho (1960), digo-o porque é mais que um documentário, bem mais, não só pelo formato de longa-metragem inspirado num livro, mas pela licença de uso da "poética hitchcockiana" que possui e que soube usar bem.
Não há decepção, somente apreciação e sentimento de maior proximidade com o nosso Hitch.
Os Penetras
2.6 1,1KO bom elenco nos traz esperanças aqui não correspondidas. O filme é fraco, porém não a nível de Agamenon, é possível assisti-lo todo numa boa, tem lá seus momentos divertidos.
A grande proposta não tão presente seria o retrato d'um Brasil naturalmente malandro, com determinados indivíduos especializados nessa arte da esperteza, da pilantragem.
O filme de fato poderia enveredar-se por caminhos de maior graça, talvez o erro esteja na escolha das condutas que teriam cada ator no filme, afinal, Adnet não pode ser tão engraçado quanto é, mesmo sem sair do contexto, poderia se explorar mais o que o público espera, já que é um filme mais "pipoca", dar-nos bom humor de forma incessante e saciar-nos de uma vez.
Dentre cinco, três estrelas é uma boa média.
Loki
4.4 180 Assista AgoraÉ surpreendente, é motivador, é esperançoso e por fim, um retratação básica de uma genialidade transcendente, que está além dos limites da normalidade.
A canção Balada do Louco é mais precisamente a Balada de
Arnaldo, assim como a de qualquer outro maluco beleza, qualquer outro desviado de um caminho tortuoso desta lamentável aceitação dos papéis sociais pré-determinados, da busca de um lugar comum dirigido por outrem, fadado ao apodrecimento da essência do ser único.
Os Mutantes materializam a representação de um dos momentos, senão o maior deles, da música brasileira e ouso dizer (embora nem ousadia seja, mas uma simples verdade) da música mundial.
Tirada a conclusão tão óbvia, porém tão pouco difundida, para a infelicidade de nós, admiradores dos mutantes, assim como somos também "eternos" mutantes em nosso mundo interno, algo de que o Arnaldo bem entendia, podemos dizer então que ele é a cabeça maior dos mutantes e portanto, a genialidade do homem é triplicada.
"Loki" era movido por si próprio, sua maior obra de arte (eis aqui minha completa veneração para o comportamento que considero ser o mais perfeito e que anseio para a minha pessoa também) e portanto, carregou sempre essa espécie de sina da loucura, algo que lhe ocorreu de fato em partes, devido ao abuso do LSD (ao menos é o que se entende nas entrevistas do documentário).
É um documentário rico, pois trata de uma mina de ouro, ou melhor, de uma nascente de ideias mais avançadas que o meio em que serão apresentadas.
Salve Loki,
Salve Arnaldo Dias Baptista!
Esperamos de coração que não vires bolor nunca.