Maria Cecília Faria

a claudia cardinale tá tão linda nesse filme!

eu não sei se falaram isso abaixo mas a impressão que o filme me deu foi a de duas histórias sendo contadas: a de um homem (rapaz, menino) e o desenrolar da amizade/ parceria/ fraternidade deste com outro; e a da cidade de nova iorque, mais precisamente do ponto de vista dos imigrantes que lá aportaram - não à toa a história começa nos 10 (a efervescência da imigração no país sendo de 1880 a 1920), a coney island (vista na cena em que ele compra passagem para fugir dali) sendo o símbolo máximo disso. os imigrantes são parte essencial da história da cidade mais significativa dos estados unidos. foi pensando no título que eu cheguei a essa suposição: no primeiro plano, um relato microcósmico; no segundo plano, a história da américa.

sobre as personagens: eu acho interessante esse hype todo com a falabella. ela não é má atriz. mas também não é boa. na proposta de fazer um personagem Intenso, Marcante, de Personalidade, ela gasta muita expressão o tempo todo, e as mesmas, de modo que nas cenas dramáticas a atuação dela não compensa, não se revela. parece que ela quer mostrar serviço demais e isso atrapalha. ninguém que eu conheço na vida real é assim (tudo que eu tô falando aqui é bem pessoal, claro).
o bomtempo, pelo contrário, tem uma atuação consistente, a personagem dele é a menos "atraente", mais "sem graça" e sem apelo, mas toda construída pra se mostrar no fim. há uma distribuição inteligente de expressões nela, humores e intensidades por cena - o que propicia o seu desenvolvimento ao longo do filme.