A série é boa, Andrew está bem, mas fico com a impressão de que foi dirigida por mais de um diretor, porque parece uma série na primeira metade (fluida, com bom timing, suspense, movimento) e outra série na segunda metade (sem timing, com roteiro disperso e alguns truques difíceis de engolir).
Entretém bastante e tem carisma! Mas é muito importante questionar certas coisas. Amei ver isso por aqui.
A babação de ovo em cima do Antoni é muito óbvia e cansativa. E ele é um dos que menos se envolve (o que seria dele sem abacate?);
O Karamo com uma heteronormatividade forçosa, dando em cima de um participante, levando o papel dele de cultura na série a umas terapiazinhas água-com-açúcar - com um ar eterno de autoconfiança-máxima-sorriso-no-rosto-24/7 que... cansa. Não parece real;
O fato de que há muita repetição nas propostas. Roupas, comida, cabelo...Presta-se mesmo atenção à individualidade dos participantes ou somente se segue *um* modelo a ser atingido?
Mas é uma boa série, tem seus bons momentos também. É leve, por vezes até engraçada. Talvez o melhor ep tenha sido o primeiro mesmo. Torço pra que a 2nd season seja mais ampla no modo de lidar e tratar os participantes.
E o mais importante: Jonathan lindo coração de toda a temporada ❤ (menção honrosa para Bobby o trabalhador)
O público reclama do ritmo da série, dizem que é lenta, fria, verborrágica - mas erram. Erram ao não perceber e apreciarem que ela é composta de dualidades: sanidade/insanidade, amor/ódio, calma/agressividade. E também a fina linha entre tais, representada magistralmente na ambígua relação Hannibal/Will Graham.
A cadência dos episódios têm sempre a violência e a beleza selvagem à manga. Assim como nos planos do protagonista, nada é por acaso, e a calma sempre precede a tempestade, ainda que belamente.
O último episódio foi o ápice da essência de Hannibal. Uma série que encerra de modo prematuro, porém perfeitamente. Refinada e selvagem como as maestrias culinárias do próprio Dr. Lecter.
Brinco, claro. Porém, eis aí uma metáfora nem tão demente assim. A série consegue prender e intrigar silenciosamente, com uma fotografia charmosa e sem exageros. Francesa em todos os termos e no melhor sentido. O tema, por si, é complexo e difícil de ser trabalhado (ao ler a sinopse, não parece, à primeira vista, um assunto estranho e até tosco?); portanto, se um enredo desses cai em más mãos, há tudo para se tornar kitsch e bobo ao extremo. Dizem que estão fazendo uma versão estadunidense já... Talvez devêssemos esperar pela Lindsay Lohan no papel de Léna. Prefiro esperar pela próxima temporada francesa enquanto faço piadas preconceituosas com a futura versão norte-americana.
Eu mesmo, que sou chato e há tempos abandono séries no meio do caminho, rendi-me a Les Revenants. A segunda temporada será mais que bem-vinda.
Prefiro a primeira temporada. Sim, mesmo com a produção mais tosca, o casal de pais que não rendeu lá grandes interpretações e a história mais simples; prefiro porque me rendeu sustos mais homéricos e possuía foco.
Lembro que me assustei e me entretive mais com os teasers da segunda temporada do que com os episódios em si. E eis um sinal de que algo esteve em desconcerto durante o passar dos episódios para mim.
A impressão que fiquei da segunda, ainda que positiva no fim das contas, é que tentaram juntar muitas histórias e sub-histórias, perdendo o deslizar do enredo. Extraterrestres, demônios, ambições, rivalidade entre ciência e religião, psicopatia, questões maternas, as reviravoltas da vida, abuso de poder... Tudo muito interessante, mas extremamente difícil de arquitetar decentemente ao longo de apenas 13 episódios. Foi um enredo disléxico e mais insano que seus personagens. Nisso, a série falhou miseravelmente.
Claro, nem tudo são desmerecimentos: as atuações foram muito superiores às da primeira (exceto pela Lange, sempre incrível), a fotografia e as edições também se destacaram. A temática-mór do hospício também é do caralho.
A inegável impressão que fica, porém, é de que as idéias que moveram a second season foram melhores que o resultado de um bagunçado desenvolvimento. Três estrelas e meia para uma temporada que poderia, com alguns acertos, ser um grande cinco.
mereceu o fim que teve. Não percebem que comportam-se exatamente como o protagonista ao longo de Death Note, decidindo quem merece morrer ou não, colocando-se acima do bem e do mal e enxergando-se como merecidos juízes?
Caem, portanto, na mesma armadilha megalomaníaca que tragou Light. Congratulations, y'all.
Anyway, anime incrível! Merece ser assistido e reassistido, a primeira temporada especialmente.
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Ripley
4.2 72 Assista AgoraA série é boa, Andrew está bem, mas fico com a impressão de que foi dirigida por mais de um diretor, porque parece uma série na primeira metade (fluida, com bom timing, suspense, movimento) e outra série na segunda metade (sem timing, com roteiro disperso e alguns truques difíceis de engolir).
Queer Eye: Mais Que um Makeover (1ª Temporada)
4.5 157Entretém bastante e tem carisma! Mas é muito importante questionar certas coisas. Amei ver isso por aqui.
A babação de ovo em cima do Antoni é muito óbvia e cansativa. E ele é um dos que menos se envolve (o que seria dele sem abacate?);
O Karamo com uma heteronormatividade forçosa, dando em cima de um participante, levando o papel dele de cultura na série a umas terapiazinhas água-com-açúcar - com um ar eterno de autoconfiança-máxima-sorriso-no-rosto-24/7 que... cansa. Não parece real;
O fato de que há muita repetição nas propostas. Roupas, comida, cabelo...Presta-se mesmo atenção à individualidade dos participantes ou somente se segue *um* modelo a ser atingido?
Mas é uma boa série, tem seus bons momentos também. É leve, por vezes até engraçada. Talvez o melhor ep tenha sido o primeiro mesmo. Torço pra que a 2nd season seja mais ampla no modo de lidar e tratar os participantes.
E o mais importante: Jonathan lindo coração de toda a temporada ❤
(menção honrosa para Bobby o trabalhador)
Hannibal (3ª Temporada)
4.3 766 Assista AgoraO público reclama do ritmo da série, dizem que é lenta, fria, verborrágica - mas erram. Erram ao não perceber e apreciarem que ela é composta de dualidades: sanidade/insanidade, amor/ódio, calma/agressividade. E também a fina linha entre tais, representada magistralmente na ambígua relação Hannibal/Will Graham.
A cadência dos episódios têm sempre a violência e a beleza selvagem à manga. Assim como nos planos do protagonista, nada é por acaso, e a calma sempre precede a tempestade, ainda que belamente.
O último episódio foi o ápice da essência de Hannibal. Uma série que encerra de modo prematuro, porém perfeitamente. Refinada e selvagem como as maestrias culinárias do próprio Dr. Lecter.
We've been served. And we loved it.
Les Revenants: A Volta dos Mortos (1ª Temporada)
4.5 318Les Revenants: sexy sem ser vulgar.
Brinco, claro. Porém, eis aí uma metáfora nem tão demente assim. A série consegue prender e intrigar silenciosamente, com uma fotografia charmosa e sem exageros. Francesa em todos os termos e no melhor sentido. O tema, por si, é complexo e difícil de ser trabalhado (ao ler a sinopse, não parece, à primeira vista, um assunto estranho e até tosco?); portanto, se um enredo desses cai em más mãos, há tudo para se tornar kitsch e bobo ao extremo. Dizem que estão fazendo uma versão estadunidense já... Talvez devêssemos esperar pela Lindsay Lohan no papel de Léna. Prefiro esperar pela próxima temporada francesa enquanto faço piadas preconceituosas com a futura versão norte-americana.
Eu mesmo, que sou chato e há tempos abandono séries no meio do caminho, rendi-me a Les Revenants. A segunda temporada será mais que bem-vinda.
American Horror Story: Asylum (2ª Temporada)
4.3 2,7KPrefiro a primeira temporada. Sim, mesmo com a produção mais tosca, o casal de pais que não rendeu lá grandes interpretações e a história mais simples; prefiro porque me rendeu sustos mais homéricos e possuía foco.
Lembro que me assustei e me entretive mais com os teasers da segunda temporada do que com os episódios em si. E eis um sinal de que algo esteve em desconcerto durante o passar dos episódios para mim.
A impressão que fiquei da segunda, ainda que positiva no fim das contas, é que tentaram juntar muitas histórias e sub-histórias, perdendo o deslizar do enredo. Extraterrestres, demônios, ambições, rivalidade entre ciência e religião, psicopatia, questões maternas, as reviravoltas da vida, abuso de poder... Tudo muito interessante, mas extremamente difícil de arquitetar decentemente ao longo de apenas 13 episódios. Foi um enredo disléxico e mais insano que seus personagens. Nisso, a série falhou miseravelmente.
Claro, nem tudo são desmerecimentos: as atuações foram muito superiores às da primeira (exceto pela Lange, sempre incrível), a fotografia e as edições também se destacaram. A temática-mór do hospício também é do caralho.
A inegável impressão que fica, porém, é de que as idéias que moveram a second season foram melhores que o resultado de um bagunçado desenvolvimento. Três estrelas e meia para uma temporada que poderia, com alguns acertos, ser um grande cinco.
Death Note (2ª Temporada)
4.3 400 Assista AgoraA ironia das ironias é composta por aqueles que dizem que Yagami Raito/Kira
mereceu o fim que teve. Não percebem que comportam-se exatamente como o protagonista ao longo de Death Note, decidindo quem merece morrer ou não, colocando-se acima do bem e do mal e enxergando-se como merecidos juízes?
Caem, portanto, na mesma armadilha megalomaníaca que tragou Light. Congratulations, y'all.
Anyway, anime incrível! Merece ser assistido e reassistido, a primeira temporada especialmente.