Daniel

"Eles guardaram o melhor para o final". Poucas vezes na história uma tagline foi tão mentirosa quanto esta. É surpreendente perceber como a série vinha, ainda que com algum dificuldade, se mantendo com conceitos intrigantes que faziam o expectador ficar sentado querendo ver até onde aquilo iria dar. O elenco de quinta categoria, cortesia desde o segundo filme - à exceção de Heather e Patricia Arquete - não atrapalhava (muito). Mas aqui a descida é para o inferno, quase que literalmente. É óbvio que muita coisa não faz sentido e nem o expectador senta diante de um filme com o nome "A Hora do Pesadelo" esperando algum sentido, mas aqui é demais. Não há absolutamente NADA que seja digno de atenção, ainda que em termos de conceito, já que não tem nenhum. Ao contrário, o roteiro puxa o argumento do primeiro filme de trazer Freddy para o mundo real para matá-lo. Mas Wes Craven já tinha feito isso e com mais propriedade 7 anos antes. O argumento é simplesmente repetido aqui e "bum!", lá se foi o Freddy... simples assim... e ainda os créditos finais com direito a um "RIP" mostram de forma inquestionável que este é, de fato, o fim... vagabundo assim... nem pra dar uma deixa de continuação para pelo menos assumir que é vagabundo. Mais vagabundo que o título "Capítulo Final" de Sexta-Feira 13 - Parte 4. Parece mais que tava todo mundo de saco cheio do Freddy e, falando em Jason, aproveitando que ele já tinha tido seu horrível canto do cisne 2 anos antes com o péssimo Sexta-Feira 13 - Parte 8, resolveram dar um final patético para o pedófilo assassino da Rua Elm. Uma pena.

Ser dirigido por uma mulher traz algumas coisas diferentes para o que seria apenas mais um slasher. Mas mesmo assim, não tem nada de muito novo. Não revoluciona, mas também não ofende.

Sorvete de baunilha "twist"... Só essa cena já vale o filme inteiro pela sua crueza.