É jogo de assistir ou filme de jogar? '-' Consegui compreender o objetivo principal do filme com a interação interessante, na qual, lideramos a vida de outra pessoa pelo meio da tecnologia, invadindo suas escolhas e privacidades. O que me faz pensar é que sofremos dessa invasão no dia a dia pelas redes sociais, pela mídia ou pessoalmente; ambas tem a capacidade de manipulação subjetiva e até objetiva. A vida pública pode trazer consequências implícitas no dia a dia. Escolhas, por mais simples que elas sejam, podem afetar drasticamente o rumo de objetivos e conquistas pessoais; e ninguém melhor do que si próprio para decidi-las.
Só tenho um apontamento: Pelo que ficou claro no começo do filme quem tomaria o rumo e as decisões do filme era quem estivera assistindo, porém, no caso de escolhas "erradas" automaticamente volta tudo do início e é necessário escolher outra opção... E isso é chato. Mas a ideia da interação é ótima.
[/spoiler] O filme me trouxe diversas reflexões. A ideia proposta de criar um menino-robô que consiga amar e sonhar foi "absurda" para muitos presentes, e a questão principal foi: "Será que um humano conseguiria ama-lo?" Com a tecnologia avançada conseguiram criar tal robô com a "possibilidade" de sentir e de demonstrar sentimentos ao ser ativado pela mãe adotiva, que de certa forma, tentou substituir o filho que estaria bastante doente. O que inevitavelmente me levou a pensar, como poderia uma mãe tentar substituir o filho por um robô? Não seria um pensamento precipitado? O que está em questão vai além da maternidade, está relacionado a possibilidade do ser humano em transmitir afeto por uma máquina, algo incapaz de sentir ou demonstrar algum tipo de sentimento; o que de fato me fez pensar é que não é necessário ser um robô, tão pouco ter algum tipo de relação familiar ou construtiva, na atualidade muitas pessoas dizem morrer se acontecer algo com algum aparelho eletrônico, dizem amar seus telefones-celulares e que preferem dar a vida para que nada os aconteça. O que entra notavelmente a crítica sobre os valores humanos... Na minha interpretação, a questão sobre o ser humano amar um robô foi excepcional, até por que, seria capaz o ser humano saber o que é amar até mesmo um outro humano? E seria realmente possível uma máquina sentir sentimentos verdadeiros? Ou seriam eles falsos e somente coordenados e equipados? Contudo, penso que o menino-robô foi simplesmente projetado especificamente para falar certas coisas e "sentir" o "amor". Já o segundo objetivo que era com que ele sonhasse pode ter tido êxito, já que o conto de fada tem o papel de iludir, fazendo com que sonhem com o impossivel. [spoiler]
Observando a complexidade do filme e com base em outras referências, o filme é ótimo. O filme tem como principal objetivo despertar a realidade do ato no qual muitos negam; O efeito da droga e/ou bebida alcoólica no corpo do ser humano simplesmente despertam e retiram as máscaras, o verdadeiro "eu" da pessoa que ingere qualquer um dos tipos de substâncias químicas torna-se perceptível e ativo. A máscara é necessária, como uma proteção, um escudo que usamos no dia a dia; não necessariamente hipócrita e falsa, porém, o filme revela especificamente a realidade "assustadora" do ser humano ao demonstrar ser o que realmente é. Como no filme "O Primeiro Mentiroso", dizer a realidade e somente a verdade pode-se trazer uma sensação prazerosa (alívio em dizer a verdade), ou extremamente ridicularizada podendo causar um caos na convivência humana. “O homem é um ser que teme a si mesmo, porque, de sua consciência, se percebe como parte deste mar excessivo que é a vida. (…) A condição para a constituição de um si mesmo é a adoção de limites”. Trecho do livro: "O Homem que Sabe" - Viviane Mosé.
Black Mirror: Bandersnatch
3.5 1,4KÉ jogo de assistir ou filme de jogar? '-'
Consegui compreender o objetivo principal do filme com a interação interessante, na qual, lideramos a vida de outra pessoa pelo meio da tecnologia, invadindo suas escolhas e privacidades.
O que me faz pensar é que sofremos dessa invasão no dia a dia pelas redes sociais, pela mídia ou pessoalmente; ambas tem a capacidade de manipulação subjetiva e até objetiva. A vida pública pode trazer consequências implícitas no dia a dia. Escolhas, por mais simples que elas sejam, podem afetar drasticamente o rumo de objetivos e conquistas pessoais; e ninguém melhor do que si próprio para decidi-las.
Só tenho um apontamento:
Pelo que ficou claro no começo do filme quem tomaria o rumo e as decisões do filme era quem estivera assistindo, porém, no caso de escolhas "erradas" automaticamente volta tudo do início e é necessário escolher outra opção... E isso é chato.
Mas a ideia da interação é ótima.
A.I. Inteligência Artificial
3.9 2,0K Assista Agora[/spoiler]
O filme me trouxe diversas reflexões. A ideia proposta de criar um menino-robô que consiga amar e sonhar foi "absurda" para muitos presentes, e a questão principal foi: "Será que um humano conseguiria ama-lo?"
Com a tecnologia avançada conseguiram criar tal robô com a "possibilidade" de sentir e de demonstrar sentimentos ao ser ativado pela mãe adotiva, que de certa forma, tentou substituir o filho que estaria bastante doente. O que inevitavelmente me levou a pensar, como poderia uma mãe tentar substituir o filho por um robô? Não seria um pensamento precipitado?
O que está em questão vai além da maternidade, está relacionado a possibilidade do ser humano em transmitir afeto por uma máquina, algo incapaz de sentir ou demonstrar algum tipo de sentimento; o que de fato me fez pensar é que não é necessário ser um robô, tão pouco ter algum tipo de relação familiar ou construtiva, na atualidade muitas pessoas dizem morrer se acontecer algo com algum aparelho eletrônico, dizem amar seus telefones-celulares e que preferem dar a vida para que nada os aconteça. O que entra notavelmente a crítica sobre os valores humanos...
Na minha interpretação, a questão sobre o ser humano amar um robô foi excepcional, até por que, seria capaz o ser humano saber o que é amar até mesmo um outro humano?
E seria realmente possível uma máquina sentir sentimentos verdadeiros? Ou seriam eles falsos e somente coordenados e equipados?
Contudo, penso que o menino-robô foi simplesmente projetado especificamente para falar certas coisas e "sentir" o "amor". Já o segundo objetivo que era com que ele sonhasse pode ter tido êxito, já que o conto de fada tem o papel de iludir, fazendo com que sonhem com o impossivel.
[spoiler]
The 100 Years Show
4.4 10Aquele exemplo. Poderia ser mais longo.
Urge: Droga Mortal
1.8 122 Assista AgoraObservando a complexidade do filme e com base em outras referências, o filme é ótimo. O filme tem como principal objetivo despertar a realidade do ato no qual muitos negam; O efeito da droga e/ou bebida alcoólica no corpo do ser humano simplesmente despertam e retiram as máscaras, o verdadeiro "eu" da pessoa que ingere qualquer um dos tipos de substâncias químicas torna-se perceptível e ativo. A máscara é necessária, como uma proteção, um escudo que usamos no dia a dia; não necessariamente hipócrita e falsa, porém, o filme revela especificamente a realidade "assustadora" do ser humano ao demonstrar ser o que realmente é. Como no filme "O Primeiro Mentiroso", dizer a realidade e somente a verdade pode-se trazer uma sensação prazerosa (alívio em dizer a verdade), ou extremamente ridicularizada podendo causar um caos na convivência humana.
“O homem é um ser que teme a si mesmo, porque, de sua consciência, se percebe como parte deste mar excessivo que é a vida. (…) A condição para a constituição de um si mesmo é a adoção de limites”. Trecho do livro: "O Homem que Sabe" - Viviane Mosé.