Dexter: New Blood tem uma construção de roteiro digna das melhores temporadas de Dexter, todos os episódios parecem saber exatamente onde querem levar e porque aquela história está sendo contada. Em um mundo cheio de produções cercadas de nostalgia apenas pelo fan-service e novos filmes e séries ignorando seus erros do passado, Dexter surge como uma luz, que não apenas assume seus erros do passado, mas os trabalha para que possam ser corrigidos da maneira correta.
Não acho o final decepcionante como a maioria tem colocado, acho que o que faltou na série foram talvez mais dois ou três episódios, para que os eventos do último minuto pudessem ser um pouco mais justificados e acertados, mas ainda assim, foi um presente para os fãs ter a oportunidade de ver Dexter mais uma vez.
Uma das animações mais bonitas e interessantes da década de 2010. Em um mundo onde tudo é extremamente explicado e pouco é deixado para a imaginação, Over The Garden Wall oferece um mundo que existe por si só, sem precisar ser explicado e mastigado, deixando que o espectador possa mergulhar e conhecer essa mundo assim como os personagens.
A falta de uma explicação concreta para tudo que está acontecendo deixa as coisas ainda melhores, cada um pode ter sua própria interpretação dos fatos e levar a animação de diferentes maneiras, é a animação perfeita de Halloween e vale ser re-assistida todos os anos.
Midnight Mass é provavelmente minha série preferida da Netflix e na minha opinião é a melhor coisa que Mike Flanagan já fez. Do ponto de vista de direção, fotografia, atuação, roteiro tudo funciona de maneira quase perfeita, proporcionando uma experiência completamente imersiva desde o início da série. Nas entrelinhas, é uma das obras mais interessantes sobre fanatismo religioso feitas nos últimos tempos.
É muito difícil hoje em dia um estúdio tentar vender um filme ou uma série que não é exatamente aquilo que parece ser, e é muito mais difícil sermos surpreendidos por esse tipo de narrativa quando sentamos para assistir algo. Em 2021, duas grandes obras do cinema mainstream conseguiram quebrar essa barreira, Malignant de James Wan e Midnight Mass de Mike Flanagan. Eu realmente fui assistir essa série sem saber absolutamente nada sobre ela e no momento que a narrativa se mostra ao que realmente veio, eu estava completamente hipnotizado pela construção de atmosfera de Flanagan.
Usar o vampirismo como uma metáfora religiosa é extremamente corajoso e talvez para algumas pessoas até mesmo ofensivo, mas funciona tão bem aqui que é difícil não se incomodar com o que está sendo visto e não perceber o tamanho das semelhanças existentes entre determinados personagens e pessoas da vida real. Flanagan mais uma vez usa elementos clássicos do horror para dar luz ao horror mais assustador de todos, o horror do mundo real e o horror que permitimos que aconteça no nosso dia a dia e diante do nossos olhos, como se não fosse nada de demais.
Acho que o envolvimento com a série vai muito da experiência que cada um teve até mesmo com religião, podendo ir de algo extremamente acolhedor e compreensivo até algo que certas pessoas podem julgar como uma falta de respeito a própria religião em si, como todo bom horror, cumpre seu papel de incomodar e gerar reflexão. Nasce um clássico.
Uma mistura de Lynch, Cronenberg, Bruxas, Gore e anos 90 é difícil não ser completamente sugado pela atmosfera que essa série cria e acho a ambientação e os visuais dela funcionam até mesmo melhor do que seu roteiro e história.
Brand New Cherry Flavor não se preocupa em entregar uma história fechada ou convencional, funciona muito mais como um conto místico de vingança em uma Los Angeles dos anos 90 do que o clássico formato de vingança que estamos tão acostumados. É um dos achados do ano dentro da Netflix e é até melhor que tenha fechado como uma minissérie e funcione tão bem dentro da proposta.
É impressionante como toda vez que eu assisto qualquer filme relacionado a Resident Evil eu prometo para mim que será a última vez. Tem algumas referências legais ao game, mas é o tipo de filme que não faria a menor diferença se nunca tivesse sido feito.
Dividiram em quatro partes para você pode assistir em doses homeopáticas e sofrer um pouco menos.
É engraçado como tanta gente engole e coloca em um pedestal qualquer produção gringa da Netflix que repita inúmeros clichês e entregue qualquer coisa, mas quando é pra assistir algo nacional, cada mínimo detalhe importa. Desalma tem sim seus problemas, mas só o fato dela existir já é uma vitória tremenda para produções nacionais, já que o gênero de suspense e de horror parece ser o tempo todo menosprezado e ignorado por grandes produções nacionais.
Desalma consegue entregar um roteiro bem amarrado que apesar de seu ritmo lendo, consegue prender bem aqueles que curtem o gênero, é bem claro de onde a produção tira suas inspirações e eu não vejo isso como um problema, acho muito difícil encontrar produções que não tenham sido influenciadas por antes que vieram antes. Acho um dos pontos fortes da série a sua fotografia, principalmente quando somos levados de volta há 1988.
Tirando as atuações um tanto quanto teatrais demais (Mas que infelizmente é uma tendência na maioria das produções brasileiras), Desalma é uma série extremamente imersiva e interessante, que explora diversos aspectos da horror e do suspense e entrega uma excelente história de fantasmas, além de trazer um pouco da cultura Ucraniana e de imigração para dentro do contexto do Brasil.
Talvez tenha sido o fato de ter apenas 8 episódios ou todos eles terem girado muito ao redor do mesmo tema, mas a segunda temporada de Death, Love, Robots acaba por deixar um pouco a desejar, não pela qualidade de suas animações que continua sendo impecável, mas por perder a chance de se aprofundar em temas que a primeira temporada tocou, principalmente na atual situação do mundo. Mas ainda assim, tem alguns episódios memoráveis.
Uma matéria do Fantástico divido em quatro partes. O documentário até acerta em momentos que tenta contar a carreira da Karol, tentando mostrar talvez para um público que só a conheceu através do BBB que ela é maior do que o programa e tem um carreira construída muito antes dele, mas fora isso são erros atrás de erros.
É mais uma tentativa da globo de gerar mais um subproduto do BBB 21 do que de realmente ajudar a Karol ou propor uma redenção para ela, o fato de ela ficar vendo replays em um formato meio Luciano Huck não trás nada que já não tenha sido visto desde que ela foi eliminada e acho que acaba mais atrapalhando a Karol do que ajudando ela a reconstruir alguma coisa.
Todo mundo sabe que a Globo conseguia entregar mais ou algo melhor, mas serve para continuar mantendo o BBB em alta mesmo depois do fim do programa.
David Lynch e Mark Foster conseguiram de novo, e tudo isso foi feito tirando uma com todo mundo que entrou na onda da nostalgia pela nostalgia. O fim da década de 2010 observou um revival da década de 90 com obras que serviam apenas como um fan service barato para reviver uma nostalgia qualquer, o retorno de Twin Peaks passa longe disso.
Essa temporada é aquilo que Lynch sempre quis que a série fosse, com uma liberdade criativa e um grande orçamento em mãos, Lynch entrega não aquilo que os fãs nostálgicos esperam, mas a história que ele quer contar, cheia de elementos e estéticas que marcaram sua carreira ao longo dos anos.
Acho que todo mundo que é fã do cinema de Lynch sabe que não existem respostas prontas, e cabe a cada um tentar avaliar e ligar os pontos para chegar em um conclusão própria. Joga fora tudo que foi colocado na 2ª temporada por pura pressão da rede de televisão e usa Fire Walk With Me e Missing Pieces como partes extremamente importantes de uma história muito maior.
"I hope I see all of you again. Every one of you."
Apesar da saída de Lynch deixar claramente um buraco na série, que ficou lotada de fillers e releva seu principal mistério de um jeito muito rápido, a atmosfera de Twin Peaks continua a salvar e fazer com que todo episódio seja divertido, mesmo quando o humor fica um pouco exagerado ou quando nada do enredo vai muito para frente. É sempre um convite para tomar um café.
É difícil falar alguma coisa da primeira temporada de Twin Peaks, são 8 episódios que são perfeitos do começo ao fim em criar uma atmosfera quase mágica para série, sustentar ela com humor, suspense e diversos outros gêneros que na época nunca tinham chegado na televisão dessa maneira. A primeira temporada tem boas atuações, uma fotografia incrível e uma direção melhor ainda, mesmo para as pessoas que não estão acostumadas com o cinema de Lynch conseguiram abraçar a série por todos esses anos, que continua a funcionar e sempre vai atrair novas pessoas para Twin Peaks.
Eu poderia escrever inúmeras coisas sobre essa série, mas a tristeza que estou sentindo depois de terminar não vai me permitir, então é isso. Uma das melhores séries de 2020.
Assistir Neon Genesis: Evangelion durante uma pandemia de assola o mundo e obriga boa parte dele a ficar trancado em casa confrontando sua própria solidão foi definitivamente uma grande experiência. O início do anime nos coloca em uma realidade pós-apocalíptica, a realidade que um artista em 1995 imaginava para um futuro onde o presente era composto por constantes ameaças de guerras nucleares, desastres como o de Chernobly e a cicatriz que nunca se fechou de Hiroshima e Nagasaki.
O que o futuro de 2020 nos reserva? O que será o mundo daqui 25 anos? Assim como em Evangelion, isso não importa e é ai que está a beleza de Evangelion. A realidade enfrentada pro Shinji não é o ponto central da série, os conflitos enfrentados por ele dentro de sua cabeça são. A humanidade de Shinji nos incomoda porque nós faz lembrar das máscaras que vestimos todos os dias, ainda mais nos dias atuais.
"Você é um piloto de Eva e ainda mora com a Misato, poxa como eu tenho inveja de você" e porque mesmo assim Shinji não é feliz? Porque constantemente ouvimos que devemos ser mais gratos pelas coisas que possuímos e outros não tem? Porque nem sempre o que temos, foi o que nós queríamos ter. Por melhor que a situação de alguém possa parecer para você, você apenas está olhando o "eu" criado dentro da sua cabeça sobre essa pessoa e é esse o conceito principal da série. É sobre isso que Evangelion é, é sobre a solidão, sobre a dor, sobre se encontrar em um mundo que está constantemente cobrando coisas da gente, coisas que nós não parecemos ter, certezas que nós parecemos não possuir. Um mundo que constantemente nos cobra coragem, mas nos vende medo e mesmo assim, assim como Shinji, nós queremos estar vivos nisso, nós precisamos estar vivos nisso.
Por mais dolorida que nossa realidade seja hoje, e por mais solitário que o mundo pareça, nós precisamos descobrir quem somos dentro disso e perceber que as vozes da nossa cabeça nem sempre estão certas, perceber que no final de contas, nós só somos humanos.
Adeus, mãe. Obrigado, pai E a todas as crianças do mundo, parabéns.
"Sometimes life's a bitch and then you keep living"
Sinto que me despedi de um amigo, de um amigo que está na minha vida desde 2014 e sempre soube o que falar na hora certa. Fico feliz que a série tenha acabado sem um final redondo, feliz e com tudo fechado, afinal a vida é assim. Não existe nenhum momento mágico onde finalmente tudo se resolve, todos os dias temos que acordar e lidar com a vida, com nossos medos, nossos traumas e nossas incertezas. No final Bojack não foi uma série sobre ser triste, sobre ser auto-destrutivo. Foi uma série sobre ser humano, sobre errar, se arrepender, sobre perder e se perdoar, foi uma série sobre a vida do jeito mais honesto possível. Obrigado meu amigo.
Comparar Desventuras em Série da Netflix com o filme de 2004 é injusto por um simples motivo, enquanto o filme focava como alvo pessoas que não estavam familiarizadas com os livros, a série aponta justamente para o contrário. As pessoas que já leram todos os livros da série conseguem pegar detalhes que quem não leu não consegue
Desde a introdução da C.S.C até o Conde Olaf dizer que não consegue encontrar o açucareiro
e por isso para algumas pessoas acaba se tornando monótona demais, porque busca a fundo a alma dos livros onde o universo é muito mais sombrio e momentos de alívio cômico são raros (Principalmente nos últimos livros da série). Achei a série fiel a sua proposta, um prato cheio para quem é fã dos livros e uma boa introdução para quem não está familiarizado com o universo de Desventuras em Série. Quem já leu os livros sabe que as próximas temporadas devem apresentar cada vez mais a "mitologia" por trás da história dos Baudelaire.
"O mundo aqui silencia"
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Obi-Wan Kenobi
3.4 312 Assista AgoraCoisas que tiveram hype e absolutamente ninguém vai lembrar que existiram daqui 3 dias.
Dexter: Sangue Novo
3.7 396Dexter: New Blood tem uma construção de roteiro digna das melhores temporadas de Dexter, todos os episódios parecem saber exatamente onde querem levar e porque aquela história está sendo contada. Em um mundo cheio de produções cercadas de nostalgia apenas pelo fan-service e novos filmes e séries ignorando seus erros do passado, Dexter surge como uma luz, que não apenas assume seus erros do passado, mas os trabalha para que possam ser corrigidos da maneira correta.
Não acho o final decepcionante como a maioria tem colocado, acho que o que faltou na série foram talvez mais dois ou três episódios, para que os eventos do último minuto pudessem ser um pouco mais justificados e acertados, mas ainda assim, foi um presente para os fãs ter a oportunidade de ver Dexter mais uma vez.
O Segredo Além do Jardim
4.7 222 Assista AgoraUma das animações mais bonitas e interessantes da década de 2010. Em um mundo onde tudo é extremamente explicado e pouco é deixado para a imaginação, Over The Garden Wall oferece um mundo que existe por si só, sem precisar ser explicado e mastigado, deixando que o espectador possa mergulhar e conhecer essa mundo assim como os personagens.
A falta de uma explicação concreta para tudo que está acontecendo deixa as coisas ainda melhores, cada um pode ter sua própria interpretação dos fatos e levar a animação de diferentes maneiras, é a animação perfeita de Halloween e vale ser re-assistida todos os anos.
Missa da Meia-Noite
3.9 730Midnight Mass é provavelmente minha série preferida da Netflix e na minha opinião é a melhor coisa que Mike Flanagan já fez. Do ponto de vista de direção, fotografia, atuação, roteiro tudo funciona de maneira quase perfeita, proporcionando uma experiência completamente imersiva desde o início da série. Nas entrelinhas, é uma das obras mais interessantes sobre fanatismo religioso feitas nos últimos tempos.
É muito difícil hoje em dia um estúdio tentar vender um filme ou uma série que não é exatamente aquilo que parece ser, e é muito mais difícil sermos surpreendidos por esse tipo de narrativa quando sentamos para assistir algo. Em 2021, duas grandes obras do cinema mainstream conseguiram quebrar essa barreira, Malignant de James Wan e Midnight Mass de Mike Flanagan. Eu realmente fui assistir essa série sem saber absolutamente nada sobre ela e no momento que a narrativa se mostra ao que realmente veio, eu estava completamente hipnotizado pela construção de atmosfera de Flanagan.
Usar o vampirismo como uma metáfora religiosa é extremamente corajoso e talvez para algumas pessoas até mesmo ofensivo, mas funciona tão bem aqui que é difícil não se incomodar com o que está sendo visto e não perceber o tamanho das semelhanças existentes entre determinados personagens e pessoas da vida real. Flanagan mais uma vez usa elementos clássicos do horror para dar luz ao horror mais assustador de todos, o horror do mundo real e o horror que permitimos que aconteça no nosso dia a dia e diante do nossos olhos, como se não fosse nada de demais.
Acho que o envolvimento com a série vai muito da experiência que cada um teve até mesmo com religião, podendo ir de algo extremamente acolhedor e compreensivo até algo que certas pessoas podem julgar como uma falta de respeito a própria religião em si, como todo bom horror, cumpre seu papel de incomodar e gerar reflexão. Nasce um clássico.
Vingança Sabor Cereja
3.6 107 Assista AgoraUma mistura de Lynch, Cronenberg, Bruxas, Gore e anos 90 é difícil não ser completamente sugado pela atmosfera que essa série cria e acho a ambientação e os visuais dela funcionam até mesmo melhor do que seu roteiro e história.
Brand New Cherry Flavor não se preocupa em entregar uma história fechada ou convencional, funciona muito mais como um conto místico de vingança em uma Los Angeles dos anos 90 do que o clássico formato de vingança que estamos tão acostumados. É um dos achados do ano dentro da Netflix e é até melhor que tenha fechado como uma minissérie e funcione tão bem dentro da proposta.
Resident Evil: No Escuro Absoluto
2.8 110É impressionante como toda vez que eu assisto qualquer filme relacionado a Resident Evil eu prometo para mim que será a última vez. Tem algumas referências legais ao game, mas é o tipo de filme que não faria a menor diferença se nunca tivesse sido feito.
Dividiram em quatro partes para você pode assistir em doses homeopáticas e sofrer um pouco menos.
Desalma (1ª Temporada)
3.8 195É engraçado como tanta gente engole e coloca em um pedestal qualquer produção gringa da Netflix que repita inúmeros clichês e entregue qualquer coisa, mas quando é pra assistir algo nacional, cada mínimo detalhe importa. Desalma tem sim seus problemas, mas só o fato dela existir já é uma vitória tremenda para produções nacionais, já que o gênero de suspense e de horror parece ser o tempo todo menosprezado e ignorado por grandes produções nacionais.
Desalma consegue entregar um roteiro bem amarrado que apesar de seu ritmo lendo, consegue prender bem aqueles que curtem o gênero, é bem claro de onde a produção tira suas inspirações e eu não vejo isso como um problema, acho muito difícil encontrar produções que não tenham sido influenciadas por antes que vieram antes. Acho um dos pontos fortes da série a sua fotografia, principalmente quando somos levados de volta há 1988.
Tirando as atuações um tanto quanto teatrais demais (Mas que infelizmente é uma tendência na maioria das produções brasileiras), Desalma é uma série extremamente imersiva e interessante, que explora diversos aspectos da horror e do suspense e entrega uma excelente história de fantasmas, além de trazer um pouco da cultura Ucraniana e de imigração para dentro do contexto do Brasil.
Amor, Morte e Robôs (Volume 2)
3.8 371Talvez tenha sido o fato de ter apenas 8 episódios ou todos eles terem girado muito ao redor do mesmo tema, mas a segunda temporada de Death, Love, Robots acaba por deixar um pouco a desejar, não pela qualidade de suas animações que continua sendo impecável, mas por perder a chance de se aprofundar em temas que a primeira temporada tocou, principalmente na atual situação do mundo. Mas ainda assim, tem alguns episódios memoráveis.
A Vida Depois do Tombo
3.0 105Uma matéria do Fantástico divido em quatro partes. O documentário até acerta em momentos que tenta contar a carreira da Karol, tentando mostrar talvez para um público que só a conheceu através do BBB que ela é maior do que o programa e tem um carreira construída muito antes dele, mas fora isso são erros atrás de erros.
É mais uma tentativa da globo de gerar mais um subproduto do BBB 21 do que de realmente ajudar a Karol ou propor uma redenção para ela, o fato de ela ficar vendo replays em um formato meio Luciano Huck não trás nada que já não tenha sido visto desde que ela foi eliminada e acho que acaba mais atrapalhando a Karol do que ajudando ela a reconstruir alguma coisa.
Todo mundo sabe que a Globo conseguia entregar mais ou algo melhor, mas serve para continuar mantendo o BBB em alta mesmo depois do fim do programa.
Twin Peaks (3ª Temporada)
4.4 621 Assista AgoraDavid Lynch e Mark Foster conseguiram de novo, e tudo isso foi feito tirando uma com todo mundo que entrou na onda da nostalgia pela nostalgia. O fim da década de 2010 observou um revival da década de 90 com obras que serviam apenas como um fan service barato para reviver uma nostalgia qualquer, o retorno de Twin Peaks passa longe disso.
Essa temporada é aquilo que Lynch sempre quis que a série fosse, com uma liberdade criativa e um grande orçamento em mãos, Lynch entrega não aquilo que os fãs nostálgicos esperam, mas a história que ele quer contar, cheia de elementos e estéticas que marcaram sua carreira ao longo dos anos.
Acho que todo mundo que é fã do cinema de Lynch sabe que não existem respostas prontas, e cabe a cada um tentar avaliar e ligar os pontos para chegar em um conclusão própria. Joga fora tudo que foi colocado na 2ª temporada por pura pressão da rede de televisão e usa Fire Walk With Me e Missing Pieces como partes extremamente importantes de uma história muito maior.
"I hope I see all of you again. Every one of you."
Twin Peaks (2ª Temporada)
4.2 299Apesar da saída de Lynch deixar claramente um buraco na série, que ficou lotada de fillers e releva seu principal mistério de um jeito muito rápido, a atmosfera de Twin Peaks continua a salvar e fazer com que todo episódio seja divertido, mesmo quando o humor fica um pouco exagerado ou quando nada do enredo vai muito para frente. É sempre um convite para tomar um café.
Twin Peaks (1ª Temporada)
4.5 522É difícil falar alguma coisa da primeira temporada de Twin Peaks, são 8 episódios que são perfeitos do começo ao fim em criar uma atmosfera quase mágica para série, sustentar ela com humor, suspense e diversos outros gêneros que na época nunca tinham chegado na televisão dessa maneira. A primeira temporada tem boas atuações, uma fotografia incrível e uma direção melhor ainda, mesmo para as pessoas que não estão acostumadas com o cinema de Lynch conseguiram abraçar a série por todos esses anos, que continua a funcionar e sempre vai atrair novas pessoas para Twin Peaks.
Euphoria: Trouble Don't Last Always
4.3 154Uma sessão de terapia gratuita.
A Maldição da Mansão Bly
3.9 922 Assista AgoraEu poderia escrever inúmeras coisas sobre essa série, mas a tristeza que estou sentindo depois de terminar não vai me permitir, então é isso. Uma das melhores séries de 2020.
GDLK
4.3 59 Assista AgoraSó confirmou o que eu já sabia, Doom é o melhor jogo que já foi feito.
Dark (3ª Temporada)
4.3 1,3KEm algum mundo, Schopenhauer e Nietzsche estão terminando de assistir Dark com um sorriso no rosto. Que série meus amigos, que série.
Neon Genesis Evangelion
4.5 328 Assista AgoraAssistir Neon Genesis: Evangelion durante uma pandemia de assola o mundo e obriga boa parte dele a ficar trancado em casa confrontando sua própria solidão foi definitivamente uma grande experiência. O início do anime nos coloca em uma realidade pós-apocalíptica, a realidade que um artista em 1995 imaginava para um futuro onde o presente era composto por constantes ameaças de guerras nucleares, desastres como o de Chernobly e a cicatriz que nunca se fechou de Hiroshima e Nagasaki.
O que o futuro de 2020 nos reserva? O que será o mundo daqui 25 anos? Assim como em Evangelion, isso não importa e é ai que está a beleza de Evangelion. A realidade enfrentada pro Shinji não é o ponto central da série, os conflitos enfrentados por ele dentro de sua cabeça são. A humanidade de Shinji nos incomoda porque nós faz lembrar das máscaras que vestimos todos os dias, ainda mais nos dias atuais.
"Você é um piloto de Eva e ainda mora com a Misato, poxa como eu tenho inveja de você" e porque mesmo assim Shinji não é feliz? Porque constantemente ouvimos que devemos ser mais gratos pelas coisas que possuímos e outros não tem? Porque nem sempre o que temos, foi o que nós queríamos ter. Por melhor que a situação de alguém possa parecer para você, você apenas está olhando o "eu" criado dentro da sua cabeça sobre essa pessoa e é esse o conceito principal da série. É sobre isso que Evangelion é, é sobre a solidão, sobre a dor, sobre se encontrar em um mundo que está constantemente cobrando coisas da gente, coisas que nós não parecemos ter, certezas que nós parecemos não possuir. Um mundo que constantemente nos cobra coragem, mas nos vende medo e mesmo assim, assim como Shinji, nós queremos estar vivos nisso, nós precisamos estar vivos nisso.
Por mais dolorida que nossa realidade seja hoje, e por mais solitário que o mundo pareça, nós precisamos descobrir quem somos dentro disso e perceber que as vozes da nossa cabeça nem sempre estão certas, perceber que no final de contas, nós só somos humanos.
Adeus, mãe.
Obrigado, pai
E a todas as crianças do mundo, parabéns.
BoJack Horseman (6ª Temporada)
4.6 296 Assista Agora"Sometimes life's a bitch and then you keep living"
Sinto que me despedi de um amigo, de um amigo que está na minha vida desde 2014 e sempre soube o que falar na hora certa. Fico feliz que a série tenha acabado sem um final redondo, feliz e com tudo fechado, afinal a vida é assim. Não existe nenhum momento mágico onde finalmente tudo se resolve, todos os dias temos que acordar e lidar com a vida, com nossos medos, nossos traumas e nossas incertezas. No final Bojack não foi uma série sobre ser triste, sobre ser auto-destrutivo. Foi uma série sobre ser humano, sobre errar, se arrepender, sobre perder e se perdoar, foi uma série sobre a vida do jeito mais honesto possível. Obrigado meu amigo.
Desventuras em Série (1ª Temporada)
3.9 600 Assista AgoraComparar Desventuras em Série da Netflix com o filme de 2004 é injusto por um simples motivo, enquanto o filme focava como alvo pessoas que não estavam familiarizadas com os livros, a série aponta justamente para o contrário. As pessoas que já leram todos os livros da série conseguem pegar detalhes que quem não leu não consegue
Desde a introdução da C.S.C até o Conde Olaf dizer que não consegue encontrar o açucareiro
Achei a série fiel a sua proposta, um prato cheio para quem é fã dos livros e uma boa introdução para quem não está familiarizado com o universo de Desventuras em Série. Quem já leu os livros sabe que as próximas temporadas devem apresentar cada vez mais a "mitologia" por trás da história dos Baudelaire.
"O mundo aqui silencia"