A genialidade da série, se eu posso usar essa palavra, é o quanto de atenção é dada a cada passo do Walter para se tornar um vilão. Nós começamos a assistir basicamente um bom cérebro virar -- você adivinhou, mau. Nós vemos toda a lógica por trás de suas escolhas, às vezes sem palavras. Eu disse a um amigo meu que era parecido com Dostoiévsky, e eu realmente quis dizer isso. Mas a ilusão de fazer o mal em nome do bem não é só um truísmo do grande depressivo russo; é bastante comum. Toda a trajetória de Walter é sobre ter controle de sua vida. Mas ele é bem ruim nisso também, já que ele tá sempre procurando por atalhos. E, novamente, a série nos mostra que esses são todos os movimentos míopes de um novato. Essa é, talvez, minha parte favorita: essas pessoas são idiotas. Walter é um gênio da química, eu acho, mas ele é uma criança em comparação ao Pollo Gus (Esposito é tão bom em trocar de personalidade que é impressionante, mais um ator de qualidade de cinema trazido para televisão.) Eu suspeito que ele vai mudar o jogo mais pra frente, um pouco mais que o Saul, embora Bob Odenkirk é um elemento crucial para a série, afinal ele é o único que mantém (expressivamente) a comédia fluindo. Ele tem seus momentos de lucidez e sinceridade, mas ele ta ali principalmente pra agir como um idiota, finger ser burro—mesmo que ele não seja burro, pelo menos não tão burro quanto o Walter—pra mostrar pros outros burros o quão burro eles são. A visão de comédia é próximo da condescendência. Eu entendo isso. Mas nada é tão simples nessa série. É uma comédia de humor negro, afinal, onde tudo está ligado a um horror. O terrível é muitas vezes encobertado pelo riso, a fim de difundir a tensão, mas as vezes coisas horríveis são apenas horríveis. Como deixar uma menina morrer engasgada num vômito induzido por um empurrãozinho. Outras vezes, coisas horríveis podem ser hilárias—porque elas são tão estúpidas—como todo guarda-roupa do Saul. Como eu disse antes, esses personagens são idiotas. Walter White parece ter descobrido algumas coisas olhando Gus trabalhar, como o custo de sobrevivência em um jogo tão perigoso como o tráfico de drogas, mas ele ainda é careca, egoísta, estranho até para si mesmo e sua tão amada família no final dessa temporada. E a pessoa que está mais próxima dele tem todos os motivos do mundo pra querer cortar sua garganta.
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Twin Peaks (2ª Temporada)
4.2 299Wow. Bob. Wow.
Breaking Bad (2ª Temporada)
4.5 775A genialidade da série, se eu posso usar essa palavra, é o quanto de atenção é dada a cada passo do Walter para se tornar um vilão. Nós começamos a assistir basicamente um bom cérebro virar -- você adivinhou, mau. Nós vemos toda a lógica por trás de suas escolhas, às vezes sem palavras. Eu disse a um amigo meu que era parecido com Dostoiévsky, e eu realmente quis dizer isso. Mas a ilusão de fazer o mal em nome do bem não é só um truísmo do grande depressivo russo; é bastante comum. Toda a trajetória de Walter é sobre ter controle de sua vida. Mas ele é bem ruim nisso também, já que ele tá sempre procurando por atalhos. E, novamente, a série nos mostra que esses são todos os movimentos míopes de um novato. Essa é, talvez, minha parte favorita: essas pessoas são idiotas. Walter é um gênio da química, eu acho, mas ele é uma criança em comparação ao Pollo Gus (Esposito é tão bom em trocar de personalidade que é impressionante, mais um ator de qualidade de cinema trazido para televisão.) Eu suspeito que ele vai mudar o jogo mais pra frente, um pouco mais que o Saul, embora Bob Odenkirk é um elemento crucial para a série, afinal ele é o único que mantém (expressivamente) a comédia fluindo. Ele tem seus momentos de lucidez e sinceridade, mas ele ta ali principalmente pra agir como um idiota, finger ser burro—mesmo que ele não seja burro, pelo menos não tão burro quanto o Walter—pra mostrar pros outros burros o quão burro eles são. A visão de comédia é próximo da condescendência. Eu entendo isso. Mas nada é tão simples nessa série. É uma comédia de humor negro, afinal, onde tudo está ligado a um horror. O terrível é muitas vezes encobertado pelo riso, a fim de difundir a tensão, mas as vezes coisas horríveis são apenas horríveis. Como deixar uma menina morrer engasgada num vômito induzido por um empurrãozinho. Outras vezes, coisas horríveis podem ser hilárias—porque elas são tão estúpidas—como todo guarda-roupa do Saul. Como eu disse antes, esses personagens são idiotas. Walter White parece ter descobrido algumas coisas olhando Gus trabalhar, como o custo de sobrevivência em um jogo tão perigoso como o tráfico de drogas, mas ele ainda é careca, egoísta, estranho até para si mesmo e sua tão amada família no final dessa temporada. E a pessoa que está mais próxima dele tem todos os motivos do mundo pra querer cortar sua garganta.