É impressionante o trabalho que este filme faz de retratar o terror.
Desde que vi as primeiras críticas sobre ele no Festival de Berlim fiquei ansioso para assistir. A ansiedade provou sua razão.
O filme é praticamente um plano sequência. Depois das imagens iniciais, a gente segue Kaja, sem cortes. Por sinal, que trabalho primoroso da atriz, que leva o filme nas costas.
Ponto pro diretor que teve a coragem de escolher essa forma de narrativa, ponto pra ela que dá conta do recado.
Os tiros são constantes, uma trilha sonora tenebrosa e macabra. Por outro lado, a gente quase não vê Anders, o atirador. Isso só torna o medo ainda mais visceral.
Filme duro, triste, pesado, mas muito bem realizado.
Cacete, que filme lindo, maravilhoso, sensível, poético, a porra toda. É lento mas não é parado, sempre acontece algo, ainda que muito lentamente.
Só não dei cinco estrelas porque há uma cena bastante gráfica que me deixou bem incomodado. Eu até entendi seu encaixe na narrativa, mas pessoalmente gostaria que ela tivesse sido feita de maneira mais sutil, até porque dispara uns gatilhos e talz.
Estou impressionado com a qualidade e regularidade desse filme. Roteiro, continuação, fotografia, efeitos especiais, atuação... é tudo rigorosamente ruim.
Eu amo Tom Hanks. Acho que ele é uma marca de como identificar um filme bom. Tipo um Nicolas Cage às avessas.
Mas puta merda, que filmezinho chato esse A Hologram for the King. Acho que é o pior do Tom que já assisti - e olha que tem Inferno (2016) nessa lista.
Migo Hanks, é melhor fingir que isso nunca esteve na sua filmografia.
É uma pena que às vezes a necessidade de adaptação pro cinema ignora qualquer verossimilhança. Tommy Saunders (Mark Wahlberg) está em todos os eventos-chave do filme. O homem tem um poder de onipresença que deve dar inveja até em deus.
É um filme bem executado, embora sua carga ideológica, patriótica, emotiva e etc esteja um tom acima.
Baked in Brooklin parece, nos seus primeiros dez minutos, ser o típico filme boy-meets-girl que se passa em Nova Iorque. Seria mais um entre muitos do gênero, tal como o The Art of Getting By (2011).
Contudo, se o filme conta com o protagonista nerd, a 'crush' que parece bonita demais pra ele, as cenas na Grande Maçã não turística e uma trilha sonora indie muito gostosinha, seu desenvolvimento mostra que ele sai dessa espécie de romance young-adult feito nas telas. Baked in Brooklin trata de temas como crise econômica, o desemprego entre jovens, o tráfico e consumo de drogas e a relação do estadunidense com o empreendedorismo. Essa abordagem, feita através da linguagem já conhecida deste modelo de filme que mencionei, traz novos temas sem tirar o espectador da sua zona de conforto.
O romance indie empolga bem menos do que poderia promover, mas, ainda assim, é uma boa pedida quando se quer um filme jovem pra descansar a mente.
Há tempos eu não gostava tanto de um filme do Woody Allen. Fui surpreendido positivamente por uma história que tinha tudo pra ser clichê, mas foi narrada de um jeito que é, ao mesmo tempo, prazeroso de se assistir, e incômodo de se perceber.
Fui assistir achando que seria uma cópia de Apneia. Não era. Antes fosse.
O filme até tem uma proposta boa para contar, mas, até chegar lá, já perdeu o espectador. O começo tem atuações sofríveis e diálogos muito ruins, que forçam na linguagem sexual para tentar parecer 'descolado' - spoiler: não consegue.
Se você aguentar os 20 primeiros minutos - na sessão em que fui, metade desistiu antes - talvez consiga tirar algo de proveitoso. As atuações melhoram um pouco e um maior dinamismo consegue mascarar os erros. Ainda assim, o filme não fica bom; ele só deixa de ser muito ruim.
Em resumo: se você quer mesmo ver, prepare-se pra aguentar os minutos iniciais. Com o tempo melhora - um pouco.
Este é, muito provavelmente, o pior filme que já assisti.
Talvez tenha uma ou outra obra aqui na minha lista do Filmow tão ruim ou pior que esse, mas Knock Knock não se propõe ruim como premissa. Ele quer ser levado a sério (ao menos parece que sim), mas não dá.
Os diálogos são sofríveis, as atuações dão vergonha alheia. É muito ruim.
Casa Grande (Fellipe Barbosa, 2014) é uma produção brasileira que segue a vida de Jean (Thales Cavalcanti), adolescente de classe alta que vê, além de todas as transformações intrínsecas à sua idade – namoro, sexo, vestibular, independência, o declínio financeiro de sua família. A obra, neste sentido, mistura o coming of age com drama social de maneira quase perfeita.
O primeiro plano do filme interessante de ser tratado é aquele relacionado à imagem: os planos de cinema. A película tem uma câmera que evita se movimentar e que busca sempre seus mesmos lugares. O resultado é uma belíssima cena de abertura, com as luzes da casa sendo apagadas, ou as cenas de Jean dentro do ônibus, sempre no mesmo assento. Planos fixos e de longa duração são tão comuns, embora não exclusivos, que marcam a estética do filme. Servem, também, para distanciar o espectador, que vê a sala de jantar sempre do mesmo lugar, fora da mesa. Nós sabemos o que acontece pela espiada.
O segundo plano, um dos mais destacados pela crítica, embora de certa forma negado pelo diretor em entrevista à Revista Fórum, é o de filmar algo na mesma toada de O Som Ao Redor (Kleber Mendonça Filho, 2012). Enquanto este narra o cotidiano várias famílias de classe média recifense, Casa Grande (cujo nome, segundo o diretor, não foi inicialmente inspirado por Casa-Grande & Senzala do pernambucano Gilberto Freyre) se foca numa única família de classe média alta carioca. As diferenças param por aí: ambos são primorosos em fazer uma espécie de etnografia cinematográfica de famílias brasileiras, tão diferentes entre si, em meio a uma crise.
O terceiro e último plano, que estava ainda mais explícito no título provisório da obra (Cotas), é tratar a questão das cotas raciais nas universidades. Jean, que estuda num dos colégios mais caros do Rio de Janeiro, se vê ameaçado por este fenômeno, embora não tenha, inicialmente, opinião formada. Sua namorada, estudante do Colégio Pedro II, público, é favorável. É na cena durante um churrasco na casa do protagonista que o embate de opiniões finalmente se dá, durante uma discussão acalorada entre a namorada de Jean e um amigo da família. Neste momento surgem duas falhas do filme. A primeira é o tom da discussão, que perde a naturalidade. Para um filme que segue uma linha etnográfica, é imperdoável. Em sua defesa, Barbosa afirma que a cena foi, propositalmente, uma repetição de clichês pró e anti-cotas. Convence, mas o fato é que não funciona como deveria.
A última falha de Casa Grande não é, em grande medida, sua, mas o fato é que afeta o andamento do filme. Alguns anos após o estabelecimento das cotas, os debates da sociedade já não passam mais por essa questão do mesmo jeito que ocorria há cinco anos. De fato, cotas seguem polêmicas, mas existem temas com mais apelo na atualidade, que poderiam funcionar de maneira melhor. A culpa sai um pouco das costas de Casa Grande se levarmos em conta que a distribuição de um filme nacional não é fácil, principalmente quando o selo Globo Filmes não está presente, o que atrasa sua chegada ao mercado.
Com temas interessantes tratados, proximidade com aquilo que o público conhece, personagens muito bem construídos e atuações convincentes, Casa Grande pode facilmente entrar no rol de melhores filmes brasileiros do ano.
Utøya - 22 de Julho
3.8 78É impressionante o trabalho que este filme faz de retratar o terror.
Desde que vi as primeiras críticas sobre ele no Festival de Berlim fiquei ansioso para assistir. A ansiedade provou sua razão.
O filme é praticamente um plano sequência. Depois das imagens iniciais, a gente segue Kaja, sem cortes. Por sinal, que trabalho primoroso da atriz, que leva o filme nas costas.
Ponto pro diretor que teve a coragem de escolher essa forma de narrativa, ponto pra ela que dá conta do recado.
Os tiros são constantes, uma trilha sonora tenebrosa e macabra. Por outro lado, a gente quase não vê Anders, o atirador. Isso só torna o medo ainda mais visceral.
Filme duro, triste, pesado, mas muito bem realizado.
Miss Violence
3.9 1,0K Assista AgoraEu tinha ficado meio incomodado em ter percebido logo no começo o que estava rolando ali. Parecia que o filme queria fazer suspense com o óbvio.
Aí chega o terço final e você descobre que pode piorar muito. É horrível.
Sol da Meia Noite
3.3 260 Assista AgoraTava bom, ficou ótimo... daí ficou péssimo.
Altas Expectativas
2.8 29Esperava mais do filme. Ele foi super bem na primeira metade, daí deu uma corrida e se atropelou. Mal deu pra curtir o casal.
Um roteiro mais bem escrito ou uns trinta minutos a mais cairiam bem.
Jogador Nº 1
3.9 1,4K Assista AgoraQue filmão da porra! Há tempos eu não me divertia tanto no cinema.
Corpo e Alma
3.6 219 Assista AgoraCacete, que filme lindo, maravilhoso, sensível, poético, a porra toda. É lento mas não é parado, sempre acontece algo, ainda que muito lentamente.
Só não dei cinco estrelas porque há uma cena bastante gráfica que me deixou bem incomodado. Eu até entendi seu encaixe na narrativa, mas pessoalmente gostaria que ela tivesse sido feita de maneira mais sutil, até porque dispara uns gatilhos e talz.
Ainda assim, lindo, lindo, lindo. Amei.
Zona Fria
2.0 18Estou impressionado com a qualidade e regularidade desse filme. Roteiro, continuação, fotografia, efeitos especiais, atuação... é tudo rigorosamente ruim.
SPF-18
1.5 187Eu teria pena das músicas que deram pro tal cantor, se ele mesmo não fosse tão ruim.
The Rezort
2.6 147A última cena é boa. Só.
Boneco de Neve
2.4 464 Assista AgoraDá dó e raiva ver a maravilhosa Rebecca Ferguson - que mulher! ❤️ - tão desperdiçada.
No Limite
2.8 50 Assista AgoraAbsolutamente mais do mesmo. Só que um arroz com feijão bem feito também alimenta e satisfaz.
Recomendado como passatempo.
Era Uma Vez...
3.7 827Precisava fazer um filme tão lindo com um final tão merda? Sério?
Viver é Fácil Com os Olhos Fechados
3.8 101 Assista AgoraÉ certamente um dos filmes mais lindos que já vi. Que maravilha, que coisa graciosa.
Se encontra beleza na vida com essa película.
Sob Pressão
3.8 93 Assista AgoraO meu cinema brasileiro está vivo!
Que filmao da porra, que excelente surpresa.
Negócio das Arábias
2.9 176 Assista AgoraEu amo Tom Hanks. Acho que ele é uma marca de como identificar um filme bom. Tipo um Nicolas Cage às avessas.
Mas puta merda, que filmezinho chato esse A Hologram for the King. Acho que é o pior do Tom que já assisti - e olha que tem Inferno (2016) nessa lista.
Migo Hanks, é melhor fingir que isso nunca esteve na sua filmografia.
O Dia do Atentado
3.6 190 Assista AgoraÉ uma pena que às vezes a necessidade de adaptação pro cinema ignora qualquer verossimilhança. Tommy Saunders (Mark Wahlberg) está em todos os eventos-chave do filme. O homem tem um poder de onipresença que deve dar inveja até em deus.
É um filme bem executado, embora sua carga ideológica, patriótica, emotiva e etc esteja um tom acima.
Coração do Ártico
2.4 36Foi um filme que merecia até quatro estrelas, mas aí vieram os últimos quinze minutos e um dos piores finais que eu já tive o desprazer de ver.
Baked in Brooklyn
2.6 14Baked in Brooklin parece, nos seus primeiros dez minutos, ser o típico filme boy-meets-girl que se passa em Nova Iorque. Seria mais um entre muitos do gênero, tal como o The Art of Getting By (2011).
Contudo, se o filme conta com o protagonista nerd, a 'crush' que parece bonita demais pra ele, as cenas na Grande Maçã não turística e uma trilha sonora indie muito gostosinha, seu desenvolvimento mostra que ele sai dessa espécie de romance young-adult feito nas telas. Baked in Brooklin trata de temas como crise econômica, o desemprego entre jovens, o tráfico e consumo de drogas e a relação do estadunidense com o empreendedorismo. Essa abordagem, feita através da linguagem já conhecida deste modelo de filme que mencionei, traz novos temas sem tirar o espectador da sua zona de conforto.
O romance indie empolga bem menos do que poderia promover, mas, ainda assim, é uma boa pedida quando se quer um filme jovem pra descansar a mente.
Café Society
3.3 530 Assista AgoraHá tempos eu não gostava tanto de um filme do Woody Allen. Fui surpreendido positivamente por uma história que tinha tudo pra ser clichê, mas foi narrada de um jeito que é, ao mesmo tempo, prazeroso de se assistir, e incômodo de se perceber.
#Garotas - O Filme
2.4 21Fui assistir achando que seria uma cópia de Apneia. Não era. Antes fosse.
O filme até tem uma proposta boa para contar, mas, até chegar lá, já perdeu o espectador. O começo tem atuações sofríveis e diálogos muito ruins, que forçam na linguagem sexual para tentar parecer 'descolado' - spoiler: não consegue.
Se você aguentar os 20 primeiros minutos - na sessão em que fui, metade desistiu antes - talvez consiga tirar algo de proveitoso. As atuações melhoram um pouco e um maior dinamismo consegue mascarar os erros. Ainda assim, o filme não fica bom; ele só deixa de ser muito ruim.
Em resumo: se você quer mesmo ver, prepare-se pra aguentar os minutos iniciais. Com o tempo melhora - um pouco.
Bata Antes de Entrar
2.3 986 Assista AgoraEste é, muito provavelmente, o pior filme que já assisti.
Talvez tenha uma ou outra obra aqui na minha lista do Filmow tão ruim ou pior que esse, mas Knock Knock não se propõe ruim como premissa. Ele quer ser levado a sério (ao menos parece que sim), mas não dá.
Os diálogos são sofríveis, as atuações dão vergonha alheia. É muito ruim.
Perdido em Marte
4.0 2,3K Assista AgoraGravidade nadinha,
Interestelar tadinha,
Perdido em Marte rainha.
Missão: Impossível - Nação Secreta
3.7 805 Assista AgoraNão sou um grande fã da franquia, mas o filmaço me conquistou. Ele não te dá tempo pra digerir a cena anterior.
E, Rebecca Ferguson, que mulher!
Casa Grande
3.5 575 Assista AgoraCasa Grande (Fellipe Barbosa, 2014) é uma produção brasileira que segue a vida de Jean (Thales Cavalcanti), adolescente de classe alta que vê, além de todas as transformações intrínsecas à sua idade – namoro, sexo, vestibular, independência, o declínio financeiro de sua família. A obra, neste sentido, mistura o coming of age com drama social de maneira quase perfeita.
O primeiro plano do filme interessante de ser tratado é aquele relacionado à imagem: os planos de cinema. A película tem uma câmera que evita se movimentar e que busca sempre seus mesmos lugares. O resultado é uma belíssima cena de abertura, com as luzes da casa sendo apagadas, ou as cenas de Jean dentro do ônibus, sempre no mesmo assento. Planos fixos e de longa duração são tão comuns, embora não exclusivos, que marcam a estética do filme. Servem, também, para distanciar o espectador, que vê a sala de jantar sempre do mesmo lugar, fora da mesa. Nós sabemos o que acontece pela espiada.
O segundo plano, um dos mais destacados pela crítica, embora de certa forma negado pelo diretor em entrevista à Revista Fórum, é o de filmar algo na mesma toada de O Som Ao Redor (Kleber Mendonça Filho, 2012). Enquanto este narra o cotidiano várias famílias de classe média recifense, Casa Grande (cujo nome, segundo o diretor, não foi inicialmente inspirado por Casa-Grande & Senzala do pernambucano Gilberto Freyre) se foca numa única família de classe média alta carioca. As diferenças param por aí: ambos são primorosos em fazer uma espécie de etnografia cinematográfica de famílias brasileiras, tão diferentes entre si, em meio a uma crise.
O terceiro e último plano, que estava ainda mais explícito no título provisório da obra (Cotas), é tratar a questão das cotas raciais nas universidades. Jean, que estuda num dos colégios mais caros do Rio de Janeiro, se vê ameaçado por este fenômeno, embora não tenha, inicialmente, opinião formada. Sua namorada, estudante do Colégio Pedro II, público, é favorável. É na cena durante um churrasco na casa do protagonista que o embate de opiniões finalmente se dá, durante uma discussão acalorada entre a namorada de Jean e um amigo da família. Neste momento surgem duas falhas do filme. A primeira é o tom da discussão, que perde a naturalidade. Para um filme que segue uma linha etnográfica, é imperdoável. Em sua defesa, Barbosa afirma que a cena foi, propositalmente, uma repetição de clichês pró e anti-cotas. Convence, mas o fato é que não funciona como deveria.
A última falha de Casa Grande não é, em grande medida, sua, mas o fato é que afeta o andamento do filme. Alguns anos após o estabelecimento das cotas, os debates da sociedade já não passam mais por essa questão do mesmo jeito que ocorria há cinco anos. De fato, cotas seguem polêmicas, mas existem temas com mais apelo na atualidade, que poderiam funcionar de maneira melhor. A culpa sai um pouco das costas de Casa Grande se levarmos em conta que a distribuição de um filme nacional não é fácil, principalmente quando o selo Globo Filmes não está presente, o que atrasa sua chegada ao mercado.
Com temas interessantes tratados, proximidade com aquilo que o público conhece, personagens muito bem construídos e atuações convincentes, Casa Grande pode facilmente entrar no rol de melhores filmes brasileiros do ano.