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Últimas opiniões enviadas

  • Ordvm

    O garoto Joska é o símbolo das iniquidades às quais toda a raça humana se agarra. Seu nome é irrelevante, o filme deixa claro isso. Ele é um andarilho em dor: um Jó, mas sem as fronteiras da crença no Pai. Até porque, nem mesmo os filhos de Deus o polparam do sofrimento. O silêncio dele é cabal; sua única fala no filme é o indireto pedido de socorro chamando pela mãe. Foi cercado por dezenas de pessoas num vilarejo pagão. A crendice popular o julgou como provedor da morte, logo seu espancamento se fez presente.

    Notamos que ele é uma criança e a quintessência das pragas o persegue. Ambulante pequenino, que nos olhos lindos, demonstra as graduais sequelas da maldade de outrem. Com maior ênfase, em contexto de guerra mundial, o mal dos nazifascistas e dos soviéticos. O pássaro pintado é sobre a crença que repele o voo natural que o garoto poderia ter tido, isto é, uma infância de aventurar-se sobre o horizonte claro da imaginação e da aventura. Molestaram ele das maneiras mais cruéis, estando o mínimo de decência fora dos corações humanos.

    Comentário contando partes do filme. Mostrar.

    Uma cena em específico concebe-nos uma suspeita estranha: Joska fora abusado por um homem e posteriormente por uma mulher. Do homem foi um fiel da Igreja Católica, onde o infeliz percebe a pureza do jovem sendo coroinha do padre. O da mulher foi quando ele se abrigou em uma casa, mas a jovem perversa aproveitou do garoto. Porém, ele começa a ter afetos por ela.

    É aqui onde encontro a sujeira da direção. Pessoas abusadas não se apaixonam pelos seus abusadores. Parece-me uma romantização do crime mais bárbaro que se pode cometer contra uma criança. Sentimos uma repulsa natural ao percebermos este fato. Talvez o filme não tenha se importado com essa problemática, e sim que a independência de gênero é o que molesta no fim das contas. O abuso majoritário domina o ente masculino, mas o abuso também pertence ao ente feminino. Todavia, essa suavização perante ao abuso da mulher resta-nos o nojo como protesto.

    O filme quer dizer que não há bondade nesse mundo, não no âmbito niilista, mas no institucional e coletivo: Joska viu e sentiu toda a maldade ao seu redor. Não tem partido, não tem religião, não tem família, não tem nome. Aqui o Mal é ontológico, passa por todos os crédulos e incrédulos. Apenas a dor foi sua única companheira. Com pouca idade já teve que se virar como um nômade: viajando de casa em casa, sendo explorado pelos adultos. O pássaro aqui é o corvo que sem trégua bica os resquícios de esperança. Para ver tal obra é necessário estômago, pois a realidade se faz nauseante.

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  • Ordvm

    ''O que importa? Tudo é graça.''

    A melancolia cansada do jovem ensina que, na amálgama do instinto sôfrego por respostas e do salto de fé, o Senhor continua conosco. Mesmo levianamente sentindo sua ausência. Pelo menos é o que o ceticismo do pároco com sua própria fé revela-nos com sua inevitável inconstância religiosa. Inevitável porque, como um jovem apedeuta das providências de Deus, jamais assim entenderia a kenosis como processo.

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    Ao longo da trama, sua falta de firmeza aponta em palavras e gestos quando, teoricamente, a condessa comete o autocídio após confessar-lhe seus dramas.

    O jovem está em crise e tudo o que pode luzir sua consciência são suas páginas secretas do diário. Sente-se o abandono divino, mas logo percebe, como se numa consciência santa, está ''condenado à agonia divina'', como ele o diz. À parte desta consciência, sua alma sobe de estado.

    É fantástico que sua atuação externa como um padre estável comece a desabrochar, por influência de todo o vilarejo, mais ainda da filha da condessa. A jovem com seu ódio descabido e ignóbil por tudo e todos, acende a compaixão do pároco. 
     
    Sua saúde dia após dia regrada a álcool outorga a quem o visse a fama de beberrão. A tristeza incandescente de seu coração parece não cessar, e o alicerce da inconsciência no copo gradualmente mostra sua inutilidade. O pároco precisa ter postura, mas o dilema: como ter tanta maturidade em plena juventude? O desespero só aumenta, mas sua fé resigna a uma prova de coragem. Ele como um homem silencioso, geme com a alma para Deus. Resta saber, o Senhor ouve tais grunhidos?

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  • Ordvm

    A ótica na qual vemos Gina sob um olhar sensível, puro e meigo simplesmente não combina com enredo a história. Mesmo ignorando valores morais ao decorrer do filme, seus desejos vão despencando ao supérfluo, ao vazio. O final também torna-se acelerado e exagerado.

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