Que filme, por ser baseado no livro clássico e definitivo já esperava algo de extrema qualidade, se nos anos 60 Peckinpah já nos brindava sua visão pessimista sobre a 2° guerra de forma brilhante, este é um brinde a como a 1° Guerra é brutal e cruel, uma guerra em que milhões morreram por centímetros de terra, um campo de combates que se cobriu com tanto sangue que algumas partes se tornaram inabitáveis por mais de 1 século, o filme não traz um enredo fantástico, não quer apresentar um drama estupendo e genial, simplesmente quer mostrar como a ganância por poder, dinheiro e glória de pouquíssimas pessoas condenou gerações de pessoas a uma vida miserável e sub-humana por anos e décadas até.
Já faz muito tempo que não comento um filme ou sequer dou atenção ao filmow e redes sociais no geral, mas devo deixar um comentário para esse filme. Se terá relação ao cânone da DC, isso no momento pouco importa, apesar de querer que o Phoenix continue sendo o Joker oficial (foda-se Jared Leto e sua birra). Aplaudo essa obra prima, cruel, precisa e dolorosa como um soco no diafragma, Arthur Fleck/Joker transmitiu uma sensação brutal em mim, consigo ver referências a origem do mesmo como Coringa em ao menos 1 ou 2 Hq's diferentes lançadas ao longo da história e isso deve ser elogiado, por não tirarem tanto o foco do personagem e o melhor, inserindo um reboot na origem do grande inimigo do mesmo. Quanto ao homem Arthur Fleck, é possível sentir a dor de um homem que luta com suas misérias cotidianas, enquanto vai sendo transformado pela loucura. E quanto a violência que a todos remetem o pensamento direto a Táxi Driver e sua temática parecida, eu ouso dizer que esse filme parece saído direto de um enredo de Sam Peckinpah, digno do apóstolo da violência.
O mais marcante é ver a ganância do homem em relação ao vil metal. E além de tudo, ver europeus afirmando que a culpa é única e exclusivamente dos próprios africanos, como se a atual situação da RDC não fosse fruto do incentivo europeu as divisões tribais e a divisão. A luta não é só por macacos, ocapis e elefantes, animais imaculados de qualquer pecado humano, mas também é uma luta pela construção de um futuro melhor para os filhos dos guardas e das pessoas que vivem e amam aquele lugar, inocentes em meio a uma guerra insensata.
É impossível não sentir um gosto amargo como fel ao fim desse filme, a mensagem final de que a felicidade só existe quando compartilhada ainda que tenha demorado para penetrar no fundo e no fim da existência de "Alex Supertramp" não deve ser totalmente ignorada, ainda que ele só tenha realmente tido a certeza disso no fim, ao longo de todo o filme vemos que além do desejo de solidão e de uma vida liberta próxima à natureza, ele também dedicou-se a compartilhar uma visão de mundo com as pessoas aos quais ele foi conhecendo em suas trilhas, portanto pode-se até afirmar que mesmo não querendo, ele irradiou e compartilhou felicidade às pessoas. O filme é lindo, deixa um travo na garganta quando acaba e ainda assim é uma lição de vida absurda.
A humanização da guerra, Peckinpah revelando os dissabores entre as visões opostas de uma guerra patriótica e uma guerra louca e assustadora. A alcunha de poeta da violência nunca foi não tão bem usada do que quando a aplicamos ao diretor desse filme, violência esta transmitida não nas cenas de guerra, não nas mortes, mas sim um ataque violento ao nosso âmago e na nossa consciência de que nem tudo são flores em nossas ideologias. Que soco no estômago na sociedade da época Peckinpah nos traz, apenas genial esse filme é.
Uma obra prima que enche os olhos e os ouvidos sem uma única palavra, o simbolismo do título e da profecia com que concluí o filme é tão instigador e brilhante que gera em nós mesmos a questão se devemos ou não considerarmo-nos os donos do mundo que habitamos e se não somos os verdadeiros animais, em uma condição abaixo daquela que as outras espécies que habitam esse planeta.
A descrição da perda da existência e do individualismo dentro de cada um em prol da adaptação à vida urbana cada vez mais exigente, um sopro da influência que o Existencialismo exerceu na mentalidade filosófica no período pós-segunda guerra mundial e que se estendeu também para o cinema, brilhante.
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Nada de Novo no Front
4.0 611 Assista AgoraQue filme, por ser baseado no livro clássico e definitivo já esperava algo de extrema qualidade, se nos anos 60 Peckinpah já nos brindava sua visão pessimista sobre a 2° guerra de forma brilhante, este é um brinde a como a 1° Guerra é brutal e cruel, uma guerra em que milhões morreram por centímetros de terra, um campo de combates que se cobriu com tanto sangue que algumas partes se tornaram inabitáveis por mais de 1 século, o filme não traz um enredo fantástico, não quer apresentar um drama estupendo e genial, simplesmente quer mostrar como a ganância por poder, dinheiro e glória de pouquíssimas pessoas condenou gerações de pessoas a uma vida miserável e sub-humana por anos e décadas até.
Coringa
4.4 4,1K Assista AgoraJá faz muito tempo que não comento um filme ou sequer dou atenção ao filmow e redes sociais no geral, mas devo deixar um comentário para esse filme. Se terá relação ao cânone da DC, isso no momento pouco importa, apesar de querer que o Phoenix continue sendo o Joker oficial (foda-se Jared Leto e sua birra). Aplaudo essa obra prima, cruel, precisa e dolorosa como um soco no diafragma, Arthur Fleck/Joker transmitiu uma sensação brutal em mim, consigo ver referências a origem do mesmo como Coringa em ao menos 1 ou 2 Hq's diferentes lançadas ao longo da história e isso deve ser elogiado, por não tirarem tanto o foco do personagem e o melhor, inserindo um reboot na origem do grande inimigo do mesmo. Quanto ao homem Arthur Fleck, é possível sentir a dor de um homem que luta com suas misérias cotidianas, enquanto vai sendo transformado pela loucura. E quanto a violência que a todos remetem o pensamento direto a Táxi Driver e sua temática parecida, eu ouso dizer que esse filme parece saído direto de um enredo de Sam Peckinpah, digno do apóstolo da violência.
Virunga
4.5 71 Assista AgoraO mais marcante é ver a ganância do homem em relação ao vil metal. E além de tudo, ver europeus afirmando que a culpa é única e exclusivamente dos próprios africanos, como se a atual situação da RDC não fosse fruto do incentivo europeu as divisões tribais e a divisão. A luta não é só por macacos, ocapis e elefantes, animais imaculados de qualquer pecado humano, mas também é uma luta pela construção de um futuro melhor para os filhos dos guardas e das pessoas que vivem e amam aquele lugar, inocentes em meio a uma guerra insensata.
Na Natureza Selvagem
4.3 4,5K Assista AgoraÉ impossível não sentir um gosto amargo como fel ao fim desse filme, a mensagem final de que a felicidade só existe quando compartilhada ainda que tenha demorado para penetrar no fundo e no fim da existência de "Alex Supertramp" não deve ser totalmente ignorada, ainda que ele só tenha realmente tido a certeza disso no fim, ao longo de todo o filme vemos que além do desejo de solidão e de uma vida liberta próxima à natureza, ele também dedicou-se a compartilhar uma visão de mundo com as pessoas aos quais ele foi conhecendo em suas trilhas, portanto pode-se até afirmar que mesmo não querendo, ele irradiou e compartilhou felicidade às pessoas. O filme é lindo, deixa um travo na garganta quando acaba e ainda assim é uma lição de vida absurda.
A Cruz de Ferro
4.0 70 Assista AgoraA humanização da guerra, Peckinpah revelando os dissabores entre as visões opostas de uma guerra patriótica e uma guerra louca e assustadora. A alcunha de poeta da violência nunca foi não tão bem usada do que quando a aplicamos ao diretor desse filme, violência esta transmitida não nas cenas de guerra, não nas mortes, mas sim um ataque violento ao nosso âmago e na nossa consciência de que nem tudo são flores em nossas ideologias. Que soco no estômago na sociedade da época Peckinpah nos traz, apenas genial esse filme é.
Koyaanisqatsi - Uma Vida Fora de Equilíbrio
4.4 236 Assista AgoraUma obra prima que enche os olhos e os ouvidos sem uma única palavra, o simbolismo do título e da profecia com que concluí o filme é tão instigador e brilhante que gera em nós mesmos a questão se devemos ou não considerarmo-nos os donos do mundo que habitamos e se não somos os verdadeiros animais, em uma condição abaixo daquela que as outras espécies que habitam esse planeta.
Um Homem que Dorme
4.4 195A descrição da perda da existência e do individualismo dentro de cada um em prol da adaptação à vida urbana cada vez mais exigente, um sopro da influência que o Existencialismo exerceu na mentalidade filosófica no período pós-segunda guerra mundial e que se estendeu também para o cinema, brilhante.