O vídeo é de 1967, vale a pena assistir quem puder, registro histórico incrível do olhar de uma parcela da juventude na época.
"Movimento Estudantil na década de 60 O vídeo “Os oito universitários”, eu recebi de minha velha e querida amiga Tania Roque, companheira do movimento estudantil do Rio de Janeiro. Ela resgatou o vídeo, produzido em 35 mm por Cacá Diegues, que anos depois se consagrou como cineasta. Trata-se de um importante documento daqueles anos, quando nós tínhamos estrelas nos olhos e queríamos assaltar os céus."
Em 1959, Joaquim Pedro de Andrade estreou como diretor de cinema filmando seu padrinho de crisma, Manuel Bandeira. O documentário exibe o homem aparentemente comum. Bandeira em casa, colocando discretamente as mãos nas costas para levantar-se, escrevendo, lendo, saindo para comprar leite. Ele está vivo.
O homem caminha por um pedaço do Rio de Janeiro triste e sujo. As cenas em preto e branco, com planos amplos, lembram o melhor de Michelangelo Antonioni. Após uma pausa dramática, ouve-se a voz de Bandeira no primeiro poema do filme: “Belo belo minha bela. Tenho tudo que não quero. Não tenho nada que quero”.
Nas cenas banais de uma manhã como outra qualquer, enquanto prepara o café, emerge o segundo poema, Testamento, que aos poucos convida quem vê o filme a passear pela cabeça (ou pelo coração) do poeta. Como escreveu Rachel de Queiroz na apresentação do livro Estrela da Manhã: “É engraçado – estamos aqui falando do maior poeta vivo do Brasil, aliás, segundo o nosso melhor juízo, o maior poeta do Brasil – no entanto, há qualquer coisa de homem que quase o impede – assim grande, louvado, imortal, consagrado – de ser um monumento nacional. Todos lhe reconhecemos a glória laureada – claro! claro! mas antes de o admirarmos, ou ao mesmo tempo em que o admiramos, acima de tudo e principalmente o amamos”.
Esse amor está presente na película de Joaquim Pedro. Com suavidade, a câmera se aproxima, retrata a delicadeza de uma risada e, aos poucos, revela a intimidade do homem que, com o poema Pasárgada, resumiu o paraíso imaginário do brasileiro. Enquanto se ouve a voz que declama Vou-me embora pra Pasárgada, Bandeira caminha pela Avenida Presidente Wilson até que, como Macunaíma, vai aos céus virar estrela.
Com roteiro do próprio poeta, retocado pelo diretor, O poeta do Castelo é um dos precursores do Cinema Novo. Repleto de externas (takes filmados a céu aberto) que exibem a cidade cruamente, com um ator-poeta que representa a si mesmo em seu cotidiano, o documentário coloca o homem no centro da trama – características que mais tarde o movimento de vanguarda do cinema brasileiro iria destacar.
A fotografia – limpa e crua – é de Afrodísio de Castro, que assinou mais de 50 filmes, entre eles Ganga Bruta, de Humberto Mauro. Depois de O poeta do Castelo, Joaquim Pedro dirigiu curtas-metragens como Couro de gato e O mestre de Apipucos, e os longas Macunaíma, O padre e a moça, Garrincha, alegria do povo e o antropofágico Homem do Pau Brasil, entre outros. Neste documentário, o maior cineasta brasileiro conseguiu imortalizar o poeta em movimento e o eterniza em sua cidade.
O Poeta do Castelo” é um curta-metragem de Joaquim Pedro de Andrade, um dos principais cineastas do cinema brasileiro, que nesse filme acompanha um dia de Manuel Bandeira. Originalmente montado junto com “O Mestre de Apipucos”, foi exibido na 6a Bienal de São Paulo numa sessão de curtas que também contou com “Aruanda” e “Arraial do Cabo”, entre outros. Essa mostra na Cinemateca Brasileira foi considerada o ano zero do Cinema Novo. Esses filmes rompem com o formato tradicional representado pela falida Vera Cruz, buscando um cinema nacional, mais direto e de baixo custo.
O primeiro registro etnográfico do mundo é brasileiro! Sensacional, toda a tradição, costumes, danças e o registro histórico do século passado. Todo o meu respeito e admiração por essa cultura milenar dos verdadeiros brasileiros desse país! Assistam com alguma trilha indígena de fundo que acompanha bem, já que ele é mudo. Viva os índios desse país!
Assisti a reconstrução do filme de 20 minutos, feita pelos professores da UFF Rafael de Luna e Reinaldo Cardenuto, e da estudante Juliana Charleaux, que realizou a montagem e tratamento das imagens.
Por se tratar do 1ª filme falado brasileiro, tem uma importância ímpar na história do cinema brasileiro. Muito interessante e importante esse resgate e registro para a posteridade.
A história em si é divertida, e com bastantes cenas musicais, é realmente uma pena que apenas pequenos fragmentos tenham sobrevivido ao tempo, isso demonstra o quanto a preservação audiovisual é de suma importância para se preservar as obras fílmicas que se produzem no país.
Muito bom, um curta de animação bem fora do comum, mas muito bem feito, animação ótima, e narração da história e montagem de todo o processo excelentes. Valeu a experiência, e me fez refletir sobre a minha relação com o meu próprio pai.
Oito Universitários
3.9 3Disponível pra assistir em documentosrevelados. com. br (Só juntar os espaços)
Oito Universitários
3.9 3O vídeo é de 1967, vale a pena assistir quem puder, registro histórico incrível do olhar de uma parcela da juventude na época.
"Movimento Estudantil na década de 60
O vídeo “Os oito universitários”, eu recebi de minha velha e querida amiga Tania Roque, companheira do movimento estudantil do Rio de Janeiro.
Ela resgatou o vídeo, produzido em 35 mm por Cacá Diegues, que anos depois se consagrou como cineasta. Trata-se de um importante documento daqueles anos, quando nós tínhamos estrelas nos olhos e queríamos assaltar os céus."
O Poeta do Castelo
4.3 32Em 1959, Joaquim Pedro de Andrade estreou como diretor de cinema filmando seu padrinho de crisma, Manuel Bandeira. O documentário exibe o homem aparentemente comum. Bandeira em casa, colocando discretamente as mãos nas costas para levantar-se, escrevendo, lendo, saindo para comprar leite. Ele está vivo.
O homem caminha por um pedaço do Rio de Janeiro triste e sujo. As cenas em preto e branco, com planos amplos, lembram o melhor de Michelangelo Antonioni. Após uma pausa dramática, ouve-se a voz de Bandeira no primeiro poema do filme: “Belo belo minha bela. Tenho tudo que não quero. Não tenho nada que quero”.
Nas cenas banais de uma manhã como outra qualquer, enquanto prepara o café, emerge o segundo poema, Testamento, que aos poucos convida quem vê o filme a passear pela cabeça (ou pelo coração) do poeta. Como escreveu Rachel de Queiroz na apresentação do livro Estrela da Manhã: “É engraçado – estamos aqui falando do maior poeta vivo do Brasil, aliás, segundo o nosso melhor juízo, o maior poeta do Brasil – no entanto, há qualquer coisa de homem que quase o impede – assim grande, louvado, imortal, consagrado – de ser um monumento nacional. Todos lhe reconhecemos a glória laureada – claro! claro! mas antes de o admirarmos, ou ao mesmo tempo em que o admiramos, acima de tudo e principalmente o amamos”.
Esse amor está presente na película de Joaquim Pedro. Com suavidade, a câmera se aproxima, retrata a delicadeza de uma risada e, aos poucos, revela a intimidade do homem que, com o poema Pasárgada, resumiu o paraíso imaginário do brasileiro. Enquanto se ouve a voz que declama Vou-me embora pra Pasárgada, Bandeira caminha pela Avenida Presidente Wilson até que, como Macunaíma, vai aos céus virar estrela.
Com roteiro do próprio poeta, retocado pelo diretor, O poeta do Castelo é um dos precursores do Cinema Novo. Repleto de externas (takes filmados a céu aberto) que exibem a cidade cruamente, com um ator-poeta que representa a si mesmo em seu cotidiano, o documentário coloca o homem no centro da trama – características que mais tarde o movimento de vanguarda do cinema brasileiro iria destacar.
A fotografia – limpa e crua – é de Afrodísio de Castro, que assinou mais de 50 filmes, entre eles Ganga Bruta, de Humberto Mauro. Depois de O poeta do Castelo, Joaquim Pedro dirigiu curtas-metragens como Couro de gato e O mestre de Apipucos, e os longas Macunaíma, O padre e a moça, Garrincha, alegria do povo e o antropofágico Homem do Pau Brasil, entre outros. Neste documentário, o maior cineasta brasileiro conseguiu imortalizar o poeta em movimento e o eterniza em sua cidade.
Crítica por Sylvio Rocha
O Poeta do Castelo
4.3 32O Poeta do Castelo” é um curta-metragem de Joaquim Pedro de Andrade, um dos principais cineastas do cinema brasileiro, que nesse filme acompanha um dia de Manuel Bandeira. Originalmente montado junto com “O Mestre de Apipucos”, foi exibido na 6a Bienal de São Paulo numa sessão de curtas que também contou com “Aruanda” e “Arraial do Cabo”, entre outros. Essa mostra na Cinemateca Brasileira foi considerada o ano zero do Cinema Novo. Esses filmes rompem com o formato tradicional representado pela falida Vera Cruz, buscando um cinema nacional, mais direto e de baixo custo.
Lampião, o Rei do Cangaço
4.2 7Aqui o vídeo colorizado por Inteligência artificial:
https://www.youtube.com/watch?v=zNxe1PCAUb0
Nome no Youtube: Vídeo real de Lampião (120fps/FullHD e colorizado com IA)
E aqui na íntegra com edição sonora:
https://www.youtube.com/watch?v=eBBQReNSw00&t=122s
Nome no Youtube: lampião rei do cangaço, vídeo reais com montagem de som
Rituais e festas Borôro
3.7 2O primeiro registro etnográfico do mundo é brasileiro! Sensacional, toda a tradição, costumes, danças e o registro histórico do século passado. Todo o meu respeito e admiração por essa cultura milenar dos verdadeiros brasileiros desse país! Assistam com alguma trilha indígena de fundo que acompanha bem, já que ele é mudo. Viva os índios desse país!
Acabaram-se os Otários
3.9 5Assisti a reconstrução do filme de 20 minutos, feita pelos professores da UFF Rafael de Luna e Reinaldo Cardenuto, e da estudante Juliana Charleaux, que realizou a montagem e tratamento das imagens.
Por se tratar do 1ª filme falado brasileiro, tem uma importância ímpar na história do cinema brasileiro. Muito interessante e importante esse resgate e registro para a posteridade.
A história em si é divertida, e com bastantes cenas musicais, é realmente uma pena que apenas pequenos fragmentos tenham sobrevivido ao tempo, isso demonstra o quanto a preservação audiovisual é de suma importância para se preservar as obras fílmicas que se produzem no país.
O Pequenino
4.2 2Pra quem quiser assistir https://vimeo.com/302516928
Caminho dos Gigantes
4.3 9Alguém tem o link?
O Dragãozinho Manso: Jonjoca
3.9 3Alguém tem esse curta pra disponibilizar?
A Vida é Estranha
2.5 1Alguém tem o link pra baixar?
Dragon Ball Z: O Plano de Erradicar os Sayajins
3.5 7Bom OVA, no final todos soltando seus melhores ataques contra o vilão foi foda!
The Moon and the Son: An Imagined Conversation
3.4 2Muito bom, um curta de animação bem fora do comum, mas muito bem feito, animação ótima, e narração da história e montagem de todo o processo excelentes. Valeu a experiência, e me fez refletir sobre a minha relação com o meu próprio pai.
O Homem que Plantava Árvores
4.6 77Também quero plantar árvores!
Favoritado pra eternidade, e divulgado há de ser para todo meu círculo social e familiar para que todos saibam da existência dessa obra magnífica!