Através de cenas simples, narrando ocasiões comuns, temos a chance de observar o quão degradante o ser humano se torna, o quão irracional passam à ser suas atitudes, as controvérsias que envolvem seus atos e sua visão moralista atraés da necessidade de adequação à um grupo ou pela "busca de estar em evidência dentro deste. Aliás, fica evidente através da abordagem a nossa capacidade de banalizar nossos atos. Gozarmos dos "privilégios" de fazer parte e ser o foco. Mas omitimos verdades, somos levianos em nossos julgamentos e nos afligimos diante da possibilidade de sermos julgados. Nossas festas terminam sempre em louça suja, mesmo depois de todo o espetáculo teatral armado nos encontros sociais. Mesmo com todo o requinte, educação e "festa" , no fim estaremos nós com nossa consciência à alimentar nossos monstros e jogar para debaixo do tapete a sujeira pois assim fomos educados.
Olmo e a Gaivota em seu título já trás consigo o contraste em meio ao paradoxo de " raízes e liberdade" Para além do simples narrar de uma gravidez, mas a forma singela como entrelaça o telespectador a mente de uma mulher em sua "magnífica transformação", está aí o que ninguém nos conta. Aliás, o que ninguém jamais ousa encarar, em meio as atuações da vida, de ator todos temos um pouco, minha conclusão. Simples assim, delicado como a linha tênue que nos separa da loucura. Realidade ou não; encarar a vida de frente não é pra qualquer um. Sendo assim, haverá sempre aqueles que adornam um pesadelo como o mais belo sonho que poderia ser sonhado, e se entregam a mil e um amores para não se entregarem ao mais profundo sentimento inerente a alma uma que é a solidão. (Sim é pesadelo, por mais belo que seja, do início ao meio, e um dia ao fim. Não são flores, ou tão somente não serão, C'est la vie)
A forma gradativa que a encenação de uma história, narrada pelos próprios agentes, emerge os mais profundos desalentos, é surpreendente. No início, se vê uma forma, quase, caricata de se representarem, entre brincadeiras e vangloriamentos, posam de grandes homens, heróis, e relembram vossas atrocidades com nenhuma ¨modéstia", trazem consigo, a princípio, um ar sumptuoso diante as atrocidades, abusos e ao genocídio ali ocorrido. " War crimes are defined by the winners". E em meio a narrativa o véu que lhes cobrem as fraquezas, aos poucos, começa a cair. Olhares perdidos em meio as gravações, negações, pedidos para "humanização" das cenas começam a surgir durante as filmagens. Detalhes da estética que no início incomodavam dão lugar a lembranças perturbadoras e tentativas vãs de humanizar as cenas. A forma como os líderes participam da construção da película os colocam diante aos seus reflexos, " Did the people I tortured feel the way I do here? (...) All the terror suddenly possessed my body. It surrounded me, and possessed me.". Joshua nos entrega uma obra extraordinária pela forma inovadora em que é construída.
Uma obra minimalista, com diálogos curtos não deixando de ser, por assim dizer, grandiosos. A representação e sutileza dos detalhes encantam, tendo em face mais uma vez a denúncia quanto ao descaso em que muitos são expostos, não mediante apenas a miséria social mas, de forma singular, o "ser diferente", não padrão.
Um filme com uma direção que nos insere na trama de forma muito sútil, aliado ao cenário simples e dois personagens; nos surpreendendo na gradativa execução e entrega final. Com certa diversidade de sentimentos muito bem explorados pelo diretor, o filme cumpre seu papel, ao meu ver, entrelaçando o espectador ao enredo de forma muito simples e peculiar, evidenciando as emoções e tensões que se fazem presente em um contexto bastante atual em relacionamentos pós-modernos, onde buscamos através de telas e câmeras nos fazer presente e nos mantermos próximos com a mesma sintonia em que se vive o dia a dia.
Ás vezes torna-se complicado expressar-se diante uma obra relativamente simples, onde o que nos indigna e cativa (cumprindo assim seu papel) será realmente um roteiro que nos apresenta jovens inseridos nas áreas mais miseráveis de uma cidade, esquecida e desconhecida pela maioria de nós. O filme trás a cruel exploração da inocência, a negação e a privação de direitos não só de Lilya, mas de forma sútil mostra como os demais personagens tornam-se diferentes vítimas de um sistema político cada dia mais centrado no "eu". Ali, naquele bairro, todos sonham com a chance de sair e recomeçar em outro lugar... Fazendo com que aqueles que conquistam a chance esqueça-se dos outros, aliás ali não é uma região já esquecida? Uma obra com detalhes sutis e marcantes.
Bom... muito ouvi falar do filme antes mesmo da estréia, não só por ser do Nolan e pela equipe de atores, mas pelo tema que viria abordar, enfim... tudo levava a crer que deveríamos esperar uma super produção que sim, claro, estaria entre os indicados a vários prêmios na academia. Os atores, de fato, foram belíssimos! McConaughey, Damon e a Anne Hathaway enriquecem as atuações em momentos sutis de comoção e tensão. Quanto ao Roteiro penso que Nolan se perdeu na grandiosidade que, um tanto ousado, trás questões que ainda hoje são de difícil discussão e compreensão e, assim, com diálogos nem sempre inteligíveis, me deixou um pouco perdida em determinadas situações, mesmo sendo apreciadora de física quântica senti que muito dos termos estava o fora do alcance do meu conhecimento. Ainda além das questões quânticas á abordagem do amor, sobrevivência e a motivação que nos faz ir além, são bastante interessantes e com diálogos ricos que causam reflexão. Enfim... Um bom filme e uma super produção, mas ainda assim não considero o melhor trabalho do Nolan e por conta de um roteiro ousado que, também, se perde no final (esperava - se mais) não considero o melhor filme do ano. Acredito que a análise deva ser feita para além da mega produção e do já renomado diretor.
Involuntário
3.1 17Através de cenas simples, narrando ocasiões comuns, temos a chance de observar o quão degradante o ser humano se torna, o quão irracional passam à ser suas atitudes, as controvérsias que envolvem seus atos e sua visão moralista atraés da necessidade de adequação à um grupo ou pela "busca de estar em evidência dentro deste.
Aliás, fica evidente através da abordagem a nossa capacidade de banalizar nossos atos. Gozarmos dos "privilégios" de fazer parte e ser o foco. Mas omitimos verdades, somos levianos em nossos julgamentos e nos afligimos diante da possibilidade de sermos julgados.
Nossas festas terminam sempre em louça suja, mesmo depois de todo o espetáculo teatral armado nos encontros sociais. Mesmo com todo o requinte, educação e "festa" , no fim estaremos nós com nossa consciência à alimentar nossos monstros e jogar para debaixo do tapete a sujeira pois assim fomos educados.
Olmo e a Gaivota
3.9 149Olmo e a Gaivota em seu título já trás consigo o contraste em meio ao paradoxo de " raízes e liberdade"
Para além do simples narrar de uma gravidez, mas a forma singela como entrelaça o telespectador a mente de uma mulher em sua "magnífica transformação", está aí o que ninguém nos conta. Aliás, o que ninguém jamais ousa encarar, em meio as atuações da vida, de ator todos temos um pouco, minha conclusão.
Simples assim, delicado como a linha tênue que nos separa da loucura. Realidade ou não; encarar a vida de frente não é pra qualquer um.
Sendo assim, haverá sempre aqueles que adornam um pesadelo como o mais belo sonho que poderia ser sonhado, e se entregam a mil e um amores para não se entregarem ao mais profundo sentimento inerente a alma uma que é a solidão.
(Sim é pesadelo, por mais belo que seja, do início ao meio, e um dia ao fim. Não são flores, ou tão somente não serão, C'est la vie)
O Ato de Matar
4.3 135A forma gradativa que a encenação de uma história, narrada pelos próprios agentes, emerge os mais profundos desalentos, é surpreendente.
No início, se vê uma forma, quase, caricata de se representarem, entre brincadeiras e vangloriamentos, posam de grandes homens, heróis, e relembram vossas atrocidades com nenhuma ¨modéstia", trazem consigo, a princípio, um ar sumptuoso diante as atrocidades, abusos e ao genocídio ali ocorrido. " War crimes are defined by the winners". E em meio a narrativa o véu que lhes cobrem as fraquezas, aos poucos, começa a cair. Olhares perdidos em meio as gravações, negações, pedidos para "humanização" das cenas começam a surgir durante as filmagens. Detalhes da estética que no início incomodavam dão lugar a lembranças perturbadoras e tentativas vãs de humanizar as cenas.
A forma como os líderes participam da construção da película os colocam diante aos seus reflexos, " Did the people I tortured feel the way I do here? (...) All the terror suddenly possessed my body. It surrounded me, and possessed me.".
Joshua nos entrega uma obra extraordinária pela forma inovadora em que é construída.
Eu Existo
4.2 55Uma obra minimalista, com diálogos curtos não deixando de ser, por assim dizer, grandiosos.
A representação e sutileza dos detalhes encantam, tendo em face mais uma vez a denúncia quanto ao descaso em que muitos são expostos, não mediante apenas a miséria social mas, de forma singular, o "ser diferente", não padrão.
10.000 Km
3.6 127 Assista AgoraUm filme com uma direção que nos insere na trama de forma muito sútil, aliado ao cenário simples e dois personagens; nos surpreendendo na gradativa execução e entrega final.
Com certa diversidade de sentimentos muito bem explorados pelo diretor, o filme cumpre seu papel, ao meu ver, entrelaçando o espectador ao enredo de forma muito simples e peculiar, evidenciando as emoções e tensões que se fazem presente em um contexto bastante atual em relacionamentos pós-modernos, onde buscamos através de telas e câmeras nos fazer presente e nos mantermos próximos com a mesma sintonia em que se vive o dia a dia.
Para Sempre Lilya
4.2 869Ás vezes torna-se complicado expressar-se diante uma obra relativamente simples, onde o que nos indigna e cativa (cumprindo assim seu papel) será realmente um roteiro que nos apresenta jovens inseridos nas áreas mais miseráveis de uma cidade, esquecida e desconhecida pela maioria de nós.
O filme trás a cruel exploração da inocência, a negação e a privação de direitos não só de Lilya, mas de forma sútil mostra como os demais personagens tornam-se diferentes vítimas de um sistema político cada dia mais centrado no "eu". Ali, naquele bairro, todos sonham com a chance de sair e recomeçar em outro lugar... Fazendo com que aqueles que conquistam a chance esqueça-se dos outros, aliás ali não é uma região já esquecida?
Uma obra com detalhes sutis e marcantes.
Interestelar
4.3 5,7K Assista AgoraBom... muito ouvi falar do filme antes mesmo da estréia, não só por ser do Nolan e pela equipe de atores, mas pelo tema que viria abordar, enfim... tudo levava a crer que deveríamos esperar uma super produção que sim, claro, estaria entre os indicados a vários prêmios na academia.
Os atores, de fato, foram belíssimos! McConaughey, Damon e a Anne Hathaway enriquecem as atuações em momentos sutis de comoção e tensão. Quanto ao Roteiro penso que Nolan se perdeu na grandiosidade que, um tanto ousado, trás questões que ainda hoje são de difícil discussão e compreensão e, assim, com diálogos nem sempre inteligíveis, me deixou um pouco perdida em determinadas situações, mesmo sendo apreciadora de física quântica senti que muito dos termos estava o fora do alcance do meu conhecimento. Ainda além das questões quânticas á abordagem do amor, sobrevivência e a motivação que nos faz ir além, são bastante interessantes e com diálogos ricos que causam reflexão.
Enfim... Um bom filme e uma super produção, mas ainda assim não considero o melhor trabalho do Nolan e por conta de um roteiro ousado que, também, se perde no final (esperava - se mais) não considero o melhor filme do ano. Acredito que a análise deva ser feita para além da mega produção e do já renomado diretor.