isabelazanotto

Assisti no timing perfeito: dia dos namorados. O filme me lembra muito a minha relação com um ex namorado... ficante... sei lá o que éramos. Ele mesmo já me disse coisas que eram bem parecidas com as que o filme transmite. A vida do Joel antes da Clementine é um "acordar, trabalhar, comer, dormir", como se ele vivesse em função disso. A ironia da Clementine ter entrado na vida do Joel é que, em dado momento, ela fala que tem medo de estar desperdiçando bons momentos da vida dela sendo que, ao meu ver, ele também fica com esse medo depois de conhecê-la mas se acomodou durante muito tempo com o estilo de vida que ele já levava. Até onde o que sabemos de Clementine realmente é dela? Ela aparece poucas vezes no contexto real, fora das lembranças dele. E muitas vezes as lembranças se confunde com imaginação, quando ele quer evitar esquecê-la... E acaba por esquecer mesmo assim. Mesmo com ambos tendo a ciência do que os aguarda (por causa das fitas que lhe são entregues), eles insistem naquilo que aparentemente era fadado ao fracasso. Quantos de nós estaríamos aqui se não houvesse a insistência do acaso já premeditado? Quantos não estariam? Filme bom pra refletir sobre as intempéries que dependem de nós exclusivamente e também daquelas que não temos força de mudar.

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Adorei! Não se compara a um Interstellar da vida mas a Sandra Bullock foi magnífica na atuação... Interpretou bem o desespero da Dra Ryan que, na primeira missão fora da Terra, tem todo o planejamento destroçado pelo espaço - literalmente. A atriz foi incisiva na hora de mostrar que mesmo não tendo mais o porquê voltar, ela tinha uma força de vontade absurda em simplesmente querer fazê-lo. O mais doido, além da coragem absurda da Dra Ryan, são as imagens do espaço/da Terra que são tão reais que parece que você tá vendo as gravações da SpaceX. Muito bom.

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Besteirol bom de curtir um restinho de domingo.