No início, tenho raiva da Sawako, meiguinha, inocente demais, se inferiorizando diante dos outros... depois ela vai melhorando, mas esses aspectos da personalidade dela estão presentes em todo o anime. No segundo episódio já sabemos que ela está apaixonada por Kazehaya e o sentimento é recíproco. Isso não cria nenhuma tensão para o anime continuar, e me surpreendi por ter visto também a segunda temporada inteira. Acontece que a personalidade da Sawako, que nunca imaginaria que seu "Deus" Kazehaya fosse gostar dela, é o grande elemento que vai levando o anime a se desdobrar com os dois nutrindo relações de amizade, enquanto Kazehaya tem dificuldade de entender os sentimentos de Sawako.
Acho que a grande graça do anime é a forma com que ele trabalha as relações humanas e o universo interno das emoções. É muito legal ver Sawako descobrindo um novo mundo de sentimentos e sensações internas, muitos dos quais ela tem dificuldade de entender, enquanto ela tem a complicada tarefa de tentar compreender como deve agir em determinadas situações, e como interpretar as pessoas em volta dela... e, nesse processo, ela vai descobrindo a amizade, o amor, ela vai amadurecendo, sem deixar de ser aquela menina sensível e doce do início.
Ayane e Chizuru também são um ponto alto no anime, eu adoro a sagacidade de Ayane, que sabe ler as pessoas e suas intenções de forma ímpar, e o jeito moleca da Chizuru. Elas, junto com Sawako, formam um ótimo trio.
O ponto fraco do anime está na relação entre Sawako e Kazehaya. Ela se apaixonou muito rapidamente por ele e ele por ela. Acho que poderia ter começado realmente apenas como amizade, evoluindo gradativamente para amor. Ademais, Kazehaya não faz muito meu estilo de personagem masculino: super envergonhado, tímido, apesar de popular e gentil, ele não toma atitude com relação à Sawako. Assim, com relação à parte do romance propriamente dita, o anime deixa muito a desejar.
Na segunda temporada, surge o Miura, mas isso só serviu para forçar o Kazehaya a alguma atitude, caso contrário nada andaria. Seria mais interessante se Sawako ficasse balançada com Miura, criando um triângulo amoroso. Mas ela NUNCA se vê como alguém pelo qual outro cara pode ser apaixonar, a falta de confiança dela é tal que inibe qualquer situação desse tipo.
Enfim, é isso, a parte mais interessante do anime fica por conta do universo das emoções e relações humanas trabalhadas, mas a nível de romance as coisas poderiam ter sido muito, mas muito melhores.
Excelente! Esse anime está ficando cada vez melhor, os personagens vão cativando a gente aos poucos e se transformando ao longo da história. Eu simplesmente adoro o trio Yato, Hiyori e Yukine! TEM QUE TER UMA TERCEIRA TEMPORADA!!!
Estou gostando muito, e os últimos episódios da temporada foram fantásticos! Yato, Hiyori e Yukine são muito carismáticos, criaram um trio realmente muito legal. O anime desenvolve bem o relacionamento entre eles, é muito interessante ver como os laços vão se estreitando. A trilha sonora é ótima (a música de abertura, então...). Vamos ver o que nos aguarda para a segunda temporada. Adorei a frase final da temporada:
Que anime perfeito. Os japoneses possuem um talento ímpar para retratar a solidão humana, e Ao Haru Ride faz isso com maestria: todo o grupo é constituído por personagens que não conseguiram estabelecer conexões emocionais profundas com outras pessoas, ou, se conseguiram, isso levou a consequências dolorosas. Cada um encontra sua própria forma de reagir a essa situação. Estranhamente, todos se tornam amigos, talvez por essa comunhão na solidão. Eles querem encontrar uma coisa que mexa profundamente com eles e lhes dê a sensação de pertencimento a algo. Essa é a busca principal de Ao Haru Ride, para além do shoujo: a busca por sentimentos genuínos e profundos que podemos sentir pelas outras pessoas, seja amizade ou amor. O anime trás vários ensinamentos belíssimos: às vezes perdemos a oportunidade de dizer/fazer coisas e essa oportunidade pode ser que não volte (não voltou no caso do Kou, pois era impossível, mas voltou para Futaba); o passado não volta, mas podemos começar coisas novas no aqui e agora, se abrirmos nosso coração para isso; que descobrimos nossas amizades ao encontrar pessoas com as quais podemos ser nós mesmos, nas quais podemos verdadeiramente contar e confiar; que com pequenas decisões podemos começar algo completamente novo em nossas vidas, basta sair da zona de conforto, etc. E, surpreendentemente, o shoujo se encaixa muito, muito bem em tudo isso.
A ideia é boa, tinha muito potencial, gostei de conhecer a história do Shinsengumi, mas infelizmente, talvez pelo enfoque histórico (o final do xogunato no Japão), o anime acabou ficando muito deficiente em termos de trama, talvez se tivessem feito mais episódios isso não aconteceria. Não houve muito desenvolvimento em termos de relacionamento entre os personagens, os acontecimentos foram lentos. Algumas observações:
1) Os personagens permanecem os mesmos do início ao fim do anime. ― Não há muita modificação dos personagens, talvez com exceção de Hijitaka. Não ocorre amadurecimento ou desenvolvimento da personalidade deles. Um bom exemplo é da Chizuru: do início ao fim ela é uma empregada no Shinsengumi, ela tem uma espada a título de enfeite. Ela até tem coragem para se arriscar pelas pessoas que gosta, mas a coisa fica estacionada aí. Faltou personalidade à personagem, justamente por ela não ser humana, Chizuru poderia ter feito grandes coisas. Pensei que ela aprenderia a usar a espada, se tornaria uma guerreira, uma espadachim no Shinsengumi, que tomaria uma posição mais forte frente aos acontecimentos da época, mas não. Ela serve o chá.
2) O relacionamento romântico entre Chizuru e Hijitaka. ― Essa parte é bem frustrante. Você só verá uma aproximação maior entre os dois a partir do 8º episódio da 2ª temporada, que tem 10 episódios. A relação deles foi muito mal explorada, talvez porque não abriram a oportunidade de situações de risco acontecerem com a moça. Chizuru é super protegida por um harém de guerreiros no Shinsengumi, e nada acontece com ela. O Kazama poderia tê-la sequestrado várias vezes, e não sei porque não o fez. A única situação de risco na qual ela de fato se insere é quando foi sequestrada pelo PAI. O anime foi bem pouco inteligente ao subaproveitar várias situações que levariam a desdobramentos interessantíssimos em termos de trama. Além disso, ela vivia num harém cheio de guerreiros lindos, eu senti falta de um triângulo amoroso, ou de cenas de ciúmes; sei que não é o objetivo do anime, mas acho que faz parte, dá uma graça a mais na história, a enriquece. Não tem como não pensar que algo vai acontecer numa casa com uma única mulher e cheia de homens prontos para protegê-la.
3) A personalidade e a história dos guerreiros Shinsengumi. ― O anime pretende criar um clima "família" no Shinsengumi, em que todos se sentiriam em casa e com pessoas nas quais confiam, para posteriormente mostrar a destruição de tudo isso. Porém, para que isso fosse feito adequadamente, deveríamos conhecer melhor os guerreiros e nos ambientar melhor nas relações deles. Mas tudo acontece muito rápido, e essa proximidade não é tão bem trabalhada.
4) A ausência de um vilão de verdade. ― Tudo parecia indicar que o Kazama seria um grande vilão. Ele começa com o objetivo de capturar Chizuru, mas sem um motivo claro, isso não ocorre, sempre que ele invadia o quartel-general voltava de mãos vazias, quando teria total condições de sequestrá-la se quisesse, com seus comparsas; então, essa ideia simplesmente fica pra trás e ele termina só querendo matar o Hijikata mesmo. Na realidade, o único vilão mesmo é o "Novo Governo" e a ameaça dos rasetsu, mas não tem um personagem que seja impulsionador de um grande conflito na trama.
5) Personagens que não disseram a que vieram. ― Uma princesa lá que aparece querendo ajudar a Chizuru, o irmão dela, enfim, personagens subaproveitados.
Agora, nota 1000 para a música de abertura, uma das melhores que já vi. Inclusive, nos dá uma ideia totalmente diferente do que é o anime, com várias cenas muito interessantes. Só faltou usar isso no próprio anime, né...
Esse anime é muito bom mesmo e a história, envolvente, nos deixando na ansiedade para o próximo episódio. Altamente recomendado. Porém, tenho uma séria apreensão, se tivermos uma segunda temporada:
Adoro a relação entre Hak e Yona, e Hak é como um tipo ideal para mim em termos de personagem masculino. Contudo, a Yona NUNCA entende as intenções de Hak, ao mesmo tempo em que não consegue se dar conta dos seus próprios sentimentos em relação a ele; então, a hesitação de Hak, sempre presente, apenas se acentua e aprofunda mais e mais, de modo que temo que a relação dos dois nunca ultrapasse essa faísca e aquilo que inicialmente nos dá um gostinho de "quero mais" vá se transformando em sentimento de frustração ao nos darmos conta de que nada maior de fato vai acontecer entre eles. Ah, e por favor, para quem leu o mangá, NÃO QUERO SABER se a relação dos dois vai melhorar nesse sentido ou não, parte da graça está em descobrir se isso vai acontecer, hehe. Outra coisa que me dá raiva é esse amor eterno pelo Woo-Son, na realidade desconfio que se trata apenas, por parte da Yona, de uma nostalgia misturada com a dificuldade de entender que o Woo-Son que ela gostava se foi, e que ter matado o pai dela anulou qualquer possibilidade de continuidade desse sentimento (pelo menos, assim espero!). Hak tudo, Woo-Son nadinha. Hahahaha
O amor entre Zen e Shirayuki foi bem trabalho ao longo de todo o anime, em vários momentos eles se declaram um ao outro. Por outro lado, isso já nos deu uma certeza incontornável de que um pertence ao outro incondicionalmente. Já entendemos que eles devem (e irão) ficar juntos, não há mais nada a ser desenvolvido nesse quesito: o shoujo acabou. Até aí está ótimo, mas a única coisa que faltava ― Zen fazer o pedido de casamento a Shirayuki ― não rolou, e ele ainda ficou no papel de fazê-la ESPERAR por ele! Desanimador. Não fez sentido algum. Se o objetivo era deixar uma brecha para a terceira temporada, acho que foi uma péssima ideia: ela tinha que acabar aí mesmo. Não há mais desdobramentos interessantes possíveis para justificar uma terceira temporada, todos nós já sabemos que Zen não se apaixonará por outra, e com Shirayuki é a mesma coisa. Aliás, isso ficou tão claro a temporada toda que inviabilizou totalmente desenvolvimentos mais interessantes, que envolvessem, por exemplo, um triângulo amoroso. Zen nunca pensa em ninguém como um competidor real para ele. Vimos uma faísca do interesse de Obi por ela, mas não engrenou. Várias coisas poderiam ser mais bem exploradas: no baile, por exemplo, Raj dança com Shirayuki na frente de Zen e tão tem uma ceninha em que possamos ficar em dúvida sobre os sentimentos dela ou ver um transtorno de verdade por parte dele. Ninguém luta realmente por Shirayuki, é como se no fundo eles entendessem "de quem ela é" e passam até a gostar disso. Enfim, Zen apenas se transtorna quando a vida de Shirayuki está em perigo, mas as cenas de "ciúmes" são ridículas, revelam por parte dele uma gentileza e uma paz interior tão grande que, como um romance, o anime soou mais como um mar calmo e tranquilo, como destino já escrito (isso se aplica a ela também). Eles são maduros e tranquilos ao extremo, o que nos dá muito cedo uma segurança sobre o desdobramento da história. Em vários momentos do anime, desde o início, eles deixam bem claros seus sentimentos e intenção de prosseguirem juntos, e o desejo de casamento por parte de Zen é bem sabido. Massssss de repente colocaram um freio no Zen, o que ficou na contramão da personalidade e do que naturalmente esperávamos para o fechamento definitivo da temporada: depois da certeza absoluta e incontornável de que ficariam juntos, eu esperava pelo menos o coroamento disso com o pedido de casamento e a celebração do mesmo.
O anime não te enrola. Em vários romances nos deparamos com personagens indecisos, sem atitude, relações que não engrenam, com um final totalmente aberto. No início isso até pode ser legal e nos dá aquela ansiedade para ver o que acontece no próximo episódio, mas o que inicialmente nos deixava com gostinho de "quero mais" vai se transformando em sentimento de frustração quando finalmente entendemos que nada vai de fato acontecer. Isso não ocorre em Akagami no Shirayuki-hime: é muito legal ver a construção dos sentimentos deles, e cenas de aproximação maior entre os dois acontecendo sem que a garota se faça de desentendida ou confusa o tempo todo e sem que o cara tenha que se ver preso em conflitos que impedem algo mais íntimo. O Zen tem um carisma incrível, o que contribuiu muito para a "graça" da relação, e o fato dele ser príncipe acaba exigindo uma compostura e uma distância controlada de Shirayuki.
Que Chegue a Você: Kimi ni Todoke (2ª Temporada)
4.2 67É um anime um tanto quanto difícil de avaliar.
No início, tenho raiva da Sawako, meiguinha, inocente demais, se inferiorizando diante dos outros... depois ela vai melhorando, mas esses aspectos da personalidade dela estão presentes em todo o anime. No segundo episódio já sabemos que ela está apaixonada por Kazehaya e o sentimento é recíproco. Isso não cria nenhuma tensão para o anime continuar, e me surpreendi por ter visto também a segunda temporada inteira. Acontece que a personalidade da Sawako, que nunca imaginaria que seu "Deus" Kazehaya fosse gostar dela, é o grande elemento que vai levando o anime a se desdobrar com os dois nutrindo relações de amizade, enquanto Kazehaya tem dificuldade de entender os sentimentos de Sawako.
Acho que a grande graça do anime é a forma com que ele trabalha as relações humanas e o universo interno das emoções. É muito legal ver Sawako descobrindo um novo mundo de sentimentos e sensações internas, muitos dos quais ela tem dificuldade de entender, enquanto ela tem a complicada tarefa de tentar compreender como deve agir em determinadas situações, e como interpretar as pessoas em volta dela... e, nesse processo, ela vai descobrindo a amizade, o amor, ela vai amadurecendo, sem deixar de ser aquela menina sensível e doce do início.
Ayane e Chizuru também são um ponto alto no anime, eu adoro a sagacidade de Ayane, que sabe ler as pessoas e suas intenções de forma ímpar, e o jeito moleca da Chizuru. Elas, junto com Sawako, formam um ótimo trio.
O ponto fraco do anime está na relação entre Sawako e Kazehaya. Ela se apaixonou muito rapidamente por ele e ele por ela. Acho que poderia ter começado realmente apenas como amizade, evoluindo gradativamente para amor. Ademais, Kazehaya não faz muito meu estilo de personagem masculino: super envergonhado, tímido, apesar de popular e gentil, ele não toma atitude com relação à Sawako. Assim, com relação à parte do romance propriamente dita, o anime deixa muito a desejar.
Na segunda temporada, surge o Miura, mas isso só serviu para forçar o Kazehaya a alguma atitude, caso contrário nada andaria. Seria mais interessante se Sawako ficasse balançada com Miura, criando um triângulo amoroso. Mas ela NUNCA se vê como alguém pelo qual outro cara pode ser apaixonar, a falta de confiança dela é tal que inibe qualquer situação desse tipo.
Enfim, é isso, a parte mais interessante do anime fica por conta do universo das emoções e relações humanas trabalhadas, mas a nível de romance as coisas poderiam ter sido muito, mas muito melhores.
Noragami (2ª Temporada)
4.4 27Excelente! Esse anime está ficando cada vez melhor, os personagens vão cativando a gente aos poucos e se transformando ao longo da história. Eu simplesmente adoro o trio Yato, Hiyori e Yukine! TEM QUE TER UMA TERCEIRA TEMPORADA!!!
Noragami (1ª Temporada)
4.2 47Estou gostando muito, e os últimos episódios da temporada foram fantásticos! Yato, Hiyori e Yukine são muito carismáticos, criaram um trio realmente muito legal. O anime desenvolve bem o relacionamento entre eles, é muito interessante ver como os laços vão se estreitando. A trilha sonora é ótima (a música de abertura, então...). Vamos ver o que nos aguarda para a segunda temporada.
Adorei a frase final da temporada:
Que nossos destinos se entrelacem!
Ao Haru Ride
4.3 45Que anime perfeito. Os japoneses possuem um talento ímpar para retratar a solidão humana, e Ao Haru Ride faz isso com maestria: todo o grupo é constituído por personagens que não conseguiram estabelecer conexões emocionais profundas com outras pessoas, ou, se conseguiram, isso levou a consequências dolorosas. Cada um encontra sua própria forma de reagir a essa situação. Estranhamente, todos se tornam amigos, talvez por essa comunhão na solidão. Eles querem encontrar uma coisa que mexa profundamente com eles e lhes dê a sensação de pertencimento a algo. Essa é a busca principal de Ao Haru Ride, para além do shoujo: a busca por sentimentos genuínos e profundos que podemos sentir pelas outras pessoas, seja amizade ou amor. O anime trás vários ensinamentos belíssimos: às vezes perdemos a oportunidade de dizer/fazer coisas e essa oportunidade pode ser que não volte (não voltou no caso do Kou, pois era impossível, mas voltou para Futaba); o passado não volta, mas podemos começar coisas novas no aqui e agora, se abrirmos nosso coração para isso; que descobrimos nossas amizades ao encontrar pessoas com as quais podemos ser nós mesmos, nas quais podemos verdadeiramente contar e confiar; que com pequenas decisões podemos começar algo completamente novo em nossas vidas, basta sair da zona de conforto, etc. E, surpreendentemente, o shoujo se encaixa muito, muito bem em tudo isso.
Hakuouki 1ª (Temporada)
3.9 10A ideia é boa, tinha muito potencial, gostei de conhecer a história do Shinsengumi, mas infelizmente, talvez pelo enfoque histórico (o final do xogunato no Japão), o anime acabou ficando muito deficiente em termos de trama, talvez se tivessem feito mais episódios isso não aconteceria. Não houve muito desenvolvimento em termos de relacionamento entre os personagens, os acontecimentos foram lentos.
Algumas observações:
1) Os personagens permanecem os mesmos do início ao fim do anime. ― Não há muita modificação dos personagens, talvez com exceção de Hijitaka. Não ocorre amadurecimento ou desenvolvimento da personalidade deles. Um bom exemplo é da Chizuru: do início ao fim ela é uma empregada no Shinsengumi, ela tem uma espada a título de enfeite. Ela até tem coragem para se arriscar pelas pessoas que gosta, mas a coisa fica estacionada aí. Faltou personalidade à personagem, justamente por ela não ser humana, Chizuru poderia ter feito grandes coisas. Pensei que ela aprenderia a usar a espada, se tornaria uma guerreira, uma espadachim no Shinsengumi, que tomaria uma posição mais forte frente aos acontecimentos da época, mas não. Ela serve o chá.
2) O relacionamento romântico entre Chizuru e Hijitaka. ― Essa parte é bem frustrante. Você só verá uma aproximação maior entre os dois a partir do 8º episódio da 2ª temporada, que tem 10 episódios. A relação deles foi muito mal explorada, talvez porque não abriram a oportunidade de situações de risco acontecerem com a moça. Chizuru é super protegida por um harém de guerreiros no Shinsengumi, e nada acontece com ela. O Kazama poderia tê-la sequestrado várias vezes, e não sei porque não o fez. A única situação de risco na qual ela de fato se insere é quando foi sequestrada pelo PAI. O anime foi bem pouco inteligente ao subaproveitar várias situações que levariam a desdobramentos interessantíssimos em termos de trama. Além disso, ela vivia num harém cheio de guerreiros lindos, eu senti falta de um triângulo amoroso, ou de cenas de ciúmes; sei que não é o objetivo do anime, mas acho que faz parte, dá uma graça a mais na história, a enriquece. Não tem como não pensar que algo vai acontecer numa casa com uma única mulher e cheia de homens prontos para protegê-la.
3) A personalidade e a história dos guerreiros Shinsengumi. ― O anime pretende criar um clima "família" no Shinsengumi, em que todos se sentiriam em casa e com pessoas nas quais confiam, para posteriormente mostrar a destruição de tudo isso. Porém, para que isso fosse feito adequadamente, deveríamos conhecer melhor os guerreiros e nos ambientar melhor nas relações deles. Mas tudo acontece muito rápido, e essa proximidade não é tão bem trabalhada.
4) A ausência de um vilão de verdade. ― Tudo parecia indicar que o Kazama seria um grande vilão. Ele começa com o objetivo de capturar Chizuru, mas sem um motivo claro, isso não ocorre, sempre que ele invadia o quartel-general voltava de mãos vazias, quando teria total condições de sequestrá-la se quisesse, com seus comparsas; então, essa ideia simplesmente fica pra trás e ele termina só querendo matar o Hijikata mesmo. Na realidade, o único vilão mesmo é o "Novo Governo" e a ameaça dos rasetsu, mas não tem um personagem que seja impulsionador de um grande conflito na trama.
5) Personagens que não disseram a que vieram. ― Uma princesa lá que aparece querendo ajudar a Chizuru, o irmão dela, enfim, personagens subaproveitados.
Agora, nota 1000 para a música de abertura, uma das melhores que já vi. Inclusive, nos dá uma ideia totalmente diferente do que é o anime, com várias cenas muito interessantes. Só faltou usar isso no próprio anime, né...
Akatsuki no Yona
4.4 28 Assista AgoraEsse anime é muito bom mesmo e a história, envolvente, nos deixando na ansiedade para o próximo episódio. Altamente recomendado.
Porém, tenho uma séria apreensão, se tivermos uma segunda temporada:
Adoro a relação entre Hak e Yona, e Hak é como um tipo ideal para mim em termos de personagem masculino. Contudo, a Yona NUNCA entende as intenções de Hak, ao mesmo tempo em que não consegue se dar conta dos seus próprios sentimentos em relação a ele; então, a hesitação de Hak, sempre presente, apenas se acentua e aprofunda mais e mais, de modo que temo que a relação dos dois nunca ultrapasse essa faísca e aquilo que inicialmente nos dá um gostinho de "quero mais" vá se transformando em sentimento de frustração ao nos darmos conta de que nada maior de fato vai acontecer entre eles.
Ah, e por favor, para quem leu o mangá, NÃO QUERO SABER se a relação dos dois vai melhorar nesse sentido ou não, parte da graça está em descobrir se isso vai acontecer, hehe.
Outra coisa que me dá raiva é esse amor eterno pelo Woo-Son, na realidade desconfio que se trata apenas, por parte da Yona, de uma nostalgia misturada com a dificuldade de entender que o Woo-Son que ela gostava se foi, e que ter matado o pai dela anulou qualquer possibilidade de continuidade desse sentimento (pelo menos, assim espero!).
Hak tudo, Woo-Son nadinha.
Hahahaha
Akagami no Shirayuki-hime (2ª Temporada)
4.1 5O anime é bom, mas acho que o final deixou um pouco a desejar, e o desdobramento da história como um todo também.
O amor entre Zen e Shirayuki foi bem trabalho ao longo de todo o anime, em vários momentos eles se declaram um ao outro. Por outro lado, isso já nos deu uma certeza incontornável de que um pertence ao outro incondicionalmente. Já entendemos que eles devem (e irão) ficar juntos, não há mais nada a ser desenvolvido nesse quesito: o shoujo acabou. Até aí está ótimo, mas a única coisa que faltava ― Zen fazer o pedido de casamento a Shirayuki ― não rolou, e ele ainda ficou no papel de fazê-la ESPERAR por ele! Desanimador. Não fez sentido algum. Se o objetivo era deixar uma brecha para a terceira temporada, acho que foi uma péssima ideia: ela tinha que acabar aí mesmo. Não há mais desdobramentos interessantes possíveis para justificar uma terceira temporada, todos nós já sabemos que Zen não se apaixonará por outra, e com Shirayuki é a mesma coisa. Aliás, isso ficou tão claro a temporada toda que inviabilizou totalmente desenvolvimentos mais interessantes, que envolvessem, por exemplo, um triângulo amoroso. Zen nunca pensa em ninguém como um competidor real para ele. Vimos uma faísca do interesse de Obi por ela, mas não engrenou. Várias coisas poderiam ser mais bem exploradas: no baile, por exemplo, Raj dança com Shirayuki na frente de Zen e tão tem uma ceninha em que possamos ficar em dúvida sobre os sentimentos dela ou ver um transtorno de verdade por parte dele. Ninguém luta realmente por Shirayuki, é como se no fundo eles entendessem "de quem ela é" e passam até a gostar disso. Enfim, Zen apenas se transtorna quando a vida de Shirayuki está em perigo, mas as cenas de "ciúmes" são ridículas, revelam por parte dele uma gentileza e uma paz interior tão grande que, como um romance, o anime soou mais como um mar calmo e tranquilo, como destino já escrito (isso se aplica a ela também). Eles são maduros e tranquilos ao extremo, o que nos dá muito cedo uma segurança sobre o desdobramento da história. Em vários momentos do anime, desde o início, eles deixam bem claros seus sentimentos e intenção de prosseguirem juntos, e o desejo de casamento por parte de Zen é bem sabido. Massssss de repente colocaram um freio no Zen, o que ficou na contramão da personalidade e do que naturalmente esperávamos para o fechamento definitivo da temporada: depois da certeza absoluta e incontornável de que ficariam juntos, eu esperava pelo menos o coroamento disso com o pedido de casamento e a celebração do mesmo.
Mas temos a parte boa também, que vale destacar:
O anime não te enrola. Em vários romances nos deparamos com personagens indecisos, sem atitude, relações que não engrenam, com um final totalmente aberto. No início isso até pode ser legal e nos dá aquela ansiedade para ver o que acontece no próximo episódio, mas o que inicialmente nos deixava com gostinho de "quero mais" vai se transformando em sentimento de frustração quando finalmente entendemos que nada vai de fato acontecer. Isso não ocorre em Akagami no Shirayuki-hime: é muito legal ver a construção dos sentimentos deles, e cenas de aproximação maior entre os dois acontecendo sem que a garota se faça de desentendida ou confusa o tempo todo e sem que o cara tenha que se ver preso em conflitos que impedem algo mais íntimo. O Zen tem um carisma incrível, o que contribuiu muito para a "graça" da relação, e o fato dele ser príncipe acaba exigindo uma compostura e uma distância controlada de Shirayuki.