Uma coisa que me irritou algumas vezes foi verificar o quanto alguns personagens eram RIDICULAMENTE amadores (por mais que sim, eles estivessem numa situação de tremenda pressão etc.); e a que melhor representou isso desde o início foi a Tokyo. Não consegui sentir empatia nenhuma por ela, o que é muito ruim, pois ela é justamente a narradora da história. Ela ficava fazendo sempre aquele "carão" (que raiva daqueles olhares O TEMPO TODO), parecia sempre estereotipada, "sou rebelde, não me encaixo, sou lokona, impulsiva, faço o que quero" - eu só reconhecia isso nela. Não tivemos acesso aos pensamentos de nenhum outro personagem além dela, e incrivelmente Tokyo foi a que menos me pareceu alguém "real": você não entende bem as motivações e aspirações dela, sua narração é tão distante quanto sua interpretação. Ela só fazia merda o tempo inteiro, sério! Ela é uma personagem bem planificada. As cenas que melhor comprovam isso são as que se seguem após ela ser
expulsa da Casa da Moeda por Berlim (QUE CENA MARAVILHOSA). Ela fez o maior fuzuê porque tinha certeza de que o professor tinha sido preso. Quando ela percebe que Raquel ainda não sabia quem era o professor, NADA NA INTERPRETAÇÃO DELA MOSTROU REFLEXÃO OU UM PENSAMENTO SOBRE COMO ELA HAVIA SE ENGANADO REDONDAMENTE, sobre como interpretou mal tudo aquilo, sobre como fez merda e era burra mesmo, enfim! É uma personagem que está ali pra ser uma bomba e fazer caras e bocas, só! Como eu disse, não parece alguém "real". Aí ela consegue escapar da polícia e o que faz? MAIS MERDA! Ou seja, volta pra Casa da Moeda e leva Moscou à morte!!! Sério, que raiva dela.
Os melhores personagens foram o Professor e Berlim, seguidos por Raquel e Nairóbi. É impressionante como Nairóbi é simpática, difícil não gostar dela. Berlim com muita razão liderava o grupo dentro da Casa da Moeda, senão eles nunca teriam sido bem sucedidos: foi o cara mais calmo e sensato, era revoltante ver a facilidade que Tokyo e Rio jogavam o plano pelos ares. Adorei a relação entre o Professor e Raquel, aliás as cenas que envolviam o Professor eram sempre muito boas.
É uma série muito envolvente com um final muito legal. Tem umas paradas nada a ver, mas sabemos que realmente existem pessoas imbecis no mundo, então como evitar que personagens sejam assim também? XD Mas que dava raiva, ah se dava!
Até chegar o último episódio. Parece que estavam afim de terminar logo, e jogaram pra gente engolir umas coisas que vão na contramão do que foi mostrado da personalidade da personagem principal o tempo inteiro.
Sério, que BOSTA.
Você acompanha todo o processo dela atrás da verdade. Na realidade, esse foi um aspecto que me chamou atenção na personagem: ela não queria se esquecer nem se poupar de nada, mesmo das coisas mais terríveis. Mas
o último episódio foi o contrário disso! Ela queima a carta e não fica sabendo do que realmente aconteceu, que a psiquiatra dela na verdade era amante do marido, enfim, ela volta com o marido como se nada tivesse acontecido enquanto o cara mais legal da história, o tal do Thomas de Geest, morre sem Mie saber que não foi ele que matou a filha! Pior: ela nem quer saber a verdade. Mas isso vai na contramão de tudo o que ela mostrou ser o tempo inteiro, perseguindo implacavelmente a verdade a todo custo! Sério, não dá pra aceitar esse final.
Uma série que tinha tudo para ser incrível, mas põe tudo a perder na linha de chegada. Eu ainda acho que valeu muito a pena assisti-la, mas o final é decepcionante demais.
Só eu lembrei aqui de Death Note, com o anti-herói se aproximando da detetive para ficar a par das investigações? Outros elementos também lembram bem. :P
Muuuuuito boa! A primeira coisa que chama atenção é a trilha sonora, que é sensacional, encaixa perfeitamente com o clima da série. No início ficamos meio perdidos por conta de tantos personagens em tempos distintos, mas com o tempo vamos nos acostumando e embarcamos. A temporada nos deixou com várias coisas em aberto; mal posso esperar para a segunda!
Não estava dando nada por Stranger Things. Demorei muito pra começar a assistir, e só não me arrependo disso porque assim pude assistir as 2 temporadas de uma vez. Sério, que série incrível. Uma ótima aventura com personagens suuuuuper carismáticos. É gostoso acompanhar cada um. Eles misturaram vários elementos da cultura pop dos anos 80 de maneira harmoniosa. Inicialmente, pensei que daria em algo nada a ver (mundo invertido, monstros, x-men), mas, surpreendentemente, não só deu certo como deu MUITO certo. A tristeza agora é ter que esperar até 2019.
A ideia é interessante, mas tem vários problemas que comprometem significativamente minha apreciação (estou no sétimo episódio). Principalmente, em diversos momentos, não gostei da forma que os investigadores conduziram o caso, a abordagem dos suspeitos e até a interação com a família da Rosie.
Há vários furos nos procedimentos investigativos deles. Por exemplo, senti que em várias situações eles poderiam ter abordado de forma mais efetiva e inteligente os suspeitos. Logo no início com os dois adolescentes sendo interrogados, o drogado vira pro Holder e sugere que aquilo não era nada, que eles não sabiam de nada. E a coisa fica por aí? Eles não continuam investigando, interrogando, pressionando-os?
Stan quase mata o professor. O professor não procura os investigadores? Os investigadores não conversam com Sam e a família sobre a situação? Simplesmente morre aí?
Aparentemente alguém saiu da casa do professor com a menina. Linden em algum momento chegou a conclusão de que Ahmed mentiu. E essas coisas novamente morrem aí? Por que não interrogaram Ahmed para saber o sobrenome de Muhammed (não, né, basta ligar, aparentemente...)? Por que não o pressionaram sobre as mentiras? Está na cara que Ahmed sabe e está envolvido em muitas outras coisas.
Problemas até com relação a condução do interrogatório. Quando Linden interrogava a esposa de Ahmed sobre o que ela tinha feito na sexta à noite, ela diz que foi ao colégio e ficou sentada no carro. E depois, o que fez? A interrogação é cortada, Linden não pergunta mais nada.
Além disso, no geral não curto o personagem da Sarah, não acho a personalidade dela atraente nem curto a interpretação (que tantos falam aqui) da Mireille Einos.
Não sei o que enxergaram nessa série, pros elogios que recebeu. Quero terminar a primeira temporada para ter a visão do todo, e porque, depois de tantos episódios lentamente desenvolvidos, quero ver no que isso dá. Mas numa série com tantos pontos mal desenvolvidos, não penso em dar continuidade não.
Antes de mais nada 1: o que a Sakura e a Tomoyo foram fazer nesse anime? O.o
Antes de mais nada 2: acho curioso o fato de que, quando se trata de filmes/séries com temas polêmicos que tendem a causar incômodo nas pessoas, podemos ver TANTOS comentários falando MUITO BEM da história, como se fosse uma forma de mostrar "vejam, eu tenho a mente aberta" e essa lenga-lenga toda. Lendo a sinopse, e pelos comentários, julguei que talvez Yosuga no Sora estava com uma nota ruim no filmow pela "dificuldade das pessoas em aceitar ver um tema mais problemático ser trabalhado" e tal (ainda mais depois de certos comentários que diziam coisas como "ainda bem que não me baseei nisso pra assistir", "me despi de preconceitos", enfim)...
Mas não é o caso.
A verdade é que "Yosuga no Sora" é bem ruimzinho mesmo. E não pelo incesto (inclusive, foi o interesse em ver como eles abordariam isso que me fez ver o anime).
A história se "desenvolve" (se é que podemos falar assim) por meio de rotas independentes entre si, e em cada uma delas Haru fica com uma das garotas. Na verdade, então, não há história propriamente, já que cada rota mostra uma possibilidade diferente para Haru, e quando começa um episódio entrando em outra rota, tudo aquilo que ele viveu antes simplesmente não teria acontecido. É como se fossem vários multiversos apresentados na trama, em que as diferentes escolhas de Haru levam-no a se relacionar com uma das garotas. Isso é muito ruim, pois não vemos desenvolvimento nos personagens, e nem conseguimos nos envolver direito com eles.
Porém, quando começa a rota da Nao, começa a haver uma continuidade, pois Sora percebe que os dois estão se relacionando e fica incomodada, aí entra a rota da Sora (em que todos descobrem a relação incestuosa entre os dois) e existe um fim - eles fogem juntos.
Yosuga no Sora é um anime completamente perdido, que não sabe bem o que quer fazer. Ele fica perdido entre duas abordagens distintas, e por isso fracassou em cada uma delas.
Se a intenção era apresentar diferentes relacionamentos entre o personagem principal e as garotas, então não fez sentido nenhum o fato de que, conforme nos encaminhávamos pros episódios finais, a história começou a seguir uma linearidade do ponto de vista cronológico, levando a um fim. Além disso, a relação do Haru com as garotas foi chata e massante de se ver, como comentaram em algum lugar abaixo, não dá pra sentir nenhuma conexão real do Haru com elas. Foi tão ruim que eu parei no ep. 5 e fui direto pro 10, pegando o final da rota da Nao e começando a da Sora. As meninas não tinham carisma nenhum, e pelo enfoque ter incidido no sexo (falando em termos gerais) e ter ficado tudo muito fragmentado (pela divisão em rotas, como eu disse), o Haru (e a Sora) ficou um personagem raso e mal trabalhado.
Mas sabemos que a intenção mesmo não era mostrar Haru passando o rodo no colégio (aliás, nem isso aconteceu, pois foi como se se tratasse de "universos" distintos), e sim mostrar a relação dele com a irmã.
A coisa ficou muito mal feita, pois é um relacionamento delicado e no mínimo os 12 episódios tinham que ter sido usados para trabalhar isso, seguido uma linearidade, desdobrando aos poucos a relação entre Haru e Sora, e não jogar ali histórias independentes entre si e só no final jogar de qualquer maneira pra gente o desfecho, esperando que a gente vá engolir. Inclusive, eu sinceramente achei (antes de começar a assistir ao anime) que se trataria de um história em que Haru ia pegando uma garota atrás da outra, mas porque estava fugindo dos seus sentimentos pela irmã, e ao longo da história veríamos tanto a tentativa de fuga dele como a percepção crescente de que ele não poderia fugir do que sentia.
Além disso, me incomodou bastante a escolha dos personagens em si. Esperava que Sora fosse uma garota independente, madura, queria sentir ela mais como mulher e menos como irmã-kawaii-frágil-com-seu-vestidinho-e-ursinho-de-pelúcia-prá-lá-e-pra-cá. Gostaria de ter visto ela saindo, sendo uma jovem "normal" , conhecendo caras e vendo o Haru desesperado atrás dela. Eles poderiam muito bem ter construído uma história em que eles não tivessem tido aquele convívio de irmãos sem torná-la uma menina esquelética e super frágil, que passa o dia em casa esperando o irmão. Além disso, pessoalmente, o tipo de personagem do Haru não me atrai muito (apesar de eu ter gostado do fato dele não ser um idiota e ter atitude), prefiro ver aquelas personalidades mais frias e reservadas.
De qualquer forma, Haru não tinha carisma nenhum e tampouco o personagem teve qualquer aprofundamento psicológico. Nem ele nem a irmã tiveram. Eles perderam os pais, mas eu só vi cenas de pegação e sexo o anime todo (Inclusive, não sei porque comentaram abaixo que o anime é poético. De poesia não tem nada ali - infelizmente, pois gostaria de ter visto). Sim, poderiam ter criado uma trama psicologicamente profunda, poética, com bom desenvolvimento dos personagens, mas não o fizeram. A Sora não tinha nenhuma outra preocupação além do Haru. E só vi Haru se preocupando com a irmã e pegando as meninas. O universo dos personagens se concentrou inteiramente nisso, algo muito pobre e limitado.
A nota atual (3.3), inclusive, é muito superior ao que o anime merece de fato. Uma perda de tempo.
O ritmo da série não é realmente dos melhores: começa bem, depois fica um pouco cansativo ver o mesmo esquema em cada episódio: Clay ouvindo as fitas e reconstruindo os acontecimentos passados. A partir do décimo episódio, porém, as coisas ficam empolgantes e, quando "13 reasons why" chega ao seu clímax, terminamos na ansiedade pela sequência.
Por outro lado, o tema e a forma como a série os abordam são tão importantes que se sobrepõem ao seu ritmo: afinal, que a série tenha se desenrolado no ritmo que se desenrolou foi absolutamente necessário, simplesmente não poderia ter sido de outro modo, e somente assim fomos capazes de nos aproximar do desespero e da solidão de Hannah. "13 reasons why" tem como objetivo nos mostrar os problemas reais do cotidiano de uma jovem, que não necessariamente vai ser cheio de ação e reviravoltas; às vezes será simplesmente triste e, para alguns, algo próximo do corriqueiro. Pois nos acostumamos a ver filmes e séries nos quais as pessoas enfrentam grandes desafios, sofrem perdas incalculáveis, mas ainda assim possuem a força inabalável para seguir em frente. Diante disso, pode parecer a alguém que só dores terríveis levam alguém a se matar, quando na realidade coisas que podem ser vistas inicialmente como pequenas podem se acumular e, junto com outras coisas mais graves, podem se tornar uma bola de neve, fazendo com que alguém tome a decisão de por fim à sua vida.
A ignorância nesse sentido (quando pensamos que só coisas incríveis poderiam fazer com que alguém se matasse) pode nos fazer pensar que o suicídio é um mistério que se esconde no coração da alma humana, que ninguém pode acessar. Essa é a visão do conselheiro, aliás: "ninguém podia saber as razões pelas quais Hannah Baker se matou. Pessoas confrontam-se com coisas terríveis todos os dias e não se matam, portanto, o suicídio é um mistério, uma decisão que a pessoa toma no seu interior, que em última instância não pode ser modificada, acessada ou comunicada a ninguém". E, para proteger as pessoas próximas, frequentemente se diz "nada poderia ter sido feito para evitar isso. É inútil se culpar. Ele tomou a própria decisão", pois o que poderia acontecer se disséssemos o contrário? Mas algo deixa de ser verdade só porque pode trazer consequências terríveis?
A série confronta duas visões opostas sobre o suicídio: uma é defendida exemplarmente pelo conselheiro do Liberty, e foi a que expus acima, a saber, a visão segundo a qual nunca poderíamos levantar razões, objetivamente falando, para o suicídio de alguém, já que outras pessoas podem passar por experiências similares sem se matar. O representante da visão oposta é Clay Jensen, aquele que toma de forma mais firme e absoluta a responsabilidade pela morte de Hannah. Essa é a visão que a própria série parece incorporar, a saber: sim, podemos encontrar as razões pelas quais alguém se mata. Olhando para seu histórico, para suas relações, é possível encontrar tais razões, MESMO que o próprio suicida não tivesse deixado isso transparecer claramente através de sinais.
Não havia sinais claros de que Hannah tentaria se matar. Os sinais mais claros deixados se passaram no dia em que se matou. Mas aí é que está: ao lermos sobre o suicídio, muito se vê sobre os "sinais do suicida", ou "preste atenção nisso ou naquilo". Porém, se você pensar bem, dificilmente acompanhamos tão de perto a vida de alguém para saber tudo o que se passa com essa pessoa. Hannah escreveu um poema, mas a única pessoa que soube que ela o tinha escrito tinha sido muito insensível para perceber a gravidade daquilo. Ela deixou um bilhete que foi lido na aula de Comunicação, ao qual, ironicamente, não foi dado a devida atenção, sendo interpretado como mera "situação de sofrimento", da qual não poderíamos por princípio deduzir nada. No caso de Hannah, muito se passou, mas pessoas diferentes estavam envolvidas em cada situação, deixando tudo fragmentado e complexificando a visão do todo. Com efeito, a visão do todo só a própria Hannah poderia ter, e ela nos transmitiu esse "todo" por meio das fitas.
"13 reasons why" nos diz muito pouco em termos de como o problema pode ser trabalhado objetivamente em macro-escalas, em termos do que pode ser feito politicamente ou se transformar em panfletos e cartilhas. Inclusive, isso é até bastante desdenhado ao longo da série: pessoas que nunca se importaram de verdade com Hannah organizam homenagens em torno do armário dela, com rosas que quem a conhecia sabia que ela odiava. A mensagem da história é que a mudança tem que se dar na própria forma como as pessoas interagem com as outras. Ninguém sabia como aquela "pequena coisa" se encadearia de tal forma que futuramente assomaria como um motivo para alguém tirar a própria vida. Muitas vezes não há sinais objetivamente observáveis, ou eles se apresentam de forma muito dispersa e fragmentária para possibilitar uma intervenção direta. Mas se cada um ali tivesse tido mais cuidado com o outro, se tivessem pensado em como aquilo simplesmente poderia machucar ou magoar alguém, se tivessem levado isso em consideração, Hannah talvez não tivesse sofrido muito do que sofreu.
Assim, curiosamente, a série fala menos sobre o suicida em si e mais sobre as pessoas no entorno dele: Hannah já se foi, ela não encontrou ajuda, como muitas pessoas que se matam todos os dias. A grande questão é que quem estava próximo dela PODERIA ter se importado mais. Todos poderiam ter feito algo mais. É muito duro ouvir isso, já que não podemos mudar o passado, e às vezes o melhor mesmo é pensar que nada poderia ter sido feito, que aquilo foi uma decisão tomada nas trevas que existiam dentro dela. Contudo, se ela não estivesse se sentindo tão sozinha, se ao menos uma pessoa tivesse feito algo mais do que o estritamente necessário e realmente tentasse saber o que estava acontecendo, sim, talvez Hannah não tivesse se matado, talvez ela tivesse percebido que ainda poderia seguir em frente. Novamente, é uma verdade dura e difícil, mas a verdade não deixa de ser verdade por trazer consequências negativas. O mais duro é talvez compreender que você no passado não estava à altura do que aquela pessoa precisava, que o que você tinha a oferecer era pobre, pequeno ou até desprezível. Que o seu coração tinha que ter sido outro, o de alguém muito melhor, para ser capaz de salvar Hannah Baker. Talvez, o mais duro tenha sido compreender que a morte de alguém foi a única forma de você ver tudo o que não conseguiu ser. Mas, tampouco, você consegue deixar de pensar que poderia ter feito, pois como negar que fazer aquilo era uma possibilidade real? Clay amava realmente Hannah, e como tudo, absolutamente tudo poderia ter sido diferente se ele simplesmente tivesse abraçado isso de corpo e alma!
Clay, apesar de ser tratado como exceção, não se sente uma exceção, pois ele sabe que poderia ter feito mais. Ele não fez nenhum mal a ela, mas isso não retira a culpa que sente pelo bem que poderia ter feito e não fez. Um personagem como Clay foi importante, pois todos ali compartilham sua parcela de responsabilidade, e ele também, e por isso ele está nas fitas: existe um mal que reside em não ofertar, ou em retirar, de alguém aquilo que a poderia fazer se sentir bem. Zach também fez isso, ao retirar do saco os bilhetinhos aparentemente tolos que Hannah recebia com coelhos sorridentes.
Uma série memorável, que dá muito o que pensar, mas que necessariamente traz muito desconforto. Esse desconforto independe de você conhecer alguém que se matou. Aqueles de alguma forma envolvidos na morte de Hannah também não sabiam que ela se mataria, o que nos leva a pensar em nós mesmos e em nossas ações, e em como elas podem ter um efeito sobre a vida de alguém não previsto por nós. Mas não necessariamente não estamos envolvidos, só porque não foi nossa intenção.
Agora sim, assisti a toda a primeira temporada. Tenho tanta coisa a dizer sobre Free! (como se já não bastasse tudo o que já disse no outro comentário) que nem sei por onde começar. É um fato incontestável que a natação é retratada no anime de forma irreal e secundária. Acho que já falei bem sobre isso no comentário anterior.
Infelizmente, vemos poucas cenas dos treinos em si. Seria muito interessante vermos os personagens debaixo d'água, envolvidos na própria solidão e lidando com seus pensamentos, emoções, dúvidas etc., enquanto tem que enfrentar um treino desgastante e pesado. Infelizmente, é difícil para quem não conhece bem a experiência de nadar retratar isso em uma história.
O visual de Free! é ótimo, adoro a forma como os corpos dos atletas são desenhados, os traços dos personagens são bonitos, as cenas na água... As músicas de abertura e encerramento são MUITO, MUITO boas!!! Nunca pulo essas partes. Enfim, esteticamente, Free! está de parabéns.
Rin é o único personagem que causa um conflito na história, nesse sentido ele é o elemento que impulsiona a narrativa a continuar. Uma história não existe sem um conflito, por isso, claro que precisa haver um motivo para o mesmo. Pois bem, foram necessários 12 episódios para que finalmente ficasse claro o que se passava naquela cabecinha de minhoca do Rin. No início, não dava pra convencer e nem entender as razões dele. Primeiro pareceu que ele ficou irritado por perder para Haru. Ele até ficou, mas no ep. 11 ele admitiu que não quis parar de nadar por causa dele. Aí ficou realmente difícil entender o motivo daquela raiva toda que ele demonstrava diante dos antigos amigos, a persistência em desprezá-los depois de tanto tempo. Eu achei que a formação do personagem tivesse ficado confusa e inconsistente. Na verdade, confuso foi mesmo, mas no último episódio consegui entender: ele queria se libertar do apego que sentia pelos amigos, já que foi aquilo que realmente o impedia de parar de nadar mesmo com tantos fracassos. Ele se sentia frustrado diante da sua não evolução no esporte mas, mesmo assim, continuava insistindo, o que o machucava ainda mais. Ele queria provar a si mesmo que Haru, Makoto e Nagisa não significavam nada para ele, e que ele não precisava deles para nadar. Aí, pelo que eu entendi, no final Rin desistiu de lutar contra esses sentimentos e de fato abraçar a ideia de que ele luta "for the team".
No entanto, Free! continua ignorando deliberadamente a natação, num anime que se pretende esportivo. Nem foram mostradas as qualificatórias, pelas quais os nadadores tiveram que passar para participar do Torneio Municipal. Em vez disso, vemos eles indo ao festival, tentando conseguir ir pra uma ilha deserta, tentando conseguir membros, preocupados com Rin etc.
Ainda sobre o Torneio Municipal: individualmente, nenhum deles teve tempo suficiente para ir às finais regionais. Mas ficaram em primeiro no revezamento? A intenção é até bonitinha: mostrar a força da amizade entre eles, a superação e blá blá blá. Mas eles não são os únicos no mundo que são amigos e parceiros de revezamento, e nem os únicos que têm força de vontade. Força de vontade é importante, mas ela não compensa anos sem treino. Existe um fato objetivo chamado tempo. Para fazer o milagre de sair de quarto e ir para primeiro lugar, Haru tinha que ter batido um recorde pessoal (mas MESMO assim os tempos em natação abaixam muito gradualmente, sair de 36.50 e ir para 35.80 já é algo excelente - números apenas a título de exemplo), e os outros nadadores teriam que ter nadado vários segundos acima de sua real capacidade, o que não aconteceria em nenhuma situação normal, ainda mais em um estilo disputado como o crawl.
Free! é um anime que fica envolto nesse clima que faz a gente acreditar que natação (ou o esporte, para falar de modo mais geral) é algo fácil e descontraído. Acabamos de começar a treinar, mas vamos nos esforçar pro Nacional! Tudo isso com força de vontade e com muito esforço, kawaiiiiiii! =D
Sinto muito dizer, mas as coisas não são assim no esporte, menos ainda num esporte individual como a natação, diferente do vôlei, por exemplo, em que é possível ter um jogador inexperiente ou mais relaxado no grupo e ainda assim conseguir a vitória. Na natação, só vai dar resultado depois de tempo e treino. Claro que a força de vontade é importante, mas você não vence só com isso.
O treinamento de alguém que tem como foco a competição é completamente diferente de alguém que nada porque gosta de água. Colocam uma rivalidade entre dois tipos opostos de nadadores (Rin e Haru), mas pra começar nem caberia qualquer rivalidade. Em um anime de esporte um pouquinho mais sério e realista, Rin esmagaria Haru, riria de sua fraqueza e insignificância como nadador, e aí sim Haru, por orgulho ferido, poderia começar a tentar treinar pra valer pra desafiá-lo e ser digno de nadar com Rin novamente. Mas não, Rin vence Haru por um nada no Municipal e fica achando isso incrível, considerando que deveria ser uma vitória óbvia, já que supostamente Rin é um atleta que pretende chegar a nível olímpico, e Haru... bem, Haru quer sentir a água.
(Gente, segundos de reflexão: por que ninguém nunca levou Rin a um dentista? O.O)
Free! é relativamente fácil de se assistir (terem só 12 episódios também ajuda), mas têm momentos arrastados e chatos. Novamente, teria ficado mais bacana se eles tivessem se concentrado mais na natação, nas dificuldades dos treinos, no sofrimento envolvido no processo, enfim, aliando isso aos conflitos fora da piscina e na relação de amizade entre eles. Senti bastante falta de ver outros atletas competindo, outros rivais, enfim. Parece que só existem Makoto, Nagisa, Rei, Haru e Rin de nadadores na história. Isso diminui muito o brilho das provas. Mostrar os rivais, humanizá-los e mostrar que eles também têm seus próprios sonhos aumentaria a tensão e a torcida pela vitória. Não me envolvi com nenhum dos torneios, com prova nenhuma. Até curti o Rin ter entrado no último revezamento, mas fiquei triste pelo Rei... Tudo bem que o borboleta dele é péssimo e não seria suficiente para ganhar, então acabei deixando isso de lado... Também não gostei de ter visto no final a foto dos cinco, sendo o Rei o único que estava de roupa! Cara, ele faz parte do time, fala sério...
No balanço final, Free! ficou bem abaixo das minhas expectativas. Massssss, o último episódio (de longe, o melhor) conseguiu me dar esperanças de que as coisas podem melhorar na segunda temporada. Ao mesmo tempo, não sei qual será o elemento impulsionador da trama, já que Rin voltou a ser amigo deles, e o anime foi muito ruim em trabalhar a rivalidade entre diferentes times. Se ficar só nessa de "somos grandes amigos kawaiiiiiii" vai ser um saco a segunda temporada. Evidentemente eles vão ter que inventar alguma nova rivalidade, porque a rivalidade amistosa com Rin não vai ser o suficiente para prender a atenção.
Só assisti a 4 episódios, mas foi suficiente para ficar evidente que em Free! a natação é algo secundário. Os personagens parecem interessantes, mas não gostei de como o esporte está sendo retratado.
Achei esquisito o fato de Haru estar sem nadar há uns anos e mesmo assim ficou atrás de Rin por muito pouco nos 100 livre. A excelência de Haru só seria justificada caso houvesse grande discrepância entre os dois em termos físicos (altura/porte atlético) ou se Rin tivesse começado a treinar há pouco tempo, o que não é o caso. Mesmo que ele treinasse no oceano, o tipo de treinamento de alguém que nada na piscina pra competir é totalmente diferente de quem simplesmente nada livremente e por lazer. Ok, isso é apenas um detalhe, mas já me deixou um pouco com pé atrás, imaginando qual será o encaminhamento geral da história.
Qual foi não minha surpresa ao ver o salto com vara abordado de forma tosca, como se o cara, apenas dominando aspectos teóricos, pudesse fazer bons saltos. Foi engraçado ver ele calculando tudo, mas cara, não funciona assim. Simples. Mas vamos lá, é cedo pra julgar...
Continuando, Rei vai pro clube de natação. Makoto e Nagisa, apesar de aparentemente saberem nadar e terem até participado de campeonatos, não conseguem apontar falhas óbvias e gritantes nas tentativas de Rei de nadar. Ok, "é pra ser engraçado", eu pensei. Quando Haru diz que vai ensinar a Rei, eu pensei que finalmente veria alguém falando alguma coisa de natação, mas aí as cenas só mostram os lábios de Haru se movendo como se estivessem explicando, mas ele não fala nada. A parte da natação propriamente dita foi totalmente ignorada. Depois, diante do fracasso absoluto de Rei, Haru o aconselha a "nadar com o coração". Segundos de silêncio, para eu contar até dez. O problema não é a frase em si. Mas me incomodou vê-la encaixada em certa forma de tratar o esporte. Claro que as pessoas têm que depositar o seu coração no que fazem, mas não é isso que vai fazer Rei aprender a nadar magicamente! Eu realmente esperava que, diante disso, aquele técnico aparecesse para ensiná-lo.
Mas, inexplicavelmente, Rei - que não sabe nem nadar crawl, o mais básico - de primeira tenta o borboleta (o nado mais difícil em termos da técnica exigida e da força despendida) e, veja só, ele consegue! E só sabendo a teoria!
É tão absurdamente irreal que só posso concluir que quem escreveu o anime não sabe NADA, NADA, NADA de natação e, o que é ainda pior, nem se preocupou em chamar alguém que soubesse. Um bom anime de ESPORTE deveria ser fiel à realidade daquele esporte, caso contrário a natação surge apenas como pretexto e pano de fundo da relação dos personagens.
Aprender a nadar exige tempo, esforço e treinamento. Claro que alguém pode ter já um talento ou aptidão natural, no sentido de ter facilidade para a natação, mas isso não vai fazer ele sair nadando borboleta de primeira, "só sabendo a teoria", quando nem crawl, borboleta ou costas rolam de sair.
Pra mim, que assisti a Yuri!!! On Ice e Haikyuu!! (os primeiros animes de esporte que vi; Free! seria o terceiro), animes sérios ao tentar retratar em alguma medida a realidade do esporte (especialmente em Haikyuu!!, com as várias explicações sobre a dinâmica do jogo e pensamento estratégico, saímos do anime realmente sabendo muito mais sobre o vôlei), Free! infelizmente surge quase como uma afronta à natação e à concepção de "anime de esporte". Até agora, não vi um anime de esporte, mas um drama/comédia que tem como pano de fundo o universo da natação.
Enfim, apesar de TUDO isso em apenas QUATRO episódios, eu pretendo continuar vendo um pouco mais; de repente eu não me incomodo tanto se passar a encarar Free! não como um anime de esporte, mas simplesmente como drama/comédia (como mencionei). Não tô muito otimista, mas quem sabe o prazer de ver a relação entre os personagens compense a decepção na parte do esporte propriamente dita.
PORRA!!! Que foda essa temporada! 10 episódios para 1 jogo de vôlei!!! HAHAHAHA Não há NADA de monótono ou arrastado em "Haikyuu!!", o ritmo é alucinante, a partida foi incrível!
1) Tudo começou com o bloqueio do Tsukishima em cima do Ushiwaka. TSUKISHIMA EU TE AMO PRA SEMPRE. Ele evoluiu muito, foi simplesmente emocionante vê-lo pela primeira vez vibrando com um ponto. E 2) a determinação dele de voltar depois de ter se machucado; ele voltou no momento perfeito... eu fiquei assistindo só pensando: "É agora que ele volta, é agora que ele volta...". 3) O bloqueio do Hinata em cima do Leon. 4) O ponto final do Hinata no quarto set. 5) O Hinata defendendo o ataque do Ushiwaka no 5º set foi animal. Toma, Ushiwaka! 6) O último ponto do jogo, que não poderia deixar de ter sido o do Hinata!
Nas últimas cenas foi muito legal ver o Kageyama sendo convocado pra treinamento intensivo, mas fiquei triste pelo Hinata... ele tem vários pontos fracos, além de ser baixinho, mas ele e Kageyama são uma dupla, pô. T.T
Os livros são muito melhores. Pelo menos até o quinto (confesso que estacionei no meio dele e tá difícil sair...). Sinceramente, não consegui terminar de assistir a primeira temporada. É uma avaliação bem pessoal mesmo, porque não me identifiquei com a escolha de alguns atores e isso fez com que eu caísse em desânimo: Jon Snow é totalmente diferente do que imaginei (e fico com ódio de sempre acabar me lembrando do ator ao tentar imaginar as cenas descritas no livro...) e Tyrion nem se fala. Eles são justamente dois dos meus personagens favoritos, aí ficou difícil... Acho que, para além da interpretação, a aparência dos atores influi na hora de construir a personalidade de um personagem. Não estou negando a qualidade dos atores em si, mas pra mim eles transmitem uma personalidade bem diferente do que imaginei de Snow e Tyrion ao ler. Um ponto positivo acho que foi a escolha dos atores para interpretarem Daenerys e Khal Drogo, ficou muito bem feito, mesmo!
COMECEI A ASSISTIR A TEMPORADA NO FINAL DA MANHÃ DE HOJE E ACABEI DE TERMINAR. TUDO EM MENOS DE UM DIA!!!
Esse é o poder de "Haikyuu!!". Um anime absolutamente viciante, diferente de tudo o que já vi. A segunda temporada foi superior à primeira. Adorei ver os treinamentos em Tóquio, como cada personagem foi desenvolvendo diferentes habilidades e depois encaixando isso na "engrenagem" do time. Finalmente pudemos ver a evolução do Tsukishima, o único do time titular que tinha ficado estacionado e sem aprofundamento até então. A rivalidade e a parceria de Hinata e Kageyama é sem igual, a personalidade dos dois se completa e é fascinante acompanhar o relacionamento e evolução deles como jogadores. Particularmente, Kageyama a princípio faz um tipo que me atrai mais como personagem de anime, mas é simplesmente impossível não se deixar cativar por Hinata!!! Além disso, personagens que não eram titulares e pouco apareceram da primeira temporada tiveram um bom destaque, como Yamaguchi e Ennoshita. Também vimos a importância do Daichi como capitão... e o aparecimento da Yachi foi ótimo, pois Shimizu é meio apagada, apesar da obsessão de Noya e Tanaka por ela renderem cenas engraçadas. Suga sempre entra muito bem como personagem, no início eu ignorava ele por preferir o Kageyama (ainda prefiro), mas vibro quando ele aparece pra jogar.
"Haikyuu!!" tem um ritmo assombroso como anime, é realmente uma partida de vôlei do começo ao fim. É impressionante como a história é recheada de personagens cativantes e carismáticos, mesmo entre os rivais... os episódios do treinamento em Tóquio foram ótimos, com cada time tendo um perfil bem próprio. É muito legal acompanhar a forma como Karasuno absorve o que é melhor em cada time e com isso consegue evoluir. Inclusive, os rivais que apareceram ao longo do treinamento de Tóquio são ótimos: Bokuto, Kenma, Kuroo...
E, claro, como esquecer de Oikawa? Eu perdi o controle com ele, um verdadeiro monstro em quadra. Aliás, eu estava aos nervos com aquela última partida contra Aoba Jousai, e realmente não sei o que esperar do jogo contra Shiratorizawa... É claro que eu quero muito que os corvos vençam, vai ser um sentimento horrível ver tudo começar do "zero" de novo (bem, sabemos que não é realmente do zero em termos de habilidade e técnica adquirida, mas enfim...). Ainda mais porque é o último jogo pra galera do terceiro ano! Eles merecem muito ir pro nacional, mas a fama de Shiratorizawa me deixa com receio...
Ah, cara, eu amo esses jogadores! E eu sei que falo como se eles fossem reais, hahaha! Mas não dá pra evitar... (Ah! Curti muito também ver as referências ao Brasil que aparecem XP).
A nível psicológico, "Haikyuu!!" fala sobre força de vontade, superação, determinação, esforço, garra de vencer, e também sobre como lidar com o fracasso, a derrota e a dor, e como eles são importantes. Por outro lado, a nível de relacionamento interpessoal, fala sobre companheirismo, amizade e sobre a verdadeira rivalidade, e como a competição é capaz de fazer aflorar o que há de melhor em cada um.
Enfim, "Haikyuu!!" é um anime incrível, a um só tempo emocionante e engraçado.
A morte do L foi tão traumática para mim que eu simplesmente achei que tinha visto a segunda temporada há uns 10 anos (época em que assisti DN), mas não vi! Na realidade, eu abandonei a série no episódio 26, depois de ter certeza que L não voltaria, pois com sua morte tudo estava acabado pra mim. Depois de dez anos, decidi rever o anime, e quando cheguei no ep. 30, mais ou menos, é que me dei conta de que não tinha assistido a nada daquilo. Mesmo assistindo pela segunda vez à morte de L, eu posso dizer que sofri de verdade com ela, senti uma angústia e uma dor horríveis. Mas dessa vez, prossegui até o fim.
Claro que nenhum personagem chegaria perto do que L foi e representou, e seria ridículo criar um substituto apenas para ele (o que invariavelmente repetiria a fórmula L vs. Kira), então criaram duas fórmulas: Near e Mello. Near é uma cópia sem carisma do L, que não convence. Mello é mais interessante por ser mais original e ter uma personalidade oposta a de L e Near. Na realidade, ele lembra Kira, na medida em que aceita "sujar as mãos": sem isso, Kira nunca seria capturado. Near precisou das informações que apenas Mello pôde obter com procedimentos que Near rejeitaria (e L também). Ainda que L não fosse uma figura moralmente impecável, ele no chegaria a sequestrar Sayu, por exemplo. Mello é como se fosse um desdobramento mais radical de aspectos sombrios da personalidade de L, e Near conserva a personalidade "oficial", por assim dizer. Acho isso interessante para fins de análise psicológica, mas as duas figuras são apenas sombras pálidas de L (Mello, só para não ser completamente diferente, conserva o gosto obsessivo por doce). Enfim, eu terminei gostando do Mello e do que ele foi capaz de sacrificar para pegar Kira. Achei a personalidade de Near (por um lado, um gênio com sua pouca idade, sério e consciente do que significa suceder L, por outro, conservando aspectos incrivelmente infantis de personalidade, como brincar com bonecos) forçada. Não posso dizer que não gostei dele, mas que simplesmente não foi capaz de me envolver.
A trama, nesta segunda temporada, continuou muito inteligente e com ótimo ritmo, mas achei algumas partes mais confusas do que talvez fosse necessário, e tive que ver mais de uma vez várias cenas para entender bem seus diálogos rápidos (mas isso faz parte da história e da graça dela). A trama em si continuou empolgante, mas dessa vez não senti aquele apego por nenhum personagem.
A Misa era totalmente irritante, não senti pena nenhuma por ela e não via a hora dela morrer. A burrice dos investigadores que trabalhavam para Light era tão gritante que chegava a doer. Achei algumas conclusões de Near que apontavam para o segundo L como Kira mal fundamentadas. Além disso, eu tinha entendido que L deixara antes de morrer vários arquivos com as informações coletadas sobre o caso Kira, mas aparentemente faltava várias informações importantes ali, já que foi no decorrer das história, por exemplo, que Near soube dos Shinigami. Como isso é possível?
Dava raiva de ver como Light era fodido de inteligente e conseguia sempre afastar as dúvidas dos amigos de si.
Enfim, apesar de tudo, Death Note é o anime mais brilhante que já tive o prazer (e a dor) de ver. De longe, a história mais complexa e inteligente de todas.
Depois de ter assistido "Yuri!!! On Ice", o meu primeiro anime de esporte, e curtido, decidi partir para "Haikyuu!!" e, se naquele terminei com vontade de patinar no gelo, esse conseguiu definitivamente reforçar a magia do vôlei pra mim. É um anime sensacional, com um ritmo incrível. Você vicia rápido e vai logo assistir ao próximo episódio. Não levei nem um dia para assistir a toda a primeira temporada.
Os personagens são incrivelmente cativantes e carismáticos, cada um com uma personalidade marcante. Eu adorei todos os jogadores do time e a relação de amizade entre eles, especialmente a do Hinata e do Kageyama, dois caracteres bem diferentes mas que se completaram e formaram uma dupla e tanto. Ficava ansiosa para ver as jogadas dos dois.
O aspecto psicológico é bem trabalhado, fazendo com que em determinados momentos uma única partida se estenda por muito mais tempo que as outras. Vamos acompanhando o pensamento, as emoções e raciocínios dos jogadores do Kurasuno e dos adversários também, mostrando o quanto eles se aparentam no sentido de lutarem pelos mesmos objetivos e cada qual, ao seu modo, trazer a vontade de vencer e de se superar.
Além disso, cada jogador tem uma participação interessante, eles não focam apenas nos conflitos de um ou dois personagens e se esquecem do resto. Cada um deles tem seu aprofundamento psicológico, o que faz com que nos identifiquemos e possamos compreendê-los. Isso acontece até mesmo no caso dos adversários e, se não nos faz torcer por eles (não tem como não torcer incondicionalmente pelos corvos de Kurosuno!!!), ao menos nos faz ter interesse em acompanhá-los e vê-los novamente no futuro, o que mostra uma competência incrível de "Haikyuu!!", no sentido de fazer com que personagens que aparecem poucas vezes tenham carisma ou presença a esse ponto.
A evolução do Kurosuno como time e de alguns personagens em específico, como Kageyama, é muito bacana de se acompanhar.
Sinceramente, não achei que eles fossem perder o último jogo, achei bem bolado isso, e fiquei triste por eles; por outro lado, seria muito simples e fácil fazê-los vencer assim: há um tempo de evolução para o esporte, e obviamente um time novo assim ainda tem muito o que evoluir e muitos desafios a superar.
A premissa básica é ótima e eu tinha tudo para gostar. Porém, abandonei no episódio 8/9. Os personagens não tem carisma nenhum, mesmo depois de vários episódios não consegui gostar dos nem torcer realmente pelos protagonistas. Kirito é bem superficial, quiseram fazer dele um tipo de cara solitário e forte, mas que simplesmente não convenceu. Em teoria, eu curto esse perfil de personagem, mas não nos oferecem razão alguma para ele dizer que é assim. Ele parece mais como um garoto que gostaria de passar a imagem de solitário etc., mas está sempre junto de outras pessoas. Achei o roteiro infantilizado. A história meio que se perdeu também (me pareceu), eu parei numa parte em que estão atrás de um assassino num dos níveis inferiores, enfim... sei lá, se o objetivo é sair de lá logo, o que raios Kirito tá fazendo passeando pelos níveis inferiores? O chato de ver uma nota alta num anime assim, é que até parece que só eu tô perdendo ou não entendi alguma coisa.
Lelouch poderia ter morrido (de fato, eu já tinha previsto isso), mas não com todos desconhecendo suas verdadeiras intenções... Lelouch É Zero! Ainda que Zero seja um símbolo, foi ele quem deu vida ao símbolo. Não vou aceitar que alguém que perdeu tudo e se destruiu para combater a tirania tenha morrido passando a imagem de um tirano!!! Lelouch foi um mentiroso até o fim, nunca deixou de vestir uma máscara, mas achei que, ao menos no final, a máscara poderia cair... ele realmente disse em algum momento que não existe algo como a "face verdadeira". Ainda assim... ainda assim, ele poderia ter se matado, para destruir a corrente de ódio, mas não sem que todos soubessem, não sem que soubessem pelo que ele lutou! Ele não poderia ter morrido nas mãos da sua maior criação! Mesmo que tenha destruído tanto, e tenha destruído a si mesmo no processo, me recuso a aplaudir a ideia de que ele morreu como um ditador e tirano.
Pior: Lelouch disse para todos os seus companheiros que eles não significaram nada, que foram apenas peões; Suzaku nunca soube que na verdade Lelouch perdeu o controle do Geass, e por isso deu a ordem a Euphemia; e não soube que ele não matou Shirley. Eu não retiro a responsabilidade dele e o papel que ele desempenhou (direta ou indiretamente) nessas mortes, mas ainda assim, todos mereciam saber a verdade, por tudo o que passaram juntos, e tirar suas próprias conclusões. Isso não poderia ter sido tirado deles.
Eu nem sei como avaliar esse anime... acho que o amei e odiei na mesma medida. O que foi esse final? Foi o mesmo com Death Note. Dois animes que conseguiram me despedaçar, por motivos diferentes.
Essa segunda temporada foi magnífica, em cada episódio um clímax que nos arrastava inexoravelmente para o próximo. Eu não consegui parar de assistir. Os personagens têm um carisma ímpar, e sinceramente sofri com cada um deles. E Lelouch, que teve que sacrificar tudo para que o mundo finalmente se livrasse da opressão e do medo, morreu em mentiras, e mentiras preencheram toda a sua existência...
O anime é realmente muito bom. Ele estava há um bom tempo aqui na minha lista, mas confesso que ver "600 minutos" em tempo de história acaba me assustando hoje - pois já perdi esses minutos em animes dos quais me decepcionei bastante, apesar das boas indicações.
Contudo, obviamente, não é o caso de Code Geass. Eu simplesmente devorei o anime, ele tem um ritmo sensacional, em nenhum momento as coisas se arrastaram. Apesar da temática pesada, com violência, morte e vingança, CG ainda assim consegue ter ótimos momentos de comédia, e até mesmo episódios inteiros (por exemplo, aquele do gato fugindo com o capacete foi bom demais)! Dá banho em muita história por aí que explicitamente se pretende engraçada.
Lelouch faz o tipo de personagem que eu aprecio, a forma como ele oscila entre a imagem de herói e a de anti-herói faz com que nossos sentimentos sobre ele oscilem a todo momento também, e isso foi brilhantemente trabalhado. Em certo momento, eu torci ardentemente pela morte de Euphemie, e pensei: "É sério isso?". Trata-se de um personagem complexo, que foge do maniqueísmo de bem versus mal. Inclusive, CG foi igualmente brilhante em fazer o mesmo com o deuteragonista: acreditávamos que Suzaku era puro e incorruptível, mas a história nos mostra como os seres humanos são complexos e escondem muito mais do que aparentam - não apenas através de Lelouch e Suzaku, mas por outros personagens também.
Visualmente, o protagonista também é perfeito. Seus traços são marcantes, o olhar, a voz... Foi tudo muito bem escolhido. A personalidade dele é algo notável. Pensando em termos comparativos, tomemos por exemplo Light, outro anti-herói. Lelouch é um personagem mais complexo, pois ele não deixa de ter sentimentos positivos pelas pessoas ao seu redor, enquanto Light somente vê cada um como uma mera peça num tabuleiro. Essa é a força, a fraqueza e a beleza de Lelouch: esse seu elemento humano, demasiado humano é justamente o que o levou para esse caminho, mas ele mantém uma tensão espiritual difícil, que Light não consegue manter, fazendo conviver em seu ser elementos que constantemente entram em conflito, enquanto a mente de Light é muito mais simples sob esse aspecto. Ao meu ver, a paixão de Lelouch provém dos laços que ele mantém com pessoas reais: sua esperança nasce de um sofrimento real e pungente diante daqueles que são importantes para ele. A paixão de Light, por outro lado, é despersonalizada e se refere muito mais a um ideal, a uma ideia que ele traz dentro dele.
Então, já que falei de Death Note: muita gente compara a qualidade dos dois, mas devo dizer que, considerando somente a primeira temporada, Death Note sai vencedor essa batalha (ainda não assisti à segunda de CG pra dizer). Acho-o muito superior à Code Geass no que diz respeito ao desafio intelectual que impõe (este, por outro lado, é complexo em termos da variedade de elementos que apresenta, mas não tanto no que diz respeito à sua compreensão desses elementos em si mesmos). Em Death Note há maior preocupação em mostrar como certos detalhes da trama aconteceram, e Code Geass passa por cima de muitos deles, talvez para não sobrecarregar a história de mais elementos ainda.
Enfim, os personagens são carismáticos e a história, muito interessante, de modo que rapidamente nos sentimos absorvidos pelo que acontece. Não é fácil manter 25 episódios nesse ritmo alucinante e ainda com aquele final ARRASADOR, angustiante, e nos forçando a iniciar rapidamente a segunda temporada.
Parei de assistir no episódio 16. Alguns elementos presentes nesse anime fizeram com que eu não curtisse a história, como, por exemplo:
1) A superproteção dada ao protagonista: isso é comum em alguns animes que contém ação, nos quais muitos perigos envolvem o protagonista (normalmente uma mulher), e sempre tem algum cara em volta para protegê-lo. O problema disso é quando todos são muito bem sucedidos em proteger o protagonista (XD). Ver o protagonista apanhando e passando por perigos REAIS faz parte da graça da história, dá maior tensão à luta e mais apreensão diante dos desafios que estão por vir. Mas nesse anime todos protegem TANTO e TÃO BEM o Yuki que é muito, muito difícil vê-lo se machucando ou apanhando. Até o episódio 16, só houve um episódio no qual ele se machucou (cortou a mão e um golpe atingiu suas costas). Enquanto isso, todos os amigos deles estão no limite, perto de morrer, fazendo de tudo para salvá-lo, enfim... não é que eu não goste quando tentam protegê-lo, isso é legal, mas acho importante também que não consigam fazer isso sempre! rsrsrs. Gera (para nós) empolgação saber que nem tudo está ganho, que algo sério pode acontecer com ele e, também, que o protagonista se arrisca em situações difíceis. E, para os personagens que tentam proteger o protagonista, isso faz com que ocorra um aprofundamento interessante na relação dos dois. 2) A subserviência do personagem principal: ele faz tudo o que tem que fazer. Não se rebela, não age de maneira independente, ele cumpre seu papel sem reclamar. Não há tensão e conflito nenhum. 3) Todos os personagens são "belas almas": nossa, Uragiri wa Boku no Namae wo Shitteiru é o exemplo perfeito disso. Todos os protagonistas são "belas almas", ou seja, são incrivelmente gentis, preocupados, educados etc. Mesmo em seus "defeitos", eles não deixam de ser assim. Mesmo o personagem que parecia ser o mais "rebelde" nunca deixou, mesmo quando afirmava odiar Yuki, de protegê-lo de todas as formas e de se importar com ele. É legal ver um anime com personagens com diferentes personalidades, mas no fundo todo o grupo de amigos parecia ser quase a mesma pessoa, com poucas diferenças significativas entre eles. 4) Eu ODEIO, ODEIO, ODEIO essa história de amar uma pessoa por saber que ela foi fulano de tal na vida passada. Isso sempre me dá a sensação de que não se gosta da pessoa em si mesma, mas gosta, nela, daquilo que pode lembrá-la do outro. Tudo bem que o Yuki e a Yuki são, no fundo, tem a mesma essência. Mas ao mesmo tempo são pessoas diferentes, pois caso contrário Yuki não precisaria ouvir dentro dele a voz (de outra pessoa, portanto) que diz coisas a ele. O Yuki já chega na história com o Luka gostando dele de antemão, por ele ser "a" Yuki. Não consigo curtir muito isso. 5) Além disso, não curto quando o romance fica velado ao extremo. Sabemos que Luka ama Yuki, mas ele APENAS demonstra isso protegendo Yuki, mas, além dessas situações, não tenta se aproximar dele em absolutamente momento algum, seja para conhecê-lo melhor, seu passado, enfim... parece que só o interessa saber que ele é A Yuki, e tudo o mais é insignificante. 6) A ausência de lutas interessantes: sério que em 16 episódios só aconteceu UMA luta um pouco mais empolgante (aquela na qual o Reiga aparece)? O Luka acaba com tudo com uma rapidez impressionante, fizeram um personagem incrivelmente forte para conflitos medíocres. E, mesmo ocorrendo a tal luta mais empolgante, Takashiro só deixa Reiga vivo porque Yuki pede! Caso contrário, fim da história.
Então, eu resisti, tentei continuar, mas não deu pra mim.
Lindo, lindo. É muito bacana ver a evolução do Yuri, não apenas em termos de patinação, mas a nível de desenvolvimento pessoal mesmo. A relação de Yuri e Viktor foi muito bem trabalhada, e não achei exagerada ou forçada, ao contrário, foi tudo muito suave, gradual e delicado. Gosto do jeito como os sentimentos deles foram comunicados de forma singela e sutil. Simplesmente não tem como não torcer pelos dois. <3 O Yurio (XD) é um personagem muito legal também, muito importante para o Yuri. É um anime muito fácil de se ver, terminei em um dia. Os personagens são muito carismáticos, nos apegamos emocionalmente a eles e, cara, O QUE SÃO AS COMPETIÇÕES?! Parecia que eu estava assistindo a uma competição real, ficava toda nervosa com medo do Yuri cair e tal... É um anime realmente empolgante! Aguardo uma segunda temporada, e espero que a relação Viktor+Yuri se aprofunde e fique mais... ousada, por assim dizer! Hahaha
La Casa de Papel (Parte 2)
4.2 943 Assista AgoraUma coisa que me irritou algumas vezes foi verificar o quanto alguns personagens eram RIDICULAMENTE amadores (por mais que sim, eles estivessem numa situação de tremenda pressão etc.); e a que melhor representou isso desde o início foi a Tokyo. Não consegui sentir empatia nenhuma por ela, o que é muito ruim, pois ela é justamente a narradora da história. Ela ficava fazendo sempre aquele "carão" (que raiva daqueles olhares O TEMPO TODO), parecia sempre estereotipada, "sou rebelde, não me encaixo, sou lokona, impulsiva, faço o que quero" - eu só reconhecia isso nela. Não tivemos acesso aos pensamentos de nenhum outro personagem além dela, e incrivelmente Tokyo foi a que menos me pareceu alguém "real": você não entende bem as motivações e aspirações dela, sua narração é tão distante quanto sua interpretação. Ela só fazia merda o tempo inteiro, sério! Ela é uma personagem bem planificada. As cenas que melhor comprovam isso são as que se seguem após ela ser
expulsa da Casa da Moeda por Berlim (QUE CENA MARAVILHOSA). Ela fez o maior fuzuê porque tinha certeza de que o professor tinha sido preso. Quando ela percebe que Raquel ainda não sabia quem era o professor, NADA NA INTERPRETAÇÃO DELA MOSTROU REFLEXÃO OU UM PENSAMENTO SOBRE COMO ELA HAVIA SE ENGANADO REDONDAMENTE, sobre como interpretou mal tudo aquilo, sobre como fez merda e era burra mesmo, enfim! É uma personagem que está ali pra ser uma bomba e fazer caras e bocas, só! Como eu disse, não parece alguém "real". Aí ela consegue escapar da polícia e o que faz? MAIS MERDA! Ou seja, volta pra Casa da Moeda e leva Moscou à morte!!! Sério, que raiva dela.
Os melhores personagens foram o Professor e Berlim, seguidos por Raquel e Nairóbi. É impressionante como Nairóbi é simpática, difícil não gostar dela. Berlim com muita razão liderava o grupo dentro da Casa da Moeda, senão eles nunca teriam sido bem sucedidos: foi o cara mais calmo e sensato, era revoltante ver a facilidade que Tokyo e Rio jogavam o plano pelos ares. Adorei a relação entre o Professor e Raquel, aliás as cenas que envolviam o Professor eram sempre muito boas.
É uma série muito envolvente com um final muito legal. Tem umas paradas nada a ver, mas sabemos que realmente existem pessoas imbecis no mundo, então como evitar que personagens sejam assim também? XD Mas que dava raiva, ah se dava!
Tabula Rasa (1ª Temporada)
3.9 138Estava MUITO boa. Mesmo.
Até chegar o último episódio. Parece que estavam afim de terminar logo, e jogaram pra gente engolir umas coisas que vão na contramão do que foi mostrado da personalidade da personagem principal o tempo inteiro.
Sério, que BOSTA.
Você acompanha todo o processo dela atrás da verdade. Na realidade, esse foi um aspecto que me chamou atenção na personagem: ela não queria se esquecer nem se poupar de nada, mesmo das coisas mais terríveis. Mas
o último episódio foi o contrário disso! Ela queima a carta e não fica sabendo do que realmente aconteceu, que a psiquiatra dela na verdade era amante do marido, enfim, ela volta com o marido como se nada tivesse acontecido enquanto o cara mais legal da história, o tal do Thomas de Geest, morre sem Mie saber que não foi ele que matou a filha! Pior: ela nem quer saber a verdade. Mas isso vai na contramão de tudo o que ela mostrou ser o tempo inteiro, perseguindo implacavelmente a verdade a todo custo! Sério, não dá pra aceitar esse final.
Uma série que tinha tudo para ser incrível, mas põe tudo a perder na linha de chegada. Eu ainda acho que valeu muito a pena assisti-la, mas o final é decepcionante demais.
La Casa de Papel (Parte 1)
4.2 1,3K Assista AgoraSó eu lembrei aqui de Death Note, com o anti-herói se aproximando da detetive para ficar a par das investigações? Outros elementos também lembram bem. :P
Dark (1ª Temporada)
4.4 1,6KMuuuuuito boa! A primeira coisa que chama atenção é a trilha sonora, que é sensacional, encaixa perfeitamente com o clima da série. No início ficamos meio perdidos por conta de tantos personagens em tempos distintos, mas com o tempo vamos nos acostumando e embarcamos. A temporada nos deixou com várias coisas em aberto; mal posso esperar para a segunda!
Stranger Things (2ª Temporada)
4.3 1,6KNão estava dando nada por Stranger Things. Demorei muito pra começar a assistir, e só não me arrependo disso porque assim pude assistir as 2 temporadas de uma vez. Sério, que série incrível. Uma ótima aventura com personagens suuuuuper carismáticos. É gostoso acompanhar cada um. Eles misturaram vários elementos da cultura pop dos anos 80 de maneira harmoniosa. Inicialmente, pensei que daria em algo nada a ver (mundo invertido, monstros, x-men), mas, surpreendentemente, não só deu certo como deu MUITO certo. A tristeza agora é ter que esperar até 2019.
The Killing (1ª Temporada)
4.3 330 Assista AgoraA ideia é interessante, mas tem vários problemas que comprometem significativamente minha apreciação (estou no sétimo episódio). Principalmente, em diversos momentos, não gostei da forma que os investigadores conduziram o caso, a abordagem dos suspeitos e até a interação com a família da Rosie.
Há vários furos nos procedimentos investigativos deles. Por exemplo, senti que em várias situações eles poderiam ter abordado de forma mais efetiva e inteligente os suspeitos. Logo no início com os dois adolescentes sendo interrogados, o drogado vira pro Holder e sugere que aquilo não era nada, que eles não sabiam de nada. E a coisa fica por aí? Eles não continuam investigando, interrogando, pressionando-os?
Stan quase mata o professor. O professor não procura os investigadores? Os investigadores não conversam com Sam e a família sobre a situação? Simplesmente morre aí?
Aparentemente alguém saiu da casa do professor com a menina. Linden em algum momento chegou a conclusão de que Ahmed mentiu. E essas coisas novamente morrem aí? Por que não interrogaram Ahmed para saber o sobrenome de Muhammed (não, né, basta ligar, aparentemente...)? Por que não o pressionaram sobre as mentiras? Está na cara que Ahmed sabe e está envolvido em muitas outras coisas.
Problemas até com relação a condução do interrogatório. Quando Linden interrogava a esposa de Ahmed sobre o que ela tinha feito na sexta à noite, ela diz que foi ao colégio e ficou sentada no carro. E depois, o que fez? A interrogação é cortada, Linden não pergunta mais nada.
Além disso, no geral não curto o personagem da Sarah, não acho a personalidade dela atraente nem curto a interpretação (que tantos falam aqui) da Mireille Einos.
Não sei o que enxergaram nessa série, pros elogios que recebeu. Quero terminar a primeira temporada para ter a visão do todo, e porque, depois de tantos episódios lentamente desenvolvidos, quero ver no que isso dá. Mas numa série com tantos pontos mal desenvolvidos, não penso em dar continuidade não.
Bates Motel (4ª Temporada)
4.4 721Temporada maravilhosa, assisti a tudo em um dia! Freddie Highmore é o ator perfeito para o papel, ele incorpora plenamente a loucura de Norman Bates.
Yosuga no Sora
3.1 15Antes de mais nada 1: o que a Sakura e a Tomoyo foram fazer nesse anime? O.o
Antes de mais nada 2: acho curioso o fato de que, quando se trata de filmes/séries com temas polêmicos que tendem a causar incômodo nas pessoas, podemos ver TANTOS comentários falando MUITO BEM da história, como se fosse uma forma de mostrar "vejam, eu tenho a mente aberta" e essa lenga-lenga toda. Lendo a sinopse, e pelos comentários, julguei que talvez Yosuga no Sora estava com uma nota ruim no filmow pela "dificuldade das pessoas em aceitar ver um tema mais problemático ser trabalhado" e tal (ainda mais depois de certos comentários que diziam coisas como "ainda bem que não me baseei nisso pra assistir", "me despi de preconceitos", enfim)...
Mas não é o caso.
A verdade é que "Yosuga no Sora" é bem ruimzinho mesmo. E não pelo incesto (inclusive, foi o interesse em ver como eles abordariam isso que me fez ver o anime).
A história se "desenvolve" (se é que podemos falar assim) por meio de rotas independentes entre si, e em cada uma delas Haru fica com uma das garotas. Na verdade, então, não há história propriamente, já que cada rota mostra uma possibilidade diferente para Haru, e quando começa um episódio entrando em outra rota, tudo aquilo que ele viveu antes simplesmente não teria acontecido. É como se fossem vários multiversos apresentados na trama, em que as diferentes escolhas de Haru levam-no a se relacionar com uma das garotas. Isso é muito ruim, pois não vemos desenvolvimento nos personagens, e nem conseguimos nos envolver direito com eles.
Porém, quando começa a rota da Nao, começa a haver uma continuidade, pois Sora percebe que os dois estão se relacionando e fica incomodada, aí entra a rota da Sora (em que todos descobrem a relação incestuosa entre os dois) e existe um fim - eles fogem juntos.
Yosuga no Sora é um anime completamente perdido, que não sabe bem o que quer fazer. Ele fica perdido entre duas abordagens distintas, e por isso fracassou em cada uma delas.
Se a intenção era apresentar diferentes relacionamentos entre o personagem principal e as garotas, então não fez sentido nenhum o fato de que, conforme nos encaminhávamos pros episódios finais, a história começou a seguir uma linearidade do ponto de vista cronológico, levando a um fim. Além disso, a relação do Haru com as garotas foi chata e massante de se ver, como comentaram em algum lugar abaixo, não dá pra sentir nenhuma conexão real do Haru com elas. Foi tão ruim que eu parei no ep. 5 e fui direto pro 10, pegando o final da rota da Nao e começando a da Sora. As meninas não tinham carisma nenhum, e pelo enfoque ter incidido no sexo (falando em termos gerais) e ter ficado tudo muito fragmentado (pela divisão em rotas, como eu disse), o Haru (e a Sora) ficou um personagem raso e mal trabalhado.
Mas sabemos que a intenção mesmo não era mostrar Haru passando o rodo no colégio (aliás, nem isso aconteceu, pois foi como se se tratasse de "universos" distintos), e sim mostrar a relação dele com a irmã.
A coisa ficou muito mal feita, pois é um relacionamento delicado e no mínimo os 12 episódios tinham que ter sido usados para trabalhar isso, seguido uma linearidade, desdobrando aos poucos a relação entre Haru e Sora, e não jogar ali histórias independentes entre si e só no final jogar de qualquer maneira pra gente o desfecho, esperando que a gente vá engolir. Inclusive, eu sinceramente achei (antes de começar a assistir ao anime) que se trataria de um história em que Haru ia pegando uma garota atrás da outra, mas porque estava fugindo dos seus sentimentos pela irmã, e ao longo da história veríamos tanto a tentativa de fuga dele como a percepção crescente de que ele não poderia fugir do que sentia.
Além disso, me incomodou bastante a escolha dos personagens em si. Esperava que Sora fosse uma garota independente, madura, queria sentir ela mais como mulher e menos como irmã-kawaii-frágil-com-seu-vestidinho-e-ursinho-de-pelúcia-prá-lá-e-pra-cá. Gostaria de ter visto ela saindo, sendo uma jovem "normal" , conhecendo caras e vendo o Haru desesperado atrás dela. Eles poderiam muito bem ter construído uma história em que eles não tivessem tido aquele convívio de irmãos sem torná-la uma menina esquelética e super frágil, que passa o dia em casa esperando o irmão. Além disso, pessoalmente, o tipo de personagem do Haru não me atrai muito (apesar de eu ter gostado do fato dele não ser um idiota e ter atitude), prefiro ver aquelas personalidades mais frias e reservadas.
De qualquer forma, Haru não tinha carisma nenhum e tampouco o personagem teve qualquer aprofundamento psicológico. Nem ele nem a irmã tiveram. Eles perderam os pais, mas eu só vi cenas de pegação e sexo o anime todo (Inclusive, não sei porque comentaram abaixo que o anime é poético. De poesia não tem nada ali - infelizmente, pois gostaria de ter visto). Sim, poderiam ter criado uma trama psicologicamente profunda, poética, com bom desenvolvimento dos personagens, mas não o fizeram. A Sora não tinha nenhuma outra preocupação além do Haru. E só vi Haru se preocupando com a irmã e pegando as meninas. O universo dos personagens se concentrou inteiramente nisso, algo muito pobre e limitado.
A nota atual (3.3), inclusive, é muito superior ao que o anime merece de fato. Uma perda de tempo.
13 Reasons Why (1ª Temporada)
3.8 1,5K Assista AgoraO ritmo da série não é realmente dos melhores: começa bem, depois fica um pouco cansativo ver o mesmo esquema em cada episódio: Clay ouvindo as fitas e reconstruindo os acontecimentos passados. A partir do décimo episódio, porém, as coisas ficam empolgantes e, quando "13 reasons why" chega ao seu clímax, terminamos na ansiedade pela sequência.
Por outro lado, o tema e a forma como a série os abordam são tão importantes que se sobrepõem ao seu ritmo: afinal, que a série tenha se desenrolado no ritmo que se desenrolou foi absolutamente necessário, simplesmente não poderia ter sido de outro modo, e somente assim fomos capazes de nos aproximar do desespero e da solidão de Hannah. "13 reasons why" tem como objetivo nos mostrar os problemas reais do cotidiano de uma jovem, que não necessariamente vai ser cheio de ação e reviravoltas; às vezes será simplesmente triste e, para alguns, algo próximo do corriqueiro. Pois nos acostumamos a ver filmes e séries nos quais as pessoas enfrentam grandes desafios, sofrem perdas incalculáveis, mas ainda assim possuem a força inabalável para seguir em frente. Diante disso, pode parecer a alguém que só dores terríveis levam alguém a se matar, quando na realidade coisas que podem ser vistas inicialmente como pequenas podem se acumular e, junto com outras coisas mais graves, podem se tornar uma bola de neve, fazendo com que alguém tome a decisão de por fim à sua vida.
A ignorância nesse sentido (quando pensamos que só coisas incríveis poderiam fazer com que alguém se matasse) pode nos fazer pensar que o suicídio é um mistério que se esconde no coração da alma humana, que ninguém pode acessar. Essa é a visão do conselheiro, aliás: "ninguém podia saber as razões pelas quais Hannah Baker se matou. Pessoas confrontam-se com coisas terríveis todos os dias e não se matam, portanto, o suicídio é um mistério, uma decisão que a pessoa toma no seu interior, que em última instância não pode ser modificada, acessada ou comunicada a ninguém". E, para proteger as pessoas próximas, frequentemente se diz "nada poderia ter sido feito para evitar isso. É inútil se culpar. Ele tomou a própria decisão", pois o que poderia acontecer se disséssemos o contrário? Mas algo deixa de ser verdade só porque pode trazer consequências terríveis?
A série confronta duas visões opostas sobre o suicídio: uma é defendida exemplarmente pelo conselheiro do Liberty, e foi a que expus acima, a saber, a visão segundo a qual nunca poderíamos levantar razões, objetivamente falando, para o suicídio de alguém, já que outras pessoas podem passar por experiências similares sem se matar. O representante da visão oposta é Clay Jensen, aquele que toma de forma mais firme e absoluta a responsabilidade pela morte de Hannah. Essa é a visão que a própria série parece incorporar, a saber: sim, podemos encontrar as razões pelas quais alguém se mata. Olhando para seu histórico, para suas relações, é possível encontrar tais razões, MESMO que o próprio suicida não tivesse deixado isso transparecer claramente através de sinais.
Não havia sinais claros de que Hannah tentaria se matar. Os sinais mais claros deixados se passaram no dia em que se matou. Mas aí é que está: ao lermos sobre o suicídio, muito se vê sobre os "sinais do suicida", ou "preste atenção nisso ou naquilo". Porém, se você pensar bem, dificilmente acompanhamos tão de perto a vida de alguém para saber tudo o que se passa com essa pessoa. Hannah escreveu um poema, mas a única pessoa que soube que ela o tinha escrito tinha sido muito insensível para perceber a gravidade daquilo. Ela deixou um bilhete que foi lido na aula de Comunicação, ao qual, ironicamente, não foi dado a devida atenção, sendo interpretado como mera "situação de sofrimento", da qual não poderíamos por princípio deduzir nada. No caso de Hannah, muito se passou, mas pessoas diferentes estavam envolvidas em cada situação, deixando tudo fragmentado e complexificando a visão do todo. Com efeito, a visão do todo só a própria Hannah poderia ter, e ela nos transmitiu esse "todo" por meio das fitas.
"13 reasons why" nos diz muito pouco em termos de como o problema pode ser trabalhado objetivamente em macro-escalas, em termos do que pode ser feito politicamente ou se transformar em panfletos e cartilhas. Inclusive, isso é até bastante desdenhado ao longo da série: pessoas que nunca se importaram de verdade com Hannah organizam homenagens em torno do armário dela, com rosas que quem a conhecia sabia que ela odiava. A mensagem da história é que a mudança tem que se dar na própria forma como as pessoas interagem com as outras. Ninguém sabia como aquela "pequena coisa" se encadearia de tal forma que futuramente assomaria como um motivo para alguém tirar a própria vida. Muitas vezes não há sinais objetivamente observáveis, ou eles se apresentam de forma muito dispersa e fragmentária para possibilitar uma intervenção direta. Mas se cada um ali tivesse tido mais cuidado com o outro, se tivessem pensado em como aquilo simplesmente poderia machucar ou magoar alguém, se tivessem levado isso em consideração, Hannah talvez não tivesse sofrido muito do que sofreu.
Assim, curiosamente, a série fala menos sobre o suicida em si e mais sobre as pessoas no entorno dele: Hannah já se foi, ela não encontrou ajuda, como muitas pessoas que se matam todos os dias. A grande questão é que quem estava próximo dela PODERIA ter se importado mais. Todos poderiam ter feito algo mais. É muito duro ouvir isso, já que não podemos mudar o passado, e às vezes o melhor mesmo é pensar que nada poderia ter sido feito, que aquilo foi uma decisão tomada nas trevas que existiam dentro dela. Contudo, se ela não estivesse se sentindo tão sozinha, se ao menos uma pessoa tivesse feito algo mais do que o estritamente necessário e realmente tentasse saber o que estava acontecendo, sim, talvez Hannah não tivesse se matado, talvez ela tivesse percebido que ainda poderia seguir em frente. Novamente, é uma verdade dura e difícil, mas a verdade não deixa de ser verdade por trazer consequências negativas. O mais duro é talvez compreender que você no passado não estava à altura do que aquela pessoa precisava, que o que você tinha a oferecer era pobre, pequeno ou até desprezível. Que o seu coração tinha que ter sido outro, o de alguém muito melhor, para ser capaz de salvar Hannah Baker. Talvez, o mais duro tenha sido compreender que a morte de alguém foi a única forma de você ver tudo o que não conseguiu ser. Mas, tampouco, você consegue deixar de pensar que poderia ter feito, pois como negar que fazer aquilo era uma possibilidade real? Clay amava realmente Hannah, e como tudo, absolutamente tudo poderia ter sido diferente se ele simplesmente tivesse abraçado isso de corpo e alma!
Clay, apesar de ser tratado como exceção, não se sente uma exceção, pois ele sabe que poderia ter feito mais. Ele não fez nenhum mal a ela, mas isso não retira a culpa que sente pelo bem que poderia ter feito e não fez. Um personagem como Clay foi importante, pois todos ali compartilham sua parcela de responsabilidade, e ele também, e por isso ele está nas fitas: existe um mal que reside em não ofertar, ou em retirar, de alguém aquilo que a poderia fazer se sentir bem. Zach também fez isso, ao retirar do saco os bilhetinhos aparentemente tolos que Hannah recebia com coelhos sorridentes.
Uma série memorável, que dá muito o que pensar, mas que necessariamente traz muito desconforto. Esse desconforto independe de você conhecer alguém que se matou. Aqueles de alguma forma envolvidos na morte de Hannah também não sabiam que ela se mataria, o que nos leva a pensar em nós mesmos e em nossas ações, e em como elas podem ter um efeito sobre a vida de alguém não previsto por nós. Mas não necessariamente não estamos envolvidos, só porque não foi nossa intenção.
Não é um spoiler de verdade. Mas se você gostou de "13 reasons why", indico o anime "Orange". São 13 episódios.
Free! – Iwatobi Swim Club (1ª Temporada)
4.1 35Agora sim, assisti a toda a primeira temporada. Tenho tanta coisa a dizer sobre Free! (como se já não bastasse tudo o que já disse no outro comentário) que nem sei por onde começar. É um fato incontestável que a natação é retratada no anime de forma irreal e secundária. Acho que já falei bem sobre isso no comentário anterior.
Infelizmente, vemos poucas cenas dos treinos em si. Seria muito interessante vermos os personagens debaixo d'água, envolvidos na própria solidão e lidando com seus pensamentos, emoções, dúvidas etc., enquanto tem que enfrentar um treino desgastante e pesado. Infelizmente, é difícil para quem não conhece bem a experiência de nadar retratar isso em uma história.
O visual de Free! é ótimo, adoro a forma como os corpos dos atletas são desenhados, os traços dos personagens são bonitos, as cenas na água... As músicas de abertura e encerramento são MUITO, MUITO boas!!! Nunca pulo essas partes. Enfim, esteticamente, Free! está de parabéns.
Rin é o único personagem que causa um conflito na história, nesse sentido ele é o elemento que impulsiona a narrativa a continuar. Uma história não existe sem um conflito, por isso, claro que precisa haver um motivo para o mesmo. Pois bem, foram necessários 12 episódios para que finalmente ficasse claro o que se passava naquela cabecinha de minhoca do Rin. No início, não dava pra convencer e nem entender as razões dele. Primeiro pareceu que ele ficou irritado por perder para Haru. Ele até ficou, mas no ep. 11 ele admitiu que não quis parar de nadar por causa dele. Aí ficou realmente difícil entender o motivo daquela raiva toda que ele demonstrava diante dos antigos amigos, a persistência em desprezá-los depois de tanto tempo. Eu achei que a formação do personagem tivesse ficado confusa e inconsistente. Na verdade, confuso foi mesmo, mas no último episódio consegui entender: ele queria se libertar do apego que sentia pelos amigos, já que foi aquilo que realmente o impedia de parar de nadar mesmo com tantos fracassos. Ele se sentia frustrado diante da sua não evolução no esporte mas, mesmo assim, continuava insistindo, o que o machucava ainda mais. Ele queria provar a si mesmo que Haru, Makoto e Nagisa não significavam nada para ele, e que ele não precisava deles para nadar. Aí, pelo que eu entendi, no final Rin desistiu de lutar contra esses sentimentos e de fato abraçar a ideia de que ele luta "for the team".
No entanto, Free! continua ignorando deliberadamente a natação, num anime que se pretende esportivo. Nem foram mostradas as qualificatórias, pelas quais os nadadores tiveram que passar para participar do Torneio Municipal. Em vez disso, vemos eles indo ao festival, tentando conseguir ir pra uma ilha deserta, tentando conseguir membros, preocupados com Rin etc.
Ainda sobre o Torneio Municipal: individualmente, nenhum deles teve tempo suficiente para ir às finais regionais. Mas ficaram em primeiro no revezamento? A intenção é até bonitinha: mostrar a força da amizade entre eles, a superação e blá blá blá. Mas eles não são os únicos no mundo que são amigos e parceiros de revezamento, e nem os únicos que têm força de vontade. Força de vontade é importante, mas ela não compensa anos sem treino. Existe um fato objetivo chamado tempo. Para fazer o milagre de sair de quarto e ir para primeiro lugar, Haru tinha que ter batido um recorde pessoal (mas MESMO assim os tempos em natação abaixam muito gradualmente, sair de 36.50 e ir para 35.80 já é algo excelente - números apenas a título de exemplo), e os outros nadadores teriam que ter nadado vários segundos acima de sua real capacidade, o que não aconteceria em nenhuma situação normal, ainda mais em um estilo disputado como o crawl.
Free! é um anime que fica envolto nesse clima que faz a gente acreditar que natação (ou o esporte, para falar de modo mais geral) é algo fácil e descontraído. Acabamos de começar a treinar, mas vamos nos esforçar pro Nacional! Tudo isso com força de vontade e com muito esforço, kawaiiiiiii! =D
Sinto muito dizer, mas as coisas não são assim no esporte, menos ainda num esporte individual como a natação, diferente do vôlei, por exemplo, em que é possível ter um jogador inexperiente ou mais relaxado no grupo e ainda assim conseguir a vitória. Na natação, só vai dar resultado depois de tempo e treino. Claro que a força de vontade é importante, mas você não vence só com isso.
O treinamento de alguém que tem como foco a competição é completamente diferente de alguém que nada porque gosta de água. Colocam uma rivalidade entre dois tipos opostos de nadadores (Rin e Haru), mas pra começar nem caberia qualquer rivalidade. Em um anime de esporte um pouquinho mais sério e realista, Rin esmagaria Haru, riria de sua fraqueza e insignificância como nadador, e aí sim Haru, por orgulho ferido, poderia começar a tentar treinar pra valer pra desafiá-lo e ser digno de nadar com Rin novamente. Mas não, Rin vence Haru por um nada no Municipal e fica achando isso incrível, considerando que deveria ser uma vitória óbvia, já que supostamente Rin é um atleta que pretende chegar a nível olímpico, e Haru... bem, Haru quer sentir a água.
(Gente, segundos de reflexão: por que ninguém nunca levou Rin a um dentista? O.O)
Free! é relativamente fácil de se assistir (terem só 12 episódios também ajuda), mas têm momentos arrastados e chatos. Novamente, teria ficado mais bacana se eles tivessem se concentrado mais na natação, nas dificuldades dos treinos, no sofrimento envolvido no processo, enfim, aliando isso aos conflitos fora da piscina e na relação de amizade entre eles. Senti bastante falta de ver outros atletas competindo, outros rivais, enfim. Parece que só existem Makoto, Nagisa, Rei, Haru e Rin de nadadores na história. Isso diminui muito o brilho das provas. Mostrar os rivais, humanizá-los e mostrar que eles também têm seus próprios sonhos aumentaria a tensão e a torcida pela vitória. Não me envolvi com nenhum dos torneios, com prova nenhuma. Até curti o Rin ter entrado no último revezamento, mas fiquei triste pelo Rei... Tudo bem que o borboleta dele é péssimo e não seria suficiente para ganhar, então acabei deixando isso de lado... Também não gostei de ter visto no final a foto dos cinco, sendo o Rei o único que estava de roupa! Cara, ele faz parte do time, fala sério...
No balanço final, Free! ficou bem abaixo das minhas expectativas. Massssss, o último episódio (de longe, o melhor) conseguiu me dar esperanças de que as coisas podem melhorar na segunda temporada. Ao mesmo tempo, não sei qual será o elemento impulsionador da trama, já que Rin voltou a ser amigo deles, e o anime foi muito ruim em trabalhar a rivalidade entre diferentes times. Se ficar só nessa de "somos grandes amigos kawaiiiiiii" vai ser um saco a segunda temporada. Evidentemente eles vão ter que inventar alguma nova rivalidade, porque a rivalidade amistosa com Rin não vai ser o suficiente para prender a atenção.
Free! – Iwatobi Swim Club (1ª Temporada)
4.1 35Só assisti a 4 episódios, mas foi suficiente para ficar evidente que em Free! a natação é algo secundário. Os personagens parecem interessantes, mas não gostei de como o esporte está sendo retratado.
Achei esquisito o fato de Haru estar sem nadar há uns anos e mesmo assim ficou atrás de Rin por muito pouco nos 100 livre. A excelência de Haru só seria justificada caso houvesse grande discrepância entre os dois em termos físicos (altura/porte atlético) ou se Rin tivesse começado a treinar há pouco tempo, o que não é o caso. Mesmo que ele treinasse no oceano, o tipo de treinamento de alguém que nada na piscina pra competir é totalmente diferente de quem simplesmente nada livremente e por lazer. Ok, isso é apenas um detalhe, mas já me deixou um pouco com pé atrás, imaginando qual será o encaminhamento geral da história.
Qual foi não minha surpresa ao ver o salto com vara abordado de forma tosca, como se o cara, apenas dominando aspectos teóricos, pudesse fazer bons saltos. Foi engraçado ver ele calculando tudo, mas cara, não funciona assim. Simples. Mas vamos lá, é cedo pra julgar...
Continuando, Rei vai pro clube de natação. Makoto e Nagisa, apesar de aparentemente saberem nadar e terem até participado de campeonatos, não conseguem apontar falhas óbvias e gritantes nas tentativas de Rei de nadar. Ok, "é pra ser engraçado", eu pensei. Quando Haru diz que vai ensinar a Rei, eu pensei que finalmente veria alguém falando alguma coisa de natação, mas aí as cenas só mostram os lábios de Haru se movendo como se estivessem explicando, mas ele não fala nada. A parte da natação propriamente dita foi totalmente ignorada. Depois, diante do fracasso absoluto de Rei, Haru o aconselha a "nadar com o coração".
Segundos de silêncio, para eu contar até dez.
O problema não é a frase em si. Mas me incomodou vê-la encaixada em certa forma de tratar o esporte. Claro que as pessoas têm que depositar o seu coração no que fazem, mas não é isso que vai fazer Rei aprender a nadar magicamente! Eu realmente esperava que, diante disso, aquele técnico aparecesse para ensiná-lo.
Mas, inexplicavelmente, Rei - que não sabe nem nadar crawl, o mais básico - de primeira tenta o borboleta (o nado mais difícil em termos da técnica exigida e da força despendida) e, veja só, ele consegue! E só sabendo a teoria!
É tão absurdamente irreal que só posso concluir que quem escreveu o anime não sabe NADA, NADA, NADA de natação e, o que é ainda pior, nem se preocupou em chamar alguém que soubesse. Um bom anime de ESPORTE deveria ser fiel à realidade daquele esporte, caso contrário a natação surge apenas como pretexto e pano de fundo da relação dos personagens.
Aprender a nadar exige tempo, esforço e treinamento. Claro que alguém pode ter já um talento ou aptidão natural, no sentido de ter facilidade para a natação, mas isso não vai fazer ele sair nadando borboleta de primeira, "só sabendo a teoria", quando nem crawl, borboleta ou costas rolam de sair.
Pra mim, que assisti a Yuri!!! On Ice e Haikyuu!! (os primeiros animes de esporte que vi; Free! seria o terceiro), animes sérios ao tentar retratar em alguma medida a realidade do esporte (especialmente em Haikyuu!!, com as várias explicações sobre a dinâmica do jogo e pensamento estratégico, saímos do anime realmente sabendo muito mais sobre o vôlei), Free! infelizmente surge quase como uma afronta à natação e à concepção de "anime de esporte". Até agora, não vi um anime de esporte, mas um drama/comédia que tem como pano de fundo o universo da natação.
Enfim, apesar de TUDO isso em apenas QUATRO episódios, eu pretendo continuar vendo um pouco mais; de repente eu não me incomodo tanto se passar a encarar Free! não como um anime de esporte, mas simplesmente como drama/comédia (como mencionei). Não tô muito otimista, mas quem sabe o prazer de ver a relação entre os personagens compense a decepção na parte do esporte propriamente dita.
Haikyuu!! Karasuno Koukou VS Shiratorizawa Gakuen Koukou (3ª Temporada)
4.7 34PORRA!!!
Que foda essa temporada! 10 episódios para 1 jogo de vôlei!!! HAHAHAHA
Não há NADA de monótono ou arrastado em "Haikyuu!!", o ritmo é alucinante, a partida foi incrível!
Os pontos mais altos e emocionantes do jogo:
1) Tudo começou com o bloqueio do Tsukishima em cima do Ushiwaka.
TSUKISHIMA EU TE AMO PRA SEMPRE.
Ele evoluiu muito, foi simplesmente emocionante vê-lo pela primeira vez vibrando com um ponto.
E 2) a determinação dele de voltar depois de ter se machucado; ele voltou no momento perfeito... eu fiquei assistindo só pensando: "É agora que ele volta, é agora que ele volta...".
3) O bloqueio do Hinata em cima do Leon.
4) O ponto final do Hinata no quarto set.
5) O Hinata defendendo o ataque do Ushiwaka no 5º set foi animal. Toma, Ushiwaka!
6) O último ponto do jogo, que não poderia deixar de ter sido o do Hinata!
Nas últimas cenas foi muito legal ver o Kageyama sendo convocado pra treinamento intensivo, mas fiquei triste pelo Hinata... ele tem vários pontos fracos, além de ser baixinho, mas ele e Kageyama são uma dupla, pô. T.T
Esses corvos idiotas. <3
Game of Thrones (1ª Temporada)
4.6 2,3K Assista AgoraOs livros são muito melhores. Pelo menos até o quinto (confesso que estacionei no meio dele e tá difícil sair...).
Sinceramente, não consegui terminar de assistir a primeira temporada. É uma avaliação bem pessoal mesmo, porque não me identifiquei com a escolha de alguns atores e isso fez com que eu caísse em desânimo: Jon Snow é totalmente diferente do que imaginei (e fico com ódio de sempre acabar me lembrando do ator ao tentar imaginar as cenas descritas no livro...) e Tyrion nem se fala. Eles são justamente dois dos meus personagens favoritos, aí ficou difícil... Acho que, para além da interpretação, a aparência dos atores influi na hora de construir a personalidade de um personagem. Não estou negando a qualidade dos atores em si, mas pra mim eles transmitem uma personalidade bem diferente do que imaginei de Snow e Tyrion ao ler.
Um ponto positivo acho que foi a escolha dos atores para interpretarem Daenerys e Khal Drogo, ficou muito bem feito, mesmo!
Haikyuu!! (2ª Temporada)
4.6 26AGORA É IR PRA TERCEIRA TEMPORADA HAHAHAHAHAHA
Haikyuu!! (2ª Temporada)
4.6 26COMECEI A ASSISTIR A TEMPORADA NO FINAL DA MANHÃ DE HOJE E ACABEI DE TERMINAR. TUDO EM MENOS DE UM DIA!!!
Esse é o poder de "Haikyuu!!". Um anime absolutamente viciante, diferente de tudo o que já vi. A segunda temporada foi superior à primeira. Adorei ver os treinamentos em Tóquio, como cada personagem foi desenvolvendo diferentes habilidades e depois encaixando isso na "engrenagem" do time. Finalmente pudemos ver a evolução do Tsukishima, o único do time titular que tinha ficado estacionado e sem aprofundamento até então. A rivalidade e a parceria de Hinata e Kageyama é sem igual, a personalidade dos dois se completa e é fascinante acompanhar o relacionamento e evolução deles como jogadores. Particularmente, Kageyama a princípio faz um tipo que me atrai mais como personagem de anime, mas é simplesmente impossível não se deixar cativar por Hinata!!! Além disso, personagens que não eram titulares e pouco apareceram da primeira temporada tiveram um bom destaque, como Yamaguchi e Ennoshita. Também vimos a importância do Daichi como capitão... e o aparecimento da Yachi foi ótimo, pois Shimizu é meio apagada, apesar da obsessão de Noya e Tanaka por ela renderem cenas engraçadas. Suga sempre entra muito bem como personagem, no início eu ignorava ele por preferir o Kageyama (ainda prefiro), mas vibro quando ele aparece pra jogar.
"Haikyuu!!" tem um ritmo assombroso como anime, é realmente uma partida de vôlei do começo ao fim. É impressionante como a história é recheada de personagens cativantes e carismáticos, mesmo entre os rivais... os episódios do treinamento em Tóquio foram ótimos, com cada time tendo um perfil bem próprio. É muito legal acompanhar a forma como Karasuno absorve o que é melhor em cada time e com isso consegue evoluir. Inclusive, os rivais que apareceram ao longo do treinamento de Tóquio são ótimos: Bokuto, Kenma, Kuroo...
E, claro, como esquecer de Oikawa? Eu perdi o controle com ele, um verdadeiro monstro em quadra. Aliás, eu estava aos nervos com aquela última partida contra Aoba Jousai, e realmente não sei o que esperar do jogo contra Shiratorizawa... É claro que eu quero muito que os corvos vençam, vai ser um sentimento horrível ver tudo começar do "zero" de novo (bem, sabemos que não é realmente do zero em termos de habilidade e técnica adquirida, mas enfim...). Ainda mais porque é o último jogo pra galera do terceiro ano! Eles merecem muito ir pro nacional, mas a fama de Shiratorizawa me deixa com receio...
Ah, cara, eu amo esses jogadores! E eu sei que falo como se eles fossem reais, hahaha! Mas não dá pra evitar...
(Ah! Curti muito também ver as referências ao Brasil que aparecem XP).
A nível psicológico, "Haikyuu!!" fala sobre força de vontade, superação, determinação, esforço, garra de vencer, e também sobre como lidar com o fracasso, a derrota e a dor, e como eles são importantes. Por outro lado, a nível de relacionamento interpessoal, fala sobre companheirismo, amizade e sobre a verdadeira rivalidade, e como a competição é capaz de fazer aflorar o que há de melhor em cada um.
Enfim, "Haikyuu!!" é um anime incrível, a um só tempo emocionante e engraçado.
VOE, KARASUNO!!!
Death Note (2ª Temporada)
4.3 399 Assista AgoraA morte do L foi tão traumática para mim que eu simplesmente achei que tinha visto a segunda temporada há uns 10 anos (época em que assisti DN), mas não vi! Na realidade, eu abandonei a série no episódio 26, depois de ter certeza que L não voltaria, pois com sua morte tudo estava acabado pra mim. Depois de dez anos, decidi rever o anime, e quando cheguei no ep. 30, mais ou menos, é que me dei conta de que não tinha assistido a nada daquilo. Mesmo assistindo pela segunda vez à morte de L, eu posso dizer que sofri de verdade com ela, senti uma angústia e uma dor horríveis. Mas dessa vez, prossegui até o fim.
Claro que nenhum personagem chegaria perto do que L foi e representou, e seria ridículo criar um substituto apenas para ele (o que invariavelmente repetiria a fórmula L vs. Kira), então criaram duas fórmulas: Near e Mello. Near é uma cópia sem carisma do L, que não convence. Mello é mais interessante por ser mais original e ter uma personalidade oposta a de L e Near. Na realidade, ele lembra Kira, na medida em que aceita "sujar as mãos": sem isso, Kira nunca seria capturado. Near precisou das informações que apenas Mello pôde obter com procedimentos que Near rejeitaria (e L também). Ainda que L não fosse uma figura moralmente impecável, ele no chegaria a sequestrar Sayu, por exemplo. Mello é como se fosse um desdobramento mais radical de aspectos sombrios da personalidade de L, e Near conserva a personalidade "oficial", por assim dizer. Acho isso interessante para fins de análise psicológica, mas as duas figuras são apenas sombras pálidas de L (Mello, só para não ser completamente diferente, conserva o gosto obsessivo por doce). Enfim, eu terminei gostando do Mello e do que ele foi capaz de sacrificar para pegar Kira. Achei a personalidade de Near (por um lado, um gênio com sua pouca idade, sério e consciente do que significa suceder L, por outro, conservando aspectos incrivelmente infantis de personalidade, como brincar com bonecos) forçada. Não posso dizer que não gostei dele, mas que simplesmente não foi capaz de me envolver.
A trama, nesta segunda temporada, continuou muito inteligente e com ótimo ritmo, mas achei algumas partes mais confusas do que talvez fosse necessário, e tive que ver mais de uma vez várias cenas para entender bem seus diálogos rápidos (mas isso faz parte da história e da graça dela). A trama em si continuou empolgante, mas dessa vez não senti aquele apego por nenhum personagem.
A Misa era totalmente irritante, não senti pena nenhuma por ela e não via a hora dela morrer. A burrice dos investigadores que trabalhavam para Light era tão gritante que chegava a doer. Achei algumas conclusões de Near que apontavam para o segundo L como Kira mal fundamentadas. Além disso, eu tinha entendido que L deixara antes de morrer vários arquivos com as informações coletadas sobre o caso Kira, mas aparentemente faltava várias informações importantes ali, já que foi no decorrer das história, por exemplo, que Near soube dos Shinigami. Como isso é possível?
Dava raiva de ver como Light era fodido de inteligente e conseguia sempre afastar as dúvidas dos amigos de si.
Enfim, apesar de tudo, Death Note é o anime mais brilhante que já tive o prazer (e a dor) de ver. De longe, a história mais complexa e inteligente de todas.
Haikyuu!! (1ª Temporada)
4.5 44 Assista AgoraDepois de ter assistido "Yuri!!! On Ice", o meu primeiro anime de esporte, e curtido, decidi partir para "Haikyuu!!" e, se naquele terminei com vontade de patinar no gelo, esse conseguiu definitivamente reforçar a magia do vôlei pra mim. É um anime sensacional, com um ritmo incrível. Você vicia rápido e vai logo assistir ao próximo episódio. Não levei nem um dia para assistir a toda a primeira temporada.
Os personagens são incrivelmente cativantes e carismáticos, cada um com uma personalidade marcante. Eu adorei todos os jogadores do time e a relação de amizade entre eles, especialmente a do Hinata e do Kageyama, dois caracteres bem diferentes mas que se completaram e formaram uma dupla e tanto. Ficava ansiosa para ver as jogadas dos dois.
O aspecto psicológico é bem trabalhado, fazendo com que em determinados momentos uma única partida se estenda por muito mais tempo que as outras. Vamos acompanhando o pensamento, as emoções e raciocínios dos jogadores do Kurasuno e dos adversários também, mostrando o quanto eles se aparentam no sentido de lutarem pelos mesmos objetivos e cada qual, ao seu modo, trazer a vontade de vencer e de se superar.
Além disso, cada jogador tem uma participação interessante, eles não focam apenas nos conflitos de um ou dois personagens e se esquecem do resto. Cada um deles tem seu aprofundamento psicológico, o que faz com que nos identifiquemos e possamos compreendê-los. Isso acontece até mesmo no caso dos adversários e, se não nos faz torcer por eles (não tem como não torcer incondicionalmente pelos corvos de Kurosuno!!!), ao menos nos faz ter interesse em acompanhá-los e vê-los novamente no futuro, o que mostra uma competência incrível de "Haikyuu!!", no sentido de fazer com que personagens que aparecem poucas vezes tenham carisma ou presença a esse ponto.
A evolução do Kurosuno como time e de alguns personagens em específico, como Kageyama, é muito bacana de se acompanhar.
Sinceramente, não achei que eles fossem perder o último jogo, achei bem bolado isso, e fiquei triste por eles; por outro lado, seria muito simples e fácil fazê-los vencer assim: há um tempo de evolução para o esporte, e obviamente um time novo assim ainda tem muito o que evoluir e muitos desafios a superar.
Enfim, agora é ver a segunda temporada.
Sword Art Online (1ª Temporada)
4.0 165A premissa básica é ótima e eu tinha tudo para gostar. Porém, abandonei no episódio 8/9.
Os personagens não tem carisma nenhum, mesmo depois de vários episódios não consegui gostar dos nem torcer realmente pelos protagonistas. Kirito é bem superficial, quiseram fazer dele um tipo de cara solitário e forte, mas que simplesmente não convenceu. Em teoria, eu curto esse perfil de personagem, mas não nos oferecem razão alguma para ele dizer que é assim. Ele parece mais como um garoto que gostaria de passar a imagem de solitário etc., mas está sempre junto de outras pessoas.
Achei o roteiro infantilizado. A história meio que se perdeu também (me pareceu), eu parei numa parte em que estão atrás de um assassino num dos níveis inferiores, enfim... sei lá, se o objetivo é sair de lá logo, o que raios Kirito tá fazendo passeando pelos níveis inferiores?
O chato de ver uma nota alta num anime assim, é que até parece que só eu tô perdendo ou não entendi alguma coisa.
Code Geass - Hangyaku no Lelouch R2
4.1 60NÃO, NÃO E NÃO!!!
Eu NUNCA vou aceitar esse final!
Lelouch poderia ter morrido (de fato, eu já tinha previsto isso), mas não com todos desconhecendo suas verdadeiras intenções... Lelouch É Zero! Ainda que Zero seja um símbolo, foi ele quem deu vida ao símbolo. Não vou aceitar que alguém que perdeu tudo e se destruiu para combater a tirania tenha morrido passando a imagem de um tirano!!! Lelouch foi um mentiroso até o fim, nunca deixou de vestir uma máscara, mas achei que, ao menos no final, a máscara poderia cair... ele realmente disse em algum momento que não existe algo como a "face verdadeira". Ainda assim... ainda assim, ele poderia ter se matado, para destruir a corrente de ódio, mas não sem que todos soubessem, não sem que soubessem pelo que ele lutou! Ele não poderia ter morrido nas mãos da sua maior criação! Mesmo que tenha destruído tanto, e tenha destruído a si mesmo no processo, me recuso a aplaudir a ideia de que ele morreu como um ditador e tirano.
Pior: Lelouch disse para todos os seus companheiros que eles não significaram nada, que foram apenas peões; Suzaku nunca soube que na verdade Lelouch perdeu o controle do Geass, e por isso deu a ordem a Euphemia; e não soube que ele não matou Shirley. Eu não retiro a responsabilidade dele e o papel que ele desempenhou (direta ou indiretamente) nessas mortes, mas ainda assim, todos mereciam saber a verdade, por tudo o que passaram juntos, e tirar suas próprias conclusões. Isso não poderia ter sido tirado deles.
Eu nem sei como avaliar esse anime... acho que o amei e odiei na mesma medida. O que foi esse final? Foi o mesmo com Death Note. Dois animes que conseguiram me despedaçar, por motivos diferentes.
Essa segunda temporada foi magnífica, em cada episódio um clímax que nos arrastava inexoravelmente para o próximo. Eu não consegui parar de assistir. Os personagens têm um carisma ímpar, e sinceramente sofri com cada um deles. E Lelouch, que teve que sacrificar tudo para que o mundo finalmente se livrasse da opressão e do medo, morreu em mentiras, e mentiras preencheram toda a sua existência...
Estou sem palavras. É triste mais.
Code Geass - Lelouch of the Rebellion
4.3 93 Assista AgoraO anime é realmente muito bom. Ele estava há um bom tempo aqui na minha lista, mas confesso que ver "600 minutos" em tempo de história acaba me assustando hoje - pois já perdi esses minutos em animes dos quais me decepcionei bastante, apesar das boas indicações.
Contudo, obviamente, não é o caso de Code Geass. Eu simplesmente devorei o anime, ele tem um ritmo sensacional, em nenhum momento as coisas se arrastaram. Apesar da temática pesada, com violência, morte e vingança, CG ainda assim consegue ter ótimos momentos de comédia, e até mesmo episódios inteiros (por exemplo, aquele do gato fugindo com o capacete foi bom demais)! Dá banho em muita história por aí que explicitamente se pretende engraçada.
Lelouch faz o tipo de personagem que eu aprecio, a forma como ele oscila entre a imagem de herói e a de anti-herói faz com que nossos sentimentos sobre ele oscilem a todo momento também, e isso foi brilhantemente trabalhado. Em certo momento, eu torci ardentemente pela morte de Euphemie, e pensei: "É sério isso?". Trata-se de um personagem complexo, que foge do maniqueísmo de bem versus mal. Inclusive, CG foi igualmente brilhante em fazer o mesmo com o deuteragonista: acreditávamos que Suzaku era puro e incorruptível, mas a história nos mostra como os seres humanos são complexos e escondem muito mais do que aparentam - não apenas através de Lelouch e Suzaku, mas por outros personagens também.
Visualmente, o protagonista também é perfeito. Seus traços são marcantes, o olhar, a voz... Foi tudo muito bem escolhido. A personalidade dele é algo notável. Pensando em termos comparativos, tomemos por exemplo Light, outro anti-herói. Lelouch é um personagem mais complexo, pois ele não deixa de ter sentimentos positivos pelas pessoas ao seu redor, enquanto Light somente vê cada um como uma mera peça num tabuleiro. Essa é a força, a fraqueza e a beleza de Lelouch: esse seu elemento humano, demasiado humano é justamente o que o levou para esse caminho, mas ele mantém uma tensão espiritual difícil, que Light não consegue manter, fazendo conviver em seu ser elementos que constantemente entram em conflito, enquanto a mente de Light é muito mais simples sob esse aspecto. Ao meu ver, a paixão de Lelouch provém dos laços que ele mantém com pessoas reais: sua esperança nasce de um sofrimento real e pungente diante daqueles que são importantes para ele. A paixão de Light, por outro lado, é despersonalizada e se refere muito mais a um ideal, a uma ideia que ele traz dentro dele.
Então, já que falei de Death Note: muita gente compara a qualidade dos dois, mas devo dizer que, considerando somente a primeira temporada, Death Note sai vencedor essa batalha (ainda não assisti à segunda de CG pra dizer). Acho-o muito superior à Code Geass no que diz respeito ao desafio intelectual que impõe (este, por outro lado, é complexo em termos da variedade de elementos que apresenta, mas não tanto no que diz respeito à sua compreensão desses elementos em si mesmos). Em Death Note há maior preocupação em mostrar como certos detalhes da trama aconteceram, e Code Geass passa por cima de muitos deles, talvez para não sobrecarregar a história de mais elementos ainda.
Enfim, os personagens são carismáticos e a história, muito interessante, de modo que rapidamente nos sentimos absorvidos pelo que acontece. Não é fácil manter 25 episódios nesse ritmo alucinante e ainda com aquele final ARRASADOR, angustiante, e nos forçando a iniciar rapidamente a segunda temporada.
Avante, Lelouch...
Code Geass - Hangyaku no Lelouch R2
4.1 60Essa sinopse quase poderia ser substituída por: Light pega o Death Note de volta.
Uragiri wa Boku no Namae wo Shitteiru
3.7 14Parei de assistir no episódio 16. Alguns elementos presentes nesse anime fizeram com que eu não curtisse a história, como, por exemplo:
1) A superproteção dada ao protagonista: isso é comum em alguns animes que contém ação, nos quais muitos perigos envolvem o protagonista (normalmente uma mulher), e sempre tem algum cara em volta para protegê-lo. O problema disso é quando todos são muito bem sucedidos em proteger o protagonista (XD). Ver o protagonista apanhando e passando por perigos REAIS faz parte da graça da história, dá maior tensão à luta e mais apreensão diante dos desafios que estão por vir. Mas nesse anime todos protegem TANTO e TÃO BEM o Yuki que é muito, muito difícil vê-lo se machucando ou apanhando. Até o episódio 16, só houve um episódio no qual ele se machucou (cortou a mão e um golpe atingiu suas costas). Enquanto isso, todos os amigos deles estão no limite, perto de morrer, fazendo de tudo para salvá-lo, enfim... não é que eu não goste quando tentam protegê-lo, isso é legal, mas acho importante também que não consigam fazer isso sempre! rsrsrs. Gera (para nós) empolgação saber que nem tudo está ganho, que algo sério pode acontecer com ele e, também, que o protagonista se arrisca em situações difíceis. E, para os personagens que tentam proteger o protagonista, isso faz com que ocorra um aprofundamento interessante na relação dos dois.
2) A subserviência do personagem principal: ele faz tudo o que tem que fazer. Não se rebela, não age de maneira independente, ele cumpre seu papel sem reclamar. Não há tensão e conflito nenhum.
3) Todos os personagens são "belas almas": nossa, Uragiri wa Boku no Namae wo Shitteiru é o exemplo perfeito disso. Todos os protagonistas são "belas almas", ou seja, são incrivelmente gentis, preocupados, educados etc. Mesmo em seus "defeitos", eles não deixam de ser assim. Mesmo o personagem que parecia ser o mais "rebelde" nunca deixou, mesmo quando afirmava odiar Yuki, de protegê-lo de todas as formas e de se importar com ele. É legal ver um anime com personagens com diferentes personalidades, mas no fundo todo o grupo de amigos parecia ser quase a mesma pessoa, com poucas diferenças significativas entre eles.
4) Eu ODEIO, ODEIO, ODEIO essa história de amar uma pessoa por saber que ela foi fulano de tal na vida passada. Isso sempre me dá a sensação de que não se gosta da pessoa em si mesma, mas gosta, nela, daquilo que pode lembrá-la do outro. Tudo bem que o Yuki e a Yuki são, no fundo, tem a mesma essência. Mas ao mesmo tempo são pessoas diferentes, pois caso contrário Yuki não precisaria ouvir dentro dele a voz (de outra pessoa, portanto) que diz coisas a ele. O Yuki já chega na história com o Luka gostando dele de antemão, por ele ser "a" Yuki. Não consigo curtir muito isso.
5) Além disso, não curto quando o romance fica velado ao extremo. Sabemos que Luka ama Yuki, mas ele APENAS demonstra isso protegendo Yuki, mas, além dessas situações, não tenta se aproximar dele em absolutamente momento algum, seja para conhecê-lo melhor, seu passado, enfim... parece que só o interessa saber que ele é A Yuki, e tudo o mais é insignificante.
6) A ausência de lutas interessantes: sério que em 16 episódios só aconteceu UMA luta um pouco mais empolgante (aquela na qual o Reiga aparece)? O Luka acaba com tudo com uma rapidez impressionante, fizeram um personagem incrivelmente forte para conflitos medíocres. E, mesmo ocorrendo a tal luta mais empolgante, Takashiro só deixa Reiga vivo porque Yuki pede! Caso contrário, fim da história.
Então, eu resisti, tentei continuar, mas não deu pra mim.
Ao no Exorcist
4.1 105Sinceramente, não sei o que viram nesse anime. Não fizeram um roteiro interessante, simplesmente não tive vontade de continuar assistindo.
Yuri!!! on Ice
4.4 88Lindo, lindo.
É muito bacana ver a evolução do Yuri, não apenas em termos de patinação, mas a nível de desenvolvimento pessoal mesmo. A relação de Yuri e Viktor foi muito bem trabalhada, e não achei exagerada ou forçada, ao contrário, foi tudo muito suave, gradual e delicado. Gosto do jeito como os sentimentos deles foram comunicados de forma singela e sutil. Simplesmente não tem como não torcer pelos dois. <3
O Yurio (XD) é um personagem muito legal também, muito importante para o Yuri.
É um anime muito fácil de se ver, terminei em um dia. Os personagens são muito carismáticos, nos apegamos emocionalmente a eles e, cara, O QUE SÃO AS COMPETIÇÕES?! Parecia que eu estava assistindo a uma competição real, ficava toda nervosa com medo do Yuri cair e tal... É um anime realmente empolgante!
Aguardo uma segunda temporada, e espero que a relação Viktor+Yuri se aprofunde e fique mais... ousada, por assim dizer! Hahaha