Estou sem palavras para descrever esse anime. Achei que seria muito difícil encontrar um shoujo melhor que Ao Haru Ride, mas Orange é belíssimo, de uma sensibilidade única (e, para minha surpresa inicial, apresenta MUITAS similaridades com Ao Haru Ride). Ele é maravilhoso, obrigatório, necessário. Aprendi muito com essa história, e acho que, da mesma forma que as cartas, ela me modificou também. Essa é a maior lição do anime: vimos tudo o que eles podiam ter feito e não fizeram. Ao mesmo tempo, sabemos que nunca poderemos mandar cartas aos nossos eus do passado. Isso faz com que reavaliemos nossa vida aqui e agora, para não chegarmos ao futuro cheios de arrependimentos.
A lição da história não recai tanto para aquela pessoa que quer desistir de viver, mas, muito mais, para os amigos dela. Kakeru desistiu de viver, no mundo original, pois não tinha tantas memórias felizes e que mostrassem o quanto ele era importante para todos. Ele sentia que não fazia tanta diferença assim. Não é que o grupo não fosse amigo, mas os seus laços ficaram ainda frouxos, ninguém prestava assim tanta atenção ao outro: Suwa sabia que Kakeru e Naho estavam apaixonados e que ambos tinham dificuldade para mostrar isso, porém não foi capaz de apoiar a união dos dois realmente; Azusa e Takako não prestaram atenção à Naho para perceber que ela tinha se apaixonado por Kakeru, e torceram por Ueda. Eles se sentiram culpados pois, muito tempo depois, perceberam o quanto podiam ter feito e não fizeram, e talvez eles não imaginassem realmente que Kakeru faria tanta falta assim, exceto quando o perderam: eles nunca mais foram os mesmos entre si, nunca conseguiram superar.
Por mais que eles tenham se esforçado, Kakeru corria risco de se matar naquele dia, pois os sentimentos que afloraram quando leu a mensagem da mãe no celular foram fortes demais. O que fez a diferença foram as lembranças dos momentos felizes, que lhe deram motivo para pensar que ainda tinha muito a viver, que ainda queria viver, e que todos ficariam despedaçados, destroçados se ele se fosse. Se aqueles momentos não tivessem acontecido, ele não teria conseguido suportar. E, mesmo que ele não tivesse se matado, a amizade que teria com Suwa, Naho, Takako, Azusa e Hagita não teria sido a mesma. Eles teriam sido apenas amigos que se divertiam e riam juntos. Isso é importante, mas a verdadeira amizade, o anime bem mostra, não é só isso: é também saber ouvir, estar perto e se preocupar, até insistir se for necessário, para que o outro não se feche e carregue todo o seu peso sozinho. O peso, dividido entre todos, fica muito mais fácil de carregar. Então, no mundo original, mesmo que Kakeru não tivesse morrido, ele teria vivido com o coração dilacerado, se arrastando pela existência. Os amigos nunca o teriam conhecido verdadeiramente, suas sombras e seu desespero; ele não teria conseguido se livrar dos seus arrependimentos e, ainda por cima, viveria vendo a garota pela qual foi apaixonado casada com seu amigo, com um filho dele, sempre se perguntando "e se", "e se"...
Como podem ver, o anime é totalmente envolvente, não tem como não torcer por Kakeru e Naho. Ao mesmo tempo, nunca pensei que fosse me afeiçoar tanto ao Suwa; ele foi um cara incrível em todos os sentidos, que conseguiu abrir mão do seu futuro no qual aparentemente tinha conseguido o que queria em nome da felicidade dos amigos. Fiquei sinceramente feliz de saber que existe uma versão do futuro da Naho com ele. Não existem tramas secundárias (aprofundamento na história dos amigos como um todo), mas o anime tinha uma mensagem bem específica para passar e precisou de todos os 13 episódios para isso, sem dúvida alguma. Além disso, da mesma forma que a gente, não tinha como os amigos não se deixarem absorver pela verdadeira missão que tinham que cumprir.
Gostei muito de saber que o futuro original não seria realmente modificado pelo passado, para não criar os paradoxos temporais. Em vez disso, universos paralelos surgiriam. Achei isso ótimo, pois o que foi feito está feito, não há como voltar atrás, e o anime reforça essa ideia ao fazer com que os amigos tenham que viver num futuro sem Kakeru. Ao mesmo tempo, é muito poético e belo o esforço que eles fizeram para ajudar a "criar um mundo no qual Kakeru poderia ser feliz". Isso é lindo demais, e triste também: por mais que o sofrimento deles não vá desaparecer (e tampouco podem ter certeza das decisões dos eus deles do passado; eles não tem como saber se eles conseguiram ou não salvar Kakeru), mesmo que eles vivam na eterna dúvida de saber se Kakeru pôde ser salvo ou não, ainda assim foi importante para eles oferecer essa oportunidade a ele. Eles continuarão, porém, sentindo o vazio da ausência de Kakeru dentro deles e os arrependimentos pelo que não foram capazes de fazer.
A história é bem interessante, mas confesso que há tempos tinha parado no episódio 8/9 mais ou menos e só agora finalizei tudo. Não curti muito o ritmo dos episódios, achei que as coisas se desenvolveram de forma lenta, alguns conflitos achei chatinhos de ver, como a história do vôlei envolvendo Kariu e Honoka.
Kaizaki é um personagem carismático, é legal acompanhar seu crescimento. Mas, no geral, não achei os personagens do entorno dele tão legais assim. Gosto do Ooga e da Chizuru (mas também, fica só nisso mesmo), mas não me senti realmente envolvida por nenhum ali - diferente de outros animes nos quais, mesmo que um personagem individualmente não se destaque, ainda assim fica gostoso de ver a relação daquele grupo de amigos como tal (ou seja, como grupo a coisa funciona muito bem). Infelizmente, não senti isso em ReLIFE. Trata-se de um grupo de amigos comum, sem nada especial.
Os dois últimos episódios salvaram o anime, apesar de ter achado previsível as revelações sobre Chizuru. Penso que isso pode tornar a trama mais interessante numa possível segunda temporada, pois, se ela fosse apenas uma aluna comum, Kaizaki nunca tentaria nada com ela. Porém, se alguma coisa não acontecer para ele descobrir o que está rolando, a segunda temporada ficaria só numa enrolação chata, que não curto. Ou melhor, quando os protagonistas como tais são bem envolventes eu até curto (como foi o caso de Ao Haru Ride, que amo), mas não seria o caso da relação de Kaizaki com a Chizuru, pra mim (ainda assim, confesso que algo dentro de mim gostava de imaginar a Chizuru como aluna mesmo)...
Vi elogios aos momentos de comédia do anime. Não sei se sou eu que tenho um humor péssimo, mas não achei o anime engraçado; ao menos pra mim, as cenas de "comédia" não funcionaram. Por último, que a história gera reflexões legais para essa galera que tá cursando o ensino médio, mas pra quem tá mais próximo do Arata, como eu, a mensagem do anime anda desalentadora. XD
Quando li a sinopse me identifiquei bastante, me lembrou A Bela e a Fera. <3 Já vi os dois OVA's, que retratam mais eventos do passado sofrido de Chise. Aguardo o terceiro OVA e, especialmente, o anime!
Eu parei de assistir em algum momento no início da série e pulei direto para o episódio 15, e daí acompanhei até o final. O final é bonito. Mas não conseguiria chegar lá se tivesse que assistir a tudo. Não é meu estilo de anime; basicamente, os episódios se centram no dia-a-dia de Kobato na creche. O anime tem esse ar fofo e gracioso, mas não tem um conflito maior que me chamasse atenção, não há realmente ação na história. Fujimoto só saca lá no final (no final MESMO, tipo nos dois últimos episódios) o que sente por ela. Na real, ele já até sabia, mas isso não impedia que ele fosse super sério e frio. Não rola nada de interessante nesse sentido entre eles.
Achei até a ideia inicial legal, mas a história foi mal trabalhada em vários aspectos. A premissa básica da trama se concentra no fato de que Erika, procurando ser aceita pelas amigas, diz que namora um cara chamado Kyouya, mas sem saber que ele estuda no mesmo colégio que ela. Ao descobrir isso, Erika pede a ele que finja ser seu namorado e Kyouya concorda; contudo, em troca, Erika precisa ceder aos seus caprichos e ordens.
Enquanto Erika não gostava realmente do "Príncipe Negro" e estava nessa pela imagem, ok (ainda que possamos achar isso problemático sob outros aspectos hehe), mas quando ela começou a se apaixonar por ele a história tomou um rumo não tão interessante. Isso porque Erika de fato começou a incorporar o papel de "lobinha", que vai atrás e abana o rabinho, o que ficou irritante. Curto mais quando o cara tem que correr atrás da garota e de fato conquistá-la, todavia, isso não foi necessário, já que Erika fez um papel bem submisso. Até que, a certa altura, ela decide (para meu prazer momentâneo) acabar com todo o fingimento e se afastar de Kyuoya, porém logo depois ela se arrepende, e fala para Kusakabe que quer continuar insistindo e sendo a "lobinha"! Certo, o Kyouya no fim das contas foi atrás dela, mas não valeu, foi tudo muito fácil para ele, foi só chegar que eles começaram a namorar.
Outra coisa que me incomodou é que eu imaginava que Kyouya fazia um tipo mais arrojado, pensei que veria cenas mais "picantes", por assim dizer, entre eles, para fazer jus à alcunha de "Príncipe Negro", mas não. Ele, apesar de pouco romântico, mau humorado e implicante, gosta sim da Erika, mas acho isso ainda mais inacreditável por não ver na Erika nada de especial. Ela é uma boa pessoa, mas acho que a personalidade submissa dela não é muito diferente da de muitas meninas. A única explicação que consigo encontrar é que ele, um cara no fundo inseguro, precisava de uma garota dependente como ela para quebrar essa "desconfiança" com relação ao amor e, como calhou dele fingir namorá-la, Kyouya pôde ir conhecendo-a aos poucos e ver seus sentimentos. Mas, repito, acho que muitas garotas poderiam substituir perfeitamente Erika nesse quesito.
Em último lugar, infelizmente não apareceu nenhum verdadeiro rival para balançar o coração de Erika e deixar Kyouya desesperado. Aliás, fizeram questão que nenhum pretendente se colocasse como um obstáculo real entre eles. Kimura (que aparece logo no começo) só quer se vingar de Kyouya por sua ex-namorada tê-lo largado por ele; Kusakabe é fofo, mas é óbvio que Erika não se apaixonaria, fizeram tanta questão de colocá-lo bem abaixo de Kyouya que até fizeram-no meio afeminado! Cara, nada a ver. Por fim, Nozomi é o "pegador" e quer que... Kyouya enxergue o que ele tá perdendo (Oi??? Alguém me explica isso?). Quando Nozomi apareceu pela primeira vez, achei que seria lógico que ele tentaria conquistar a Erika-lobinha-apaixonadinha para satisfazer seu ego de sedutor e mostrar a Kyouya quem é que manda naquela turma (já que os dois são bem populares com as meninas). Mas não: Nozomi se torna amiguinho dele para incentivar Kyouya a ser pegador e ceder aos seus reais instintos masculinos (???).
Além disso, aquelas duas colegas de classe de Erika não mostram em nada serem suas reais amigas, não se nota nenhuma ligação maior entre elas, de fato Erika só se uniu a elas para não ficar sozinha no ensino médio. Sanda é sua amiga, mas também não diz a que veio e não acho que ela ajude Erika nos momentos decisivos. Aliás, o anime se concentra bastante na relação entre Kyouya e Erika, todos os outros personagens são sub-desenvolvidos e nada aprofundados, não sabemos nada de Sanda, por exemplo, ou dos outros personagens.
Então, não acho que a história se estrague pelo jeito dominador, meio sádico e até babaca de Kyouya (em verdade, o que me incomodou na personalidade dele foi o fato dele ser morno demais), mas esses aspectos mencionados. Em termos de personagem, a Erika foi irritante, pois sua submissão exagerada impediu que a história se desenvolvesse por caminhos mais interessantes. Uma pena, pois acho que no fim poderia ter dado um anime realmente bom e divertido, um pouco similar a Kaichou wa maid-sama.
Ah, cara. Que anime fraco e esquecível. Os personagens simplesmente não me cativaram. Achei que cozinharam DEMAIS a relação deles também, não curto quando isso acontece. Mesmo depois de se declararem mutuamente, nada se desenvolvia. Não é um anime engraçado, tampouco. Os sentimentos da Shizuku não convencem. No início, ela parecia estar mudando bastante, mas depois parece que fizeram a personagem ficar estacionada. Há personagens que, apesar de sua frieza, mostram verdadeira ligação com as pessoas que se importam, mas não é o caso da Shizuku. Ela só parece se importar mais com o Haru mesmo. Sasahara é invisível para ela (e meio que é vice-versa) e Natsume, coitada, sinto quase pena. Enfim, não percebo uma amizade verdadeira entre o grupo, as relações são bem fraquinhas e sem profundidade.
Lembrou-me bastante de Kimi ni Todoke, mas curti mais Sukitte Ii na yo. Os dois trabalham com a ideia da menina deslocada e solitária pela qual o cara mais popular do colégio surpreendentemente acaba se apaixonando. Contudo, em Kimi ni Todoke o cara era endeusado em todos os sentidos, você não conseguia enxergar um defeito nele, o que apenas reforçava ainda mais o complexo absurdo de inferioridade de Sawako diante dele, que se prolongou o anime INTEIRO, nas duas temporadas.
Sukitte Ii na yo, por outro lado, apresenta personagens mais reais e humanos: Kurosawa tem seus defeitos e limitações, Mei é solitária mas não é uma retardada (literalmente foi assim que tentaram pintar Sawako), e Kurosawa é encantador (bem diferente de Kazehaya, ô carinha sem atitude ¬¬). Por outro lado, curti mais a relação de amizade de Sawako com Ayane e Chizuru do que a de Mei com suas amigas, acho que a personalidade delas e os conflitos entre elas ficaram mais marcados e aprofundados, porém seria esperado que assim fosse, com 2 temporadas. Em Sukitte Ii na yo senti bem de perto alguns conflitos da Mei, por exemplo ao engolir toda a sua tristeza com
o afastamento de Kurosawa, quando ele começa a trabalhar como modelo.
Esse foi outro ponto que achei interessante: a relação entre Kurosawa e Mei é construída aos poucos, e há momentos de afastamento e tensão entre os dois, se aproximando mais de uma relação real. Ao contrário, em Kimi ni Todoke sabíamos desde o início dos sentimentos de Kazehaya e Sawako, em nenhum momento isso é colocado em dúvida, e ficaram enrolando 2 temporadas para que eles ficassem juntos. Em Sukitte Ii na yo, ao contrário, eles meio que começam a namorar já desde o começo, mas é um sentimento que vai sendo construído e continuamente conquistado e desenvolvido, o que tornou tudo mais interessante para mim.
O deslocamento e a solidão da Mei é completamente diferente da de Sawako. Mei preferia ficar sozinha a nutrir relações superficiais com outras pessoas, nesse ponto ela é centrada e segura de si. Sawako, por outro lado, é a menina-assustadora-que-parece-a-Samara, e se vê como inferior diante de todos (especialmente Kazehaya) o anime inteiro, o que é irritante. As duas possuem certa fragilidade (algo meio típico dos animes), mas no fundo se trata de personalidades diferentes, e aí Sukitte Ii na yo me atraiu bem mais.
Primeiro, eu não consegui me identificar e sentir realmente empatia por nenhum personagem, apesar da Nona e do Aru serem bem legais. Não sei como conseguiram pensar no Yuki para ser protagonista, ele não possui nenhuma característica que nos faça gostar um pouco dele: é fraco e covarde. Porém, do nada, a partir de determinado episódio ele se torna um cara foda que sai passando o rodo em geral, inclusive nos grandes amigos dele, apesar de saber que Gasai Yuno não era confiável, já tendo provado isso outras vezes.
Yuno, por sua vez, é uma psicopata que encontrou em Yuki um sustentáculo emocional e quer estar junto dele em qualquer circunstância até o fim. Ponto. Tá, ela é uma boa lutadora e sua presença torna o rumo das das coisas imprevisível às vezes, mas não há nada de cativante nela. Inclusive, quando eu estava começando a gostar da Yuno, ela decide DO NADA aprisionar o Yuki e mostrou-se completamente insensível para perceber que fez algo ruim. No fundo, não se tratava de amor, mas simplesmente em manter o alicerce emocional que ele de algum modo fornecia. Apesar das coisas terem melhorado um pouquinho no final, no qual ela mostrou que ainda possuía alguma humanidade e matou a si mesma no lugar de Yuki.
Essa "estranheza" dos personagens em termos de vínculo emocional percorreu toda a trama. A paixão repentina de Yuki pela Yuno também só surgiu, como ele mesmo disse, porque ela sempre esteve do lado dele. Assim, qualquer um que sempre estivesse do lado dele, um personagem fraco e que precisava ser protegido sempre, conseguiria esse amor. Yuki, por pura casualidade, acabou sendo para Yuno a promessa de um futuro melhor desde aquela redação. Yuki sempre quis ter amigos mas assassina todos eles, preferindo negar a verdade que se descortinava diante dos seus olhos: a de que ele não poderia fazer os pais viverem novamente. No entanto, mesmo percebendo que Yuno mentiu ele segue em frente com ela, não sentindo o mínimo remorso por ter matado seus amigos tampouco questionando suas ações ou sua decisão de estar ao lado dela.
Quando o pai do Yuki foi colocado em cena uma situação igualmente insólita surgiu: desde o início ele mostrou que não se importava com o filho, foi atrás dele pelas dívidas, e como se não bastasse pegou o paraquedas e o deixou no prédio para morrer. Aí, para completar, ele mata a ex-esposa, a mãe do Yuki. Depois, muito coerentemente, ele aparece com um telescópio na bolsa para ver estrelas com o filho, vira pra ele e diz tranquilamente que pretende ir para a prisão para pagar pelos seus crimes, "pediu desculpas" pelo assassinato e disse de cara lavada que queria viver com ele! E Yuki concorda FELIZ! CARALHO! Não preciso falar mais nada para expressar o absurdo da situação. Isso não é nem ingenuidade, eu só posso descrever como um completo fracasso dos criadores em humanizar os personagens, que parecem mais robôs, e a única forma de interpretarmos Yuki é concluindo que de fato ele era igual a Yuno: alguém completamente esvaziado por dentro, para o qual as pessoas são apenas um meio de suprir determinadas carências e necessidades. Uma vez que Yuki passou a se "apaixonar" pela Yuno, ele não precisava mais dos amigos, a perda deles não foi sentida em momento algum, não houve cena dedicada a expressar essa dor.
Eu até poderia aceitar, com algum custo, todas as incontáveis fraquezas de Yuki se a humanidade do personagem estivesse preservada, se de alguma forma pudéssemos ver aí reflexões e sentimentos que provêm de uma pessoa que tem sangue circulando nas veias. Mas não, anime é insípido, parece que os personagens não têm sentimentos reais, parecem um bando de marionetes criadas pelo deus. Com exceção de alguns bons personagens, como Nona e Aru, mas que, contudo, não eram suficientes para suprir as deficiências dos que apareciam em primeiro plano. Eu sinceramente não sei como isso pôde cativar e envolver alguém.
O final foi extremamente confuso, vou até assistir ao OVA, mas realmente não sei como pode entrar na minha cabeça como Yuki pôde se tornar deus e ainda assim aparecer a Nona como deusa depois. Oi?
A originalidade e a força da história acabaram me fazendo seguir vertiginosamente até o fim. Mas, mesmo com todo o potencial, o anime ficou vazio e sem vida por dentro. Uma pena.
1) Está muito enganado quem acha que esse anime é um substituto para Death Note. Na realidade, está muito longe disso. Sinceramente, o que teve de batalha intelectual de fato nele? Nada. Alguns enigmas foram lançados para que se pudesse achar as bombas, e um jogo de xadrez no meio do aeroporto. Nem se compara à perseguição ao Kira feita em Death Note. Nine e Twelve sempre estavam frente de Shibasaki, e o anime logo tratou de colocá-lo para trás e por em cena Five, uma "igual", supostamente. Eu gostei muito mais do Shibasaki como personagem, achei um erro colocá-lo em segundo plano. Mas, foi por ele ser tão inteligente que foi capaz de, pouco a pouco, entender a motivação dos "terroristas" e até compreender que suas intenções eram tão "puras" que isso diminuiu toda a tensão que poderia envolver a história - afinal, fazia parte da estratégia deles serem capturados no final. Então, à exceção do governo americano, todos tinham boas intenções - os terroristas e os policiais. 2) A partir do momento em que Lisa surgiu na história, o anime caiu muito. Sim, ela era burra e imprestável, e não consegui sentir nenhuma empatia por ela. Entre choros e pedidos de desculpas e dizeres como "eu só causo problemas a vocês" (como se dizer isso mitigasse a verdade de suas próprias palavras), ela realmente não foi um personagem que acrescentou positivamente à história, e achei muito inconsistente a "obsessão" de Twelve por ela simplesmente por possuir um olhar assim ou assado. Sei que a intenção era mostrar que eles poderiam sentir ligação por outro ser humano, mas escolher um personagem do tipo da Lisa foi péssimo. 3) A trama teria seguido um caminho muito melhor se Lisa não tivesse aparecido (ou se tivessem construído a personagem de outra forma), e não tivessem colocado Shibasaki para segundo plano. Inclusive, Five não é nem um pouco carismática como vilã, ela não mostrou nada que tenha me intrigado. Além disso, por sabermos desde o início que eles não pretendiam fazer nada de errado eliminou, para mim, a empolgação com os episódios. 4) Achei muito interessante a forma como Lisa narrou o encontro dela com Nine e Twelve: "Aquele foi um sorriso como o sol num dia quente de verão… Com olhos como gelo". Achei que o anime poderia, aproveitando que colocaram Lisa, ter explorado melhor o relacionamento entre os personagens, mas foi tudo muito rápido e isso não aconteceu, gosto muito de personalidades como a de Nine mas foi tudo tão pouco explorado que acabei não sentindo muita empatia por Twelve e Nine. Enfim, o anime começou promissor mas caiu vertiginosamente, no oitavo episódio eu já tinha perdido o ânimo, mas insisti para poder ter a visão do todo. E a tragédia e a dor pela morte inesperada de Twelve foram totalmente anuladas pelo fato incontornável de que nenhum dos submetidos à experiência poderia viver muito. Por último, achei impressionante, para não dizer muito pouco coerente, que Nine e Twelve sejam pessoas com intenções tão puras, considerando a infância dilacerada que tiveram. Nem a morte cruel de Twelve foi capaz de fazer Nine perder as estribeiras - foi fácil entregar o detonador para Shibasaki, e obviamente ele não o acionaria. Inclusive, até a morte dos dois se encaixou muito bem a tudo (de tão bem encaixadinho que foi, o anime acabou ficando sem graça, sem dissonâncias), pois foi a melhor forma de chamar a atenção para a injustiça que sofreram - o desfecho que tiveram foi a coroação, o ponto culminante de vidas quebradas e injustiçadas.
Bom, mas inferior à primeira temporada. Adorei a transformação de Kaneki, infelizmente Tapa-Olho apareceu muito pouco, mas gostei de ver a tensão e "atração", se posso assim dizer, entre ele e Amon, espero que isso se intensifique na terceira temporada. Além disso, a temporada deixou muitas coisas em aberto e questões não esclarecidas, tenho a expectativa de que seja algo proposital para ser explicado mais à frente. E o que foi o Juzo? Os episódios finais continuam destruidores.
A história é muito boa. Não posso comparar ao mangá pois não o li (mas por alguns comentários que li tive interesse em fazê-lo), mas achei o anime foda! O primeiro episódio é incrível e me cativou imediatamente. Inicialmente, o protagonista não diz a que veio, e toda a sua demora em despertar apenas potencializou o efeito que o último episódio nos causou: simplesmente sensacional. O anime trabalha com extremos: vamos de cenas de violência intensa até momentos verdadeiramente emocionantes. Com este episódio final, senti como se o anime estivesse apenas começando, e os 11 episódios anteriores tendo servido apenas como uma apresentação.
Junjou Romantica é um anime e tanto, muito gostoso de se assistir! A segunda temporada foi a melhor, mas adorei tudo, me envolvi verdadeiramente com cada um dos personagens. Um ponto muito positivo foi o fato dos pensamentos deles serem compartilhados conosco, eles são muito realistas em suas dúvidas e angústias. Outro ponto legal é que a história expõe conflitos cotidianos dos casais, e como eles lidam com cada um deles; em algum momento acabamos por nos identificar com as situações retratadas. É um anime que vicia, você quer continuar assistindo para saber o que acontecerá com eles. Há muitas cenas bastante íntimas e até picantes, que dá um toque a mais tem tudo, além de ser bem engraçado! A abertura é maravilhosa, a melhor de todas as temporadas. Porém, acho que a história não foi muito bem finalizada,
afinal, não teve uma definição do que aconteceu a Misaki: ele vai embora da casa do Usagi? Eles vão assumir a relação pro irmão? O Misaki terminou a temporada praticamente com a mesma atitude (eternamente tímido e resistente) que sempre teve. Eu esperava que ele amadurecesse um pouco mais e de fato se colocasse de forma uma pouco mais direta como namorado do Usagi. Eu entendo que certos aspectos fazem parte da personalidade do personagem, mas acho que faltou ele encarar com naturalidade ser namorado de um homem. Além disso, a relação entre Shinobu e Miyagi não foi tão explorada... Enfim, penso que tem que haver uma quarta temporada para trabalhar todos esses pontos mencionados, apenas isso justificará que a terceira tenha terminado dessa forma. Mas se esse for o final definitivo, aí terá sido meio decepcionante, para falar a verdade.
Muito melhor que a primeira temporada! Os monólogos interiores dos personagens se intensificaram, com suas dúvidas, medos, expectativas, inseguranças, desejos... isso enriquece muito a história, pois nos sentimos mais próximos deles e podemos identificar seus conflitos como os nossos também, em algum momento. Gostei muito do aprofundamento psicológico que deram ao Kisa, e de podermos acompanhar também o ponto de vista do Takano, suas reflexões e lembranças, no finalzinho. Agora, eu assisti a Sekaiichi Hatsukoi antes de Junjou Romantica, outro anime Yaoi feito por Chiaki Kon, e as similaridades tornam impossível não fazer uma comparação. Eu quase não assisti a Junjou Romantica, pois achei que a história apenas iria ser repetir de outra forma (três casais, além do desenho de alguns personagens em si ser bastante similar). Mas não foi assim. Eu gostei de assistir a Sekaiichi Hatsukoi, mas sinceramente os personagens e suas histórias não me envolveram taaaanto assim, não sei porque, mas a sensação era que faltava algo... Contudo, com Junjou Romantica, tive a impressão oposta: achei tudo perfeito e extremamente viciante. Apesar disso, é um anime muito bom, vale a pena ver.
Estou gostando de assistir, os três casais são legais, com destaque para Odonera-Takano (o principal). O desenvolvimento entre eles está lento, porém dentro do contexto da história achei justificado: o Onodera não sabe se Takano está se divertindo e querendo conquistá-lo para depois deixá-lo, por isso Onodera fica sempre na defensiva. Além disso, acho que há aí também a questão do orgulho ferido, por ele ter interpretado (erroneamente, ainda que Takano tenha dado razões para tal) que Tanako não correspondia aos seus sentimentos. Uma coisa com a qual me identifiquei bastante diz respeito a certos monólogos dos personagens, em que eles ficam tentando interpretar as ações do outro e têm dúvidas sobre como entender determinada situação, alguma atitude ou fala. Acho que isso revela uma desconfiança de fundo quanto à existência de uma linha de continuidade clara entre as coisas que alguém diz/faz e o que efetivamente sente. Eu gosto do jogo de forças entre Onodera e Takano, que se intensifica e cria uma tensão, pois o primeiro resiste continuamente às investidas do outro, que frequentemente agarra-o à força (moralismo demais não vai te deixar apreciar isso). Onodera resiste tanto com relação à Takano mas, principalmente, com relação aos próprios sentimentos: primeiro, ele se sente idiota por voltar a se apaixonar pela mesma pessoa depois de 10 anos, e teme que Takano, desestabilizando seus sentimentos, faça-o sofrer. Por isso, parece mais seguro simplesmente negar o que sente. Vamos ver o que nos aguarda para a segunda temporada.
A premissa básica é bem atraente, e eu tive interesse em continuar assistindo apesar do foco dos episódios no julgamento das pessoas. Acredito que teria gostado mais se o foco incidisse sobre os juízes e, em particular, Decim, é claro. Os quatro últimos episódios são o ponto alto da série, e o último é simplesmente lindo. Acho que a relação entre a assistente e Decim poderia ter sido mais bem explorada, o último episódio em particular é bastante revelador nesse sentido, mas isso poderia ter se desenvolvido melhor nos outros. A trilha sonora é maravilhosa: a abertura, o encerramento e o acompanhamento musical no episódio da patinação no gelo... A história traz reflexões bem interessantes sobre a vida e a morte. A lição do Memento Mori é belíssima. Gostei bastante da reflexão sobre se é possível julgar outro ser humano, no sentido de vislumbrar sua verdadeira natureza. As situações limites seriam formas através das quais o que realmente somos viria à tona (a escuridão da alma humana), ou poderia ser uma maneira de criar a escuridão dentro de nós? Será que a partir do que realizamos em situações limite todo o nosso ser pode ser fixado definitivamente?
Fiquei muito triste pela assistente dele ter ido embora, eles poderiam ter inventado um modo dela ter permanecido, sei lá... Decim a amava, sem dúvidas. Queria ter visto mais dos dois. Ou melhor, queria uma segunda temporada com eles!
Então, assisti até o cap. 11 mais ou menos e decidi parar, não achei a história tão interessante e os personagens também não. Comecei a achar cansativo, e penso que são episódios demais (40 e poucos) para levar isso para frente. O anime lembrou-me um pouquinho (na história) de Akatsuki no Yona, que por sua vez é muito melhor com seus 24 episódios. Às vezes, menos é mais!
O desenho do anime é muito bonito e isso acabou me atraindo. Mas logo se vê que a história é bem fraquinha: trata-se de uma garota escolhendo seu futuro marido, entre aqueles que seu pai escolheu (sem eles saberem). Ainda assim, dei uma chance, porém não cheguei ao sexto episódio e parei. A Kajika é muito nonsense. Mal conheceu Eugene e já parte para Paris atrás dele (oi?), se declara (oi?), invade a casa dele e permanece lá contra sua vontade (ooooi?)... sério, muito desespero isso, não gosto desse estilo de personagem. Mas adorei o Li-Ren, infelizmente não foi o bastante para prender minha atenção à história. Só de ver a Kajika correndo atrás de um cara só porque ela acha que ele é encarnação do seu leopardo Mustafa (sim, É SÉRIO), já me fez ver o ridículo da situação. Acho que se fossem 12 episódios eu até aguentava o tranco, sinceramente seria mais que suficiente para desenvolver a trama, mas 39? Tortura demais, não vou jogar fora esses minutos de vida.
Não é ruim, mas não chega a ser bom. O romance é beeem de leve e não acontece praticamente nada. Basicamente, os episódios mostram o treinamento de Kazahara e as situações em que eles têm que lutar contra a censura, mas não é nada demais também.
Nenhum outro filme/animação/série me fez voltar tantas vezes para rever diálogos e processar a história. A série é muito boa, contudo, a primeira é superior, pelos personagens e questões filosóficas que suscitou. Agora, meu cérebro está em curto-circuito. Peço encarecidamente que me respondam:
1) O sistema Sibyl não é composto por almas assintomáticas? Nessas condições, como Sibyl poderia se autojulgar e jogar fora seus elementos "enegrecidos"? A ideia de que a própria Sibyl poderia se enegrecer ofereceu a saída no final da história, uma bastante conformista, aliás... 2) Por que Sibyl queria enegrecer a alma de Akane? O que conseguiriam com isso? Ela não foi considerada útil no final da primeira temporada? 3) Por fim, se os elementos enegrecidos de Sibyl foram exterminados, que sentido há em Kamui querer que Akane julgasse, depois disso tudo, o sistema? Ele não se "purificou" teoricamente?
Sibyl tem a falha evidente de julgar as pessoas por tendências anímicas, e não por suas ações. Será que Akane não consegue ver que uma sociedade não pode se estabelecer sob tal base e pressuposto? Ela será realmente uma escrava de Sibyl? Isso é totalmente inexplicável para mim, não vejo como Akane (a personagem que mais representa o espírito da justiça) pode defender um sistema injusto.
Eu achei os primeiros episódios meio maçantes e sem ritmo, e quase parei de assistir. Fico feliz por não tê-lo feito. Que anime sensacional. Kogami, Akane e Makishima (especialmente ele), que personagens incríveis! Quantas ideias, reflexões, referências...
Sei que a série fechou um ciclo e as coisas aconteceram exatamente como deveriam acontecer. Só fico triste de não poder continuar vendo Makishima e Shinya...
Muito bom! Muito legal ver a transformação do Sakamoto ao longo da história. Esse anime lembra bastante Jogos Vorazes. O anime tem uma pegada mais adulta e mostra como em situações limite as pessoas revelam sua verdadeira natureza (ou acabam por perdê-la, também). Os jogadores são bem diversificados em termos de personalidade, o que deixa tudo interessante, espero que tenha uma segunda temporada para que continuemos acompanhando os conflitos na ilha.
Ryuuji e Taiga passam o anime inteiro como amigos, sem notar os sentimentos que nutrem um pelo outro. Há cenas bem pontuais com algum ciúmes ou que um sentimento é demonstrado, mas eles próprios não compreendem o que é isso, e agem sempre no sentido de ajudar o outro a conquistar Minorin ou Kitamura. Eles apenas começam a se dar conta do que sentem um pelo outro nos ÚLTIMOS episódios (últimos mesmo, tipo os 4/3 últimos), e, surpreendentemente, já decidem se casar. Bom, eu pensei, pelo menos teremos um final, porque seria insuportável assistir a toda aquela enrolação para terminar com algo totalmente aberto, como muitas vezes ocorre. Aí no último episódio eles se beijam, e a cena até foi bonita. Mas aí o que acontece? TAIGA FOGE. FOGE. FOGE. Eu quis me matar. Aí a ideia que ficou é que eles vão se encontrar futuramente, que ela realmente gosta dele mas precisa se acertar com sua família. VAI SE F****
Perdi 600 minutos da minha vida para assistir a um anime bem raso, em que o único personagem que salva é o Ryuuji, cheio de enrolação, e de comédia não vi nada, sinceramente.
Apenas razoável. Tinha muito potencial, mas o foco incidiu demais sobre as assombrações, quando eles poderiam ter aprofundado os laços emocionais entre os personagens, fazendo com que gostássemos mais do grupo. As relações entre eles foram trabalhadas de forma extremamente superficial. Naru é um personagem muito interessante, mas que não se transforma/ desenvolve ao longo do anime, ele é o mesmo do início ao fim, e a maioria dos personagens é assim também, com exceção da Mai. Devo dizer que acabei me decepcionando com a animação... Como as histórias são sempre novas, isso acaba prendendo sua atenção e fazendo os episódios avançarem, mas cheguei ao final com uma sensação de desperdício de tempo. O anime serve somente para isso: apresentar as situações de caça aos fantasmas, com suspense, mistério e um pouco de terror. Ele não é engraçado, romântico, e não nos leva a estabelecer uma forte conexão com os personagens em geral.
Orange
4.3 41Estou sem palavras para descrever esse anime. Achei que seria muito difícil encontrar um shoujo melhor que Ao Haru Ride, mas Orange é belíssimo, de uma sensibilidade única (e, para minha surpresa inicial, apresenta MUITAS similaridades com Ao Haru Ride). Ele é maravilhoso, obrigatório, necessário. Aprendi muito com essa história, e acho que, da mesma forma que as cartas, ela me modificou também. Essa é a maior lição do anime: vimos tudo o que eles podiam ter feito e não fizeram. Ao mesmo tempo, sabemos que nunca poderemos mandar cartas aos nossos eus do passado. Isso faz com que reavaliemos nossa vida aqui e agora, para não chegarmos ao futuro cheios de arrependimentos.
A lição da história não recai tanto para aquela pessoa que quer desistir de viver, mas, muito mais, para os amigos dela. Kakeru desistiu de viver, no mundo original, pois não tinha tantas memórias felizes e que mostrassem o quanto ele era importante para todos. Ele sentia que não fazia tanta diferença assim. Não é que o grupo não fosse amigo, mas os seus laços ficaram ainda frouxos, ninguém prestava assim tanta atenção ao outro: Suwa sabia que Kakeru e Naho estavam apaixonados e que ambos tinham dificuldade para mostrar isso, porém não foi capaz de apoiar a união dos dois realmente; Azusa e Takako não prestaram atenção à Naho para perceber que ela tinha se apaixonado por Kakeru, e torceram por Ueda. Eles se sentiram culpados pois, muito tempo depois, perceberam o quanto podiam ter feito e não fizeram, e talvez eles não imaginassem realmente que Kakeru faria tanta falta assim, exceto quando o perderam: eles nunca mais foram os mesmos entre si, nunca conseguiram superar.
Por mais que eles tenham se esforçado, Kakeru corria risco de se matar naquele dia, pois os sentimentos que afloraram quando leu a mensagem da mãe no celular foram fortes demais. O que fez a diferença foram as lembranças dos momentos felizes, que lhe deram motivo para pensar que ainda tinha muito a viver, que ainda queria viver, e que todos ficariam despedaçados, destroçados se ele se fosse. Se aqueles momentos não tivessem acontecido, ele não teria conseguido suportar. E, mesmo que ele não tivesse se matado, a amizade que teria com Suwa, Naho, Takako, Azusa e Hagita não teria sido a mesma. Eles teriam sido apenas amigos que se divertiam e riam juntos. Isso é importante, mas a verdadeira amizade, o anime bem mostra, não é só isso: é também saber ouvir, estar perto e se preocupar, até insistir se for necessário, para que o outro não se feche e carregue todo o seu peso sozinho. O peso, dividido entre todos, fica muito mais fácil de carregar. Então, no mundo original, mesmo que Kakeru não tivesse morrido, ele teria vivido com o coração dilacerado, se arrastando pela existência. Os amigos nunca o teriam conhecido verdadeiramente, suas sombras e seu desespero; ele não teria conseguido se livrar dos seus arrependimentos e, ainda por cima, viveria vendo a garota pela qual foi apaixonado casada com seu amigo, com um filho dele, sempre se perguntando "e se", "e se"...
Como podem ver, o anime é totalmente envolvente, não tem como não torcer por Kakeru e Naho. Ao mesmo tempo, nunca pensei que fosse me afeiçoar tanto ao Suwa; ele foi um cara incrível em todos os sentidos, que conseguiu abrir mão do seu futuro no qual aparentemente tinha conseguido o que queria em nome da felicidade dos amigos. Fiquei sinceramente feliz de saber que existe uma versão do futuro da Naho com ele. Não existem tramas secundárias (aprofundamento na história dos amigos como um todo), mas o anime tinha uma mensagem bem específica para passar e precisou de todos os 13 episódios para isso, sem dúvida alguma. Além disso, da mesma forma que a gente, não tinha como os amigos não se deixarem absorver pela verdadeira missão que tinham que cumprir.
Gostei muito de saber que o futuro original não seria realmente modificado pelo passado, para não criar os paradoxos temporais. Em vez disso, universos paralelos surgiriam. Achei isso ótimo, pois o que foi feito está feito, não há como voltar atrás, e o anime reforça essa ideia ao fazer com que os amigos tenham que viver num futuro sem Kakeru. Ao mesmo tempo, é muito poético e belo o esforço que eles fizeram para ajudar a "criar um mundo no qual Kakeru poderia ser feliz". Isso é lindo demais, e triste também: por mais que o sofrimento deles não vá desaparecer (e tampouco podem ter certeza das decisões dos eus deles do passado; eles não tem como saber se eles conseguiram ou não salvar Kakeru), mesmo que eles vivam na eterna dúvida de saber se Kakeru pôde ser salvo ou não, ainda assim foi importante para eles oferecer essa oportunidade a ele. Eles continuarão, porém, sentindo o vazio da ausência de Kakeru dentro deles e os arrependimentos pelo que não foram capazes de fazer.
Uma história linda e emocionante.
ReLIFE
4.2 27A história é bem interessante, mas confesso que há tempos tinha parado no episódio 8/9 mais ou menos e só agora finalizei tudo. Não curti muito o ritmo dos episódios, achei que as coisas se desenvolveram de forma lenta, alguns conflitos achei chatinhos de ver, como a história do vôlei envolvendo Kariu e Honoka.
Kaizaki é um personagem carismático, é legal acompanhar seu crescimento. Mas, no geral, não achei os personagens do entorno dele tão legais assim. Gosto do Ooga e da Chizuru (mas também, fica só nisso mesmo), mas não me senti realmente envolvida por nenhum ali - diferente de outros animes nos quais, mesmo que um personagem individualmente não se destaque, ainda assim fica gostoso de ver a relação daquele grupo de amigos como tal (ou seja, como grupo a coisa funciona muito bem). Infelizmente, não senti isso em ReLIFE. Trata-se de um grupo de amigos comum, sem nada especial.
Os dois últimos episódios salvaram o anime, apesar de ter achado previsível as revelações sobre Chizuru. Penso que isso pode tornar a trama mais interessante numa possível segunda temporada, pois, se ela fosse apenas uma aluna comum, Kaizaki nunca tentaria nada com ela. Porém, se alguma coisa não acontecer para ele descobrir o que está rolando, a segunda temporada ficaria só numa enrolação chata, que não curto. Ou melhor, quando os protagonistas como tais são bem envolventes eu até curto (como foi o caso de Ao Haru Ride, que amo), mas não seria o caso da relação de Kaizaki com a Chizuru, pra mim (ainda assim, confesso que algo dentro de mim gostava de imaginar a Chizuru como aluna mesmo)...
Vi elogios aos momentos de comédia do anime. Não sei se sou eu que tenho um humor péssimo, mas não achei o anime engraçado; ao menos pra mim, as cenas de "comédia" não funcionaram. Por último, que a história gera reflexões legais para essa galera que tá cursando o ensino médio, mas pra quem tá mais próximo do Arata, como eu, a mensagem do anime anda desalentadora. XD
Vamos ver.
A Noiva Do Mago Ancião
4.1 29Quando li a sinopse me identifiquei bastante, me lembrou A Bela e a Fera. <3 Já vi os dois OVA's, que retratam mais eventos do passado sofrido de Chise. Aguardo o terceiro OVA e, especialmente, o anime!
Kobato.
4.4 22 Assista AgoraEu parei de assistir em algum momento no início da série e pulei direto para o episódio 15, e daí acompanhei até o final.
O final é bonito. Mas não conseguiria chegar lá se tivesse que assistir a tudo. Não é meu estilo de anime; basicamente, os episódios se centram no dia-a-dia de Kobato na creche. O anime tem esse ar fofo e gracioso, mas não tem um conflito maior que me chamasse atenção, não há realmente ação na história. Fujimoto só saca lá no final (no final MESMO, tipo nos dois últimos episódios) o que sente por ela. Na real, ele já até sabia, mas isso não impedia que ele fosse super sério e frio. Não rola nada de interessante nesse sentido entre eles.
Ookami Shoujo to Kuro Ouji
3.6 16Achei até a ideia inicial legal, mas a história foi mal trabalhada em vários aspectos. A premissa básica da trama se concentra no fato de que Erika, procurando ser aceita pelas amigas, diz que namora um cara chamado Kyouya, mas sem saber que ele estuda no mesmo colégio que ela. Ao descobrir isso, Erika pede a ele que finja ser seu namorado e Kyouya concorda; contudo, em troca, Erika precisa ceder aos seus caprichos e ordens.
Enquanto Erika não gostava realmente do "Príncipe Negro" e estava nessa pela imagem, ok (ainda que possamos achar isso problemático sob outros aspectos hehe), mas quando ela começou a se apaixonar por ele a história tomou um rumo não tão interessante. Isso porque Erika de fato começou a incorporar o papel de "lobinha", que vai atrás e abana o rabinho, o que ficou irritante. Curto mais quando o cara tem que correr atrás da garota e de fato conquistá-la, todavia, isso não foi necessário, já que Erika fez um papel bem submisso. Até que, a certa altura, ela decide (para meu prazer momentâneo) acabar com todo o fingimento e se afastar de Kyuoya, porém logo depois ela se arrepende, e fala para Kusakabe que quer continuar insistindo e sendo a "lobinha"! Certo, o Kyouya no fim das contas foi atrás dela, mas não valeu, foi tudo muito fácil para ele, foi só chegar que eles começaram a namorar.
Outra coisa que me incomodou é que eu imaginava que Kyouya fazia um tipo mais arrojado, pensei que veria cenas mais "picantes", por assim dizer, entre eles, para fazer jus à alcunha de "Príncipe Negro", mas não. Ele, apesar de pouco romântico, mau humorado e implicante, gosta sim da Erika, mas acho isso ainda mais inacreditável por não ver na Erika nada de especial. Ela é uma boa pessoa, mas acho que a personalidade submissa dela não é muito diferente da de muitas meninas. A única explicação que consigo encontrar é que ele, um cara no fundo inseguro, precisava de uma garota dependente como ela para quebrar essa "desconfiança" com relação ao amor e, como calhou dele fingir namorá-la, Kyouya pôde ir conhecendo-a aos poucos e ver seus sentimentos. Mas, repito, acho que muitas garotas poderiam substituir perfeitamente Erika nesse quesito.
Em último lugar, infelizmente não apareceu nenhum verdadeiro rival para balançar o coração de Erika e deixar Kyouya desesperado. Aliás, fizeram questão que nenhum pretendente se colocasse como um obstáculo real entre eles. Kimura (que aparece logo no começo) só quer se vingar de Kyouya por sua ex-namorada tê-lo largado por ele; Kusakabe é fofo, mas é óbvio que Erika não se apaixonaria, fizeram tanta questão de colocá-lo bem abaixo de Kyouya que até fizeram-no meio afeminado! Cara, nada a ver. Por fim, Nozomi é o "pegador" e quer que... Kyouya enxergue o que ele tá perdendo (Oi??? Alguém me explica isso?). Quando Nozomi apareceu pela primeira vez, achei que seria lógico que ele tentaria conquistar a Erika-lobinha-apaixonadinha para satisfazer seu ego de sedutor e mostrar a Kyouya quem é que manda naquela turma (já que os dois são bem populares com as meninas). Mas não: Nozomi se torna amiguinho dele para incentivar Kyouya a ser pegador e ceder aos seus reais instintos masculinos (???).
Além disso, aquelas duas colegas de classe de Erika não mostram em nada serem suas reais amigas, não se nota nenhuma ligação maior entre elas, de fato Erika só se uniu a elas para não ficar sozinha no ensino médio. Sanda é sua amiga, mas também não diz a que veio e não acho que ela ajude Erika nos momentos decisivos. Aliás, o anime se concentra bastante na relação entre Kyouya e Erika, todos os outros personagens são sub-desenvolvidos e nada aprofundados, não sabemos nada de Sanda, por exemplo, ou dos outros personagens.
Então, não acho que a história se estrague pelo jeito dominador, meio sádico e até babaca de Kyouya (em verdade, o que me incomodou na personalidade dele foi o fato dele ser morno demais), mas esses aspectos mencionados. Em termos de personagem, a Erika foi irritante, pois sua submissão exagerada impediu que a história se desenvolvesse por caminhos mais interessantes. Uma pena, pois acho que no fim poderia ter dado um anime realmente bom e divertido, um pouco similar a Kaichou wa maid-sama.
Tonari no Kaibutsu-kun
4.0 38Ah, cara.
Que anime fraco e esquecível.
Os personagens simplesmente não me cativaram. Achei que cozinharam DEMAIS a relação deles também, não curto quando isso acontece. Mesmo depois de se declararem mutuamente, nada se desenvolvia. Não é um anime engraçado, tampouco.
Os sentimentos da Shizuku não convencem. No início, ela parecia estar mudando bastante, mas depois parece que fizeram a personagem ficar estacionada. Há personagens que, apesar de sua frieza, mostram verdadeira ligação com as pessoas que se importam, mas não é o caso da Shizuku. Ela só parece se importar mais com o Haru mesmo. Sasahara é invisível para ela (e meio que é vice-versa) e Natsume, coitada, sinto quase pena. Enfim, não percebo uma amizade verdadeira entre o grupo, as relações são bem fraquinhas e sem profundidade.
Sem contar que foram 13 episódios para no final não acontecer NADA.
Não espero pela segunda temporada.
Sukitte Ii na yo.
4.0 45Lembrou-me bastante de Kimi ni Todoke, mas curti mais Sukitte Ii na yo. Os dois trabalham com a ideia da menina deslocada e solitária pela qual o cara mais popular do colégio surpreendentemente acaba se apaixonando. Contudo, em Kimi ni Todoke o cara era endeusado em todos os sentidos, você não conseguia enxergar um defeito nele, o que apenas reforçava ainda mais o complexo absurdo de inferioridade de Sawako diante dele, que se prolongou o anime INTEIRO, nas duas temporadas.
Sukitte Ii na yo, por outro lado, apresenta personagens mais reais e humanos: Kurosawa tem seus defeitos e limitações, Mei é solitária mas não é uma retardada (literalmente foi assim que tentaram pintar Sawako), e Kurosawa é encantador (bem diferente de Kazehaya, ô carinha sem atitude ¬¬). Por outro lado, curti mais a relação de amizade de Sawako com Ayane e Chizuru do que a de Mei com suas amigas, acho que a personalidade delas e os conflitos entre elas ficaram mais marcados e aprofundados, porém seria esperado que assim fosse, com 2 temporadas. Em Sukitte Ii na yo senti bem de perto alguns conflitos da Mei, por exemplo ao engolir toda a sua tristeza com
o afastamento de Kurosawa, quando ele começa a trabalhar como modelo.
Esse foi outro ponto que achei interessante: a relação entre Kurosawa e Mei é construída aos poucos, e há momentos de afastamento e tensão entre os dois, se aproximando mais de uma relação real. Ao contrário, em Kimi ni Todoke sabíamos desde o início dos sentimentos de Kazehaya e Sawako, em nenhum momento isso é colocado em dúvida, e ficaram enrolando 2 temporadas para que eles ficassem juntos. Em Sukitte Ii na yo, ao contrário, eles meio que começam a namorar já desde o começo, mas é um sentimento que vai sendo construído e continuamente conquistado e desenvolvido, o que tornou tudo mais interessante para mim.
O deslocamento e a solidão da Mei é completamente diferente da de Sawako. Mei preferia ficar sozinha a nutrir relações superficiais com outras pessoas, nesse ponto ela é centrada e segura de si. Sawako, por outro lado, é a menina-assustadora-que-parece-a-Samara, e se vê como inferior diante de todos (especialmente Kazehaya) o anime inteiro, o que é irritante. As duas possuem certa fragilidade (algo meio típico dos animes), mas no fundo se trata de personalidades diferentes, e aí Sukitte Ii na yo me atraiu bem mais.
Mirai Nikki
4.0 146Uma puta história que me prendeu até o último momento, mas o anime em si tem MUITOS problemas.
Primeiro, eu não consegui me identificar e sentir realmente empatia por nenhum personagem, apesar da Nona e do Aru serem bem legais. Não sei como conseguiram pensar no Yuki para ser protagonista, ele não possui nenhuma característica que nos faça gostar um pouco dele: é fraco e covarde. Porém, do nada, a partir de determinado episódio ele se torna um cara foda que sai passando o rodo em geral, inclusive nos grandes amigos dele, apesar de saber que Gasai Yuno não era confiável, já tendo provado isso outras vezes.
Yuno, por sua vez, é uma psicopata que encontrou em Yuki um sustentáculo emocional e quer estar junto dele em qualquer circunstância até o fim. Ponto. Tá, ela é uma boa lutadora e sua presença torna o rumo das das coisas imprevisível às vezes, mas não há nada de cativante nela. Inclusive, quando eu estava começando a gostar da Yuno, ela decide DO NADA aprisionar o Yuki e mostrou-se completamente insensível para perceber que fez algo ruim. No fundo, não se tratava de amor, mas simplesmente em manter o alicerce emocional que ele de algum modo fornecia. Apesar das coisas terem melhorado um pouquinho no final, no qual ela mostrou que ainda possuía alguma humanidade e matou a si mesma no lugar de Yuki.
Essa "estranheza" dos personagens em termos de vínculo emocional percorreu toda a trama. A paixão repentina de Yuki pela Yuno também só surgiu, como ele mesmo disse, porque ela sempre esteve do lado dele. Assim, qualquer um que sempre estivesse do lado dele, um personagem fraco e que precisava ser protegido sempre, conseguiria esse amor. Yuki, por pura casualidade, acabou sendo para Yuno a promessa de um futuro melhor desde aquela redação. Yuki sempre quis ter amigos mas assassina todos eles, preferindo negar a verdade que se descortinava diante dos seus olhos: a de que ele não poderia fazer os pais viverem novamente. No entanto, mesmo percebendo que Yuno mentiu ele segue em frente com ela, não sentindo o mínimo remorso por ter matado seus amigos tampouco questionando suas ações ou sua decisão de estar ao lado dela.
Quando o pai do Yuki foi colocado em cena uma situação igualmente insólita surgiu: desde o início ele mostrou que não se importava com o filho, foi atrás dele pelas dívidas, e como se não bastasse pegou o paraquedas e o deixou no prédio para morrer. Aí, para completar, ele mata a ex-esposa, a mãe do Yuki. Depois, muito coerentemente, ele aparece com um telescópio na bolsa para ver estrelas com o filho, vira pra ele e diz tranquilamente que pretende ir para a prisão para pagar pelos seus crimes, "pediu desculpas" pelo assassinato e disse de cara lavada que queria viver com ele! E Yuki concorda FELIZ! CARALHO! Não preciso falar mais nada para expressar o absurdo da situação. Isso não é nem ingenuidade, eu só posso descrever como um completo fracasso dos criadores em humanizar os personagens, que parecem mais robôs, e a única forma de interpretarmos Yuki é concluindo que de fato ele era igual a Yuno: alguém completamente esvaziado por dentro, para o qual as pessoas são apenas um meio de suprir determinadas carências e necessidades. Uma vez que Yuki passou a se "apaixonar" pela Yuno, ele não precisava mais dos amigos, a perda deles não foi sentida em momento algum, não houve cena dedicada a expressar essa dor.
Eu até poderia aceitar, com algum custo, todas as incontáveis fraquezas de Yuki se a humanidade do personagem estivesse preservada, se de alguma forma pudéssemos ver aí reflexões e sentimentos que provêm de uma pessoa que tem sangue circulando nas veias. Mas não, anime é insípido, parece que os personagens não têm sentimentos reais, parecem um bando de marionetes criadas pelo deus. Com exceção de alguns bons personagens, como Nona e Aru, mas que, contudo, não eram suficientes para suprir as deficiências dos que apareciam em primeiro plano. Eu sinceramente não sei como isso pôde cativar e envolver alguém.
O final foi extremamente confuso, vou até assistir ao OVA, mas realmente não sei como pode entrar na minha cabeça como Yuki pôde se tornar deus e ainda assim aparecer a Nona como deusa depois. Oi?
A originalidade e a força da história acabaram me fazendo seguir vertiginosamente até o fim. Mas, mesmo com todo o potencial, o anime ficou vazio e sem vida por dentro. Uma pena.
Zankyou no Terror
4.3 96O anime é bastante superestimado.
1) Está muito enganado quem acha que esse anime é um substituto para Death Note. Na realidade, está muito longe disso. Sinceramente, o que teve de batalha intelectual de fato nele? Nada. Alguns enigmas foram lançados para que se pudesse achar as bombas, e um jogo de xadrez no meio do aeroporto. Nem se compara à perseguição ao Kira feita em Death Note. Nine e Twelve sempre estavam frente de Shibasaki, e o anime logo tratou de colocá-lo para trás e por em cena Five, uma "igual", supostamente. Eu gostei muito mais do Shibasaki como personagem, achei um erro colocá-lo em segundo plano. Mas, foi por ele ser tão inteligente que foi capaz de, pouco a pouco, entender a motivação dos "terroristas" e até compreender que suas intenções eram tão "puras" que isso diminuiu toda a tensão que poderia envolver a história - afinal, fazia parte da estratégia deles serem capturados no final. Então, à exceção do governo americano, todos tinham boas intenções - os terroristas e os policiais.
2) A partir do momento em que Lisa surgiu na história, o anime caiu muito. Sim, ela era burra e imprestável, e não consegui sentir nenhuma empatia por ela. Entre choros e pedidos de desculpas e dizeres como "eu só causo problemas a vocês" (como se dizer isso mitigasse a verdade de suas próprias palavras), ela realmente não foi um personagem que acrescentou positivamente à história, e achei muito inconsistente a "obsessão" de Twelve por ela simplesmente por possuir um olhar assim ou assado. Sei que a intenção era mostrar que eles poderiam sentir ligação por outro ser humano, mas escolher um personagem do tipo da Lisa foi péssimo.
3) A trama teria seguido um caminho muito melhor se Lisa não tivesse aparecido (ou se tivessem construído a personagem de outra forma), e não tivessem colocado Shibasaki para segundo plano. Inclusive, Five não é nem um pouco carismática como vilã, ela não mostrou nada que tenha me intrigado. Além disso, por sabermos desde o início que eles não pretendiam fazer nada de errado eliminou, para mim, a empolgação com os episódios.
4) Achei muito interessante a forma como Lisa narrou o encontro dela com Nine e Twelve: "Aquele foi um sorriso como o sol num dia quente de verão… Com olhos como gelo". Achei que o anime poderia, aproveitando que colocaram Lisa, ter explorado melhor o relacionamento entre os personagens, mas foi tudo muito rápido e isso não aconteceu, gosto muito de personalidades como a de Nine mas foi tudo tão pouco explorado que acabei não sentindo muita empatia por Twelve e Nine.
Enfim, o anime começou promissor mas caiu vertiginosamente, no oitavo episódio eu já tinha perdido o ânimo, mas insisti para poder ter a visão do todo. E a tragédia e a dor pela morte inesperada de Twelve foram totalmente anuladas pelo fato incontornável de que nenhum dos submetidos à experiência poderia viver muito. Por último, achei impressionante, para não dizer muito pouco coerente, que Nine e Twelve sejam pessoas com intenções tão puras, considerando a infância dilacerada que tiveram. Nem a morte cruel de Twelve foi capaz de fazer Nine perder as estribeiras - foi fácil entregar o detonador para Shibasaki, e obviamente ele não o acionaria. Inclusive, até a morte dos dois se encaixou muito bem a tudo (de tão bem encaixadinho que foi, o anime acabou ficando sem graça, sem dissonâncias), pois foi a melhor forma de chamar a atenção para a injustiça que sofreram - o desfecho que tiveram foi a coroação, o ponto culminante de vidas quebradas e injustiçadas.
Tokyo Ghoul (2ª Temporada)
3.7 55Bom, mas inferior à primeira temporada. Adorei a transformação de Kaneki, infelizmente Tapa-Olho apareceu muito pouco, mas gostei de ver a tensão e "atração", se posso assim dizer, entre ele e Amon, espero que isso se intensifique na terceira temporada. Além disso, a temporada deixou muitas coisas em aberto e questões não esclarecidas, tenho a expectativa de que seja algo proposital para ser explicado mais à frente. E o que foi o Juzo? Os episódios finais continuam destruidores.
Tokyo Ghoul (1ª Temporada)
4.0 116A história é muito boa. Não posso comparar ao mangá pois não o li (mas por alguns comentários que li tive interesse em fazê-lo), mas achei o anime foda! O primeiro episódio é incrível e me cativou imediatamente. Inicialmente, o protagonista não diz a que veio, e toda a sua demora em despertar apenas potencializou o efeito que o último episódio nos causou: simplesmente sensacional. O anime trabalha com extremos: vamos de cenas de violência intensa até momentos verdadeiramente emocionantes. Com este episódio final, senti como se o anime estivesse apenas começando, e os 11 episódios anteriores tendo servido apenas como uma apresentação.
Junjou Romantica (3ª Temporada)
4.2 17Junjou Romantica é um anime e tanto, muito gostoso de se assistir! A segunda temporada foi a melhor, mas adorei tudo, me envolvi verdadeiramente com cada um dos personagens. Um ponto muito positivo foi o fato dos pensamentos deles serem compartilhados conosco, eles são muito realistas em suas dúvidas e angústias. Outro ponto legal é que a história expõe conflitos cotidianos dos casais, e como eles lidam com cada um deles; em algum momento acabamos por nos identificar com as situações retratadas. É um anime que vicia, você quer continuar assistindo para saber o que acontecerá com eles. Há muitas cenas bastante íntimas e até picantes, que dá um toque a mais tem tudo, além de ser bem engraçado! A abertura é maravilhosa, a melhor de todas as temporadas.
Porém, acho que a história não foi muito bem finalizada,
afinal, não teve uma definição do que aconteceu a Misaki: ele vai embora da casa do Usagi? Eles vão assumir a relação pro irmão? O Misaki terminou a temporada praticamente com a mesma atitude (eternamente tímido e resistente) que sempre teve. Eu esperava que ele amadurecesse um pouco mais e de fato se colocasse de forma uma pouco mais direta como namorado do Usagi. Eu entendo que certos aspectos fazem parte da personalidade do personagem, mas acho que faltou ele encarar com naturalidade ser namorado de um homem. Além disso, a relação entre Shinobu e Miyagi não foi tão explorada... Enfim, penso que tem que haver uma quarta temporada para trabalhar todos esses pontos mencionados, apenas isso justificará que a terceira tenha terminado dessa forma. Mas se esse for o final definitivo, aí terá sido meio decepcionante, para falar a verdade.
Sekaiichi Hatsukoi (2ª Temporada)
4.4 29Muito melhor que a primeira temporada! Os monólogos interiores dos personagens se intensificaram, com suas dúvidas, medos, expectativas, inseguranças, desejos... isso enriquece muito a história, pois nos sentimos mais próximos deles e podemos identificar seus conflitos como os nossos também, em algum momento. Gostei muito do aprofundamento psicológico que deram ao Kisa, e de podermos acompanhar também o ponto de vista do Takano, suas reflexões e lembranças, no finalzinho.
Agora, eu assisti a Sekaiichi Hatsukoi antes de Junjou Romantica, outro anime Yaoi feito por Chiaki Kon, e as similaridades tornam impossível não fazer uma comparação. Eu quase não assisti a Junjou Romantica, pois achei que a história apenas iria ser repetir de outra forma (três casais, além do desenho de alguns personagens em si ser bastante similar). Mas não foi assim. Eu gostei de assistir a Sekaiichi Hatsukoi, mas sinceramente os personagens e suas histórias não me envolveram taaaanto assim, não sei porque, mas a sensação era que faltava algo... Contudo, com Junjou Romantica, tive a impressão oposta: achei tudo perfeito e extremamente viciante. Apesar disso, é um anime muito bom, vale a pena ver.
Sekaiichi Hatsukoi (1ª Temporada)
4.3 37Estou gostando de assistir, os três casais são legais, com destaque para Odonera-Takano (o principal). O desenvolvimento entre eles está lento, porém dentro do contexto da história achei justificado: o Onodera não sabe se Takano está se divertindo e querendo conquistá-lo para depois deixá-lo, por isso Onodera fica sempre na defensiva. Além disso, acho que há aí também a questão do orgulho ferido, por ele ter interpretado (erroneamente, ainda que Takano tenha dado razões para tal) que Tanako não correspondia aos seus sentimentos. Uma coisa com a qual me identifiquei bastante diz respeito a certos monólogos dos personagens, em que eles ficam tentando interpretar as ações do outro e têm dúvidas sobre como entender determinada situação, alguma atitude ou fala. Acho que isso revela uma desconfiança de fundo quanto à existência de uma linha de continuidade clara entre as coisas que alguém diz/faz e o que efetivamente sente. Eu gosto do jogo de forças entre Onodera e Takano, que se intensifica e cria uma tensão, pois o primeiro resiste continuamente às investidas do outro, que frequentemente agarra-o à força (moralismo demais não vai te deixar apreciar isso). Onodera resiste tanto com relação à Takano mas, principalmente, com relação aos próprios sentimentos: primeiro, ele se sente idiota por voltar a se apaixonar pela mesma pessoa depois de 10 anos, e teme que Takano, desestabilizando seus sentimentos, faça-o sofrer. Por isso, parece mais seguro simplesmente negar o que sente.
Vamos ver o que nos aguarda para a segunda temporada.
Death Parade
4.2 80Uma obra-prima que esse anime nos ofereceu:
https://www.youtube.com/watch?v=ewBOcdz29Sw
Death Parade
4.2 80A premissa básica é bem atraente, e eu tive interesse em continuar assistindo apesar do foco dos episódios no julgamento das pessoas. Acredito que teria gostado mais se o foco incidisse sobre os juízes e, em particular, Decim, é claro. Os quatro últimos episódios são o ponto alto da série, e o último é simplesmente lindo. Acho que a relação entre a assistente e Decim poderia ter sido mais bem explorada, o último episódio em particular é bastante revelador nesse sentido, mas isso poderia ter se desenvolvido melhor nos outros. A trilha sonora é maravilhosa: a abertura, o encerramento e o acompanhamento musical no episódio da patinação no gelo... A história traz reflexões bem interessantes sobre a vida e a morte. A lição do Memento Mori é belíssima. Gostei bastante da reflexão sobre se é possível julgar outro ser humano, no sentido de vislumbrar sua verdadeira natureza. As situações limites seriam formas através das quais o que realmente somos viria à tona (a escuridão da alma humana), ou poderia ser uma maneira de criar a escuridão dentro de nós? Será que a partir do que realizamos em situações limite todo o nosso ser pode ser fixado definitivamente?
Fiquei muito triste pela assistente dele ter ido embora, eles poderiam ter inventado um modo dela ter permanecido, sei lá... Decim a amava, sem dúvidas. Queria ter visto mais dos dois. Ou melhor, queria uma segunda temporada com eles!
Fushigi Yuugi
4.2 21 Assista AgoraEntão, assisti até o cap. 11 mais ou menos e decidi parar, não achei a história tão interessante e os personagens também não. Comecei a achar cansativo, e penso que são episódios demais (40 e poucos) para levar isso para frente.
O anime lembrou-me um pouquinho (na história) de Akatsuki no Yona, que por sua vez é muito melhor com seus 24 episódios. Às vezes, menos é mais!
Hanasakeru Seishounen
4.2 3O desenho do anime é muito bonito e isso acabou me atraindo. Mas logo se vê que a história é bem fraquinha: trata-se de uma garota escolhendo seu futuro marido, entre aqueles que seu pai escolheu (sem eles saberem). Ainda assim, dei uma chance, porém não cheguei ao sexto episódio e parei. A Kajika é muito nonsense. Mal conheceu Eugene e já parte para Paris atrás dele (oi?), se declara (oi?), invade a casa dele e permanece lá contra sua vontade (ooooi?)... sério, muito desespero isso, não gosto desse estilo de personagem. Mas adorei o Li-Ren, infelizmente não foi o bastante para prender minha atenção à história. Só de ver a Kajika correndo atrás de um cara só porque ela acha que ele é encarnação do seu leopardo Mustafa (sim, É SÉRIO), já me fez ver o ridículo da situação. Acho que se fossem 12 episódios eu até aguentava o tranco, sinceramente seria mais que suficiente para desenvolver a trama, mas 39? Tortura demais, não vou jogar fora esses minutos de vida.
Toshokan Sensou
4.1 1Não é ruim, mas não chega a ser bom. O romance é beeem de leve e não acontece praticamente nada. Basicamente, os episódios mostram o treinamento de Kazahara e as situações em que eles têm que lutar contra a censura, mas não é nada demais também.
Psycho-Pass (2ª Temporada)
3.9 33 Assista AgoraNenhum outro filme/animação/série me fez voltar tantas vezes para rever diálogos e processar a história. A série é muito boa, contudo, a primeira é superior, pelos personagens e questões filosóficas que suscitou.
Agora, meu cérebro está em curto-circuito. Peço encarecidamente que me respondam:
1) O sistema Sibyl não é composto por almas assintomáticas? Nessas condições, como Sibyl poderia se autojulgar e jogar fora seus elementos "enegrecidos"? A ideia de que a própria Sibyl poderia se enegrecer ofereceu a saída no final da história, uma bastante conformista, aliás...
2) Por que Sibyl queria enegrecer a alma de Akane? O que conseguiriam com isso? Ela não foi considerada útil no final da primeira temporada?
3) Por fim, se os elementos enegrecidos de Sibyl foram exterminados, que sentido há em Kamui querer que Akane julgasse, depois disso tudo, o sistema? Ele não se "purificou" teoricamente?
Sibyl tem a falha evidente de julgar as pessoas por tendências anímicas, e não por suas ações. Será que Akane não consegue ver que uma sociedade não pode se estabelecer sob tal base e pressuposto? Ela será realmente uma escrava de Sibyl? Isso é totalmente inexplicável para mim, não vejo como Akane (a personagem que mais representa o espírito da justiça) pode defender um sistema injusto.
Psycho-Pass (1ª Temporada)
4.4 84Eu achei os primeiros episódios meio maçantes e sem ritmo, e quase parei de assistir. Fico feliz por não tê-lo feito. Que anime sensacional. Kogami, Akane e Makishima (especialmente ele), que personagens incríveis! Quantas ideias, reflexões, referências...
Sei que a série fechou um ciclo e as coisas aconteceram exatamente como deveriam acontecer. Só fico triste de não poder continuar vendo Makishima e Shinya...
Btooom!
3.9 29Muito bom! Muito legal ver a transformação do Sakamoto ao longo da história. Esse anime lembra bastante Jogos Vorazes. O anime tem uma pegada mais adulta e mostra como em situações limite as pessoas revelam sua verdadeira natureza (ou acabam por perdê-la, também). Os jogadores são bem diversificados em termos de personalidade, o que deixa tudo interessante, espero que tenha uma segunda temporada para que continuemos acompanhando os conflitos na ilha.
Toradora!
4.3 70 Assista AgoraComo alguém pode gostar disso?
Ryuuji e Taiga passam o anime inteiro como amigos, sem notar os sentimentos que nutrem um pelo outro. Há cenas bem pontuais com algum ciúmes ou que um sentimento é demonstrado, mas eles próprios não compreendem o que é isso, e agem sempre no sentido de ajudar o outro a conquistar Minorin ou Kitamura. Eles apenas começam a se dar conta do que sentem um pelo outro nos ÚLTIMOS episódios (últimos mesmo, tipo os 4/3 últimos), e, surpreendentemente, já decidem se casar. Bom, eu pensei, pelo menos teremos um final, porque seria insuportável assistir a toda aquela enrolação para terminar com algo totalmente aberto, como muitas vezes ocorre. Aí no último episódio eles se beijam, e a cena até foi bonita. Mas aí o que acontece?
TAIGA FOGE.
FOGE.
FOGE.
Eu quis me matar. Aí a ideia que ficou é que eles vão se encontrar futuramente, que ela realmente gosta dele mas precisa se acertar com sua família.
VAI SE F****
Perdi 600 minutos da minha vida para assistir a um anime bem raso, em que o único personagem que salva é o Ryuuji, cheio de enrolação, e de comédia não vi nada, sinceramente.
Ghost Hunt
4.2 15Apenas razoável. Tinha muito potencial, mas o foco incidiu demais sobre as assombrações, quando eles poderiam ter aprofundado os laços emocionais entre os personagens, fazendo com que gostássemos mais do grupo. As relações entre eles foram trabalhadas de forma extremamente superficial. Naru é um personagem muito interessante, mas que não se transforma/ desenvolve ao longo do anime, ele é o mesmo do início ao fim, e a maioria dos personagens é assim também, com exceção da Mai. Devo dizer que acabei me decepcionando com a animação... Como as histórias são sempre novas, isso acaba prendendo sua atenção e fazendo os episódios avançarem, mas cheguei ao final com uma sensação de desperdício de tempo. O anime serve somente para isso: apresentar as situações de caça aos fantasmas, com suspense, mistério e um pouco de terror. Ele não é engraçado, romântico, e não nos leva a estabelecer uma forte conexão com os personagens em geral.