Você teria coragem de pegar um folheto sobre testes estranhos na rua? Coragem de pegar, entrar em contato e se colocar à disposição para participar?
Eu não sei se teria.
A pessoa tem que ser muito audaciosa. Ah, e também tem outro fator importante nos nossos tempos: se vamos prestar atenção em folhetos colados em muros, já que passamos boa parte do tempo olhando para o celular ou correndo por estar atrasado para “qualquer coisa de trabalho”.
Na série Despachos de Outro lugar, dirigida por Jason Segel, quatro pessoas tiveram essa audácia: Peter (Jason Segel), Simone (Eve Lindley), Janice (Sally Field) e Fredwynn (André Benjamin). E por conta disso acabaram em um processo intenso de autoconhecimento.
Bem verdade que ao longo dos episódios, ainda mais aqueles focados nas histórias de vidas das personagens, descobrimos que não foi exatamente coragem que os moveram a ligar para um número desconhecido, mas sim o tédio das suas próprias vidas.
Eu vi Despachos de Outro Lugar em um momento de tédio e tristeza. Não vou mentir. Foi justamente quando completamos um ano de pandemia. E esse completar também significava iniciar o segundo ano. Dessa maneira a série me levou não apenas na trajetória de autoconhecimento de Peter, Simone, Janice e Fredwynn, mas também me fez refletir sobre questões internas. Ok, me fez refletir ainda mais porque nos últimos tempos o que mais tenho feito são perguntas reflexivas sobre o estar no mundo.
O narrador da história, um cara não muito confiável (alguém ainda acredita que narrador é confiável?), ao introduzir os episódios com foco na história de cada personagem, nos faz um chamado: “faz de conta que você é Peter”. É um pedido para nos colocar no lugar de uma pessoa, para termos um olhar mais empático para a vida do outro.
Peter, vivido pelo ator Jason Segel (How I Met Your Mother), é um cara que está entorpecido pela monotonia. Vive os dias sem emoções, tudo sempre igual, o que nos leva a questionar – vivendo ou apenas existindo? Em determinado momento o próprio Peter diz que vive uma vida cheia de promessas não cumpridas.
Em Despachos de Outro Lugar também temos Simone, uma mulher trans que mesmo após o seu maior ato de coragem e respeito por si mesma, se coloca como próprio obstáculo para ser feliz. Não a culpo. Há também Janice, uma mulher subestimada por conta da sua idade, e que também viveu um longo e feliz casamento. Quando a vida a tira desse lugar de conforto e felicidade, vem a pergunta: quem é Janice? Outro personagem interessante é Fredwynn, um cara negro que vê conspiração em tudo, que tem a necessidade de estar sempre certo. Ele apagou da sua vida a alegria e a leveza. Enxerga tudo com muita competição e com o único objetivo de vencer. Por que será?
Essas pessoas desajustadas ainda não desistiram da vida. Elas atenderam o chamado de um folheto colado no muro da cidade para algum teste estranho. Elas ainda buscam por alguma coisa que faça sentido continuar. São os desajustados otimistas.
Despachos de Outro Lugar também é uma série sobre identidades. Passamos parte da vida tentando nos encaixar em modelos. Tentando caber em lugares e situações. Ficamos presos em isso OU aquilo. Sendo que existe a possibilidade do isso E aquilo. O múltiplo. A pluralidade. As conexões com outro e com os outros que nos compõem.
A série é um quebra-cabeças. Também um labirinto. O espectador entra no jogo, faz adivinhações, se coloca no lugar das personagens. O final talvez não seja o esperado. Mas achei interessante saber que há um toque autobiográfico declarado. Faz jus a ideia da série de se conhecer em meio ao caos, se permitir em meio ao caos.
O documentário Minimalismo Já para mim é história de vida. Por mais que tenha especialistas e outros depoimentos, existe o foco em 2 homens brancos. Isso diz muito. História de vida vc conta como quiser, faz a firula que achar melhor.
Matt é um dos meus amores do YouTube Gringo. No doc tem a estética dele MAS não tem ele na frente das câmeras. Senti falta. Associo tanto com ele que achei os minimalistas oficiais forçados e sem graça.
Qdo vi o primeiro Minimalismo tirei o bom do documentário (olha a Polyanna) - repensar consumo e apego a bens materiais sem uso e sem sentido. Sigo nessa vibe.
Gostei bastante do filme. Dá aquela sensação de já ter visto antes. Mas só porque associo Thiago Lacerda a todas as produções brasileiras de época. Não li o livro e não vi a minissérie. E super indico o filme.
Deu para matar a saudade desses personagens incríveis e inesquecíveis. DA é clássica! O filme também. Amor, família, afeto, respeito, amadurecimento. Amo muito.
Documentário sobre o tabu menstrual na Índia. Em várias sociedades, a mulher no período menstrual é excluída do convívio social e até afastada de atividades religiosas. A menstruação é vista como algo impuro. O filme mostra um pouco dessa realidade que parece ser de outra época mas existe nos dias atuais. E conta sobre a instalação de uma fábrica de absorventes que emprega apenas mulheres. Através desse trabalho elas vão conquistando aos poucos independência financeira e emocional.
Despachos de Outro Lugar (1ª Temporada)
4.2 28 Assista AgoraVocê teria coragem de pegar um folheto sobre testes estranhos na rua? Coragem de pegar, entrar em contato e se colocar à disposição para participar?
Eu não sei se teria.
A pessoa tem que ser muito audaciosa. Ah, e também tem outro fator importante nos nossos tempos: se vamos prestar atenção em folhetos colados em muros, já que passamos boa parte do tempo olhando para o celular ou correndo por estar atrasado para “qualquer coisa de trabalho”.
Na série Despachos de Outro lugar, dirigida por Jason Segel, quatro pessoas tiveram essa audácia: Peter (Jason Segel), Simone (Eve Lindley), Janice (Sally Field) e Fredwynn (André Benjamin). E por conta disso acabaram em um processo intenso de autoconhecimento.
Bem verdade que ao longo dos episódios, ainda mais aqueles focados nas histórias de vidas das personagens, descobrimos que não foi exatamente coragem que os moveram a ligar para um número desconhecido, mas sim o tédio das suas próprias vidas.
Eu vi Despachos de Outro Lugar em um momento de tédio e tristeza. Não vou mentir. Foi justamente quando completamos um ano de pandemia. E esse completar também significava iniciar o segundo ano. Dessa maneira a série me levou não apenas na trajetória de autoconhecimento de Peter, Simone, Janice e Fredwynn, mas também me fez refletir sobre questões internas. Ok, me fez refletir ainda mais porque nos últimos tempos o que mais tenho feito são perguntas reflexivas sobre o estar no mundo.
O narrador da história, um cara não muito confiável (alguém ainda acredita que narrador é confiável?), ao introduzir os episódios com foco na história de cada personagem, nos faz um chamado: “faz de conta que você é Peter”. É um pedido para nos colocar no lugar de uma pessoa, para termos um olhar mais empático para a vida do outro.
Peter, vivido pelo ator Jason Segel (How I Met Your Mother), é um cara que está entorpecido pela monotonia. Vive os dias sem emoções, tudo sempre igual, o que nos leva a questionar – vivendo ou apenas existindo? Em determinado momento o próprio Peter diz que vive uma vida cheia de promessas não cumpridas.
Em Despachos de Outro Lugar também temos Simone, uma mulher trans que mesmo após o seu maior ato de coragem e respeito por si mesma, se coloca como próprio obstáculo para ser feliz. Não a culpo. Há também Janice, uma mulher subestimada por conta da sua idade, e que também viveu um longo e feliz casamento. Quando a vida a tira desse lugar de conforto e felicidade, vem a pergunta: quem é Janice? Outro personagem interessante é Fredwynn, um cara negro que vê conspiração em tudo, que tem a necessidade de estar sempre certo. Ele apagou da sua vida a alegria e a leveza. Enxerga tudo com muita competição e com o único objetivo de vencer. Por que será?
Essas pessoas desajustadas ainda não desistiram da vida. Elas atenderam o chamado de um folheto colado no muro da cidade para algum teste estranho. Elas ainda buscam por alguma coisa que faça sentido continuar. São os desajustados otimistas.
Despachos de Outro Lugar também é uma série sobre identidades. Passamos parte da vida tentando nos encaixar em modelos. Tentando caber em lugares e situações. Ficamos presos em isso OU aquilo. Sendo que existe a possibilidade do isso E aquilo. O múltiplo. A pluralidade. As conexões com outro e com os outros que nos compõem.
A série é um quebra-cabeças. Também um labirinto. O espectador entra no jogo, faz adivinhações, se coloca no lugar das personagens. O final talvez não seja o esperado. Mas achei interessante saber que há um toque autobiográfico declarado. Faz jus a ideia da série de se conhecer em meio ao caos, se permitir em meio ao caos.
Minimalismo Já
3.2 46 Assista AgoraO documentário Minimalismo Já para mim é história de vida. Por mais que tenha especialistas e outros depoimentos, existe o foco em 2 homens brancos. Isso diz muito. História de vida vc conta como quiser, faz a firula que achar melhor.
Matt é um dos meus amores do YouTube Gringo. No doc tem a estética dele MAS não tem ele na frente das câmeras. Senti falta. Associo tanto com ele que achei os minimalistas oficiais forçados e sem graça.
Qdo vi o primeiro Minimalismo tirei o bom do documentário (olha a Polyanna) - repensar consumo e apego a bens materiais sem uso e sem sentido. Sigo nessa vibe.
Narciso em Férias
4.0 39Ouviria Caetano falar sobre sua vida por mais 1h30 tranquilamente
O Tempo e o Vento
3.6 453 Assista AgoraGostei bastante do filme. Dá aquela sensação de já ter visto antes. Mas só porque associo Thiago Lacerda a todas as produções brasileiras de época. Não li o livro e não vi a minissérie. E super indico o filme.
Maudie: Sua Vida e Sua Arte
4.1 192 Assista AgoraZero defeitos. Elenco maravilhoso. Não conhecia a artista. Me emocionei demais com sua vida e obra.
"Eu amo uma janela. Um pássaro passando. Uma abelha. Sempre é diferente. A plenitude da vida já enquadrada. Bem ali."
Maudie Lewis
Oferenda à Tempestade
3.2 108 Assista AgoraNão é ruim. Não é sensacional rs Porém fiquei satisfeita com desfecho. Sempre achei Amaia perdida então....
Nós
3.8 2,3K Assista AgoraMaravilhoso! Um filme para rever, discutir e pensar. Jordan, eu te amo! ♥️
Jogador Nº 1
3.9 1,4K Assista AgoraCOMO NUNCA TINHA VISTO ANTES?
La Femme et le TGV
3.9 24Nunca deixe de acenar, Elise!
Adoráveis Mulheres
4.0 974 Assista AgoraFiquei com vontade de ler o livro.
Amei, amei, amei!
Jojo Rabbit
4.2 1,6K Assista AgoraFui surpreendida positivamente. Já faz um tempo que deixei de ver filmes com a temática. Mas esse valeu a pena!
Dor e Glória
4.2 619 Assista Agoraainda há vida, Salvador... (dos diálogos que tive com o personagem brilhantemente interpretado pelo Banderas)
Downton Abbey: O Filme
4.0 161 Assista AgoraDeu para matar a saudade desses personagens incríveis e inesquecíveis. DA é clássica! O filme também. Amor, família, afeto, respeito, amadurecimento. Amo muito.
Bacurau
4.3 2,7K Assista Agoraminha mãe qdo começou a subir os créditos:
é um filme forte
No momento eu só consigo concordar.
Guerras do Brasil.Doc
4.5 79as aulas de história que faltaram no meu tempo de escola
Privacidade Hackeada
3.8 119 Assista AgoraDocumentário importante para sabermos como nossos dados/rastros digitais estão sendo usados contra a democracia, contra nós mesmos.
Jessica Jones (3ª Temporada)
3.7 118 Assista AgoraVou sentir saudade de Jessica Jones. Adoro o elenco. Mas essa temporada só ficou boa para mim a partir do episódio 7.
Shaft
3.4 164 Assista Agorao importante foi que eu ri kkkkkk
Democracia em Vertigem
4.1 1,3K“Somos uma república de famílias.”
Absorvendo o Tabu
4.4 201 Assista Agoracurtinho mas emociona e faz pensar.
Documentário sobre o tabu menstrual na Índia. Em várias sociedades, a mulher no período menstrual é excluída do convívio social e até afastada de atividades religiosas. A menstruação é vista como algo impuro. O filme mostra um pouco dessa realidade que parece ser de outra época mas existe nos dias atuais. E conta sobre a instalação de uma fábrica de absorventes que emprega apenas mulheres. Através desse trabalho elas vão conquistando aos poucos independência financeira e emocional.
Thor
3.3 3,1K Assista AgoraRevendo os filmes, após Endgame.
Tão bom.
Chris é maravilhoso como Thor.
Disque Amiga para Matar (1ª Temporada)
4.0 187 Assista AgoraGostei demais. Cheia de surpresinhas. Já quero a temporada 2. Bom passatempo para a hora do almoço.
Alguém Especial
3.4 304 Assista Agoraeu não estava preparada para esse filme.
esse lance de você olhar para algo e lembrar de alguém é forte e real
Nosso Último Verão
2.6 159 Assista AgoraFofo, divertido e esperançoso rs
adorei!