Eu sinto que esse é um dos maiores filmes que Hollywood já conseguiu produzir em todos os sentidos. Algumas cenas panorâmicas lembram pinturas renascentistas e neo-clássicas. A impressão é que se observa a vida naquele tempo através da ótica de Michelangelo, Rafael ou Jacques-Louis David. A montagem do roteiro e dos diálogos se assemelha a grandes romances ou até mesmo a uma ópera, com abertura, atos, intervalo, etc. Isto definiria um grande filme épico e não um monte de horas filmadas e amontoadas como O Senhor dos Anéis.
Esse filme não representa somente uma história simples de um judeu em aventuras até a volta para casa - mas vai além, porque reverencia um cristianismo que surge no seio judeu dentro do Império Romano. Não é revelada a face de Jesus, somente as mãos e o corpo, como se houvesse um pudor maometano (assim como Maomé tem o rosto encoberto por um véu nas iconografias islâmicas). A cultura judaica (e também a cristã) dialoga com a cultura romana em todo a história através de dois personagens representativos: Judá, um judeu que valoriza acima de tudo a família e a amizade, e que se simpatiza com Jesus, e Messala, um militar romano que valoriza a glória e se simpatiza com Roma e o imperador. Aliás, inteligentemente, o filme não maniqueíza as culturas (uma considerada má e outra boa), pois Judá é apadrinhado por um cidadão romano de valor que lhe deve a vida, Quintus Arrius.
No fundo, a moral do filme nos diz que a cultura e a origem de cada homem não define o que ele é, mas tão somente um certo valor universal intrínseco nos revela realmente o que cada um é. Esta maneira de enxergar o homem a partir da sua interioridade é essencialmente cristã.
Pura avant-garde do Glauber Rocha! cinema em forma de colagem que quebra a linha narrativa comum e inaugura uma nova narrativa simbólica e alegórica (pretensioso até, mas Glauber na sua grandiloquência era pretensioso). Quer assistir um filme fácil de digerir? vá correndo para a rede de entrenimento Cinemark e Playarte. A arte contemporânea bebe na avant-garde e não é nada fácil assim como o cinema avant-garde.
O filme tem algumas falhas que não tiram a grandeza dele, como maquiagem, atuações bastante macacais, humor pré-histórico que lembra um filme dos Trapalhões. Mas, apesar disso, o filme carrega uma dramaticidade e uma importância que transcende todos os níveis na cena que o neanderthal olha o outro homem criando o fogo com um graveto. Dá pra sentir o peso de toda a humanidade naquela cena que nos faz orgulho de sermos Homo Sapiens.
Poucos entendem a força narrativa do final, anti-clímax e violentamente sujo. Para a época aquilo foi um baque a quem estava acostumado com a violência maquiada da Hollywood clássica. Não é nada para geração de hoje acostumada a Tarantino, Rodriguez e etc. Foi um divisor de águas: a partir de 1967 gerou-se a "New Hollywood" abrindo portas para filmes revolucionários como O Poderoso Chefão, Laranja Mecânica, Easy Rider.
Ben-Hur
4.3 548 Assista AgoraEu sinto que esse é um dos maiores filmes que Hollywood já conseguiu produzir em todos os sentidos. Algumas cenas panorâmicas lembram pinturas renascentistas e neo-clássicas. A impressão é que se observa a vida naquele tempo através da ótica de Michelangelo, Rafael ou Jacques-Louis David. A montagem do roteiro e dos diálogos se assemelha a grandes romances ou até mesmo a uma ópera, com abertura, atos, intervalo, etc. Isto definiria um grande filme épico e não um monte de horas filmadas e amontoadas como O Senhor dos Anéis.
Esse filme não representa somente uma história simples de um judeu em aventuras até a volta para casa - mas vai além, porque reverencia um cristianismo que surge no seio judeu dentro do Império Romano. Não é revelada a face de Jesus, somente as mãos e o corpo, como se houvesse um pudor maometano (assim como Maomé tem o rosto encoberto por um véu nas iconografias islâmicas). A cultura judaica (e também a cristã) dialoga com a cultura romana em todo a história através de dois personagens representativos: Judá, um judeu que valoriza acima de tudo a família e a amizade, e que se simpatiza com Jesus, e Messala, um militar romano que valoriza a glória e se simpatiza com Roma e o imperador. Aliás, inteligentemente, o filme não maniqueíza as culturas (uma considerada má e outra boa), pois Judá é apadrinhado por um cidadão romano de valor que lhe deve a vida, Quintus Arrius.
No fundo, a moral do filme nos diz que a cultura e a origem de cada homem não define o que ele é, mas tão somente um certo valor universal intrínseco nos revela realmente o que cada um é. Esta maneira de enxergar o homem a partir da sua interioridade é essencialmente cristã.
Gladiador
4.2 1,7K Assista AgoraQue roteiro fraco!!!
A Idade da Terra
3.6 52 Assista AgoraPura avant-garde do Glauber Rocha! cinema em forma de colagem que quebra a linha narrativa comum e inaugura uma nova narrativa simbólica e alegórica (pretensioso até, mas Glauber na sua grandiloquência era pretensioso). Quer assistir um filme fácil de digerir? vá correndo para a rede de entrenimento Cinemark e Playarte. A arte contemporânea bebe na avant-garde e não é nada fácil assim como o cinema avant-garde.
Meu Tio
4.1 115não entendo como tanta gente não consegue rir com Tati! : D
o mundo virou um lugar chato, como Hulot previa... hehe
A Árvore
3.5 137filme muito previsível!
Um Tira da Pesada II
3.2 168 Assista AgoraPior que o primeiro: mais ação e menos comédia deixou o filme ruim.
Bastardos Inglórios
4.4 4,9K Assista AgoraEm Tarantino, que é Tarantino, falta só uma coisa: um roteiro coerente, e não fiapos de roteiro. Esse filme parece uma colagem.
A Guerra do Fogo
3.6 353O filme tem algumas falhas que não tiram a grandeza dele, como maquiagem, atuações bastante macacais, humor pré-histórico que lembra um filme dos Trapalhões. Mas, apesar disso, o filme carrega uma dramaticidade e uma importância que transcende todos os níveis na cena que o neanderthal olha o outro homem criando o fogo com um graveto. Dá pra sentir o peso de toda a humanidade naquela cena que nos faz orgulho de sermos Homo Sapiens.
A Tênue Linha da Morte
4.0 33Este filme é para quem admira a justiça norte-americana. Principalmente fãs de Datena.
Bonnie e Clyde - Uma Rajada de Balas
4.0 399 Assista AgoraPoucos entendem a força narrativa do final, anti-clímax e violentamente sujo. Para a época aquilo foi um baque a quem estava acostumado com a violência maquiada da Hollywood clássica. Não é nada para geração de hoje acostumada a Tarantino, Rodriguez e etc. Foi um divisor de águas: a partir de 1967 gerou-se a "New Hollywood" abrindo portas para filmes revolucionários como O Poderoso Chefão, Laranja Mecânica, Easy Rider.