Achei maravilho, todos os personagens (e atores) são foda, a história bem contada, é uma boa história, e acabou bem, com uma boa conclusão e sem nenhuma ponta solta (tirando o cliffhanger desnecessário do tiro na estação de trem). Fui ver o começo da segunda temporada e achei uma bosta. Não tem mais história (porque é fato, a primeira temporada é uma história completa), começaram draminhas para fazer os personagens renderem, a personalidade deles começou a ficar incoerente, aí larguei. Depois de conversar com uma amiga super fã que me garantiu que as outras temporadas são boas, fui até o meio do quarto episódio da segunda temporada e aí desisti de vez. Para mim, só a primeira temporada de Peaky Blinders é cânone, o resto é resto.
Não gostei muito de como o ritmo da série mudou, ainda é uma série super ótima, mas o ritmo e o enredo da primeira temporada eram muito melhores. Não gostei muito da mudança do estilo, mas adorei como mostraram a escolha difícil da Coco, e a decisão que ela tomou. O episódio simples, sem firula, quase sem trilha sonora, da discussão entre a Sam e o Gabe vale pela temporada inteira, pela escrita, atuação e cenas.
a questão não é responder a perguntas. Ela matou ou não? É claro que ela não ajudou a puxar o lenço, não faz sentido cada um puxar uma cordinha para estrangular alguém. Ela atiçou o cara ou não? Pode ter estimulado o cara a matar, ou pode não ter feito isso. Se ela planejou a morte junto com o outro ou não não faz nenhuma diferença prática - ela não poderia impedi-lo de matar Nancy e o patrão e nem de matar ela mesma também, nem poderia fugir. Mas faz toda a diferença para saber se é uma assassina ou não. Mas essa é a questão, é por isso que a série é tão inteligente, não é nada banal. Como diz o doutor, ela passou a vida passando pelas maiores brutalidades. Ela poderia descarregar essa raiva na Nancy e no Mr. Kinneard. No final ela vê o cartaz do Jeremiah e diz que vai guardar o segredo dele, como ela guardou o dela. Lembrem que eles discutem se não é sacanagem enganar as pessoas com a hipnose. Será que ela fez um teatro da cena que foi hipnotizada? Será que ela foi possuída pelo espírito da Mary? Mas a Mary não era uma assassina, era uma mocinha inocente, cheia de ideais, apaixonada e ingênua. Será que ela tinha múltipla personalidade? Ou será que ela, inspirada pela combatividade de Mary administra na sua cabeça seu lado agressivo? Todos os homens que passaram na sua vida ela odiou. Todos eram canalhas e todos eram predadores. Até o Jamie, seu marido, que era bonzinho, era um bonzinho sádico: ele sempre pedia para que ela contasse o que aconteceu com ela no hospício, o que ele causou. Ele pedia perdão e ficava excitado. Não era mau o bastante para ele mesmo levar ao cabo as monstruosidades, mas o sadismo estava ali. Com o doutor, ela diz no começo: não vou ser a sua presa. Não uma presa física, de violência física ou sexual, mas uma presa mental. Acho que ela não gostou dele do jeito que ele gostou dela: é sempre ele que pensa nela romanticamente, o que mostra dela pensando nele é sobre o que ela vai contar pra ele, o que ele quer ouvir. Há uma disputa de poder mental entre os dois. Para cada homem Grace conta uma história, e no fim, como isso é um livro e uma série, e não um caso real de assassinato, o que importa aqui não é descobrir se ela quis matar também ou foi mais uma vítima do cara, o que importa é ver qual história o mosaico de narrativas conta. Lembremos que Grace foi criada assistindo o pai espancar e provavelmente estuprar a mãe, e ela passou pela mesma situação quando ela morreu. Ela não era assim tão frágil. Atwood nos apresenta a sociedade repressora, moralista e sacana dos puritanos que canaliza todo o seu sadismo para as mulheres: as mulheres são as vítimas dessa sociedade. Mary, iludida pelo filho do patrão, sem alternativas além de um aborto perigoso e ilegal; Nancy, não se sabe se ela gostava ou não de Mr. Kinneard, o que se sabe é que ele era a única alternativa que ela tinha, um canalha e que mal ela ficou grávida já estava crescendo o olho para Grace e certamente ela seria mais uma vez jogada na rua, e a própria Grace. Todos os homens são uns merdas, Grace só gostou da Mary, e foi para a casa do Mr. Kinneard principalmente por causa da Nancy, para ter a companhia da Nancy. Os homens são todos predadores nessa sociedade. No final, Nancy, Grace e Mary são costuradas juntas no cobertor, porque elas estão no mesmo barco, na hipnose Grace fala que Nancy compreendeu e é amiga delas agora: são todas vítimas dessa sociedade terrível, e só conseguem sobreviver se aprenderem a navegar nesse mar de perversão. Grace é quem consegue navegar melhor no final, como prevê Jeremiah (Jeremiah, pelo que aparece, é o único que não é monstruoso, mas ao se recusar a se casar com Grace acaba fazendo algo infinitamente egoísta. Mesmo que ele não acredite no casamento, sem o papel passado Grace estaria numa situação ainda mais fragilizada: mulher pobre, que já viveu com um homem, sem família, naquele tempo e lugar era carniça pra ser comida pelos abutres. Até hoje ainda é dependendo do lugar). Então, Grace é quem consegue navegar melhor. Não estamos falando aqui de uma heroína pura que com sua bondade e inocência vence o mal. Não estamos vendo o mal por todo lugar?
Ver um ep da primeira temporada e um da última parece 2 séries diferentes. começou excelente e terminou uma bosta, a cada temporada ia descendo um degrau, mas essa foi um salto mortal pra baixo. pra mim tinha q ter acabado já na terceira, mesmo assim a 2 e a 3 não chegam nem aos pés da primeira
Peaky Blinders: Sangue, Apostas e Navalhas (2ª Temporada)
4.4 260 Assista AgoraQue tombo desde a primeira viu!
Peaky Blinders: Sangue, Apostas e Navalhas (1ª Temporada)
4.4 460 Assista AgoraAchei maravilho, todos os personagens (e atores) são foda, a história bem contada, é uma boa história, e acabou bem, com uma boa conclusão e sem nenhuma ponta solta (tirando o cliffhanger desnecessário do tiro na estação de trem). Fui ver o começo da segunda temporada e achei uma bosta. Não tem mais história (porque é fato, a primeira temporada é uma história completa), começaram draminhas para fazer os personagens renderem, a personalidade deles começou a ficar incoerente, aí larguei. Depois de conversar com uma amiga super fã que me garantiu que as outras temporadas são boas, fui até o meio do quarto episódio da segunda temporada e aí desisti de vez. Para mim, só a primeira temporada de Peaky Blinders é cânone, o resto é resto.
Cara Gente Branca (Volume 2)
4.2 123 Assista AgoraNão gostei muito de como o ritmo da série mudou, ainda é uma série super ótima, mas o ritmo e o enredo da primeira temporada eram muito melhores. Não gostei muito da mudança do estilo, mas adorei como mostraram a escolha difícil da Coco, e a decisão que ela tomou. O episódio simples, sem firula, quase sem trilha sonora, da discussão entre a Sam e o Gabe vale pela temporada inteira, pela escrita, atuação e cenas.
Alias Grace
4.1 278 Assista AgoraMinha explicação:
a questão não é responder a perguntas. Ela matou ou não? É claro que ela não ajudou a puxar o lenço, não faz sentido cada um puxar uma cordinha para estrangular alguém. Ela atiçou o cara ou não? Pode ter estimulado o cara a matar, ou pode não ter feito isso. Se ela planejou a morte junto com o outro ou não não faz nenhuma diferença prática - ela não poderia impedi-lo de matar Nancy e o patrão e nem de matar ela mesma também, nem poderia fugir. Mas faz toda a diferença para saber se é uma assassina ou não. Mas essa é a questão, é por isso que a série é tão inteligente, não é nada banal. Como diz o doutor, ela passou a vida passando pelas maiores brutalidades. Ela poderia descarregar essa raiva na Nancy e no Mr. Kinneard. No final ela vê o cartaz do Jeremiah e diz que vai guardar o segredo dele, como ela guardou o dela. Lembrem que eles discutem se não é sacanagem enganar as pessoas com a hipnose. Será que ela fez um teatro da cena que foi hipnotizada? Será que ela foi possuída pelo espírito da Mary? Mas a Mary não era uma assassina, era uma mocinha inocente, cheia de ideais, apaixonada e ingênua. Será que ela tinha múltipla personalidade? Ou será que ela, inspirada pela combatividade de Mary administra na sua cabeça seu lado agressivo?
Todos os homens que passaram na sua vida ela odiou. Todos eram canalhas e todos eram predadores. Até o Jamie, seu marido, que era bonzinho, era um bonzinho sádico: ele sempre pedia para que ela contasse o que aconteceu com ela no hospício, o que ele causou. Ele pedia perdão e ficava excitado. Não era mau o bastante para ele mesmo levar ao cabo as monstruosidades, mas o sadismo estava ali. Com o doutor, ela diz no começo: não vou ser a sua presa. Não uma presa física, de violência física ou sexual, mas uma presa mental. Acho que ela não gostou dele do jeito que ele gostou dela: é sempre ele que pensa nela romanticamente, o que mostra dela pensando nele é sobre o que ela vai contar pra ele, o que ele quer ouvir. Há uma disputa de poder mental entre os dois.
Para cada homem Grace conta uma história, e no fim, como isso é um livro e uma série, e não um caso real de assassinato, o que importa aqui não é descobrir se ela quis matar também ou foi mais uma vítima do cara, o que importa é ver qual história o mosaico de narrativas conta.
Lembremos que Grace foi criada assistindo o pai espancar e provavelmente estuprar a mãe, e ela passou pela mesma situação quando ela morreu. Ela não era assim tão frágil. Atwood nos apresenta a sociedade repressora, moralista e sacana dos puritanos que canaliza todo o seu sadismo para as mulheres: as mulheres são as vítimas dessa sociedade. Mary, iludida pelo filho do patrão, sem alternativas além de um aborto perigoso e ilegal; Nancy, não se sabe se ela gostava ou não de Mr. Kinneard, o que se sabe é que ele era a única alternativa que ela tinha, um canalha e que mal ela ficou grávida já estava crescendo o olho para Grace e certamente ela seria mais uma vez jogada na rua, e a própria Grace. Todos os homens são uns merdas, Grace só gostou da Mary, e foi para a casa do Mr. Kinneard principalmente por causa da Nancy, para ter a companhia da Nancy. Os homens são todos predadores nessa sociedade.
No final, Nancy, Grace e Mary são costuradas juntas no cobertor, porque elas estão no mesmo barco, na hipnose Grace fala que Nancy compreendeu e é amiga delas agora: são todas vítimas dessa sociedade terrível, e só conseguem sobreviver se aprenderem a navegar nesse mar de perversão. Grace é quem consegue navegar melhor no final, como prevê Jeremiah (Jeremiah, pelo que aparece, é o único que não é monstruoso, mas ao se recusar a se casar com Grace acaba fazendo algo infinitamente egoísta. Mesmo que ele não acredite no casamento, sem o papel passado Grace estaria numa situação ainda mais fragilizada: mulher pobre, que já viveu com um homem, sem família, naquele tempo e lugar era carniça pra ser comida pelos abutres. Até hoje ainda é dependendo do lugar). Então, Grace é quem consegue navegar melhor. Não estamos falando aqui de uma heroína pura que com sua bondade e inocência vence o mal. Não estamos vendo o mal por todo lugar?
O Negócio (4ª Temporada)
3.4 46 Assista Agoranão sei se eu quero ver, pra mim a 3ª temporada acabou bem, se passar mais que isso vai estragar.
True Detective (1ª Temporada)
4.7 1,6K Assista AgoraAcho que o Rust tinha uma mediunidade reprimida
Diário Secreto de uma Call Girl (4ª Temporada)
4.1 28Ver um ep da primeira temporada e um da última parece 2 séries diferentes.
começou excelente e terminou uma bosta, a cada temporada ia descendo um degrau, mas essa foi um salto mortal pra baixo.
pra mim tinha q ter acabado já na terceira, mesmo assim a 2 e a 3 não chegam nem aos pés da primeira
Os Mistérios de Miss Fisher (2ª Temporada)
4.4 14achei que caiu muito em relação a primeira!
perdeu muito do ritmo, da trama e do charme