Juliane Póca

A mais grata surpresa do primeiro semestre do ano.
Um filme leve, que conta a história de Diana (Gal Gado) desde sua infância até sua aventura no mundo "real" em plena primeira guerra mundial. A ingenuidade da protagonista frente a um mundo de opressão perante a mulher e preconceito a negros, indígenas e imigrantes tudo passado de forma delicada mas que junto com o romance com Steve Trevor (Chris Pine) ajudam na formação da personagem.
Direção de arte mandou muito bem, as diferenças entre a ilha das amazonas ou mesmo de Diana de 1918 e dos tempos atuais é muito bem feita, assim como os cenários da cinza Londres. Efeitos visuais acertou em quase todos os momentos as cenas de luta conseguem desenvolver bem e envolver o público
O desenvolvimento do vilão Ares (David Thewlis) acabou não sendo da melhor forma possível e a batalha final parece mais um show de fogos de artifícios (apesar da sua armadura ter ficado muito louca)

A maior incógnita até aqui era... Afinal como uma atriz inexperiência como Gal Gado poderia trazer a vida uma personagem tão forte e esperada como mulher maravilha? Está respondido da melhor forma possível com uma entrega ao personagem que fica evidente em sua interpretação.
Vale a ida ao cinema, parabéns DC até que fim acertaram!!!

Questões religiosas e físicas a parte... Produção simplesmente fantástico de Christopher Nolan, som impecável (em especial mixagem de som e trilha sonora) e atuações de Anne Hathaway e Matthew McConaughey dignas de no mínimo indicação ao Oscar, e o que dizer desse roteiro, a muito tempo não tem um que me agrade tanto.

Filme com uma temática atual, que consegue prender sua atenção do início ao fim apesar de suas quase 3 horas de duração.

Obs: Até o momento um de meus grandes favoritos aos prêmios técnicos da academia, e deve chegar na disputa pelo grande prêmio.

Baseado no livro de Verônica Roth (jovem de apenas 25 anos), divergente trás a talentosa Shailene Woodley (como Beatrice “Tris” Prior) em um mundo pós apocalíptico em que jovens ao completar 16 anos tem que escolher qual seu destino na sociedade, candor (os honestos), abnegation (os altruístas), dauntless (os carojosos), amity (os pacíficos) e erudite (os inteligentes). Qualquer semelhança com Harry Potter (em qual casa você irá ficar), com jogos vorazes (treinamento e combates intensos no pós apocalíptico) não é mera coincidência.
Em meio a muitos esportes radicais e jogos (base da aventura) o filme se perde em muito treinamento de Tris e esquece em boa parte dos 139 minutos da questão política. Um medo do mundo exterior não explicado, sem perigo real, quase inexistente cenas externas e falta de identidade com o cenário, junto com a dependência da protagonista com os coadjuvantes faz com que divergente seja um pouco apático, o que atrapalha em seu desenvolvimento.
O filme mostra nada mais do que a tradicional separação entre “tribos” do mundo real dos adolescente (tradicional grupinhos nas escolas, atletas, patricinhas, nerds, etc.)
De uma forma geral mantém um bom ritmo até seu desfecho, com um desenrolar final um tanto quanto corrido faz com que o filme não nos deixe aquela “ansiedade” para a sequencia.