Carol Kowalski

Li o livro (maravilhoso), não sabia que havia filme, peguei por acaso passando no Studio Universal, ainda no começo. Que grata surpresa!
É uma produção bem modesta, não ficaria surpresa se tiver sido feito pra televisão, mas dá pra ver o carinho e cuidado com que foi feito.
A história segue bem o livro, mas quem não leu deve se atentar à mescla temporal, que no começo pode confundir se não prestar atenção. Mas é muito bem conduzido. E que atuação da atriz principal!! Quem faz a filha dá um ótimo complemento e impulsiona tudo o que a Glenda Jackson tem à oferecer!
É uma história sobre paciência, Alzheimer, mistério, amizade e como laços familiares não se quebram nem se perdem, mesmo que perdidos dentro da mente. Filme pra refletir sobre inúmeros assuntos.
Estava marcado como thriller, mas julgo ser mais um drama/mistério/policial. Gostei demais!

O filme funcionou muito bem pra mim, mas concordo que provavelmente não do jeito que os idealizadores queriam
Eu sou uma pessoa que conhece o Bob Marley da rádio: músicas mais conhecidas, rastafari, erva, Ziggy Marley, Jah, reggae e câncer. Achava as músicas bem impactantes e simbolizar, mas por não fazer parte da minha realidade ou qualquer herança histórica familiar, não tinha noção da profundidade delas.
Também sabia pouco do contexto jamaicano da época, mas sabia do mesmo jeito que sei sobre guerra civil e outros recortes históricos, não tinha noção de como o Bob entrava nessa disputa política (ou "foi entrado" com um dos lados antecipando as eleições, no que bom a saber ter sido o provável motivo do atentado).
Dito isso, o filme é musical demais de forma que a parte da narrativa fica rasa em vários momentos onde só jogam um acontecimento no nosso colo sem dar qualquer explicação (quem sabe sabe, quem não sabe se vira pra saber depois). Poderiam ter falado muito mais sobre sua infância, como veio a fama, por que entrou pro rastafari; ou mesmo se aprofundar mais no próprio recorte de tempo escolhido pra biografia.
Porém, ao mesmo tempo o filme abordou (novamente, de forma pincelada) vários pontos que foram interessantes pra mim, me fazendo querer conhecer mais sobre ele, sua esposa,a importância da religião, seus filhos, as tretas no casamento e com o Tailor, o que foi essa guerra e o tanto que afetou ele, processo de criação (acho que menosprezaram demais essa parte artística dele com um "Jah me mostra" e compondo "do nada"). Desde que vi, viu alguns vídeos documentários sobre ele no YouTube, e descobri uma figura muito mais profunda do que sequer imaginava, e o quanto impactou na política (de políticos e de gangues) da Jamaica.
O filme né estou como uma vitrine, uma propaganda que me despertou a curiosidade em saber mais. Sei que não é todo mundo que vai ter isso, ou mesmo que o filme vai funcionar, e tudo bem, super entendo. Acho que funcionou pra mim por sorte mesmo, mas ainda assim acho que vale a experiência pra quem ainda não viu

Tentei, mas não rolou. Entendo a MEGA importância que o giallo tem pro terror/horror, mas não é o estilo que me cativou. E tudo bem.
Entretanto, se for pra ver um giallo ou Argento, ainda prefiro Prelúdio para Matar.