ainda encantada em como conseguiram criar o roteiro inserindo aqueles errinhos que acontecem nos diálogos naturais, tipo falar algo e só pensar no absurdo do que foi dito na metade da frase, errar a pronuncia de uma palavra ou a concordância dela e isso soar engraçado ou o motivo de fulano te corrigir e a comunicação continuar sem empecilhos, falar uma palavra substituindo a outra que acabou de ser dita na tentativa de se expressar melhor. são detalhes que vivenciando a gente muitas vezes não pensa sobre, mas torna as conversas fluidas. tudo isso ganhou um tom de realidade que é incrível pra uma série de comédia dramática que acontece tão focada nas conversas dos personagens, o que pra mim foi legal poder prestar atenção no que eles tinham a dizer, de tal maneira que senti que passa exatamente a ideia do que rita diz sobre "não rir das piadas e sim das situações". o humor tá totalmente na essência cotidiana e eu amo isso.
Terminei essa temporada sem saber o que sentia. O final me fez querer chorar, mas de um jeito talvez bom: foi como se eu precisasse ouvir aquilo depois de tantos trancos e ainda assim não aliviasse totalmente o aperto, contudo, aliviasse um pouco. A maior pontada que senti, porém, foi quando o Bojack conversa com a Diane e ela questiona se as coisas tivessem acontecido de tal forma e ele tivesse realizado as coisas como desejava se ele se sentiria feliz e a resposta era sempre um “por um tempo” daí fica aquilo de “teria feito diferença?” – é que é complicado quando tem muito mais a ver com a forma que nos sentimos sobre as coisas do que, de fato, como as coisas acontecem. No final das contas, é a forma que nos sentimos que vai dizer o que as coisas significam pra gente, não importa quão aparentemente sortudos sejamos por termos conquistado tal coisa na vida. Afinal, como é que a gente se sente sobre essas coisas conquistadas? isso que vai gritar na gente. Aquele diálogo que o Bojack tem com o Sr. Peanutbutter sobre como ele sente inveja do Sr. Peanutbutter já que tudo “vem tão fácil pra ele” diz tanto sobre isso. O Sr. Peanutbutter responde: "E para você, não? você é um astro do cinema milionário, com uma namorada que te ama, fazendo seu filme dos sonhos. O que mais você quer? O que mais o universo pode estar te devendo?" E o Bojack diz: "Eu quero me sentir bem comigo mesmo. Como você. E eu não sei como. Não sei se consigo. Sinto muito, Sr. Peanutbutter. Você não sabe o quanto eu sinto."
Quando Diane questionou aquilo de se, afinal, ele teria sido realmente feliz em algum momento da vida e a gente vê como ele busca uma lembrança longínqua, o que era muito mais uma idealização do que o faria feliz do que uma fórmula pra felicidade (ou uma explicação do que seria felicidade pro Bojack). Daí ele sai de LA por não gostar de quem é, por não se sentir feliz e querer encontrar a felicidade (e fugir de tudo que não lhe parece feliz) e, depois, já estando no Novo México vem aquele diálogo com a Charlotte sobre não ser LA o tal problema, mas a própria pessoa de acordo com a forma que sente sobre si – e isso não muda de acordo com o lugar que estamos. Fiquei pensando nisso por ser uma verdade gigantesca; mais do que o lugar que estamos, o que faz o momento são as pessoas. Mais que isso, se é a convivência que “faz o lugar”, imagina então o que não faz a nós mesmos? Logo nós, que convivemos 24h com nós mesmos, sem escolhas.
É uma série incrível. Uma série sobre depressão com infinitas metáforas.
O primeiro episódio é: caramba. Foi como assistir Her recebendo mais um amontoado de socos no estomago. Meu episódio favorito da série até então.
Fiquei pensando o tempo inteiro na questão de que nossas reais características estão nas coisas mais improváveis que só conhece quem já mergulhou fundo na gente, como aconteceu com Bee Gees. Uma série de tweets ou de outras postagens na internet não seriam suficientes pra dizer isso: que ele, contra todas as expectativas, na verdade gostaria de Bee Gees. Não é atoa que "a cópia dele" diz que é brega. Ele, em si, não disse isso. E isso me fez mergulhar nessa questão de que nossas particularidades não seguem uma fórmula. De como somos essas características mais bobas, pequenas - que na verdade não são assim tão bobas e pequenas.
E toda essa visão do episódio, de um adeus procrastinado. As coisas tem seu fim. Depois disso são só as ilusões que a gente escolheu pra gente.
A verdade é que até o penúltimo episódio dessa temporada eu só conseguia pensar que estava perfeito, ainda que já tivesse visto uma avalanche de comentários negativos; inclusive, antes de assistir o último episódio falei para uma amiga que não podia entender como ela odiou a última temporada. Sei lá, pra mim, tratava-se de uma melancolia bonita de forma que, sabe, eu sorria fácil. E da mesma maneira que sorria, volta e meia lá estava cisquinhos me arrancando lágrimas, assim como foi com o episódio da Daisy. Esse nome, Daisy. Uma das coisas que mais amei nessa série foi o seu amontoado de significados, cada coisinha, mesmo a escolha de um nome possui um significado maior. E é tão bonito. Foi pensando nisso que me preparei para o final. De fato eu torcia por um clichê. Um final feliz. Porém eu esperava pela morte da Mother que seria compensada com uma despedida digna. Eu esperava pelo Ted seguindo em frente porém esse seguir em frente não implicaria um "seguir em frente com a Robin" porque afinal aquilo pra mim já era passado, ponto. Vi casais perfeitos se formarem, então, que seguíssemos com esses casais. No inicio eu torci por Ted e Robin e até me entristeci com a ideia de que seria utópico pelo fato do destino já dado ao personagem Ted de que ele se casaria com outra mulher que seria a mãe de seus filhos, foi então que moldaram a personalidade da Robin de uma forma que a distanciava por completo desse ideal de 'futuro tranquilinho com filhos' e deram a ela um rumo que, portanto, não combinaria com o Ted. Não mais. Acabei desapegando deles dois com a ajuda do roteiro. E é fácil chegar a esse desapego por essa ideia de que a Robin não é nenhuma "menininha" (que seria o par ideal do Ted), a ideia de que a Robin não consegue fazer muita amizade com garotas porque ela não segue um padrãozinho de garotas (diferente de lá no primeiro episódio que ela está com um grupo de garotas e joga a bebida no rosto do Ted pela amiga que terminou um relacionamento - ou algo do tipo -), logo, é nítida essa mudança; vi como uma adaptação de roteiro pra aproximar a outro personagem no caso, Barney. E eu amei tanto Barney e Robin que fiquei feliz pelos dois. Não engoli a separação repentina de Barney e Robin. Não engoli o fim dado ao Barney. Tudo bem, ele teve uma filha, essa sim seria o grande amor da vida dele: foi bonito, tá. Mas foi tão pouco. Um pai solteiro com o grupo que ele tanto preza se dividindo. Me doeu tanto. Achei tão infeliz, tão pouco pra grandeza do personagem. Mas eu aceitaria tudo isso de forma muito mais tranquila se não resultasse, afinal, no que já citei: a separação do grupo. Foi principalmente por esse detalhe que eu torci pra que até o final do capitulo eu fosse presenteada com o clichê de todo mundo unido, apesar das rasteiras que a vida dá. Mesmo que Barney e Robin se separassem, mesmo que Robin tivesse uma carreira agitada, mesmo que Ted fosse um pai ocupado, mesmo que... mesmo que. Mesmo que qualquer coisa. Me doeu a Robin falando pra Lily que o grupo não era mais um grupo. O melhor da série é esse vinculo de amizade, é o que conquista logo de cara. Mas eu não odiei o final - eu acabei com um aperto no peito, um monte de lágrimas e um estoque de sorrisos, também. Foi um final mais cru, ousado, inesperado e vou ficar pensando nele por um bom tempo. Com seus troncos e barrancos, achei lindo. Não concordei com tudo, mas não tiro a sua beleza porque sim, há beleza. Espero ver o final alternativo e levar o melhor de cada um. Ah! E só pra provar que essa última temporada não me deu apenas lágrimas já deixo avisado que ri até ficar vermelha com aquilo do Marshall pensando em um inseto com peitos. Enfim, é tudo pra dizer que já tô com saudade. E muita.
Round 6: O Desafio (1ª Temporada)
3.1 91só queria que
o phil
The Walking Dead: Daryl Dixon (1ª Temporada)
3.8 44menino chato
Shippados (1ª Temporada)
3.8 96ainda encantada em como conseguiram criar o roteiro inserindo aqueles errinhos que acontecem nos diálogos naturais, tipo falar algo e só pensar no absurdo do que foi dito na metade da frase, errar a pronuncia de uma palavra ou a concordância dela e isso soar engraçado ou o motivo de fulano te corrigir e a comunicação continuar sem empecilhos, falar uma palavra substituindo a outra que acabou de ser dita na tentativa de se expressar melhor. são detalhes que vivenciando a gente muitas vezes não pensa sobre, mas torna as conversas fluidas. tudo isso ganhou um tom de realidade que é incrível pra uma série de comédia dramática que acontece tão focada nas conversas dos personagens, o que pra mim foi legal poder prestar atenção no que eles tinham a dizer, de tal maneira que senti que passa exatamente a ideia do que rita diz sobre "não rir das piadas e sim das situações". o humor tá totalmente na essência cotidiana e eu amo isso.
Lances da Vida (3ª Temporada)
4.5 182 Assista Agorasdds cachinhos da peyton
BoJack Horseman (2ª Temporada)
4.4 173Terminei essa temporada sem saber o que sentia. O final me fez querer chorar, mas de um jeito talvez bom: foi como se eu precisasse ouvir aquilo depois de tantos trancos e ainda assim não aliviasse totalmente o aperto, contudo, aliviasse um pouco. A maior pontada que senti, porém, foi quando o Bojack conversa com a Diane e ela questiona se as coisas tivessem acontecido de tal forma e ele tivesse realizado as coisas como desejava se ele se sentiria feliz e a resposta era sempre um “por um tempo” daí fica aquilo de “teria feito diferença?” – é que é complicado quando tem muito mais a ver com a forma que nos sentimos sobre as coisas do que, de fato, como as coisas acontecem.
No final das contas, é a forma que nos sentimos que vai dizer o que as coisas significam pra gente, não importa quão aparentemente sortudos sejamos por termos conquistado tal coisa na vida. Afinal, como é que a gente se sente sobre essas coisas conquistadas? isso que vai gritar na gente. Aquele diálogo que o Bojack tem com o Sr. Peanutbutter sobre como ele sente inveja do Sr. Peanutbutter já que tudo “vem tão fácil pra ele” diz tanto sobre isso. O Sr. Peanutbutter responde:
"E para você, não? você é um astro do cinema milionário, com uma namorada que te ama, fazendo seu filme dos sonhos. O que mais você quer? O que mais o universo pode estar te devendo?"
E o Bojack diz: "Eu quero me sentir bem comigo mesmo. Como você. E eu não sei como. Não sei se consigo. Sinto muito, Sr. Peanutbutter. Você não sabe o quanto eu sinto."
Quando Diane questionou aquilo de se, afinal, ele teria sido realmente feliz em algum momento da vida e a gente vê como ele busca uma lembrança longínqua, o que era muito mais uma idealização do que o faria feliz do que uma fórmula pra felicidade (ou uma explicação do que seria felicidade pro Bojack). Daí ele sai de LA por não gostar de quem é, por não se sentir feliz e querer encontrar a felicidade (e fugir de tudo que não lhe parece feliz) e, depois, já estando no Novo México vem aquele diálogo com a Charlotte sobre não ser LA o tal problema, mas a própria pessoa de acordo com a forma que sente sobre si – e isso não muda de acordo com o lugar que estamos. Fiquei pensando nisso por ser uma verdade gigantesca; mais do que o lugar que estamos, o que faz o momento são as pessoas. Mais que isso, se é a convivência que “faz o lugar”, imagina então o que não faz a nós mesmos? Logo nós, que convivemos 24h com nós mesmos, sem escolhas.
É uma série incrível. Uma série sobre depressão com infinitas metáforas.
Black Mirror (2ª Temporada)
4.4 753 Assista AgoraO primeiro episódio é: caramba. Foi como assistir Her recebendo mais um amontoado de socos no estomago. Meu episódio favorito da série até então.
Fiquei pensando o tempo inteiro na questão de que nossas reais características estão nas coisas mais improváveis que só conhece quem já mergulhou fundo na gente, como aconteceu com Bee Gees. Uma série de tweets ou de outras postagens na internet não seriam suficientes pra dizer isso: que ele, contra todas as expectativas, na verdade gostaria de Bee Gees. Não é atoa que "a cópia dele" diz que é brega. Ele, em si, não disse isso. E isso me fez mergulhar nessa questão de que nossas particularidades não seguem uma fórmula. De como somos essas características mais bobas, pequenas - que na verdade não são assim tão bobas e pequenas.
E toda essa visão do episódio, de um adeus procrastinado. As coisas tem seu fim. Depois disso são só as ilusões que a gente escolheu pra gente.
Como Eu Conheci Sua Mãe (9ª Temporada)
4.1 1,3K Assista AgoraA verdade é que até o penúltimo episódio dessa temporada eu só conseguia pensar que estava perfeito, ainda que já tivesse visto uma avalanche de comentários negativos; inclusive, antes de assistir o último episódio falei para uma amiga que não podia entender como ela odiou a última temporada. Sei lá, pra mim, tratava-se de uma melancolia bonita de forma que, sabe, eu sorria fácil. E da mesma maneira que sorria, volta e meia lá estava cisquinhos me arrancando lágrimas, assim como foi com o episódio da Daisy. Esse nome, Daisy. Uma das coisas que mais amei nessa série foi o seu amontoado de significados, cada coisinha, mesmo a escolha de um nome possui um significado maior. E é tão bonito. Foi pensando nisso que me preparei para o final. De fato eu torcia por um clichê. Um final feliz. Porém eu esperava pela morte da Mother que seria compensada com uma despedida digna. Eu esperava pelo Ted seguindo em frente porém esse seguir em frente não implicaria um "seguir em frente com a Robin" porque afinal aquilo pra mim já era passado, ponto. Vi casais perfeitos se formarem, então, que seguíssemos com esses casais. No inicio eu torci por Ted e Robin e até me entristeci com a ideia de que seria utópico pelo fato do destino já dado ao personagem Ted de que ele se casaria com outra mulher que seria a mãe de seus filhos, foi então que moldaram a personalidade da Robin de uma forma que a distanciava por completo desse ideal de 'futuro tranquilinho com filhos' e deram a ela um rumo que, portanto, não combinaria com o Ted. Não mais. Acabei desapegando deles dois com a ajuda do roteiro. E é
fácil chegar a esse desapego por essa ideia de que a Robin não é nenhuma "menininha" (que seria o par ideal do Ted), a ideia de que a Robin não consegue fazer muita amizade com garotas porque ela não segue um padrãozinho de garotas (diferente de lá no primeiro episódio que ela está com um grupo de garotas e joga a bebida no rosto do Ted pela amiga que terminou um relacionamento - ou algo do tipo -), logo, é nítida essa mudança; vi como uma adaptação de roteiro pra aproximar a outro personagem no caso, Barney. E eu amei tanto Barney e Robin que fiquei feliz pelos dois. Não engoli a separação repentina de Barney e Robin. Não engoli o fim dado ao Barney. Tudo bem, ele teve uma filha, essa sim seria o grande amor da vida dele: foi bonito, tá. Mas foi tão pouco. Um pai solteiro com o grupo que ele tanto preza se dividindo. Me doeu tanto. Achei tão infeliz, tão pouco pra grandeza do personagem. Mas eu aceitaria tudo isso de forma muito mais tranquila se não resultasse, afinal, no que já citei: a separação do grupo. Foi principalmente por esse detalhe que eu torci pra que até o final do capitulo eu fosse presenteada com o clichê de todo mundo unido, apesar das rasteiras que a vida dá. Mesmo que Barney e Robin se separassem, mesmo que Robin tivesse uma carreira agitada, mesmo que Ted fosse um pai ocupado, mesmo que... mesmo que. Mesmo que qualquer coisa. Me doeu a Robin falando pra Lily que o grupo não era mais um grupo. O melhor da série é esse vinculo de amizade, é o que conquista logo de cara. Mas eu não odiei o final - eu acabei com um aperto no peito, um monte de lágrimas e um estoque de sorrisos, também. Foi um final mais cru, ousado, inesperado e vou ficar pensando nele por um bom tempo. Com seus troncos e barrancos, achei lindo. Não concordei com tudo, mas não tiro a sua beleza porque sim, há beleza. Espero ver o final alternativo e levar o melhor de cada um. Ah! E só pra provar que essa última temporada não me deu apenas lágrimas já deixo avisado que ri até ficar vermelha com aquilo do Marshall pensando em um inseto com peitos.
Enfim, é tudo pra dizer que já tô com saudade. E muita.
American Horror Story: Murder House (1ª Temporada)
4.2 2,2KSó conseguia pensar: "por favor, mais uma alma não!"