A segunda temporada começa promissora, mas se perde ao longo dos episódios e termina sendo inferior a primeira. Assim como na temporada anterior o ritmo cai na segunda metade da produção, porém aqui a queda é mais brusca o que deixa muito claro que dez episódios foi um exagero e cinco ou ou seis seriam mais que suficientes.
Gostei de como a série inicia mostrando as andanças dos padres pela América fazendo exorcismos, quase como um road movie sobre possessão demoníaca. Talvez fosse melhor ter investido mais nisto, considerando que a estória principal não teve muito para mostrar e se estendeu demais.
Achei as cenas de beijo gay do padre desnecessárias, não que a discussão sobre sua homossexualidade não fosse válida, mas as cenas de beijo soaram meio gratuitas e foram um exagero. O que nos faz entender que estas constaram apenas para gerar polêmicas e de fato o diretor concedeu entrevistas entrando em conflito com as opiniões contrárias. Chegando ao ponto aconselhar alguns espectadores a abandonar a série. Coincidentemente a série foi cancelada, após estes problemas.
Outro ponto que achei mal conduzido foi o arco da perseguição do Vaticano aos dissidentes. Fato que deixou um sentimento de oportunidade desperdiçada. A conexão entre Marcos e Mouse também poderia ter sido melhor explorada na série.
Ben Daniels continua sendo o destaque positivo da série, enquanto Alfonso Herrera além de possuir menos destaque me parece um tanto tímido, mas acredito que o mesmo tenha sido um tanto prejudicado pelo roteiro.
Apesar de ser basicamente um drama adolescente, no que diz respeito aos dilemas vividos pelos personagens, a série é muito boa pois tem um roteiro interessante aliado a uma trama que consegue criar um bom clima de suspense apostando em criar micro situações que vão sendo desfeitas a conta gotas durante a mesma, até que o suspense principal é mantido até o derradeiro episódio.
As transições entre os períodos são bem feitas, mas acabam sendo exageradas em numero, pois em cada episódio são feitas pelo menos umas dez passagens por cada um dos três anos mostrados na série e isto muitas vezes acaba incomodando.
Infelizmente a série se estende demais, mesmo que todos os episódios tenha situações interessantes, o numero dez é demasiado exagerado. O final apesar de surpreendente também julgo um pouco tanto decepcionante.
Depois de muito adiar assisti ao primeiro episodio para ver como era e acabei vendo cinco seguidos. A série acerta em muitos pontos, principalmente na ação e na sensação de perigo presente. Estamos o tempo todo alerta esperando algo acontecer.
Com poucos diálogos e mais focada na fuga dos zumbis ou na busca por um lugar seguro, opta por não desenvolver muito os personagens, aliás uma coisa que a mesma não possui é apego a qualquer um deles, o que pode desagradar alguns, mas por outro lado temos sempre a sensação de que algo dará errado.
Os episódios curtos também são um ponto positivo, não cansam, mas poderiam ter mantido a média de 40 minutos de duração e reduzir dois episódios consequentemente. Os subtítulos tão questionados por muitos são uma boa ideia, mas alguns episódios os tem em numero exagerado.
Ao menos nesta temporada Black Summer faz bem em fugir de dilemas e diálogos intermináveis como feito por outras séries mais famosas de zumbi. É quase um road movie apocalíptico que lembra bastante o filme 28 Days Later, o que considero um grande acerto.
Mais uma boa produção espanhola de suspense. A série usa aquele velho padrão de construir um mistério e espalhar uma série de pistas falsas para serem seguidas através da trama até a revelação final.
Alguns personagens são inseridos apenas por conveniência, aliás algumas conveniências de roteiro também existem e soam um pouco forçadas. Talvez reduzindo uns dois episódios ficaria tudo mais fluido.
o que mais me incomodou foi o tal golpe de Mauro e Viruca, não ter sido explicado. Qual exatamente era o golpe planejado e como ela iriam tirar dinheiro do empresário ? Lembremos que o tal vídeo que virou chantagem só apareceu depois do envolvimento de Viruca com ele.
Inma Cuesta, linda, cumpre bem a missão de levar a história nas costas e consegue ofuscar a não menos bela Bárbara Lennie que interpreta uma personagem com tantas nuances que nos cansa um pouco.
Vejo muitos reclamando da Raquel e suas atitudes, de fato ela se envolveu demais com a Viruca, mas não vejo nada na personagem que não fossem reações normais de pessoas comuns, ainda mais se considerarmos alguém que sofria com problemas psicológicos.
Enquanto na temporada anterior tínhamos um caso de exploração sexual envolvendo menores e possivelmente alguns amigos ricos em uma festa numa casa de campo, agora temos um intrincado sistema abuso sexual de menores, incluindo tortura, gravação de filmes snuff e envolvendo grandes personalidades da sociedade. E tudo culmina em uma grande festa em uma imensa mansão vitoriana. A própria festa de Murias ganhou agora outra dimensão, pois como havíamos visto anteriormente apenas um pequeno quarto escondido com alguns brinquedos BDSM. Imagine o que pode haver na terceira temporada, cujo gancho está on.
A primeira temporada abusa de jogar pistas falsas no caminho do espectador para nos fazer duvidar de personagens e valorizar a trama, já a segunda usa o recurso de falta de memória da protagonista com o mesmo objetivo. É nítido o incremento do orçamento para esta temporada, fato que influenciou não só o método de filmagem como o estilo de direção. Tudo aqui é mais bem acabado, ainda existem algumas atuações fracas, mas tecnicamente houve um grande avanço.
A série é mais um produto europeu de baixo orçamento trazido a luz pela Netflix que vale ser visto sem preconceitos.
A serie é boa, consegue sem enrolar e sem correr em demasia ir criando um clima interessante e prendendo a atenção do espectador. Acho que perde força nos três últimos episódios ao forçar algumas situações e
Chamo a atenção para as cenas de possessão da garota Casey que são muito bem conduzidas, assim como as que envolvem as tentações aos padres.
Aliás, tanto Alfonso Herrera como Ben Daniels foram ótimas escolhas e suas interpretações são um dos destaques da produção principalmente o segundo, Marcus Keane é o mais complexo e melhor personagem da trama. Hannah Kasulka também está ótima e sua interpretação como possuída impressiona.
Se há um pecado na série é o fato de mostrar demais principalmente a partir da segunda metade dos episódios, determinadas situações poderiam ter sido apenas sugeridas e assim causariam um maior impacto na mente dos espectadores.
Nos próximos anos teremos uma nova trilogia de cinema baseada no filme de 1973, resta esperar para ver os rumos que estes filmes irão tomar.
A forma com que a série é filmada e o fato dos atores usarem pouca maquiagem chama a atenção, pois torna tudo mais real, embora por outro lado aparente falta de orçamento.
Trata-se de uma serie investigativa interessante que usa e abusa da tática de jogar pistas falsas durante toda a exibição, mas consegue entreter e nos manter interessados.
Achei muito interessante assistir em Galego e ver como a língua transita entre o português e o espanhol. Fato que algumas atuações estão abaixo do esperado, mas nada que interfira tanto na imersão do espectador.
Por fim, é mais uma boa surpresa da Netflix em matéria de series europeias e me interessou sim em ver a continuação.
O processo é mais uma boa produção europeia da Netflix que poucos tem a oportunidade ou interesse de acompanhar. Aqui temos dois antagonistas, uma promotora e um advogado sem escrúpulos, ambos capazes de quase tudo para vencer um caso que os toca mais intimamente que o normal por razões diferentes.
Elena Guerra é uma excelente personagem e possui um drama existencial bom de se acompanhar, mais interessante até do que tal processo que dá titulo à produção, pois este tem tantas idas e vindas que acabam nos deixando com pouca paciência. Sem falar que considerando os mistérios envolvidos, o numero de episodio é exagerado.
Guerra e Barone são dois personagens interessantes que poderiam até protagonizar outra temporada como o final de certa forma sugere.
O roteiro abusa de subterfúgios já conhecidos para nos fazer desconfiar de determinada situação ou personagem errados, mas uma certa falta de objetividade e algumas decisões pouco coerentes de certos personagens acabam por os jogar pequenos copos de água fria no rosto.
Um bom protagonista e uma cidadezinha digna de Stephen King. Assim é Znaki, série polonesa que de tanto sucesso na TV local, ganhou um contrato com a Netflix.
Esta segunda temporada apresenta uma certa guinada de rumo que pode não agradar a muitos,
particularmente a inserção do realismo fantástico foi uma mudança que não me agradou. Embora a própria tradução do nome original da série já entregasse.
Além de possuir uma abertura, visto que a primeira temporada sequer tinha uma, conhecemos mais sobre outros personagens da cidade que havíamos visto apenas superficialmente, como o misterioso jovem padre e o não menos misterioso Jonasz.
Aqui também temos explorado o tema dos alemães e o interesse deles pela região durante a segunda guerra. Mantendo o padrão da temporada anterior onde a primeira metade dos episódios serve apenas para semeadura de mistérios e o final deixa mais perguntas do que repostas, o amago da série é mesmo os dramas vividos pelos Trela.
Znaki ainda não foi renovada e depender da Netflix não nos trás um bom presságio sobre conseguirmos ver a possível conclusão da trama da família Trela, tomara que em 2022 ou 2023, os ainda interessados tenham esta oportunidade.
Nas minhas buscas por séries investigativas me deparei com esta, depois de algum descrédito resolvi dar uma chance e o primeiro episódio me convenceu a ponto de assistir ambas as temporadas disponíveis em apenas um final de semana.
Somos apresentados a Trela um homem fracassado que tenta recomeçar a vida em uma cidadezinha na fronteira entre a Polônia e a República Tcheca. Além de acompanhar o drama do protagonista e sua filha nos deparamos com algo que transita entre uma trama de serial killer e um drama religioso. E é justamente esta dualidade que de certa forma nos atinge negativamente. Mas quem buscar o significado de Znaki (nome original) irá entender um pouco mais do que se trata a trama.
Fato que é preciso um tanto de paciência para acompanha-la, pois o ritmo lento e um tanto intrincado nos faz pensar que várias coisas poderiam ser mais diretas, aqui vejo que poderiam ter sido economizados uns dois ou três episódios sem prejuízo da trama como um todo.
As atuações não são ruins, embora não haja muito destaque e o roteiro não é dos mais inspirados. Mas a direção segura, a bela fotografia e alguns cenários belíssimos que salvam parte dos episódios.
Na série acompanhamos a protagonista ainda abatida pela recente perda do filho, um assunto que a mesma faz questão de evitar ao máximo, usando como subterfugio a dedicação ao trabalho de detetive. Mare of Easttown é uma série sobre perdas, praticamente tudo que entra na vida da protagonista acaba sendo invariavelmente perdido e os reflexos destas perdas se acumulam nas costas dela como caixas que a mesma necessita carregar.
A trama caminha como um suspense investigativo interessante e até instigante até o quinto episodio, quando muda após o terrível acontecimento no final do mesmo. A partir daí perde-se um pouco do encanto da trama e intensifica-se um festival de pequenos plot twists que a mim acabaram sendo exagerados, seja pela sua quantidade ou o pequeno impacto de cada um, mas principalmente porque alguns deles soam um tanto forçados. Além disto, infelizmente algumas cenas acabam sendo vazias como o plot dos três adolescentes, o que me fez reduzir um pouco a nota da produção.
Particularmente também acho que a produção se estendeu demais, o sétimo e último episódio por exemplo entendo ter sido desnecessário. Mas nos concentremos nos méritos da excelente Kate Winslet, acho que finalmente conseguiu o personagem merecido, e no competente elenco de apoio.
Mais um grande trabalho de Oriol Paulo, um dos maiores especialistas em suspense do cinema europeu. Aqui temos mais um série que deve ser vista com o mínimo conhecimento possível do enredo.
A série tem uma excelente pegada nos dois primeiros episódios e é muito interessante ter ambos os episódios fechando com praticamente a mesma cena. Alguns dos episódios centrais possuem algumas situações se que tornam levemente repetitivas, mas nada demais.
O último episodio me pareceu extremamente desnecessário, teria sido mais conveniente terminar no penúltimo com um pequeno ajuste em seu final. Assim como todos os trabalhos de Oriol que assisti, o mesmo gosta de terminar suas produções explicando todos os detalhes sobre tudo, talvez seja um esforço para não deixar pontas soltas, mas existem certas situações que a meu ver não precisam ser didaticamente explicadas ao espectador.
O elenco todo vai muito bem, embora eu tenha achado o excelente Mario Casas um tanto apagado na atuação. Fato também que seu personagem apesar de dono do titulo, não domina as telas na maioria dos episódios deixando mais espaço para as competentes Aura Garrido e Alexandra Jiménez.
Em matéria de series eis uma produção que vale muito acompanhar.
Servant cujo subtítulo deveria ser: "Entre umas e outras" é o tipo de produção que consegue despertar a atenção de quem se propuser a assistir.
Quando assisti a primeira temporada tive a sensação de que seria difícil manter a série por muito tempo face o numero de respostas necessários, então quando soube que Shyamalan planeja 60 episódios recebi um choque. Agora após assistir a segunda temporada me sinto mais aliviada e até intrigada por ter gostado tanto da mesma.
O clima de mistério continua envolvente, as boas atuações presentes e o alivio cômico sempre bem posicionado fazem da série uma delicia para se acompanhar. Os episódios curtos também a valorizam demais.
De fato ainda que a personagem Dorothy seja irritante e exagerada, a performance de Lauren Ambrose continua maravilhosa ainda que por vezes caricata. Rupert Grint continua como uma presença que chama a atenção e agora temos mais tempo de tela para a enigmática Leanne, o que nos deixa ver mais da competente Nell Tiger Free.
Em suma, Servant é como um bom vinho e merece ser apreciada sem pressa de se chegar ao fim da garrafa. E que venha a terceira temporada já prevista.
Bem superior a primeira, principalmente se considerarmos que aqui temos vários episódios marcantes. O humor característico da série também continua presente e agora ainda servindo como alivio cômico para algumas cenas bem pesadas.
Um ponto muito positivo foi ter tirado um pouco o foco de Earn e dado mais oportunidades aos demais personagens. Ver Alfred, Darius e Van estrelando episódios inteiros só agrega pontos a série, sem comentar que foram alguns destes os melhores da temporada. O roteiro repleto de diálogos sensacionais também permanece, porém está mais maduro e reflexivo.
Confesso que se a primeira temporada me fez duvidar do hype, a evolução da segunda foi uma espécie de alento. E que venha este ano a terceira temporada que finalmente chegará.
A sequencia dos primos sentados em frente a bandeira confederada e ao ritual de iniciação da irmandade e que ainda termina com o Tracy furtando os rapazes é icônica.
Uma excelente série que trata de temas pesados, recheada de cenas impactantes não só no terror físico quanto psicológico. Sugiro que seja assistida sem se saber muito a respeito.
O ponto mais questionável é que vemos repetidas vezes cenas e situações praticamente idênticas, o que acaba cansando um pouco e faz a série talvez perder oportunidades de mostrar mais conteúdo. Acredito ter havido certo exagero na duração, achei que dez episódios talvez tenham sido demais.
A trilha sonora e as atuações são muito boas. O olhar da menininha com raiva é sensacional.
A serie é muito legal, só não acho que seja tudo isso que muitos comentam. Alguns episódios são sensacionais fazendo o que a série faz de melhor que é tocar em assuntos sérios brincando com isso.
A forma como a série trata temas como o racismo, sem autoritarismo ou vitimização deveria ser um exemplo a ser seguido.
A serie possui um suspense bem instigante e bom de acompanhar e tem pitadas de humor muito bem sacadas, principalmente com o personagem Julian. Os episódios curtos dão um ritmo interessante e ajudam os que gostam de maratonar séries.
As atuações são boas, Lauren Ambrose muito bem, mesmo com um certo excesso de caricatura do personagem.
O estilo tem uma mudança a partir do sétimo episódio que pode desagradar alguns.
Ignorando o titulo caça niqueis e o fato do cancelamento precoce não ter deixado que todos os arcos narrativos se fechassem, temos:
A serie é visualmente muito bonita, tanto os cenários, quanto figurinos e automóveis são caprichados o que certamente a torna cara e logicamente sem uma boa audiência bem difícil de ser mantida em produção, fato que certamente foi o motivo de seu cancelamento. Pena, pois tínhamos uma boa história e bons personagens envoltos em uma trama que merecia ao menos mais uma temporada.
Nas atuações destaco o trabalho de Rory Kinnear como o médico indeciso, o competente Nathan Lane e o sempre enigmático Thomas Kretschmann, além de podermos conferir o último trabalho de Brian Dennehy, apesar de possuir apenas uma cena.
Infelizmente, o fato de usar em vão o nome de Penny Dreadful fez com que muitos avaliassem a série abaixo do merecido.
PS: Só eu achei Daniel Zovatto muito parecido com o Daniel Sam ?
Ótima série, esta produção original da BBC é um excelente achado no catalogo da Netflix. A série tem um clima de produções japonesas e o tema Yakuza é bem explorado, mesmo sem que se entre muito nos meandros da organização.
O ritmo que vai deveras misterioso e interessante até o quarto episódio dá certa arrefecida na segunda metade da série, quando determinadas situações não muito necessárias são mostradas e a tentativa de desenvolver alguns personagens acaba dando certa morosidade ao seu desenvolvimento.
Não ter sido renovada não chega a ser tão ruim, visto que o arco da primeira temporada foi devidamente fechado.
A série mantém todas as qualidades da temporada inicial, porém agora está mais direta. O humor ácido e o texto bem estruturado permanecem, sem falar nas músicas do John que estão ainda melhores tanto no original quanto na versão dublada em português, aliás destaca-se o excelente trabalho de adaptação das letras.
As atuações continuam em grande nível e a maior participação dos personagens secundários premia o excelente elenco de apoio. Definitivamente Michael Dorman merecia outros trabalhos de destaque. A redução de 2 episódios em relação a temporada anterior como eu havia dito na primeira foi benéfica.
Pena não ter sido renovada para a terceira temporada, apesar de ser algo compreensível visto ser um produto que agrade a todos os gostos. Tínhamos um gancho preparado, mas também não podemos dizer que não há um fechamento do arco.
Extremamente original a série é muito boa, o roteiro é extremamente bem amarrado, o humor é muito bem dosado. Em suma, a sua qualidade é indiscutível, mas é preciso ter paciência para assistir. Particularmente achei demais os 10 episódios, eu reduziria uns dois aí.
Mais uma representante das boas séries brasileiras da atualidade. A série acerta vários quesitos técnicos como a abertura muito bonita e extremamente bem feita e nos efeitos especiais bem realizados.
O enredo consegue envolver e nos fazer querer ver o próximo episódio, ainda que tenha alguns problemas como certas obviedades e alguns diálogos desnecessariamente explicativos, estes não comprometem o resultado final. A ideia de trabalhar o folclore brasileiro é ousada e bem realizada, apesar de ser um tema de difícil abordagem.
Pena que a má vontade da grande mídia e de parte do público com as produções da Netflix não ajudem a divulgação da produção.
Uma série tecnicamente perfeita em tudo, direção, roteiro, som, figurino, fotografia, trilha e atuações. Visualmente é um espetáculo a parte como nunca antes visto em uma série. Mas o que me deslumbrou mais os cenários belíssimos, uma demonstração de capricho absurda.
Abordar o tema xadrez pode até espantar aqueles que resolvem não dar uma chance a série, pena já que o xadrez é apenas pano de fundo para mergulharmos na vida da protagonista.
Anya Taylor-Joy conseguiu escrever seu nome como uma das jovem atrizes com maior futuro. A série é muito bem servida com um elenco de apoio bem encaixado.
O Exorcista (2ª Temporada)
3.9 124 Assista AgoraA segunda temporada começa promissora, mas se perde ao longo dos episódios e termina sendo inferior a primeira. Assim como na temporada anterior o ritmo cai na segunda metade da produção, porém aqui a queda é mais brusca o que deixa muito claro que dez episódios foi um exagero e cinco ou ou seis seriam mais que suficientes.
Gostei de como a série inicia mostrando as andanças dos padres pela América fazendo exorcismos, quase como um road movie sobre possessão demoníaca. Talvez fosse melhor ter investido mais nisto, considerando que a estória principal não teve muito para mostrar e se estendeu demais.
Achei as cenas de beijo gay do padre desnecessárias, não que a discussão sobre sua homossexualidade não fosse válida, mas as cenas de beijo soaram meio gratuitas e foram um exagero. O que nos faz entender que estas constaram apenas para gerar polêmicas e de fato o diretor concedeu entrevistas entrando em conflito com as opiniões contrárias. Chegando ao ponto aconselhar alguns espectadores a abandonar a série. Coincidentemente a série foi cancelada, após estes problemas.
Outro ponto que achei mal conduzido foi o arco da perseguição do Vaticano aos dissidentes. Fato que deixou um sentimento de oportunidade desperdiçada. A conexão entre Marcos e Mouse também poderia ter sido melhor explorada na série.
Ben Daniels continua sendo o destaque positivo da série, enquanto Alfonso Herrera além de possuir menos destaque me parece um tanto tímido, mas acredito que o mesmo tenha sido um tanto prejudicado pelo roteiro.
Cruel Summer (1ª Temporada)
3.9 224 Assista AgoraApesar de ser basicamente um drama adolescente, no que diz respeito aos dilemas vividos pelos personagens, a série é muito boa pois tem um roteiro interessante aliado a uma trama que consegue criar um bom clima de suspense apostando em criar micro situações que vão sendo desfeitas a conta gotas durante a mesma, até que o suspense principal é mantido até o derradeiro episódio.
As transições entre os períodos são bem feitas, mas acabam sendo exageradas em numero, pois em cada episódio são feitas pelo menos umas dez passagens por cada um dos três anos mostrados na série e isto muitas vezes acaba incomodando.
Infelizmente a série se estende demais, mesmo que todos os episódios tenha situações interessantes, o numero dez é demasiado exagerado. O final apesar de surpreendente também julgo um pouco tanto decepcionante.
Black Summer (1ª Temporada)
3.2 306 Assista AgoraDepois de muito adiar assisti ao primeiro episodio para ver como era e acabei vendo cinco seguidos. A série acerta em muitos pontos, principalmente na ação e na sensação de perigo presente. Estamos o tempo todo alerta esperando algo acontecer.
Com poucos diálogos e mais focada na fuga dos zumbis ou na busca por um lugar seguro, opta por não desenvolver muito os personagens, aliás uma coisa que a mesma não possui é apego a qualquer um deles, o que pode desagradar alguns, mas por outro lado temos sempre a sensação de que algo dará errado.
Os episódios curtos também são um ponto positivo, não cansam, mas poderiam ter mantido a média de 40 minutos de duração e reduzir dois episódios consequentemente. Os subtítulos tão questionados por muitos são uma boa ideia, mas alguns episódios os tem em numero exagerado.
Ao menos nesta temporada Black Summer faz bem em fugir de dilemas e diálogos intermináveis como feito por outras séries mais famosas de zumbi. É quase um road movie apocalíptico que lembra bastante o filme 28 Days Later, o que considero um grande acerto.
A Desordem que Ficou
3.5 79 Assista AgoraMais uma boa produção espanhola de suspense. A série usa aquele velho padrão de construir um mistério e espalhar uma série de pistas falsas para serem seguidas através da trama até a revelação final.
Alguns personagens são inseridos apenas por conveniência, aliás algumas conveniências de roteiro também existem e soam um pouco forçadas. Talvez reduzindo uns dois episódios ficaria tudo mais fluido.
o que mais me incomodou foi o tal golpe de Mauro e Viruca, não ter sido explicado. Qual exatamente era o golpe planejado e como ela iriam tirar dinheiro do empresário ? Lembremos que o tal vídeo que virou chantagem só apareceu depois do envolvimento de Viruca com ele.
Inma Cuesta, linda, cumpre bem a missão de levar a história nas costas e consegue ofuscar a não menos bela Bárbara Lennie que interpreta uma personagem com tantas nuances que nos cansa um pouco.
Vejo muitos reclamando da Raquel e suas atitudes, de fato ela se envolveu demais com a Viruca, mas não vejo nada na personagem que não fossem reações normais de pessoas comuns, ainda mais se considerarmos alguém que sofria com problemas psicológicos.
O Sabor das Margaridas (2ª Temporada)
3.3 14Esta temporada eleva a outro nível os fatos abordados na primeira e acredito que talvez a trama tenha passado um pouco do ponto.
Enquanto na temporada anterior tínhamos um caso de exploração sexual envolvendo menores e possivelmente alguns amigos ricos em uma festa numa casa de campo, agora temos um intrincado sistema abuso sexual de menores, incluindo tortura, gravação de filmes snuff e envolvendo grandes personalidades da sociedade. E tudo culmina em uma grande festa em uma imensa mansão vitoriana. A própria festa de Murias ganhou agora outra dimensão, pois como havíamos visto anteriormente apenas um pequeno quarto escondido com alguns brinquedos BDSM. Imagine o que pode haver na terceira temporada, cujo gancho está on.
A primeira temporada abusa de jogar pistas falsas no caminho do espectador para nos fazer duvidar de personagens e valorizar a trama, já a segunda usa o recurso de falta de memória da protagonista com o mesmo objetivo. É nítido o incremento do orçamento para esta temporada, fato que influenciou não só o método de filmagem como o estilo de direção. Tudo aqui é mais bem acabado, ainda existem algumas atuações fracas, mas tecnicamente houve um grande avanço.
A série é mais um produto europeu de baixo orçamento trazido a luz pela Netflix que vale ser visto sem preconceitos.
O Exorcista (1ª Temporada)
4.0 347 Assista AgoraA serie é boa, consegue sem enrolar e sem correr em demasia ir criando um clima interessante e prendendo a atenção do espectador. Acho que perde força nos três últimos episódios ao forçar algumas situações e
exagerar nos poderes do demônio Pazuzu, transformando um demônio em praticamente um x-men.
Chamo a atenção para as cenas de possessão da garota Casey que são muito bem conduzidas, assim como as que envolvem as tentações aos padres.
Aliás, tanto Alfonso Herrera como Ben Daniels foram ótimas escolhas e suas interpretações são um dos destaques da produção principalmente o segundo, Marcus Keane é o mais complexo e melhor personagem da trama. Hannah Kasulka também está ótima e sua interpretação como possuída impressiona.
Se há um pecado na série é o fato de mostrar demais principalmente a partir da segunda metade dos episódios, determinadas situações poderiam ter sido apenas sugeridas e assim causariam um maior impacto na mente dos espectadores.
Nos próximos anos teremos uma nova trilogia de cinema baseada no filme de 1973, resta esperar para ver os rumos que estes filmes irão tomar.
O Sabor das Margaridas
3.6 29A forma com que a série é filmada e o fato dos atores usarem pouca maquiagem chama a atenção, pois torna tudo mais real, embora por outro lado aparente falta de orçamento.
Trata-se de uma serie investigativa interessante que usa e abusa da tática de jogar pistas falsas durante toda a exibição, mas consegue entreter e nos manter interessados.
Achei muito interessante assistir em Galego e ver como a língua transita entre o português e o espanhol. Fato que algumas atuações estão abaixo do esperado, mas nada que interfira tanto na imersão do espectador.
Por fim, é mais uma boa surpresa da Netflix em matéria de series europeias e me interessou sim em ver a continuação.
O Processo
3.8 29 Assista AgoraO processo é mais uma boa produção europeia da Netflix que poucos tem a oportunidade ou interesse de acompanhar. Aqui temos dois antagonistas, uma promotora e um advogado sem escrúpulos, ambos capazes de quase tudo para vencer um caso que os toca mais intimamente que o normal por razões diferentes.
Elena Guerra é uma excelente personagem e possui um drama existencial bom de se acompanhar, mais interessante até do que tal processo que dá titulo à produção, pois este tem tantas idas e vindas que acabam nos deixando com pouca paciência. Sem falar que considerando os mistérios envolvidos, o numero de episodio é exagerado.
Guerra e Barone são dois personagens interessantes que poderiam até protagonizar outra temporada como o final de certa forma sugere.
O roteiro abusa de subterfúgios já conhecidos para nos fazer desconfiar de determinada situação ou personagem errados, mas uma certa falta de objetividade e algumas decisões pouco coerentes de certos personagens acabam por os jogar pequenos copos de água fria no rosto.
Nas Montanhas da Coruja (2ª Temporada)
3.3 18 Assista AgoraUm bom protagonista e uma cidadezinha digna de Stephen King. Assim é Znaki, série polonesa que de tanto sucesso na TV local, ganhou um contrato com a Netflix.
Esta segunda temporada apresenta uma certa guinada de rumo que pode não agradar a muitos,
particularmente a inserção do realismo fantástico foi uma mudança que não me agradou. Embora a própria tradução do nome original da série já entregasse.
Além de possuir uma abertura, visto que a primeira temporada sequer tinha uma, conhecemos mais sobre outros personagens da cidade que havíamos visto apenas superficialmente, como o misterioso jovem padre e o não menos misterioso Jonasz.
Aqui também temos explorado o tema dos alemães e o interesse deles pela região durante a segunda guerra. Mantendo o padrão da temporada anterior onde a primeira metade dos episódios serve apenas para semeadura de mistérios e o final deixa mais perguntas do que repostas, o amago da série é mesmo os dramas vividos pelos Trela.
Znaki ainda não foi renovada e depender da Netflix não nos trás um bom presságio sobre conseguirmos ver a possível conclusão da trama da família Trela, tomara que em 2022 ou 2023, os ainda interessados tenham esta oportunidade.
Nas Montanhas da Coruja (1ª Temporada)
3.3 18 Assista AgoraNas minhas buscas por séries investigativas me deparei com esta, depois de algum descrédito resolvi dar uma chance e o primeiro episódio me convenceu a ponto de assistir ambas as temporadas disponíveis em apenas um final de semana.
Somos apresentados a Trela um homem fracassado que tenta recomeçar a vida em uma cidadezinha na fronteira entre a Polônia e a República Tcheca. Além de acompanhar o drama do protagonista e sua filha nos deparamos com algo que transita entre uma trama de serial killer e um drama religioso. E é justamente esta dualidade que de certa forma nos atinge negativamente. Mas quem buscar o significado de Znaki (nome original) irá entender um pouco mais do que se trata a trama.
Fato que é preciso um tanto de paciência para acompanha-la, pois o ritmo lento e um tanto intrincado nos faz pensar que várias coisas poderiam ser mais diretas, aqui vejo que poderiam ter sido economizados uns dois ou três episódios sem prejuízo da trama como um todo.
As atuações não são ruins, embora não haja muito destaque e o roteiro não é dos mais inspirados. Mas a direção segura, a bela fotografia e alguns cenários belíssimos que salvam parte dos episódios.
Mare of Easttown
4.4 655 Assista AgoraNa série acompanhamos a protagonista ainda abatida pela recente perda do filho, um assunto que a mesma faz questão de evitar ao máximo, usando como subterfugio a dedicação ao trabalho de detetive. Mare of Easttown é uma série sobre perdas, praticamente tudo que entra na vida da protagonista acaba sendo invariavelmente perdido e os reflexos destas perdas se acumulam nas costas dela como caixas que a mesma necessita carregar.
A trama caminha como um suspense investigativo interessante e até instigante até o quinto episodio, quando muda após o terrível acontecimento no final do mesmo. A partir daí perde-se um pouco do encanto da trama e intensifica-se um festival de pequenos plot twists que a mim acabaram sendo exagerados, seja pela sua quantidade ou o pequeno impacto de cada um, mas principalmente porque alguns deles soam um tanto forçados. Além disto, infelizmente algumas cenas acabam sendo vazias como o plot dos três adolescentes, o que me fez reduzir um pouco a nota da produção.
Particularmente também acho que a produção se estendeu demais, o sétimo e último episódio por exemplo entendo ter sido desnecessário. Mas nos concentremos nos méritos da excelente Kate Winslet, acho que finalmente conseguiu o personagem merecido, e no competente elenco de apoio.
O Inocente
4.0 305 Assista AgoraMais um grande trabalho de Oriol Paulo, um dos maiores especialistas em suspense do cinema europeu. Aqui temos mais um série que deve ser vista com o mínimo conhecimento possível do enredo.
A série tem uma excelente pegada nos dois primeiros episódios e é muito interessante ter ambos os episódios fechando com praticamente a mesma cena. Alguns dos episódios centrais possuem algumas situações se que tornam levemente repetitivas, mas nada demais.
O último episodio me pareceu extremamente desnecessário, teria sido mais conveniente terminar no penúltimo com um pequeno ajuste em seu final. Assim como todos os trabalhos de Oriol que assisti, o mesmo gosta de terminar suas produções explicando todos os detalhes sobre tudo, talvez seja um esforço para não deixar pontas soltas, mas existem certas situações que a meu ver não precisam ser didaticamente explicadas ao espectador.
O elenco todo vai muito bem, embora eu tenha achado o excelente Mario Casas um tanto apagado na atuação. Fato também que seu personagem apesar de dono do titulo, não domina as telas na maioria dos episódios deixando mais espaço para as competentes Aura Garrido e Alexandra Jiménez.
Em matéria de series eis uma produção que vale muito acompanhar.
Servant (2ª Temporada)
3.5 90Servant cujo subtítulo deveria ser: "Entre umas e outras" é o tipo de produção que consegue despertar a atenção de quem se propuser a assistir.
Quando assisti a primeira temporada tive a sensação de que seria difícil manter a série por muito tempo face o numero de respostas necessários, então quando soube que Shyamalan planeja 60 episódios recebi um choque. Agora após assistir a segunda temporada me sinto mais aliviada e até intrigada por ter gostado tanto da mesma.
O clima de mistério continua envolvente, as boas atuações presentes e o alivio cômico sempre bem posicionado fazem da série uma delicia para se acompanhar. Os episódios curtos também a valorizam demais.
De fato ainda que a personagem Dorothy seja irritante e exagerada, a performance de Lauren Ambrose continua maravilhosa ainda que por vezes caricata. Rupert Grint continua
como uma presença que chama a atenção e agora temos mais tempo de tela para a enigmática Leanne, o que nos deixa ver mais da competente Nell Tiger Free.
Em suma, Servant é como um bom vinho e merece ser apreciada sem pressa de se chegar ao fim da garrafa. E que venha a terceira temporada já prevista.
Atlanta (2ª Temporada)
4.6 206 Assista AgoraBem superior a primeira, principalmente se considerarmos que aqui temos vários episódios marcantes. O humor característico da série também continua presente e agora ainda servindo como alivio cômico para algumas cenas bem pesadas.
Um ponto muito positivo foi ter tirado um pouco o foco de Earn e dado mais oportunidades aos demais personagens. Ver Alfred, Darius e Van estrelando episódios inteiros só agrega pontos a série, sem comentar que foram alguns destes os melhores da temporada. O roteiro repleto de diálogos sensacionais também permanece, porém está mais maduro e reflexivo.
Confesso que se a primeira temporada me fez duvidar do hype, a evolução da segunda foi uma espécie de alento. E que venha este ano a terceira temporada que finalmente chegará.
A sequencia dos primos sentados em frente a bandeira confederada e ao ritual de iniciação da irmandade e que ainda termina com o Tracy furtando os rapazes é icônica.
Eles (1ª Temporada)
4.1 552 Assista AgoraUma excelente série que trata de temas pesados, recheada de cenas impactantes não só no terror físico quanto psicológico. Sugiro que seja assistida sem se saber muito a respeito.
O ponto mais questionável é que vemos repetidas vezes cenas e situações praticamente idênticas, o que acaba cansando um pouco e faz a série talvez perder oportunidades de mostrar mais conteúdo. Acredito ter havido certo exagero na duração, achei que dez episódios talvez tenham sido demais.
A trilha sonora e as atuações são muito boas. O olhar da menininha com raiva é sensacional.
Atlanta (1ª Temporada)
4.5 294 Assista AgoraA serie é muito legal, só não acho que seja tudo isso que muitos comentam. Alguns episódios são sensacionais fazendo o que a série faz de melhor que é tocar em assuntos sérios brincando com isso.
A forma como a série trata temas como o racismo, sem autoritarismo ou vitimização deveria ser um exemplo a ser seguido.
Servant (1ª Temporada)
3.9 199 Assista AgoraA serie possui um suspense bem instigante e bom de acompanhar e tem pitadas de humor muito bem sacadas, principalmente com o personagem Julian. Os episódios curtos dão um ritmo interessante e ajudam os que gostam de maratonar séries.
As atuações são boas, Lauren Ambrose muito bem, mesmo com um certo excesso de caricatura do personagem.
O estilo tem uma mudança a partir do sétimo episódio que pode desagradar alguns.
Hunters (1ª Temporada)
3.9 235 Assista AgoraUma série boa com uma premissa interessante que infelizmente perde um pouco de ritmo após o sexto episódio.
Em vários momentos Al Pacino carregou a série nas costas e uma segunda temporada sem ele certamente irá perder muito.
Penny Dreadful: Cidade dos Anjos (1ª Temporada)
3.4 52Ignorando o titulo caça niqueis e o fato do cancelamento precoce não ter deixado que todos os arcos narrativos se fechassem, temos:
A serie é visualmente muito bonita, tanto os cenários, quanto figurinos e automóveis são caprichados o que certamente a torna cara e logicamente sem uma boa audiência bem difícil de ser mantida em produção, fato que certamente foi o motivo de seu cancelamento. Pena, pois tínhamos uma boa história e bons personagens envoltos em uma trama que merecia ao menos mais uma temporada.
Nas atuações destaco o trabalho de Rory Kinnear como o médico indeciso, o competente Nathan Lane e o sempre enigmático Thomas Kretschmann, além de podermos conferir o último trabalho de Brian Dennehy, apesar de possuir apenas uma cena.
Infelizmente, o fato de usar em vão o nome de Penny Dreadful fez com que muitos avaliassem a série abaixo do merecido.
PS: Só eu achei Daniel Zovatto muito parecido com o Daniel Sam ?
Giri / Haji (1ª Temporada)
3.8 18 Assista AgoraÓtima série, esta produção original da BBC é um excelente achado no catalogo da Netflix.
A série tem um clima de produções japonesas e o tema Yakuza é bem explorado, mesmo sem que se entre muito nos meandros da organização.
O ritmo que vai deveras misterioso e interessante até o quarto episódio dá certa arrefecida na segunda metade da série, quando determinadas situações não muito necessárias são mostradas e a tentativa de desenvolver alguns personagens acaba dando certa morosidade ao seu desenvolvimento.
Não ter sido renovada não chega a ser tão ruim, visto que o arco da primeira temporada foi devidamente fechado.
Patriota (2ª Temporada)
4.1 7 Assista AgoraA série mantém todas as qualidades da temporada inicial, porém agora está mais direta. O humor ácido e o texto bem estruturado permanecem, sem falar nas músicas do John que estão ainda melhores tanto no original quanto na versão dublada em português, aliás destaca-se o excelente trabalho de adaptação das letras.
As atuações continuam em grande nível e a maior participação dos personagens secundários premia o excelente elenco de apoio. Definitivamente Michael Dorman merecia outros trabalhos de destaque. A redução de 2 episódios em relação a temporada anterior como eu havia dito na primeira foi benéfica.
Pena não ter sido renovada para a terceira temporada, apesar de ser algo compreensível visto ser um produto que agrade a todos os gostos. Tínhamos um gancho preparado, mas também não podemos dizer que não há um fechamento do arco.
O final melancólico e os créditos finais sem trilha, destacam ainda mais a resposta padrão de John sobre os questionamentos a sua saúde
Patriota (1ª Temporada)
4.0 11 Assista AgoraExtremamente original a série é muito boa, o roteiro é extremamente bem amarrado, o humor é muito bem dosado. Em suma, a sua qualidade é indiscutível, mas é preciso ter paciência para assistir. Particularmente achei demais os 10 episódios, eu reduziria uns dois aí.
A passividade do John me irrita.
Cidade Invisível (1ª Temporada)
4.0 751Mais uma representante das boas séries brasileiras da atualidade. A série acerta vários quesitos técnicos como a abertura muito bonita e extremamente bem feita e nos efeitos especiais bem realizados.
O enredo consegue envolver e nos fazer querer ver o próximo episódio, ainda que tenha alguns problemas como certas obviedades e alguns diálogos desnecessariamente explicativos, estes não comprometem o resultado final. A ideia de trabalhar o folclore brasileiro é ousada e bem realizada, apesar de ser um tema de difícil abordagem.
Pena que a má vontade da grande mídia e de parte do público com as produções da Netflix não ajudem a divulgação da produção.
O Gambito da Rainha
4.4 931 Assista AgoraUma série tecnicamente perfeita em tudo, direção, roteiro, som, figurino, fotografia, trilha e atuações. Visualmente é um espetáculo a parte como nunca antes visto em uma série. Mas o que me deslumbrou mais os cenários belíssimos, uma demonstração de capricho absurda.
Abordar o tema xadrez pode até espantar aqueles que resolvem não dar uma chance a série, pena já que o xadrez é apenas pano de fundo para mergulharmos na vida da protagonista.
Anya Taylor-Joy conseguiu escrever seu nome como uma das jovem atrizes com maior futuro. A série é muito bem servida com um elenco de apoio bem encaixado.
Impossível não dar nota máxima.