Surreal e eficiente. Prato cheio para aquela (deliciosa) viajada na maionese! Quando comecei a assistir, demorei um pouco a tirar os pés do chão. Meio que numa tentativa boba de permanecer "sóbrio" por não ter levado muito a sério o papo do sci fi. Mas não teve jeito. O roteiro sólido e o desfecho inquietante cumpriram com eficácia a obrigação a qual este tipo de filme se propõe. No entanto, aos incautos vale o alerta de que a história pode ser um tanto indigesta à primeira vista.
Leituras sobre física quântica, gato de Schrödinger, entrevistas com o diretor etc. são ótimos (diria até "necessários", aos mais exigentes) exercícios para uma compreensão "menos viajada", por assim dizer, do final. Já comecei a fazer esse dever de casa, contudo ainda estou incerto de minhas conclusões - mesmo já tendo ponderado diversas teorias interessantes. Haveria alguma possibilidade de ter sido tudo alucinação? Seria possível matar a si mesmo e permanecer vivo? Quantas realidades restaram? E por aí vai.
E quanto à emblemática expressão facial da última cena?... Ficou mais para um "será possível que aquele papo furado de ontem à noite..."; para "hmm... você também, danadinha?", ou para um inocente "roubaram seu celular!?"...
É, não vejo outra saída... terei que viajar (quero dizer: ver!) mais vezes! Oba!
Que instigante conto provindo de uma lenda ucraniana! O filme sutilmente aborda temas delicados, como fanatismo religioso, ceticismo x supersticionismo e até mesmo corrupção. O conto é um tanto macabro, mas o tom despretensioso visto nas cenas acabou suavizando o enredo, mesmo apesar do potencial para um filme de terror/suspense pesado - o que definitivamente não é um problema, afinal a proposta aqui é entreter com fantasia/aventura, não com drama.
Dentre os pontos negativos, destaco o fato de a projeção chegar à faixa de duas horas, sem entretanto os personagens deixarem de ser superficiais. O desfecho da trama, por outro lado, é um ponto positivo que merece menção,
Este filme passa longe de ser daqueles "assustadores", mas até que parte de uma premissa interessante. O roteiro não é um ponto forte; as belas imagens da ilha parecem até tentar compensar as falhas, e o fazem com curioso êxito. A trama se desenvolve lentamente e o desfecho não faz valer a espera, porém foi possível sentir um certo clima de tensão em determinados momentos. Deu para assistir numa boa.
Acho que o melhor deste controverso filme se encontra após o término, quando somos convidados a atribuir significados ao que acabamos de assistir. Trata-se, pois, de uma produção que não se encerra em si mesma. Várias dúvidas vão sendo suscitadas ao longo da trama, e as respostas não são entregues de graça. Na verdade, estão muito além dos 92 minutos e, obviamente, distantes da unanimidade.
Interessante! No início, sem saber ao certo do que se tratava, bateu aquela estranheza - algo bastante natural, afinal é comum estranhar algo que não se conhece ou a que não se está acostumado (tais como um macaco esquisito protagonista e efeitos especiais, digamos, igualmente esquisitos).
As pessoas que assistiam comigo sequer aguentaram passar dos dez minutos de projeção vendo e ouvindo aquele macaquinho irritante, que mais parecia um palhaço de filme infantil e nem de longe se poderia supor que se iria tratar de um herói lendário da literatura chinesa que tanto inspirou renomados heróis de outros contos.
Resultado? Tive que trocar o filme e voltar para assisti-lo sozinho depois. Lamento pelos meus parceiros de cinema que assistiram pela metade (bem menos que isso, na verdade... rsrs), pois perderam uma história que é envolvente se analisada sob uma perspectiva global. Aos dez minutos é impossível que qualquer história faça sentido, quanto mais uma de cunho fantástico/mitológico como esta, ora!
No mais, embora os efeitos especiais aqui não se assemelhem aos das super produções de Hollywood, considero-os bastante ousados e pertinentes; por esse mérito, até que acabaram me convencendo.
Diante do exposto, eu não recomendaria este filme a quem nunca ouviu falar no Sun Wukong. Quem já conhece um pouco e tem curiosidade por sua lenda, por outro lado, certamente vai olhar com os olhos da diversão!
P.S.: Já assisti à continuação (grata surpresa!) e aguardo pelas próximas!
A "origem e o lugar de nascimento da [sic] Monkey King", sinopse apontada na descrição, refere-se a Tumulto no Reino Celestial (2014), não a Viagem ao Oeste (2016). Esta continuação, na verdade, narra a aventura em que o Rei Macaco se vê obrigado a escoltar um monge incumbido de fazer uma longa viagem para buscar determinadas escrituras. No fundo, um belo e despretensioso conto sobre amor, compaixão e humildade.
Em comparação com o filme precedente, a produção da sequência se demonstrou bastante aprimorada, sendo perceptíveis as melhorias desde os efeitos especiais até os diálogos e lições. Viagem ao Oeste ainda apresenta uma história menos "tumultuosa" que a vista em Tumulto no Reino Celestial, portanto aqui temos um enredo mais coeso e personagens mais trabalhados.
As cenas em geral apresentam situações bem forçadas, os personagens são rasos e descartáveis, a história "sai do nada e vai a lugar nenhum". Assisti com certa expectativa após ler diversos comentários favoráveis e quebrei a cara. Para mim, o longa não funciona como terror, tampouco como suspense. Na tela, vi apenas algumas mortes gratuitas (não chega a ser um grande problema, até porque os personagens são mesmo desprezíveis) e cenas de perseguição recheadas de incoerência (isso sim uma pedra no sapato).
Às tantas da noite, em uma estrada deserta e logo após receber uma ameaça gratuita de uma pessoa estranha, ao se deparar com um carro parado no meio da pista, você:
1. faz a ultrapassagem rápida e facilmente, olha pelo retrovisor e torce para o outro veículo não estar acelerando atrás do seu; 2. para o carro no fundo do outro e buzina pedindo licença - já que a opção 1 é absurdamente impraticável, deselegante e pouco inteligente, não é mesmo?
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Coerência
4.0 1,3K Assista AgoraSurreal e eficiente. Prato cheio para aquela (deliciosa) viajada na maionese! Quando comecei a assistir, demorei um pouco a tirar os pés do chão. Meio que numa tentativa boba de permanecer "sóbrio" por não ter levado muito a sério o papo do sci fi. Mas não teve jeito. O roteiro sólido e o desfecho inquietante cumpriram com eficácia a obrigação a qual este tipo de filme se propõe. No entanto, aos incautos vale o alerta de que a história pode ser um tanto indigesta à primeira vista.
Leituras sobre física quântica, gato de Schrödinger, entrevistas com o diretor etc. são ótimos (diria até "necessários", aos mais exigentes) exercícios para uma compreensão "menos viajada", por assim dizer, do final. Já comecei a fazer esse dever de casa, contudo ainda estou incerto de minhas conclusões - mesmo já tendo ponderado diversas teorias interessantes. Haveria alguma possibilidade de ter sido tudo alucinação? Seria possível matar a si mesmo e permanecer vivo? Quantas realidades restaram? E por aí vai.
E quanto à emblemática expressão facial da última cena?... Ficou mais para um "será possível que aquele papo furado de ontem à noite..."; para "hmm... você também, danadinha?", ou para um inocente "roubaram seu celular!?"...
É, não vejo outra saída... terei que viajar (quero dizer: ver!) mais vezes! Oba!
Império Proibido
2.6 58 Assista AgoraQue instigante conto provindo de uma lenda ucraniana! O filme sutilmente aborda temas delicados, como fanatismo religioso, ceticismo x supersticionismo e até mesmo corrupção. O conto é um tanto macabro, mas o tom despretensioso visto nas cenas acabou suavizando o enredo, mesmo apesar do potencial para um filme de terror/suspense pesado - o que definitivamente não é um problema, afinal a proposta aqui é entreter com fantasia/aventura, não com drama.
Dentre os pontos negativos, destaco o fato de a projeção chegar à faixa de duas horas, sem entretanto os personagens deixarem de ser superficiais. O desfecho da trama, por outro lado, é um ponto positivo que merece menção,
embora eu preferisse continuar acreditando em bruxas a ter desvendado a bruxaria que de fato ocorreu.
Paraíso do Medo
1.8 116Este filme passa longe de ser daqueles "assustadores", mas até que parte de uma premissa interessante. O roteiro não é um ponto forte; as belas imagens da ilha parecem até tentar compensar as falhas, e o fazem com curioso êxito. A trama se desenvolve lentamente e o desfecho não faz valer a espera, porém foi possível sentir um certo clima de tensão em determinados momentos. Deu para assistir numa boa.
Um Homem que Dorme
4.4 195Um filme menos preto e branco do que cinza para assistir dormindo. Ou dormir assistindo, preferencialmente sem companhia, mas tanto faz...
A Bruxa
3.6 3,4K Assista AgoraAcho que o melhor deste controverso filme se encontra após o término, quando somos convidados a atribuir significados ao que acabamos de assistir. Trata-se, pois, de uma produção que não se encerra em si mesma. Várias dúvidas vão sendo suscitadas ao longo da trama, e as respostas não são entregues de graça. Na verdade, estão muito além dos 92 minutos e, obviamente, distantes da unanimidade.
A Lenda do Rei Macaco: Tumulto no Reino Celestial
2.9 43 Assista AgoraInteressante! No início, sem saber ao certo do que se tratava, bateu aquela estranheza - algo bastante natural, afinal é comum estranhar algo que não se conhece ou a que não se está acostumado (tais como um macaco esquisito protagonista e efeitos especiais, digamos, igualmente esquisitos).
As pessoas que assistiam comigo sequer aguentaram passar dos dez minutos de projeção vendo e ouvindo aquele macaquinho irritante, que mais parecia um palhaço de filme infantil e nem de longe se poderia supor que se iria tratar de um herói lendário da literatura chinesa que tanto inspirou renomados heróis de outros contos.
Resultado? Tive que trocar o filme e voltar para assisti-lo sozinho depois. Lamento pelos meus parceiros de cinema que assistiram pela metade (bem menos que isso, na verdade... rsrs), pois perderam uma história que é envolvente se analisada sob uma perspectiva global. Aos dez minutos é impossível que qualquer história faça sentido, quanto mais uma de cunho fantástico/mitológico como esta, ora!
No mais, embora os efeitos especiais aqui não se assemelhem aos das super produções de Hollywood, considero-os bastante ousados e pertinentes; por esse mérito, até que acabaram me convencendo.
Diante do exposto, eu não recomendaria este filme a quem nunca ouviu falar no Sun Wukong. Quem já conhece um pouco e tem curiosidade por sua lenda, por outro lado, certamente vai olhar com os olhos da diversão!
P.S.: Já assisti à continuação (grata surpresa!) e aguardo pelas próximas!
A Lenda do Rei Macaco 2: Viagem ao Oeste
3.2 29 Assista AgoraA "origem e o lugar de nascimento da [sic] Monkey King", sinopse apontada na descrição, refere-se a Tumulto no Reino Celestial (2014), não a Viagem ao Oeste (2016). Esta continuação, na verdade, narra a aventura em que o Rei Macaco se vê obrigado a escoltar um monge incumbido de fazer uma longa viagem para buscar determinadas escrituras. No fundo, um belo e despretensioso conto sobre amor, compaixão e humildade.
Em comparação com o filme precedente, a produção da sequência se demonstrou bastante aprimorada, sendo perceptíveis as melhorias desde os efeitos especiais até os diálogos e lições. Viagem ao Oeste ainda apresenta uma história menos "tumultuosa" que a vista em Tumulto no Reino Celestial, portanto aqui temos um enredo mais coeso e personagens mais trabalhados.
Kristy: Corra Por Sua Vida
3.1 220As cenas em geral apresentam situações bem forçadas, os personagens são rasos e descartáveis, a história "sai do nada e vai a lugar nenhum". Assisti com certa expectativa após ler diversos comentários favoráveis e quebrei a cara. Para mim, o longa não funciona como terror, tampouco como suspense. Na tela, vi apenas algumas mortes gratuitas (não chega a ser um grande problema, até porque os personagens são mesmo desprezíveis) e cenas de perseguição recheadas de incoerência (isso sim uma pedra no sapato).
Às tantas da noite, em uma estrada deserta e logo após receber uma ameaça gratuita de uma pessoa estranha, ao se deparar com um carro parado no meio da pista, você:
1. faz a ultrapassagem rápida e facilmente, olha pelo retrovisor e torce para o outro veículo não estar acelerando atrás do seu;
2. para o carro no fundo do outro e buzina pedindo licença - já que a opção 1 é absurdamente impraticável, deselegante e pouco inteligente, não é mesmo?