Eu às vezes me questiono se consigo captar corretamente as atuações nacionais. Parece que o excesso de filmes internacionais acaba me afastando dessa essência e algo é perdido entre forma de expressar do ator e a minha compreensão.
Bom, as atuações são medíocres - medianas, leves -, mas isso não desmerece a qualidade do filme. A película poderia ser melhor explorada, pois o enredo é tão adornado que acaba por não nos acolher de forma íntima. Quanto aos que falam do excesso de cenas de sexo, bom, é um míope que não enxerga algo assim tão presente. Esse puritanismo ao falar que as cenas de sexo é coisa de cinema brasileiro só pode vir de alguém que possui conhecimento limitado (quase nulo) sobre cinema.
Em níveis técnicos, produção impecável, algo que eu presenciei poucas vezes aqui. É muita produção para pouco filme.
Eu acho que foi o pior filme que assisti na minha vida. Não só no gênero, mas de modo geral. Me considerava fã da franquia, mas Génesis chegou e deturpou essa visão.
No meu ponto de vista, se alguém seguirá com uma franquia, que seja sempre fiel. Não precisa ser repetitivo, mas basta seguir a seriedade dos filmes anteriores. Achei que o roteiro do filme fosse acrescentar algo de útil no enredo, pois seria interessante se correspondesse ao mistério que envolve a trama. Tecnicamente, é um filme que beira a meia-boquice. Atuações negativas, personagens pobres e superficiais e roteiro amador. A avaliação de meia estrela vale só pela beleza da noiva.
Na minha humilde opinião, há um duelo entre dois gigantes no cinema: Japão e Coréia do Sul. Ambos conseguem retratar com sutileza qualquer assunto. A abordagem do filme parte de um lugar comum, mas seu rumo é delicado, leve, quase onírico, chegando num ponto inalcançado até então.
É interessante observar que a morte expõe uma fraqueza que corrói o ser humano: o extremo - no caso a partida de um próximo - é o único fator capaz de levar-nos à plena reflexão. Perdoamos, aprendemos e sentimos quase que unicamente através da "partida". A morte contrasta o suficiente para encontrarmos sentido seja do que for, mesmo não procurando respostas. A redenção está no adeus.
Atuações firmes e trilha sonora impecável. Nada mais a comentar.
Bom, primeiramente, gostaria de relatar que não li On the Road. Já o conhecia antes, sabia sobre o enredo, mas esse tipo de obra não é o que procuro. Respeito muito os escritores dessa geração, e acho em certos aspectos interessante. Quem sabe um dia eu leia.
On the Road provoca perfeitamente a ideia de liberdade, onde a essência do "joie de vivre" está vinculada às experiências sociais e extrassensoriais. A estrada não é somente um refúgio, mas também uma incessante busca por autoconhecimento. Os personagens, sempre envolvidos pela leitura e pela reflexão poética, demonstram a importância do experimentar. É o provar que enaltece a existência, diferenciando o viver do vivenciar. Num mundo pós guerra dogmático, onde as normas sociais e os costumes conservadores empobrecem uma sociedade mesquinha, a plenitude está na estrada, imprevísivel, livre, selvagem.
Em aspectos técnicos, Na Estrada é impecável. Vale ressaltar as atuações de Sam Riley, que havia me agradado em Control, e Garrett Hedlund, que desconhecia até então. Apesar da proposta ser insuficiente ao meu gosto, o filme possui seus méritos.
Azul: a melancolia, a tristeza disfarçada de cor. Esse conceito prolonga-se na capa da película: um casal apaixonado num ambiente frio e desconfortável. Fugindo de receitas românticas, Namorados para Sempre não abraça os olhos do espectador. Pelo contrário: o turbulento e degradante relacionamento do casal nos prepara para um ambiente onde as lembranças são os únicos pilares que ainda restam. Fracos, os pilares aos poucos se desintegram. As lembranças vão se ruindo, e em seu lugar surgem as diferenças do casal, estabelecendo um clima contundente.
As atuações são ótimas. Michelle Williams sempre capaz de interpretar uma personagem profundamente melancólica. É interessante que sua melancolia é mascarada pela sua beleza ingênua, quase angelical. Ryan Gosling, cada vez mais conquistando espaço, mostra sua aptidão como ator, tornando-se um dos expoentes do cinema atual.
Não devemos cair no erro ao afirmar que Blue Valentine é um filme arrastado e sem potencial. O filme é um relato fiel de relacionamentos que nos cercam. Infelizmente, o público espera um romance tipicamente bobo e inexistente, como visto em 500 Dias com Ela. É isso que o entretenimento oferece: a ilusão. Diferentemente, Blue Valentine manifesta a realidade, dolorosa, severa e orgânica.
Excelente filme nos moldes de Fracture (Um Crime de Mestre). The Lincoln Lawyer instiga o espectador até seu desfecho, captando com excelência a tensão que se desenvolve durante a trama. O ponto forte é o roteiro instantâneo, tornando o desenvolvimento da trama acessível aos espectadores impacientes. Com seu personagem bem construído, Matthew McConaughey mantém uma atuação firme em todos os instantes. Típico filme que merece reconhecimento maior.
A premissa transpassa uma ideia rasa de Detachment: professor introspectivo e desapegado que cativa os alunos através da convivência, buscando, por intermédio de determinados relacionamentos, exorcizar seu passado obscuro. O filme apresenta dois planos: o plano introspectivo, no qual há uma análise de cunho pessoal de indivíduos perturbados; e o plano da "extrospecção", onde é visível o julgamento de pessoas que compõem um organismo educacional em decadência. É necessário registrar a semelhança que há entre o professor e a escola: ambos possuem fatores internos (lembranças remotas / juventude descompromissada) que transpõem a barreira individual, corrompendo em parcelas desiguais o que há ao redor. O filme apresenta a hipocrisia de um sistema cego entre educadores e educandos, onde há uma aparente carência e descompromisso de disciplina no que tange à educação familiar. O desapego alcança tanto o âmbito educacional e familiar quanto o pessoal, gerando turbulentas relações interpessoais. No que diz respeito às atuações, o filme se sustenta basicamente no veterano Adrien Brody e na novata Sami Gayle. A narrativa carrega uma a excelente dramaticidade em que é possível apreciar ótimas citações literárias e diálogos bem trabalhados. Apesar de alguns momentos previsíveis, Detachment é uma experiência imperdível.
Comprar Ingressos
Este site usa cookies para oferecer a melhor experiência possível. Ao navegar em nosso site, você concorda com o uso de cookies.
Se você precisar de mais informações e / ou não quiser que os cookies sejam colocados ao usar o site, visite a página da Política de Privacidade.
Loucuras de um Gênio
4.4 71True love will find you in the end.
Silent Hill: Revelação
2.7 1,8K Assista AgoraEu esperava que fosse ruim, mas não tanto.
Yeralti
3.4 10A cena do jantar com os "amigos" é uma das melhores adaptações que vi até hoje.
Paraísos Artificiais
3.2 1,8K Assista AgoraEu às vezes me questiono se consigo captar corretamente as atuações nacionais. Parece que o excesso de filmes internacionais acaba me afastando dessa essência e algo é perdido entre forma de expressar do ator e a minha compreensão.
Bom, as atuações são medíocres - medianas, leves -, mas isso não desmerece a qualidade do filme. A película poderia ser melhor explorada, pois o enredo é tão adornado que acaba por não nos acolher de forma íntima. Quanto aos que falam do excesso de cenas de sexo, bom, é um míope que não enxerga algo assim tão presente. Esse puritanismo ao falar que as cenas de sexo é coisa de cinema brasileiro só pode vir de alguém que possui conhecimento limitado (quase nulo) sobre cinema.
Em níveis técnicos, produção impecável, algo que eu presenciei poucas vezes aqui. É muita produção para pouco filme.
[REC]³ Gênesis
2.2 1,5K Assista AgoraEu acho que foi o pior filme que assisti na minha vida. Não só no gênero, mas de modo geral. Me considerava fã da franquia, mas Génesis chegou e deturpou essa visão.
No meu ponto de vista, se alguém seguirá com uma franquia, que seja sempre fiel. Não precisa ser repetitivo, mas basta seguir a seriedade dos filmes anteriores. Achei que o roteiro do filme fosse acrescentar algo de útil no enredo, pois seria interessante se correspondesse ao mistério que envolve a trama. Tecnicamente, é um filme que beira a meia-boquice. Atuações negativas, personagens pobres e superficiais e roteiro amador. A avaliação de meia estrela vale só pela beleza da noiva.
A Partida
4.3 523 Assista AgoraNa minha humilde opinião, há um duelo entre dois gigantes no cinema: Japão e Coréia do Sul. Ambos conseguem retratar com sutileza qualquer assunto. A abordagem do filme parte de um lugar comum, mas seu rumo é delicado, leve, quase onírico, chegando num ponto inalcançado até então.
É interessante observar que a morte expõe uma fraqueza que corrói o ser humano: o extremo - no caso a partida de um próximo - é o único fator capaz de levar-nos à plena reflexão. Perdoamos, aprendemos e sentimos quase que unicamente através da "partida". A morte contrasta o suficiente para encontrarmos sentido seja do que for, mesmo não procurando respostas. A redenção está no adeus.
Atuações firmes e trilha sonora impecável. Nada mais a comentar.
Na Estrada
3.3 1,9KBom, primeiramente, gostaria de relatar que não li On the Road. Já o conhecia antes, sabia sobre o enredo, mas esse tipo de obra não é o que procuro. Respeito muito os escritores dessa geração, e acho em certos aspectos interessante. Quem sabe um dia eu leia.
On the Road provoca perfeitamente a ideia de liberdade, onde a essência do "joie de vivre" está vinculada às experiências sociais e extrassensoriais. A estrada não é somente um refúgio, mas também uma incessante busca por autoconhecimento. Os personagens, sempre envolvidos pela leitura e pela reflexão poética, demonstram a importância do experimentar. É o provar que enaltece a existência, diferenciando o viver do vivenciar. Num mundo pós guerra dogmático, onde as normas sociais e os costumes conservadores empobrecem uma sociedade mesquinha, a plenitude está na estrada, imprevísivel, livre, selvagem.
Em aspectos técnicos, Na Estrada é impecável. Vale ressaltar as atuações de Sam Riley, que havia me agradado em Control, e Garrett Hedlund, que desconhecia até então. Apesar da proposta ser insuficiente ao meu gosto, o filme possui seus méritos.
Namorados para Sempre
3.6 2,5K Assista AgoraAzul: a melancolia, a tristeza disfarçada de cor. Esse conceito prolonga-se na capa da película: um casal apaixonado num ambiente frio e desconfortável. Fugindo de receitas românticas, Namorados para Sempre não abraça os olhos do espectador. Pelo contrário: o turbulento e degradante relacionamento do casal nos prepara para um ambiente onde as lembranças são os únicos pilares que ainda restam. Fracos, os pilares aos poucos se desintegram. As lembranças vão se ruindo, e em seu lugar surgem as diferenças do casal, estabelecendo um clima contundente.
As atuações são ótimas. Michelle Williams sempre capaz de interpretar uma personagem profundamente melancólica. É interessante que sua melancolia é mascarada pela sua beleza ingênua, quase angelical. Ryan Gosling, cada vez mais conquistando espaço, mostra sua aptidão como ator, tornando-se um dos expoentes do cinema atual.
Não devemos cair no erro ao afirmar que Blue Valentine é um filme arrastado e sem potencial. O filme é um relato fiel de relacionamentos que nos cercam. Infelizmente, o público espera um romance tipicamente bobo e inexistente, como visto em 500 Dias com Ela. É isso que o entretenimento oferece: a ilusão. Diferentemente, Blue Valentine manifesta a realidade, dolorosa, severa e orgânica.
O Poder e a Lei
3.8 611 Assista grátisExcelente filme nos moldes de Fracture (Um Crime de Mestre). The Lincoln Lawyer instiga o espectador até seu desfecho, captando com excelência a tensão que se desenvolve durante a trama. O ponto forte é o roteiro instantâneo, tornando o desenvolvimento da trama acessível aos espectadores impacientes. Com seu personagem bem construído, Matthew McConaughey mantém uma atuação firme em todos os instantes. Típico filme que merece reconhecimento maior.
O Substituto
4.4 1,7K Assista AgoraA premissa transpassa uma ideia rasa de Detachment: professor introspectivo e desapegado que cativa os alunos através da convivência, buscando, por intermédio de determinados relacionamentos, exorcizar seu passado obscuro. O filme apresenta dois planos: o plano introspectivo, no qual há uma análise de cunho pessoal de indivíduos perturbados; e o plano da "extrospecção", onde é visível o julgamento de pessoas que compõem um organismo educacional em decadência.
É necessário registrar a semelhança que há entre o professor e a escola: ambos possuem fatores internos (lembranças remotas / juventude descompromissada) que transpõem a barreira individual, corrompendo em parcelas desiguais o que há ao redor.
O filme apresenta a hipocrisia de um sistema cego entre educadores e educandos, onde há uma aparente carência e descompromisso de disciplina no que tange à educação familiar. O desapego alcança tanto o âmbito educacional e familiar quanto o pessoal, gerando turbulentas relações interpessoais.
No que diz respeito às atuações, o filme se sustenta basicamente no veterano Adrien Brody e na novata Sami Gayle. A narrativa carrega uma a excelente dramaticidade em que é possível apreciar ótimas citações literárias e diálogos bem trabalhados. Apesar de alguns momentos previsíveis, Detachment é uma experiência imperdível.