Mais um argumento para afirmar que o único filme realmente bom com algum envolvimento de James Wan foi Jogos Mortais. Tá para surgir alguém mais superestimado do que esse cara.
jump scare pra cacete, a irritante conveniência de praticamente todas as soluções se darem literamente no último segundo antes da merda ser concluída, o questionamento sobre os seres humanos poderem ser monstros de fato, o núcleo principal que encontra sobreviventes, mas acaba levando o perigo para esses sobreviventes...
. Duas estrelas e só porque estou de boa vontade mesmo, pois é um filme desnecessário que não acrescenta absolutamente nada ao primeiro.
É como um videogame com longas cutscenes que você não pode pular, mas ao final delas já vêm os créditos sem te deixar jogar.
Roteiro absurdamente ruim, com os mais batidos estereótipos possíveis e com uma irritante perspectiva do "bom selvagem" associado aos valores ocidentais.
Que pelo menos sirva para dar alguma consciência ambiental ao público, apesar de essa ficar ofuscada em meio a dezenas de minutos que só servem para reproduzir longos planos que apenas mostram a tecnologia usada.
O filme só ganha mais uma estrela para mim porque ele ainda se salva em meio a uma avalanche de filmes horríveis que o gênero vem ganhando nos últimos anos, pois isoladamente é apenas um filme mediano para baixo.
Fotografia legal, alguns momentos claustrofóbicos e bom início, mas se perde em querer estabelecer subtextos com um arremedo de roteiro que não consegue decidir qual é o nível de profundidade que quer dar às discussões e reflexões que ameaça propor.
E eu realmente não entendi o que há de tão surpreendentr assim no tal do plot que algumas críticas estão alardeando: fica muito previsível a situação quando a Tess começa a investigar e encontrar os indícios do que está acontecendo no recinto.
Uma cópia descarada do remake de Brinquedo Assassino, mas como tem dedo do James Wan na produção e roteiro, um dos diretores mais superestimados das últimas décadas, já tem gente chamando de "genial" e "aí vem um novo clássico".
A premissa é boa e a proposta de plot e de como as pistas são deixadas também seriam agradáveis, mas a edição capenga (que chega a irritar nos primeiro 20 minutos) e o mau desenvolvimento dos personagens jogam esses elementos por terra. Jogaram fora a oportunidade de fazer algo muito bom.
Enésimo uso da jornada do herói em um filme de terror/suspense, muito linear. Não é ruim, mas a previsibilidade e o incrível desperdício dos argumentos que poderiam gerar suspense jogam um balde de água fria.
Ontem eu deixei um comentário aqui assim que saí da sessão, de tão embasbacado (no mau sentido) que fiquei com o que eu vi. Passado o impacto pós-sessão em cinema, posso avaliar com mais cuidado o que vi, relembrando a obra, e não altero em nada o que achei no calor do momento.
Primeiramente, não sou fã da série Halloween (apesar de gostar bastante do primeiro e simpatizar com o H20), então minha "birra" não é movida por paixões de terem colocado personagens que eu eventualmente gostasse muito em uma furada. Dentro do que os filmes de horror viraram nos últimos anos, eu estava achando as empreitadas da nova trilogia "ok": o de 2018 é um filme que diverte e o Kills é um filme fraco, mas que compensa em alguns momentos pelo gore. Mas é pelos anteriores terem feito bem um "arroz com feijão" que fica mais absurdo que Halloween Ends seja um filme com roteiro tão absurdo, contrariando o que foi construído sobre os personagens que estiveram nos filmes anteriores e, principalmente, tão, mas tão anticlimático.
Temos praticamente dois atos com o lenga lenga adolescente e absurdamente ilógico diante de todas as situações que tanto a Allyson quanto a Laurie passaram nos filmes anteriores. A avó que no primeiro filme desconfiava das próprias sombras em meio aos aparatos de segurança e armadilhas da casa que construiu no primeiro filme "entregando" a neta de bandeja para um desconhecido? A adolescente que passou por todo tipo de situação traumática dos dois filmes anteriores "se jogar" loucamente em uma situação daquela? E toda essa construção durar mais de uma hora para depois quase todos os assassinatos serem resumidos em pouco mais de meia hora, com um embate absurdamente tosco e com vários Deus Ex Machina entre Laurie e Michael? E por falar de Deus Ex Machina, é incrivelmente curioso como o Michael muda de um velho caquético em recuperação para algo próximo de sua antiga forma de acordo com a necessidade do roteiro. E, por fim, não dá para deixar de lado que a construção de Corey é basicamente um copia e cola de um dos elementos mais toscos dos péssimos Halloween de Rob Zombie: converter o "mal absoluto" que sempre foi o cerne de Halloween em um elemento oriundo do contexto dos personagens.
O filme mais "funcionou" como humor involuntário do que como um conclusão para a trilogia. Só não considero o mais podre da franquia porque os de Rob Zombie tão no mesmo patamar e existe uma porcaria chamada Halloween Resurrection, mas que mesmo ruim daquele jeito consegue proporcionar um embate muito melhor e mais condizente com as circunstâncias dos personagens do que a luta entre Laurie e Michael neste.
Poderia ser um curta que iniciasse no embate final dos dois. Nada que veio antes desse momento teve qualquer tipo de importância, mesmo narrativa: reuniram as piores coisas da década de 2000 com alguns dos personagens mais detestáveis dos filmes de ambos os vilões e uma fotografia que mais lembra algum clipe de qualquer bobagem da música pop dos EUA da referida década do que um filme de terror de fato.
Já que estamos falando de um filme nojento, permita-me fazer uma analogia nojenta: Sexta-Feira 13 2009 é como o grão de milho passa pelo sistema digestivo humano. No último ato desse processo, é comum que os grãos de milho permaneçam intactos, com sua forma preservada. O Jason desse filme é como se fosse o milho: reconhecemos e até achamos surpreendente que aqui ele seja estrategista e corra, retomando seu aspecto humano. Mas de que adianta, tanto para o milho quanto para o Jason estrategista, a forma preservada se está cercado por um grande monte de merda? Esse filme consegue ser um desastre em todos os aspectos técnicos e narrativos: como se não bastasse a fotografia terrível e a direção que não consegue construir a sensação de tensão que as perseguições do Jason deveriam causar, o roteiro é uma porcaria e os personagens são o suprassumo dos sujeitos desestáveis, tapados e narcisistas que são possíveis em filmes do gênero. Só não foi o pior filme que tive o desprazer de acompanhar no cinema porque eu vi Halloween Ressurreição lá para os idos de 2000 e guaraná com rolha. Entretanto, pensando bem acho que foi a minha pior experiência em cinema sim, pois lá no Halloween eu pelo menos fui acompanhado e, dessa forma, o tempo não foi todo perdido.
Eu tenho uma relação de afeto com esse filme, e talvez seja por isso que ele ganhe mais uma estrelinha na minha avaliação do que realmente merece... Bem, a produção do filme foi um negócio desastroso, com uma correria danada para aproveitar o êxito da Parte 6, e acho que é por isso que o filme é mal dirigido. Ainda teve o corte absurdo nas cenas de morte impostos pelos padrões de classificação da Motion Picture Association of America, o que deixou algumas mortes sem impacto algum (algo que também já tinha ocorrido no filme anterior). Apesar disso, o maior problema desse filme é justamente não ter seguido o aspecto referencial e metalinguístico do filme anterior, e olha que a premissa de uma "Carrie" enfrentando o Jason dava muita abertura para isso. Sinceramente não consigo entender como é que dezenas de pessoas da equipe de produção realmente acharam que uma premissa tão galhofa e absurda como essa caberia em um filme de tom sério, que é a proposta dessa sétima parte. Mas por que não dou uma ou até meia estrelinha para essa bomba? Porque o prólogo é o melhor início presente nos filmes da série (não que isso seja lá grande coisa) e o filme enfim pega ritmo após o Jason de fato entrar em confronto com nossa Carrie sem nenhum carisma.
Escrevendo esse comentário apenas porque reassisti após ter achado o Pânico de 2022 uma porcaria, apenas para constatar: a melhor coisa de Sexta-Feira 13 parte 6 é sua metalinguagem bem cadenciada, mas efetiva. O personagem do coveiro Martin é a representação tanto do público quanto da "mitologia" da série: sua fala "- Why'd they have to go and dig up Jason? Some folks sure got a strange idea of entertainment" é uma das tiradas mais sensacionais e cirurgicas da história dos filmes de horror. Diz o Tom McLoughlin que o Kevin Williamson lhe dissera certa vez que foi o seu Sexta Feira 13 - Parte 6 que serviu de inspiração para escrever o primeiro Pânico. Talvez tenha faltado aos diretores do Pânico 2022 resgatar esse clássico para compreenderem que metalinguagem e um entulhado de referências devem ser cadenciadas, não cuspidas a cada 3 minutos de metragem de qualquer jeito.
O primeiro filme cumpriu bem sua proposta de produção voltada ao público infantil, sem tratar as crianças como seres amorfos que riem de qualquer bobagem. Infelizmente não foi o caso da sequência, que rebaixou o humor a um nível absurdamente bobo. Além disso, a coisa só piora com menções à cultura pop a cada cinco minutos, como se não somente as crianças, como também os adultos que as acompanham, sejam seres amorfos que dão risada de qualquer menção gratuita a qualquer bobagem que a indústria cultural estadunidense enfia goela abaixo, com um rol de referências que vão de "soldado invernal" a até "Vin Diesel e The Rock" (blergh!). E isso tudo abusando dos estereótipos mais batidos possíveis, que vão desde o espaço que determinados personagens ocupam nas tramas até a menção caricata e pejorativa de determinada nacionalidade/ povo. Uma pena, pois o primeiro filme foi muito satisfatório dentro do que prometia. A impressão que fica é que isso aqui foi escrito pelo Adam Sandler (e digo isso ao pé da letra, pois até piada de peido tem).
Conseguiu superar o posto de pior filme da franquia, que pertencia ao Pânico 3. Há algumas cenas lá pro final que agradam pelo suspense, mas no geral o ritmo do filme é enfadonho e a metalinguagem é tão forçada que parece que pegaram um fandom escrito por um adolescente de 14 anos e transformaram em roteiro. Anos luz de distância da sagacidade referencial da trilogia original e mesmo do suspense do Pânico 4. E mano, que péssima atriz essa tal de Melissa Barrera. Das duas estrelas que dou, uma é só pela cena inicial com a Tara, que realmente funciona.
E bicho, chamar um filme de "inteligente" com aquelas cenas estúpidas e inverossímeis, até mesmo para a proposta do filme, no hospital é forçar demais a barra, né?
Rapaz, esse cinema de juventude pós-moderna consegue ser um negócio pavoroso. Parece que se propuseram ao desafio de copiar as piores coisas de Amelie Poulain e torná-las mais insuportáveis. E conseguiram.
Um dos filmes mais cretinos que já vi, usando elementos biográficos para realizar uma narrativa tão torpe e romantizadora das relações de desigualdade de uma sociedade capitalista que parece ter sido elaborado a partir de uma sequência de mensagens motivadoras compartilhadas por idosos em grupos de família no WhatsApp. Não passa de mais uma bobagem que requenta mitos estadunidenses como o Destino Manifesto e o Self- Made Man.
M3gan
3.0 800 Assista AgoraMais um argumento para afirmar que o único filme realmente bom com algum envolvimento de James Wan foi Jogos Mortais. Tá para surgir alguém mais superestimado do que esse cara.
Um Lugar Silencioso - Parte II
3.6 1,2K Assista AgoraO primeiro entrete, mas esse segundo não passa de um amontoado dos mais manjados clichês do gênero:
jump scare pra cacete, a irritante conveniência de praticamente todas as soluções se darem literamente no último segundo antes da merda ser concluída, o questionamento sobre os seres humanos poderem ser monstros de fato, o núcleo principal que encontra sobreviventes, mas acaba levando o perigo para esses sobreviventes...
O Pálido Olho Azul
3.3 275 Assista AgoraFilme bom, com uma fotografia espetacular, mas perde meia estrela porque é necessária uma certa suspensão de descrença para a conclusão.
Pinóquio
4.2 543 Assista AgoraUm dos maiores êxitos de 2022.
Avatar: O Caminho da Água
3.9 1,3K Assista AgoraÉ como um videogame com longas cutscenes que você não pode pular, mas ao final delas já vêm os créditos sem te deixar jogar.
Roteiro absurdamente ruim, com os mais batidos estereótipos possíveis e com uma irritante perspectiva do "bom selvagem" associado aos valores ocidentais.
Que pelo menos sirva para dar alguma consciência ambiental ao público, apesar de essa ficar ofuscada em meio a dezenas de minutos que só servem para reproduzir longos planos que apenas mostram a tecnologia usada.
Noites Brutais
3.4 1,1K Assista AgoraO filme só ganha mais uma estrela para mim porque ele ainda se salva em meio a uma avalanche de filmes horríveis que o gênero vem ganhando nos últimos anos, pois isoladamente é apenas um filme mediano para baixo.
Fotografia legal, alguns momentos claustrofóbicos e bom início, mas se perde em querer estabelecer subtextos com um arremedo de roteiro que não consegue decidir qual é o nível de profundidade que quer dar às discussões e reflexões que ameaça propor.
E eu realmente não entendi o que há de tão surpreendentr assim no tal do plot que algumas críticas estão alardeando: fica muito previsível a situação quando a Tess começa a investigar e encontrar os indícios do que está acontecendo no recinto.
Avatar: O Caminho da Água
3.9 1,3K Assista AgoraProfessor Girafales: "- E se tirar o impacto visual, efeitos bonitos e 3D de Avatar 1 e 2, o que resta?"
Chiquinha: "- A Bruxa do 71."
M3gan
3.0 800 Assista AgoraUma cópia descarada do remake de Brinquedo Assassino, mas como tem dedo do James Wan na produção e roteiro, um dos diretores mais superestimados das últimas décadas, já tem gente chamando de "genial" e "aí vem um novo clássico".
Jaula
3.2 173 Assista AgoraA premissa é boa e a proposta de plot e de como as pistas são deixadas também seriam agradáveis, mas a edição capenga (que chega a irritar nos primeiro 20 minutos) e o mau desenvolvimento dos personagens jogam esses elementos por terra. Jogaram fora a oportunidade de fazer algo muito bom.
Halloween H20: Vinte Anos Depois
3.1 435 Assista AgoraDá até vontade de dar mais meia estrela em Halloween H20 por agora ele parecer um final muito mais digno para Laurie e Michael do que Halloween Ends.
O Telefone Preto
3.5 1,1K Assista AgoraEnésimo uso da jornada do herói em um filme de terror/suspense, muito linear. Não é ruim, mas a previsibilidade e o incrível desperdício dos argumentos que poderiam gerar suspense jogam um balde de água fria.
Halloween Ends
2.3 536 Assista AgoraOntem eu deixei um comentário aqui assim que saí da sessão, de tão embasbacado (no mau sentido) que fiquei com o que eu vi. Passado o impacto pós-sessão em cinema, posso avaliar com mais cuidado o que vi, relembrando a obra, e não altero em nada o que achei no calor do momento.
Primeiramente, não sou fã da série Halloween (apesar de gostar bastante do primeiro e simpatizar com o H20), então minha "birra" não é movida por paixões de terem colocado personagens que eu eventualmente gostasse muito em uma furada. Dentro do que os filmes de horror viraram nos últimos anos, eu estava achando as empreitadas da nova trilogia "ok": o de 2018 é um filme que diverte e o Kills é um filme fraco, mas que compensa em alguns momentos pelo gore. Mas é pelos anteriores terem feito bem um "arroz com feijão" que fica mais absurdo que Halloween Ends seja um filme com roteiro tão absurdo, contrariando o que foi construído sobre os personagens que estiveram nos filmes anteriores e, principalmente, tão, mas tão anticlimático.
Temos praticamente dois atos com o lenga lenga adolescente e absurdamente ilógico diante de todas as situações que tanto a Allyson quanto a Laurie passaram nos filmes anteriores. A avó que no primeiro filme desconfiava das próprias sombras em meio aos aparatos de segurança e armadilhas da casa que construiu no primeiro filme "entregando" a neta de bandeja para um desconhecido? A adolescente que passou por todo tipo de situação traumática dos dois filmes anteriores "se jogar" loucamente em uma situação daquela? E toda essa construção durar mais de uma hora para depois quase todos os assassinatos serem resumidos em pouco mais de meia hora, com um embate absurdamente tosco e com vários Deus Ex Machina entre Laurie e Michael? E por falar de Deus Ex Machina, é incrivelmente curioso como o Michael muda de um velho caquético em recuperação para algo próximo de sua antiga forma de acordo com a necessidade do roteiro. E, por fim, não dá para deixar de lado que a construção de Corey é basicamente um copia e cola de um dos elementos mais toscos dos péssimos Halloween de Rob Zombie: converter o "mal absoluto" que sempre foi o cerne de Halloween em um elemento oriundo do contexto dos personagens.
O filme mais "funcionou" como humor involuntário do que como um conclusão para a trilogia. Só não considero o mais podre da franquia porque os de Rob Zombie tão no mesmo patamar e existe uma porcaria chamada Halloween Resurrection, mas que mesmo ruim daquele jeito consegue proporcionar um embate muito melhor e mais condizente com as circunstâncias dos personagens do que a luta entre Laurie e Michael neste.
Não! Não Olhe!
3.5 1,3K Assista AgoraAchei que peca na execução em alguns momentos, mas ainda assim é mais um ótimo filme do Jordan Peele.
Halloween Ends
2.3 536 Assista AgoraAcabei de ver na pré e saí da sessão com a impressão de que o Rob Zombie dirigiu um terceiro Halloween. Parece até uma paródia, pqp.
Freddy X Jason
2.7 927 Assista AgoraPoderia ser um curta que iniciasse no embate final dos dois. Nada que veio antes desse momento teve qualquer tipo de importância, mesmo narrativa: reuniram as piores coisas da década de 2000 com alguns dos personagens mais detestáveis dos filmes de ambos os vilões e uma fotografia que mais lembra algum clipe de qualquer bobagem da música pop dos EUA da referida década do que um filme de terror de fato.
Sexta-Feira 13, Parte 8: Jason Ataca Nova York
2.6 354 Assista AgoraNão há como algo ficar mais desgraçado do que já no início do filme
inventarem que um LAGO TEM CONEXÃO COM O MAR.
Sexta-Feira 13, Parte 4: O Capítulo Final
3.3 376 Assista AgoraO meu segundo favorito da saga, só perde para a Parte 6.
Sexta-Feira 13
2.9 948 Assista AgoraJá que estamos falando de um filme nojento, permita-me fazer uma analogia nojenta: Sexta-Feira 13 2009 é como o grão de milho passa pelo sistema digestivo humano. No último ato desse processo, é comum que os grãos de milho permaneçam intactos, com sua forma preservada. O Jason desse filme é como se fosse o milho: reconhecemos e até achamos surpreendente que aqui ele seja estrategista e corra, retomando seu aspecto humano. Mas de que adianta, tanto para o milho quanto para o Jason estrategista, a forma preservada se está cercado por um grande monte de merda? Esse filme consegue ser um desastre em todos os aspectos técnicos e narrativos: como se não bastasse a fotografia terrível e a direção que não consegue construir a sensação de tensão que as perseguições do Jason deveriam causar, o roteiro é uma porcaria e os personagens são o suprassumo dos sujeitos desestáveis, tapados e narcisistas que são possíveis em filmes do gênero. Só não foi o pior filme que tive o desprazer de acompanhar no cinema porque eu vi Halloween Ressurreição lá para os idos de 2000 e guaraná com rolha. Entretanto, pensando bem acho que foi a minha pior experiência em cinema sim, pois lá no Halloween eu pelo menos fui acompanhado e, dessa forma, o tempo não foi todo perdido.
Sexta-Feira 13, Parte 7: A Matança Continua
2.9 309 Assista AgoraEu tenho uma relação de afeto com esse filme, e talvez seja por isso que ele ganhe mais uma estrelinha na minha avaliação do que realmente merece... Bem, a produção do filme foi um negócio desastroso, com uma correria danada para aproveitar o êxito da Parte 6, e acho que é por isso que o filme é mal dirigido. Ainda teve o corte absurdo nas cenas de morte impostos pelos padrões de classificação da Motion Picture Association of America, o que deixou algumas mortes sem impacto algum (algo que também já tinha ocorrido no filme anterior). Apesar disso, o maior problema desse filme é justamente não ter seguido o aspecto referencial e metalinguístico do filme anterior, e olha que a premissa de uma "Carrie" enfrentando o Jason dava muita abertura para isso. Sinceramente não consigo entender como é que dezenas de pessoas da equipe de produção realmente acharam que uma premissa tão galhofa e absurda como essa caberia em um filme de tom sério, que é a proposta dessa sétima parte. Mas por que não dou uma ou até meia estrelinha para essa bomba? Porque o prólogo é o melhor início presente nos filmes da série (não que isso seja lá grande coisa) e o filme enfim pega ritmo após o Jason de fato entrar em confronto com nossa Carrie sem nenhum carisma.
Sexta-Feira 13, Parte 6: Jason Vive
3.2 309 Assista AgoraEscrevendo esse comentário apenas porque reassisti após ter achado o Pânico de 2022 uma porcaria, apenas para constatar: a melhor coisa de Sexta-Feira 13 parte 6 é sua metalinguagem bem cadenciada, mas efetiva. O personagem do coveiro Martin é a representação tanto do público quanto da "mitologia" da série: sua fala "- Why'd they have to go and dig up Jason? Some folks sure got a strange idea of entertainment" é uma das tiradas mais sensacionais e cirurgicas da história dos filmes de horror. Diz o Tom McLoughlin que o Kevin Williamson lhe dissera certa vez que foi o seu Sexta Feira 13 - Parte 6 que serviu de inspiração para escrever o primeiro Pânico. Talvez tenha faltado aos diretores do Pânico 2022 resgatar esse clássico para compreenderem que metalinguagem e um entulhado de referências devem ser cadenciadas, não cuspidas a cada 3 minutos de metragem de qualquer jeito.
Sonic 2: O Filme
3.4 269 Assista AgoraO primeiro filme cumpriu bem sua proposta de produção voltada ao público infantil, sem tratar as crianças como seres amorfos que riem de qualquer bobagem. Infelizmente não foi o caso da sequência, que rebaixou o humor a um nível absurdamente bobo. Além disso, a coisa só piora com menções à cultura pop a cada cinco minutos, como se não somente as crianças, como também os adultos que as acompanham, sejam seres amorfos que dão risada de qualquer menção gratuita a qualquer bobagem que a indústria cultural estadunidense enfia goela abaixo, com um rol de referências que vão de "soldado invernal" a até "Vin Diesel e The Rock" (blergh!). E isso tudo abusando dos estereótipos mais batidos possíveis, que vão desde o espaço que determinados personagens ocupam nas tramas até a menção caricata e pejorativa de determinada nacionalidade/ povo. Uma pena, pois o primeiro filme foi muito satisfatório dentro do que prometia. A impressão que fica é que isso aqui foi escrito pelo Adam Sandler (e digo isso ao pé da letra, pois até piada de peido tem).
Pânico
3.4 1,1K Assista AgoraConseguiu superar o posto de pior filme da franquia, que pertencia ao Pânico 3. Há algumas cenas lá pro final que agradam pelo suspense, mas no geral o ritmo do filme é enfadonho e a metalinguagem é tão forçada que parece que pegaram um fandom escrito por um adolescente de 14 anos e transformaram em roteiro. Anos luz de distância da sagacidade referencial da trilogia original e mesmo do suspense do Pânico 4. E mano, que péssima atriz essa tal de Melissa Barrera. Das duas estrelas que dou, uma é só pela cena inicial com a Tara, que realmente funciona.
E bicho, chamar um filme de "inteligente" com aquelas cenas estúpidas e inverossímeis, até mesmo para a proposta do filme, no hospital é forçar demais a barra, né?
Demais pra Mim
3.3 106 Assista AgoraRapaz, esse cinema de juventude pós-moderna consegue ser um negócio pavoroso. Parece que se propuseram ao desafio de copiar as piores coisas de Amelie Poulain e torná-las mais insuportáveis. E conseguiram.
À Procura da Felicidade
4.2 2,8K Assista AgoraUm dos filmes mais cretinos que já vi, usando elementos biográficos para realizar uma narrativa tão torpe e romantizadora das relações de desigualdade de uma sociedade capitalista que parece ter sido elaborado a partir de uma sequência de mensagens motivadoras compartilhadas por idosos em grupos de família no WhatsApp. Não passa de mais uma bobagem que requenta mitos estadunidenses como o Destino Manifesto e o Self- Made Man.