Senti falta de problematização de dois temas naturalmente polêmicos e que geram muita tensão social: homossexualidade e incesto. Mas se a intenção era de fazer uma história de amor... até q foi bonitinha.
Lindíssimo filme. Me remeteu logo a um conto da Clarice Lispector, "Feliz Aniversário". Tenho que pensar muito nele antes de escrever algo sobre hahahahah
1 - Por pouco não me sinto no direito de escrever a respeito dos filmes de Woody Allen, uma vez que a lista de produções é bem grande e eu assisti a apenas 5.. (por enquanto, claro)!!! mas afirmo ao menos a minha adoração pela capacidade de construção de excelentes diálogos e reflexões que não tira a afabilidade de nenhuma de suas obras. São filmes que me remetem a uma pessoa qualquer que a gente acaba conhecendo na vida - uma mescla assim perfeitinha de inteligência e refinamento, mas sem ser maçante. 2 - Três personagens que me chamaram (+) atenção: Uma irmã que encarna o clássico inseguro - aquele que tem o mundo e seus projetos (que muitas vezes não passam de esboços) facilmente abalados por uma palavra crítica que seja; Um esposo que se vê desamparado por sua mulher aparentemente autossuficiente e intocável, apesar de sensível e afetuosa. Me despertou o desejo de permanência de união com Hannah coexistindo confusamente com o desejo pela outra, o que levaria ao divórcio, à desunião. Ele se lamenta ao perceber sua parceira como uma pessoa que não depende dele para nada, o que o levaria ao estresse e à raiva, mas logo se sente tranquilo e torna-se amável novamente, ao ouvir dela palavras de amparo; É como se, ao sentir-se útil para Hannah, ele percebesse uma utilidade para ele mesmo; um preenchimento dentro de si, que o faz feliz de alguma forma; Hannah - linda, talentosa e bem resolvida. A personagem rodeada de gente problemática. A personagem rara na vida real. Uma pessoa que, apesar de tudo, não se vê livre das tristes incompletudes da vida.
Que tempo é dinheiro, isso todo mundo sabe hoje em dia; mas, aproveitando as ideias de um ex professor e repassando-as na forma de.. uma humilde recomendação, talvez, sugiro que ampliemos as nossas reflexões até um tema muito mais abrangente, desafiador e menos (ou nada) óbvio: o tempo. Só UMA ideia..
Não me lembro exatamente das palavras da personagem, mas, em um certo momento do filme, Mary, vivida por Kirsten Dunst, evoca uma ideia mais que óbvia para todos nós - que vida de adulto é uma merda, frustrante e repleta de decepções e decepções, bem ao contrário da do bebê, uma vida feliz e sem preocupações ou desconfortos. Concordo, pelo menos em partes. Desde o exato momento em que chegamos ao mundo da barriga da nossa mãe, nós sofremos e nos desequilibramos: choramos pela ausência do leite, dos pais, quando caímos.. ou quando damos a primeira respirada (que dói pra cacete). Daí em diante, ou seja, a partir do momento de nossa inserção no 'mundo real', as decepções só aumentam (por isso ser adulto é uma merda, porque somos obrigados a resolver um acúmulo imenso de pepinos), e isso se explica com uma lógica (ilógica) muito simples: os nossos desejos e nossas idealizações estão cotidianamente presentes conosco, nos fazendo querer enxergar que tudo seja cor de rosa; mas a realidade a nossa volta faz questão de nos contrapor, e mostrar que o mundo simplesmente não se desenrola da forma que desejamos e idealizamos! Viver é se decepcionar. Querer viver é conformar-se com a ideia de ausência de um modelo de perfeição. Um casal que pretende manter-se unido precisa aprender a conviver com as pequenas falhas e chatices do dia-a-dia - cabelos no sabonete, peidos, manias, frescuras e todo o tipo de situação indesejada, porque faz parte! Até com a rotina é necessário aprender a lidar. Hoje, vivemos na época do culto ao novo e às novidades, época na qual tememos viver sob um roteiro estabelecido. O medo do "sempre o mesmo" nos faz buscar novos looks, novas aventuras e novos parceiros. Para quê casar, então, se eu posso ficar com quem eu quiser, quando eu quiser? Eis que surge o mundo, cruel e casual, e dispõe a gente a se defrontar com.. o amor - uma pessoa que apesar de todos os defeitos nos faz indesejar sua distância. O motivo? psicológico, espiritual, casual, sei lá. Como contornar as vias de frustração e decepção? Buscando SEMPRE, TODO OS DIAS, novas vias (como fez Joel, sozinho, em sua mente), mas nunca se esquecendo de se permitir viver (como fez o casal protagonista, no finalzinho do filme). Se entregar por medo de viver uma decepção ou outra é a maior das decepções, sem dúvida.
Amor com sexo gente! o ideal para um relacionamento do tipo "afetivo-amoroso-sexual", simples assim. Um filme super descontraído, nada obsceno ou "pornô", como li em uma breve descrição aí embaixo, romântico a seu modo (um romantismo de alma e corpo, nem fútil nem mel com açúcar) e bastante proveitoso para quem adora refletir sobre questões desse tipo. Dá para fazer um texto imenso sobre cada uma das n abordagens do filme - de que modo um casal resiste sem um dos princípios que servem de suporte da relação que se supõe duradoura e plena (sexo, amor, cumplicidade, enfim, união); como a saúde do relacionamento reflete nos filhos - por vezes cobertos de carinho (frutos de amor) ou de certa forma 'esquecidos', possíveis frutos de um sexo casual; até que ponto o gozo que parece tão sublime significa uma satisfação sexual de fato (um personagem que vive de se provar hetero, na tentativa de anular um simples deslize homo do passado, ou um personagem enrustido?); se a fidelidade com tom de obrigação vale a pena, e se uma infidelidade que se pratica com culpa e remorso é fatalmente condenável a separação.......... enfim. Um filme com enredo inteligente, de muita reflexão e que com certeza dá muito pano para conversa depois. Adorei e recomendo.
O Homem que Era o Super-Homem
4.3 94" - O passado não pode ser mudado (...) Mas o futuro será diferente!"
Do Começo ao Fim
3.0 1,3KSenti falta de problematização de dois temas naturalmente polêmicos e que geram muita tensão social: homossexualidade e incesto. Mas se a intenção era de fazer uma história de amor... até q foi bonitinha.
Margot e o Casamento
2.9 231 Assista AgoraQue final mais........................................................ X
Em Rota de Colisão
2.9 109Durante um minuto, me lembrou "Crash - no limite". Depois, virou pastelão :)
Andando
4.2 58Lindíssimo filme. Me remeteu logo a um conto da Clarice Lispector, "Feliz Aniversário". Tenho que pensar muito nele antes de escrever algo sobre hahahahah
Hannah e Suas Irmãs
4.0 2931 - Por pouco não me sinto no direito de escrever a respeito dos filmes de Woody Allen, uma vez que a lista de produções é bem grande e eu assisti a apenas 5.. (por enquanto, claro)!!! mas afirmo ao menos a minha adoração pela capacidade de construção de excelentes diálogos e reflexões que não tira a afabilidade de nenhuma de suas obras. São filmes que me remetem a uma pessoa qualquer que a gente acaba conhecendo na vida - uma mescla assim perfeitinha de inteligência e refinamento, mas sem ser maçante.
2 - Três personagens que me chamaram (+) atenção:
Uma irmã que encarna o clássico inseguro - aquele que tem o mundo e seus projetos (que muitas vezes não passam de esboços) facilmente abalados por uma palavra crítica que seja;
Um esposo que se vê desamparado por sua mulher aparentemente autossuficiente e intocável, apesar de sensível e afetuosa. Me despertou o desejo de permanência de união com Hannah coexistindo confusamente com o desejo pela outra, o que levaria ao divórcio, à desunião. Ele se lamenta ao perceber sua parceira como uma pessoa que não depende dele para nada, o que o levaria ao estresse e à raiva, mas logo se sente tranquilo e torna-se amável novamente, ao ouvir dela palavras de amparo; É como se, ao sentir-se útil para Hannah, ele percebesse uma utilidade para ele mesmo; um preenchimento dentro de si, que o faz feliz de alguma forma;
Hannah - linda, talentosa e bem resolvida. A personagem rodeada de gente problemática. A personagem rara na vida real. Uma pessoa que, apesar de tudo, não se vê livre das tristes incompletudes da vida.
Veludo Azul
3.9 776 Assista AgoraIt's a strange world, isn't it?
A Excêntrica Família de Antonia
4.3 359Assista a esse maravilhoso filme aqui:
Funny Girl - A Garota Genial
4.3 214 Assista Agora"(...)
A girl ought to have a sense of humor
That's one thing you really need for sure
When you're a funny girl
The fellow said "A funny girl"
Funny
How it ain't so funny,
Funny girl"
O lado frágil e o dramático da personagem, sem deixar de expôr o lado cômico. A letra de "funny girl" é linda; interpretada por Barbra, é perfeita.
O Preço do Amanhã
3.6 2,9K Assista AgoraQue tempo é dinheiro, isso todo mundo sabe hoje em dia; mas, aproveitando as ideias de um ex professor e repassando-as na forma de.. uma humilde recomendação, talvez, sugiro que ampliemos as nossas reflexões até um tema muito mais abrangente, desafiador e menos (ou nada) óbvio: o tempo. Só UMA ideia..
Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças
4.3 4,7K Assista AgoraNão me lembro exatamente das palavras da personagem, mas, em um certo momento do filme, Mary, vivida por Kirsten Dunst, evoca uma ideia mais que óbvia para todos nós - que vida de adulto é uma merda, frustrante e repleta de decepções e decepções, bem ao contrário da do bebê, uma vida feliz e sem preocupações ou desconfortos. Concordo, pelo menos em partes. Desde o exato momento em que chegamos ao mundo da barriga da nossa mãe, nós sofremos e nos desequilibramos: choramos pela ausência do leite, dos pais, quando caímos.. ou quando damos a primeira respirada (que dói pra cacete). Daí em diante, ou seja, a partir do momento de nossa inserção no 'mundo real', as decepções só aumentam (por isso ser adulto é uma merda, porque somos obrigados a resolver um acúmulo imenso de pepinos), e isso se explica com uma lógica (ilógica) muito simples: os nossos desejos e nossas idealizações estão cotidianamente presentes conosco, nos fazendo querer enxergar que tudo seja cor de rosa; mas a realidade a nossa volta faz questão de nos contrapor, e mostrar que o mundo simplesmente não se desenrola da forma que desejamos e idealizamos! Viver é se decepcionar. Querer viver é conformar-se com a ideia de ausência de um modelo de perfeição. Um casal que pretende manter-se unido precisa aprender a conviver com as pequenas falhas e chatices do dia-a-dia - cabelos no sabonete, peidos, manias, frescuras e todo o tipo de situação indesejada, porque faz parte! Até com a rotina é necessário aprender a lidar. Hoje, vivemos na época do culto ao novo e às novidades, época na qual tememos viver sob um roteiro estabelecido. O medo do "sempre o mesmo" nos faz buscar novos looks, novas aventuras e novos parceiros. Para quê casar, então, se eu posso ficar com quem eu quiser, quando eu quiser? Eis que surge o mundo, cruel e casual, e dispõe a gente a se defrontar com.. o amor - uma pessoa que apesar de todos os defeitos nos faz indesejar sua distância. O motivo? psicológico, espiritual, casual, sei lá. Como contornar as vias de frustração e decepção? Buscando SEMPRE, TODO OS DIAS, novas vias (como fez Joel, sozinho, em sua mente), mas nunca se esquecendo de se permitir viver (como fez o casal protagonista, no finalzinho do filme). Se entregar por medo de viver uma decepção ou outra é a maior das decepções, sem dúvida.
Sexo Com Amor
2.9 19Amor com sexo gente! o ideal para um relacionamento do tipo "afetivo-amoroso-sexual", simples assim. Um filme super descontraído, nada obsceno ou "pornô", como li em uma breve descrição aí embaixo, romântico a seu modo (um romantismo de alma e corpo, nem fútil nem mel com açúcar) e bastante proveitoso para quem adora refletir sobre questões desse tipo. Dá para fazer um texto imenso sobre cada uma das n abordagens do filme - de que modo um casal resiste sem um dos princípios que servem de suporte da relação que se supõe duradoura e plena (sexo, amor, cumplicidade, enfim, união); como a saúde do relacionamento reflete nos filhos - por vezes cobertos de carinho (frutos de amor) ou de certa forma 'esquecidos', possíveis frutos de um sexo casual; até que ponto o gozo que parece tão sublime significa uma satisfação sexual de fato (um personagem que vive de se provar hetero, na tentativa de anular um simples deslize homo do passado, ou um personagem enrustido?); se a fidelidade com tom de obrigação vale a pena, e se uma infidelidade que se pratica com culpa e remorso é fatalmente condenável a separação.......... enfim. Um filme com enredo inteligente, de muita reflexão e que com certeza dá muito pano para conversa depois. Adorei e recomendo.