Marconni Marotta

Um ótimo filme. Vejo como todos os que comentaram mencionaram a carga emotiva que o filme carrega para o espectador.
Todavia, chamou minha atenção a denúncia com relação aos programas de acolhimentos de refugiados. Nesse caso, o exemplo americano demonstra um acolhimento sem planejamento, de absoluto desrespeito e completa ignorância que a cultura e identidade do outro é submetida por detrás de possíveis boas ações. Nota-se que esses programas de acolhimento enfatizam a quantidade (recebemos milhares de refugiados), e ignora a qualidade (a brutalidade com que a outra cultura é submetida a padrões completamente estranhos sem o menor cuidado).

Nesse caso, para amenizar a ausência de planejamento dos programas governamentais (estratégias de mera politicagem), o roteiro explora as boas relações humanas (por mais complexas que sejam). Por isso, apesar de toda adversidade da vida dos protagonistas, sentimos uma determinada "beleza" ao final das história.

Mas vale lembrar, que o filme explorou americanos com "boas intenções", e deixou escapar que eles são, em algumas ocasiões, por demais xenófobos.

De toda forma, desde a emoção com as histórias de vida à denúncia, um ótimo filme!

Não imaginava comentar esse filme, mas digo que é um bom filme, ao menos na minha posição de historiador.
Apesar da forma um pouco truncada, uma evolução dos fatos por demais cortada, a narrativa que envolve a crise pessoal pela qual passou Getúlio Vargas foi muito bem construída. Ao final, o filme deixa transparecer o desespero subjetivo do presidente, um tradicionalista gaúcho permeado pelas relações baseadas na lealdade, foi "enganado" exatamente pelos homens aos quais havia depositado sua confiança. Vejo, portanto, como um dos poucos trabalhos cinematográficos dignos da proposta de reconstrução de uma personalidade histórica. Aliás, ajudou bastante a atuação do Tony Ramos...

Péssimo.
Por favor, coloquem esse filme numa categoria Gospel.