Com os devidos recortes de época, local e o público a que se destina, é muito similar ao clássico A Bela e a Fera: um combo de Síndrome de estocolmo com romantização do relacionamento abusivo e um final de lascar.
Fiquei decepcionada por ser uma adaptação de uma obra de uma autora e dirigido igualmente por uma mulher, por que existe um sem-número de campanhas batendo na tecla ʽdepois do NÃO tudo é ASSÉDIOʼ e essas criaturas representando mal a classe e dando ibope pra atitudes assim.
Fica claro que nem todo mundo tem consciência política.
A trama se sustenta numa ideia curiosa e ela poderia ter se desdobrado em infinitas possibilidades, mas é conduzida para um mal aproveitamento.
A atuação é bem fraquinha e os protagonistas são infantis. Não há profundidade na construção deles, tampoco há coerência para algumas atitudes ao longo da história.
Muitas cenas importantes são amparadas por diálogos insuficientes e os picos de tensão acabam forçados, pois carecem de explicações razoáveis.
Começou bem até. Quantos filmes que mostram famílias com duas mães protagonistas nós temos como exemplo na cinematografia? Pode ter escapado, mas agora não me recordo de nenhum. Lisa Cholodenko tinha um universo inédito para explorar.
A gente vai prevendo o desastre quando a Nic começa a ser pintada como alcoólatra, controladora e problemática pra justificar a traição da esposa, uma receita pronta de Hollywood que não se limita aos filmes rasos como esse.
Apesar da antipatia com a qual Nic oprime os filhos e a Jules, privando-os de algumas decisões e minimizando os feitos da esposa, não existe motivo real para a infidelidade, visto que a família sempre teve franco diálogo sobre tudo.
Como peça de representatividade LGBT ele é catastrófico, verdadeiro desserviço, já que sugere pela heterossexualidade a solução para relações lésbicas fragilizadas ou mesmo problemáticas - o quê por si só já é um desrespeito às lésbicas.
Embora exista a possibilidade de quaisquer das personagens ser bi ou pansexual, não houve sensibilidade da diretora no roteiro para transferir essa situação, apontando para uma mudança injustificada na orientação sexual da Jules.
A película tinha um mundo a explorar acerca do tema diversidade familiar. Lisa, contudo, apresenta para o público uma família de mães como um espelho de famílias de núcleo heterossexual, pecando na representação da relação das duas e perdendo o seu potencial de expor isso de forma realista, sensível e menos superficial.
Enfim, uma bosta cuja existência não deveria se justificar nem pra entretenimento raso.
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Tudo por Ela
1.8 52Mais um que coloca personagens que se dizem lésbicas...
...transando com homens.
Se vir no catálogo da Netflix, corre.
365 Dias
1.5 878 Assista AgoraTrês letras pra esse filme: ʽWTFʼ!
Com os devidos recortes de época, local e o público a que se destina, é muito similar ao clássico A Bela e a Fera: um combo de Síndrome de estocolmo com romantização do relacionamento abusivo e um final de lascar.
Fiquei decepcionada por ser uma adaptação de uma obra de uma autora e dirigido igualmente por uma mulher, por que existe um sem-número de campanhas batendo na tecla ʽdepois do NÃO tudo é ASSÉDIOʼ e essas criaturas representando mal a classe e dando ibope pra atitudes assim.
Fica claro que nem todo mundo tem consciência política.
O Quarto dos Desejos
3.0 374 Assista AgoraO filme me surpreendeu pra pior.
A trama se sustenta numa ideia curiosa e ela poderia ter se desdobrado em infinitas possibilidades, mas é conduzida para um mal aproveitamento.
A atuação é bem fraquinha e os protagonistas são infantis. Não há profundidade na construção deles, tampoco há coerência para algumas atitudes ao longo da história.
Muitas cenas importantes são amparadas por diálogos insuficientes e os picos de tensão acabam forçados, pois carecem de explicações razoáveis.
Como Ser Solteira
3.3 485 Assista AgoraFocado em como é uma mulher solteira por: um homem. Pulei as partes estereotipadas quando percebi tinha pulado o filme inteiro.
Minhas Mães e Meu Pai
3.4 1,3K Assista grátisComeçou bem até. Quantos filmes que mostram famílias com duas mães protagonistas nós temos como exemplo na cinematografia? Pode ter escapado, mas agora não me recordo de nenhum. Lisa Cholodenko tinha um universo inédito para explorar.
A gente vai prevendo o desastre quando a Nic começa a ser pintada como alcoólatra, controladora e problemática pra justificar a traição da esposa, uma receita pronta de Hollywood que não se limita aos filmes rasos como esse.
Apesar da antipatia com a qual Nic oprime os filhos e a Jules, privando-os de algumas decisões e minimizando os feitos da esposa, não existe motivo real para a infidelidade, visto que a família sempre teve franco diálogo sobre tudo.
Como peça de representatividade LGBT ele é catastrófico, verdadeiro desserviço, já que sugere pela heterossexualidade a solução para relações lésbicas fragilizadas ou mesmo problemáticas - o quê por si só já é um desrespeito às lésbicas.
Embora exista a possibilidade de quaisquer das personagens ser bi ou pansexual, não houve sensibilidade da diretora no roteiro para transferir essa situação, apontando para uma mudança injustificada na orientação sexual da Jules.
A película tinha um mundo a explorar acerca do tema diversidade familiar. Lisa, contudo, apresenta para o público uma família de mães como um espelho de famílias de núcleo heterossexual, pecando na representação da relação das duas e perdendo o seu potencial de expor isso de forma realista, sensível e menos superficial.
Enfim, uma bosta cuja existência não deveria se justificar nem pra entretenimento raso.