Se a diretora tivesse usado o recurso das canções cantadas por Harriet de forma mais poética, o filme ganharia muito em criatividade, ainda mais por se tratar de escravidão. Boa atriz.
E o povo preocupado que o Lars von Trier era apenas um aspirante a nazista... rs Esse camarada tem beeeem mais demônios do que achávamos! Ainda bem que ele ainda os exorciza através dos lindos filmes dele.
O filme tem inspiração literária da "Divina Comédia", de Dante Alighieri, e política do capiroto Trump. Você pode até não gostar do resultado final, mas não pode negar que se trata de um trabalho autêntico e diferenciado que poucos teriam coragem de produzir. Eu apenas reduziria a duração em uns 20 minutos.
E é engraçado ver agora que existe um universo Lars von Trier. O diretor inseriu imagens de seus filmes anteriores como "Dogville", "Melancolia", "Ninfomaníaca" e "Ondas do Destino". O produtor da Marvel Studios, Kevin Feige, está fazendo escola na Europa rs
Vi o filme na Mostra de Cinema de SP guiado pelo prêmio de direção recebido em Veneza. Realmente, o melhor do filme é a direção que cria um clima bastante tenso e crescente sem apelar. O jovem ator Thomas Gioria (que interpreta o menino Julien) apresenta uma atuação natural espantosa. De negativo, citaria a personagem da irmã mais velha, que apesar dos esforços, tem pouca relevância para o avanço da trama, inclusive sua revelação pessoal. Apesar disso, um ótimo filme.
Vale lembrar que o filme tem origem no curta-metragem "Avant que de tout perdre (Just Before Losing Everything)" (2013), do mesmo diretor, que curiosamente reprisou os mesmos atores que interpretam o casal. O curta foi indicado ao Oscar em 2014, mas não levou a estatueta.
Uma das coisas que mais admiro em '45 Anos' é a forma como uma história tão simples foi abordada com tamanha delicadeza e construída sobre sentimentos acumulados por décadas que quase não vão à tona, com situações do cotidiano que se transformam perante nossos olhos.
A carta que muda a vida do casal destrói todos os esforços da personagem Kate (Charlotte Rampling, iluminada), jogando-a para um eterno, escuro e amargo 2º lugar. Como conviver com esse conceito de que a vida não valeu a pena? Por mais que tenha empurrado pra debaixo do tapete há tempos, o fato de ela não poder ter filhos volta à assombrá-la, lembrando dessa sua incapacidade (uma forte culpa genética) de prover essa felicidade ao marido. Tudo vai se acumula de uma forma assombrosa até a festa de 45 anos de casamento, onde a belíssima canção dos Platters ganha novas e terríveis interpretações.
Fiquei com o filme por semanas na cabeça. Ele levanta reflexões tão importantes do ser humano sem soar didático e filosófico demais. Sem dúvidas, considero-o um dos melhores filmes de 2015.
Saí da sessão querendo ver o "Homem-Formiga" dirigido pelo Edgar Wright, que foi expulso pela Disney (que comprou a Marvel Studios) pouco tempo antes das filmagens. O atual diretor Peyton Reed entregou um filme convencional, cujos pontos altos são proporcionados pelo próprio roteiro escrito por Edgar Wright que, se tivesse assumido a direção, certamente teria lançado um filme bem mais ousado e anárquico. Uma pena...
Filosofia de almanaque regada à clichês do gênero road movie. Prefira "E Sua Mãe Também", de Alfonso Cuarón, ou "Na Natureza Selvagem", de Sean Penn. Reese Withserpoon demonstra esforço para se desvencilhar de papéis comportados de outrora. A narrativa bem fragmentada não favorece a personagem materna de Laura Dern, que merecia mais tempo de tela para se aprofundar. Personagens secundários se mostram ilustrativos. Talvez Witherspoon puxe o filme junto para a temporada de premiações, mas confesso que esperava algo mais "fresh" de Jean-Marc Vallée.
Harriet: O Caminho Para a Liberdade
3.7 217 Assista AgoraSe a diretora tivesse usado o recurso das canções cantadas por Harriet de forma mais poética, o filme ganharia muito em criatividade, ainda mais por se tratar de escravidão. Boa atriz.
Cadê Você, Bernadette?
3.4 146 Assista AgoraQuer solução, Bernadette? Uma babá e o divórcio.
Me contratem como roteirista.
Jojo Rabbit
4.2 1,6K Assista Agora"Quero Ser Wes Anderson". A sátira que não é sátira. Taika me decepciona.
Meu Eterno Talvez
3.2 308Nunca imaginei que Keanu Reeves faria tanta diferença assim, ainda mais numa comédia.
Apollo 11
3.9 54PQP, mostrem este documentário para os "terraplanistas" e depois fazer uma vaquinha pra mandá-los pro espaço.
Dois Papas
4.1 962 Assista AgoraAnthony McCarten ganhou a briga e Fernando Meirelles incluiu aqueles flashbacks horríveis.
Zumbilândia: Atire Duas Vezes
3.4 612 Assista AgoraQueremos Zumbilândia 3 estrelado por Madison (Zoey Deutch) e sem Little Rock (Abigail Breslin). Obrigado. De nada.
O Souvenir
3.0 51 Assista AgoraJoanna Hogg arranjou a terapia mais cara para um pé na bunda.
A Casa Que Jack Construiu
3.5 788 Assista AgoraE o povo preocupado que o Lars von Trier era apenas um aspirante a nazista... rs
Esse camarada tem beeeem mais demônios do que achávamos! Ainda bem que ele ainda os exorciza através dos lindos filmes dele.
O filme tem inspiração literária da "Divina Comédia", de Dante Alighieri, e política do capiroto Trump. Você pode até não gostar do resultado final, mas não pode negar que se trata de um trabalho autêntico e diferenciado que poucos teriam coragem de produzir. Eu apenas reduziria a duração em uns 20 minutos.
E é engraçado ver agora que existe um universo Lars von Trier. O diretor inseriu imagens de seus filmes anteriores como "Dogville", "Melancolia", "Ninfomaníaca" e "Ondas do Destino". O produtor da Marvel Studios, Kevin Feige, está fazendo escola na Europa rs
Custódia
4.2 157Vi o filme na Mostra de Cinema de SP guiado pelo prêmio de direção recebido em Veneza. Realmente, o melhor do filme é a direção que cria um clima bastante tenso e crescente sem apelar. O jovem ator Thomas Gioria (que interpreta o menino Julien) apresenta uma atuação natural espantosa.
De negativo, citaria a personagem da irmã mais velha, que apesar dos esforços, tem pouca relevância para o avanço da trama, inclusive sua revelação pessoal. Apesar disso, um ótimo filme.
Vale lembrar que o filme tem origem no curta-metragem "Avant que de tout perdre (Just Before Losing Everything)" (2013), do mesmo diretor, que curiosamente reprisou os mesmos atores que interpretam o casal. O curta foi indicado ao Oscar em 2014, mas não levou a estatueta.
45 Anos
3.7 254 Assista AgoraUma das coisas que mais admiro em '45 Anos' é a forma como uma história tão simples foi abordada com tamanha delicadeza e construída sobre sentimentos acumulados por décadas que quase não vão à tona, com situações do cotidiano que se transformam perante nossos olhos.
A carta que muda a vida do casal destrói todos os esforços da personagem Kate (Charlotte Rampling, iluminada), jogando-a para um eterno, escuro e amargo 2º lugar. Como conviver com esse conceito de que a vida não valeu a pena? Por mais que tenha empurrado pra debaixo do tapete há tempos, o fato de ela não poder ter filhos volta à assombrá-la, lembrando dessa sua incapacidade (uma forte culpa genética) de prover essa felicidade ao marido. Tudo vai se acumula de uma forma assombrosa até a festa de 45 anos de casamento, onde a belíssima canção dos Platters ganha novas e terríveis interpretações.
Fiquei com o filme por semanas na cabeça. Ele levanta reflexões tão importantes do ser humano sem soar didático e filosófico demais. Sem dúvidas, considero-o um dos melhores filmes de 2015.
Homem-Formiga
3.7 2,0K Assista AgoraSaí da sessão querendo ver o "Homem-Formiga" dirigido pelo Edgar Wright, que foi expulso pela Disney (que comprou a Marvel Studios) pouco tempo antes das filmagens. O atual diretor Peyton Reed entregou um filme convencional, cujos pontos altos são proporcionados pelo próprio roteiro escrito por Edgar Wright que, se tivesse assumido a direção, certamente teria lançado um filme bem mais ousado e anárquico. Uma pena...
Livre
3.8 1,2K Assista AgoraFilosofia de almanaque regada à clichês do gênero road movie. Prefira "E Sua Mãe Também", de Alfonso Cuarón, ou "Na Natureza Selvagem", de Sean Penn.
Reese Withserpoon demonstra esforço para se desvencilhar de papéis comportados de outrora. A narrativa bem fragmentada não favorece a personagem materna de Laura Dern, que merecia mais tempo de tela para se aprofundar. Personagens secundários se mostram ilustrativos. Talvez Witherspoon puxe o filme junto para a temporada de premiações, mas confesso que esperava algo mais "fresh" de Jean-Marc Vallée.