Só um diretor como Carpenter para conseguir gerar tensão mesmo com uma ideia absurda como vilões que batem na porta antes de assassinarem suas vítimas.
Puta estreia na direção de Spielberg, a adaptação do conto de Richard Matheson, Encurralado, apresentado originalmente como parte da série da ABC Movie of the week, não deve em quase nada em tensão a Tubarão e às melhores obras de Hitchcock. Ocultando durante todo o filme o rosto do motorista psicopata que persegue Dennis Weaver por milhares de quilômetros, Spielberg faz do caminhão, com suas rodas gigantes e ameaçadoras, seu para-brisa imundo, seus para-choques de alguma forma famintos, na verdadeira face de um monstro. Seu motor parece uma série de rugidos de um animal selvagem, cada vez mais próxima de devorar sua vítima.
Um Hunger Games que não foi diluído para adolescentes, Battle Royale é um espetáculo sangrento e devastador que guarda abaixo de toda a sua crueza, brutalidade e interpretações histriônicas uma crítica severa ao sistema educacional japonês e uma poderosa metáfora aos conflitos de gerações entre jovens e adultos.
Caso raro em que um remake não só respeita a premissa do longa original, como a expande, a leva a novos horizontes. O Enigma de Outro Mundo é muito mais que apenas um filme de monstro. É uma obra-prima da paranoia, da claustrofobia e do medo existencial. Visto na época de seu lançamento como uma mera cópia de Alien hoje Enigma de Outro Mundo entrou para o restrito rol de obras que elevaram para sempre o horror cinematográfico ao nível de arte.
Na época de seu lançamento até os mais liberais exibidores se recusavam a exibi-lo e há relatos de pessoas que saíam gritando e correndo das salas de cinema. Proibido por 30 anos na Inglaterra Freaks ainda apressou a aposentadoria do diretor Tod Browning, que teve todas as portas dos estúdios fechadas na sua cara depois dele. Hoje, 80 anos depois Freaks deixou de ser ele próprio uma aberração e ganhou seu merecido reconhecimento como a obra-prima de Browning, autor de filmes como o clássico Drácula e O Monstro do Circo. Na época, o diretor afirmou que seu desejo com Freaks era conceber o filme mais perturbador já visto até então. Vendo-o hoje é impossível dizer que ele não conseguiu.
"Aqui está um homem que não aceita mais nada. Um homem que se rebelou contra a escória, as vadias, os cães, a sujeira, a merda", anuncia de maneira triunfal Travis Bickle, personagem mais icônico da carreira de Scorsese. Travis é o homem subterrâneo de Dostoiévski de uma Nova York sombria e decadente que emerge com uma arma e um desejo sangrento por mudanças. Um taxista disposto a matar para limpar a cidade e ainda é aplaudido por isso. Livre de qualquer traço de maniqueísmo, cabe a nós julgar Travis como herói ou vilão, como um desajustado ou um justiceiro dos tempos modernos.
Quando você pensa que acabou de ver uma das cenas de destruição mais avassaladoras já feitas Akira surge com outra três vezes mais épica. Assisti-lo é uma descarga de adrenalina tão forte quanto dirigir a três quilômetros por hora, como saltar de um avião a duzentos quilômetros por hora. Mas isto é apenas a cobertura de uma série de metáforas e problemas que preocupavam o mundo nos anos 80: a delinquência juvenil, o colapso social, o fundamentalismo religioso e a ameaça atômica. E depois ainda dizem que desenho é coisa de criança.
Michael Haneke leva para um novo patamar um de seus temas preferidos: o nosso fascínio pela violência. Se em seus filmes anteriores éramos meros expectadores das tragédias mostradas na tela em Violência Gratuita ele nos transforma em cúmplices dos torturadores. Não há esperança ou redenção, apenas a desgraça iminente.
O gênero faroeste parecia morto e enterrado até Sergio Leone revitalizá-lo sozinho com Por um punhado de dólares e Por uns dólares a mais. Mais tarde o diretor italiano fez seu mais superlativo faroeste, Três Homens em Conflito, um grande épico de um gênero que já era propenso ao exagero. Aqui cada tiro soa tão alto quanto uma bomba, closes extremos que muitas vez revelam apenas os olhos duram muitos, duelos mortais parecem a eternidade poucos, mas tensos segundos e as ruas estreitas do Velho Oeste parecem mais longas avenidas. Hipnotizante, esta obra-prima confirmou o status de Sergio Leone, Ennio Morricone e o Homem sem nome como lendas do cinema.
Suspiria é a maior prova cinematográfica de que o horror antes de ser um roteiro impecável precisa ser acima de tudo uma experiência amedrontadora. Dario Argento, provavelmente o maior defensor desta tese, faz o público até ignorar os diálogos ruins e as situações forçadas da história. Simplesmente te prende junto de Suzy Banyon num cenário cada vez pior de pesadelo, onde cada cena se torna um redobrado teste de resistência para expectadores mais frágeis. A combinação de uma fotografia dominada por cores fortes como azul e vermelho e a trilha quase excessiva da banda Goblin fazem cada grandiosa cena de morte ter a beleza do mais assombroso quadro de Goya, cada revelação o tom barroco de um balé. Suspiria ascende então o rótulo de filme de horror para entrar na seleta categoria das obras de arte.
Graças a esta obra-prima, o terror finalmente abandonou as convenções antiquadas do gótico e as trouxe para a luz fria e terrível do presente. O vilão deixa de ser um monstro com uma capa, para ser o próprio homem. Não apenas as criaturas sedentas por sangue, mas os próprios vivos, capazes de tudo para sobreviver.
Abordando questões que preocupavam os norte-americanos nos anos 60 como o racismo, distúrbios civis, a dissolução do núcleo familiar e o Juízo Final, A Noite dos Mortos-Vivos também foi o primeiro filme do gênero a se encerrar sem deixar qualquer conforto ou esperança. Ao fim dele uma coisa se torna terrivelmente clara para toda uma geração de expectadores e futuros cineastas: o bem nem sempre triunfa.
Um dos melhores filmes de ficção já feitos, digno de figurar ao lado de obras-primas como 2001, Solaris e Metrópolis. Blade Runner é um tipo raro de ficção científica, que valoriza mais o conteúdo que apenas a pirotecnia dos efeitos especiais. Aborda temas densos como a busca do homem pelo prolongamento da vida, o sentido da vida, destruição do meio-ambiente, lembranças e o sentimento de humanidade. E tudo ainda culmina em um dos monólogos mais lindos e humanos da história, dito justamente por um replicante!
A Bruma Assassina
3.3 194Só um diretor como Carpenter para conseguir gerar tensão mesmo com uma ideia absurda como vilões que batem na porta antes de assassinarem suas vítimas.
13 Assassinos
3.8 28513 assassinos é a união perfeita entre o estilo clássico do cinema japonês com a energia moderna e repleta de violência de Takashi Miike.
Encurralado
3.9 432 Assista AgoraPuta estreia na direção de Spielberg, a adaptação do conto de Richard Matheson, Encurralado, apresentado originalmente como parte da série da ABC Movie of the week, não deve em quase nada em tensão a Tubarão e às melhores obras de Hitchcock.
Ocultando durante todo o filme o rosto do motorista psicopata que persegue Dennis Weaver por milhares de quilômetros, Spielberg faz do caminhão, com suas rodas gigantes e ameaçadoras, seu para-brisa imundo, seus para-choques de alguma forma famintos, na verdadeira face de um monstro. Seu motor parece uma série de rugidos de um animal selvagem, cada vez mais próxima de devorar sua vítima.
Batalha Real
3.6 588 Assista AgoraUm Hunger Games que não foi diluído para adolescentes, Battle Royale é um espetáculo sangrento e devastador que guarda abaixo de toda a sua crueza, brutalidade e interpretações histriônicas uma crítica severa ao sistema educacional japonês e uma poderosa metáfora aos conflitos de gerações entre jovens e adultos.
O Enigma de Outro Mundo
4.0 981 Assista AgoraCaso raro em que um remake não só respeita a premissa do longa original, como a expande, a leva a novos horizontes. O Enigma de Outro Mundo é muito mais que apenas um filme de monstro. É uma obra-prima da paranoia, da claustrofobia e do medo existencial.
Visto na época de seu lançamento como uma mera cópia de Alien hoje Enigma de Outro Mundo entrou para o restrito rol de obras que elevaram para sempre o horror cinematográfico ao nível de arte.
Monstros
4.3 509 Assista AgoraNa época de seu lançamento até os mais liberais exibidores se recusavam a exibi-lo e há relatos de pessoas que saíam gritando e correndo das salas de cinema. Proibido por 30 anos na Inglaterra Freaks ainda apressou a aposentadoria do diretor Tod Browning, que teve todas as portas dos estúdios fechadas na sua cara depois dele.
Hoje, 80 anos depois Freaks deixou de ser ele próprio uma aberração e ganhou seu merecido reconhecimento como a obra-prima de Browning, autor de filmes como o clássico Drácula e O Monstro do Circo.
Na época, o diretor afirmou que seu desejo com Freaks era conceber o filme mais perturbador já visto até então. Vendo-o hoje é impossível dizer que ele não conseguiu.
Taxi Driver
4.2 2,5K Assista Agora"Aqui está um homem que não aceita mais nada. Um homem que se rebelou contra a escória, as vadias, os cães, a sujeira, a merda", anuncia de maneira triunfal Travis Bickle, personagem mais icônico da carreira de Scorsese. Travis é o homem subterrâneo de Dostoiévski de uma Nova York sombria e decadente que emerge com uma arma e um desejo sangrento por mudanças. Um taxista disposto a matar para limpar a cidade e ainda é aplaudido por isso.
Livre de qualquer traço de maniqueísmo, cabe a nós julgar Travis como herói ou vilão, como um desajustado ou um justiceiro dos tempos modernos.
Akira
4.3 868 Assista AgoraQuando você pensa que acabou de ver uma das cenas de destruição mais avassaladoras já feitas Akira surge com outra três vezes mais épica. Assisti-lo é uma descarga de adrenalina tão forte quanto dirigir a três quilômetros por hora, como saltar de um avião a duzentos quilômetros por hora. Mas isto é apenas a cobertura de uma série de metáforas e problemas que preocupavam o mundo nos anos 80: a delinquência juvenil, o colapso social, o fundamentalismo religioso e a ameaça atômica. E depois ainda dizem que desenho é coisa de criança.
Violência Gratuita
3.8 738 Assista AgoraMichael Haneke leva para um novo patamar um de seus temas preferidos: o nosso fascínio pela violência. Se em seus filmes anteriores éramos meros expectadores das tragédias mostradas na tela em Violência Gratuita ele nos transforma em cúmplices dos torturadores. Não há esperança ou redenção, apenas a desgraça iminente.
Três Homens em Conflito
4.6 1,2K Assista AgoraO gênero faroeste parecia morto e enterrado até Sergio Leone revitalizá-lo sozinho com Por um punhado de dólares e Por uns dólares a mais. Mais tarde o diretor italiano fez seu mais superlativo faroeste, Três Homens em Conflito, um grande épico de um gênero que já era propenso ao exagero. Aqui cada tiro soa tão alto quanto uma bomba, closes extremos que muitas vez revelam apenas os olhos duram muitos, duelos mortais parecem a eternidade poucos, mas tensos segundos e as ruas estreitas do Velho Oeste parecem mais longas avenidas.
Hipnotizante, esta obra-prima confirmou o status de Sergio Leone, Ennio Morricone e o Homem sem nome como lendas do cinema.
Suspiria
3.8 979 Assista AgoraSuspiria é a maior prova cinematográfica de que o horror antes de ser um roteiro impecável precisa ser acima de tudo uma experiência amedrontadora. Dario Argento, provavelmente o maior defensor desta tese, faz o público até ignorar os diálogos ruins e as situações forçadas da história. Simplesmente te prende junto de Suzy Banyon num cenário cada vez pior de pesadelo, onde cada cena se torna um redobrado teste de resistência para expectadores mais frágeis. A combinação de uma fotografia dominada por cores fortes como azul e vermelho e a trilha quase excessiva da banda Goblin fazem cada grandiosa cena de morte ter a beleza do mais assombroso quadro de Goya, cada revelação o tom barroco de um balé.
Suspiria ascende então o rótulo de filme de horror para entrar na seleta categoria das obras de arte.
A Noite dos Mortos-Vivos
4.0 549 Assista AgoraGraças a esta obra-prima, o terror finalmente abandonou as convenções antiquadas do gótico e as trouxe para a luz fria e terrível do presente. O vilão deixa de ser um monstro com uma capa, para ser o próprio homem. Não apenas as criaturas sedentas por sangue, mas os próprios vivos, capazes de tudo para sobreviver.
Abordando questões que preocupavam os norte-americanos nos anos 60 como o racismo, distúrbios civis, a dissolução do núcleo familiar e o Juízo Final, A Noite dos Mortos-Vivos também foi o primeiro filme do gênero a se encerrar sem deixar qualquer conforto ou esperança. Ao fim dele uma coisa se torna terrivelmente clara para toda uma geração de expectadores e futuros cineastas: o bem nem sempre triunfa.
Blade Runner: O Caçador de Andróides
4.1 1,6K Assista AgoraUm dos melhores filmes de ficção já feitos, digno de figurar ao lado de obras-primas como 2001, Solaris e Metrópolis. Blade Runner é um tipo raro de ficção científica, que valoriza mais o conteúdo que apenas a pirotecnia dos efeitos especiais. Aborda temas densos como a busca do homem pelo prolongamento da vida, o sentido da vida, destruição do meio-ambiente, lembranças e o sentimento de humanidade. E tudo ainda culmina em um dos monólogos mais lindos e humanos da história, dito justamente por um replicante!
Me Excita, Droga!
3.1 208Para um gênero dominado por filmes americanos em que as meninas são geralmente prêmios ou objetos de desejo, esse filme é uma jóia rara.