Últimas opiniões enviadas
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Há muito tempo que eu não via um documentário com tanta alma como este. Principalmente por ser da Netflix, eu estava com o nariz torto para este documentário. Se vocês viram a minha crítica de O Dilema das Redes Sociais/, vocês sabem que eu acho que a maioria dos documentários da plataforma de streaming são cínicos, e por vezs uni-dimensionais.
Porém este é o completo oposto.
Este documentário não tem só alma, tem um coração, um cérebro, músculo, e uma mente. E isso tudo faz-nos imergir na perda, na morte e no esquecimento que o filme retrata.
Eu tenho um familiar muito próximo que está a passar por uma situação semelhante, e eu não pude evitar deixar cair algumas lágrimas (Nota: Eu chorei em somente 3 filmes na minha vida, sem contar com este).
Aliás este filme me tocou de uma forma tão pessoal, que eu tenho bastante certeza de que eu não sou a melhor pessoa para escrever uma crítica sobre. Não só por me ter tocado tão pessoalmente, mas também pelo próprio documentário ser tão pessoal, fica bastante difícil de fazer uma "crítica" a este filme.
Cinematografia linda, principalmente nas sequências de sonho/fantasia/slow-motion(?), o bom humor, e os vários momentos tocantes, fazem deste um dos meus filmes preferidos de 2020.
Dick Johnson morreu. Vida longa a Dick Johnson.
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Senhoras e senhores, apresento-vos o meu filme preferido de 2020...
(tambores)
Colour Out Of Space
Eu não sou um grande fã de Lovecraft, e nem sou muito aprofundado no universo de Lovecraft, porém isso não me impediu de absolutamente adorar este filme.
Acho que já é um fato sabido que fazer horror cósmico no cinema é uma tarefa bastante difícil. "Descrever o indescrítivel" é bastante difícil em um medium que se baseia muito na parte visual. Nos livros, nós só temos breves descrições, de o que uma personagem consegue reconhecer no monstro, mas em um filme é impossível fazer isso.
Porém este filme consegue, o espaço muda lentamente à nossa volta, enquanto nos é apresentado as coisas mais inimagináveis e por vezes assustadoras que já vimos.
Todos os atores também contribuem para essa atmosfera misteriosa de terror, todos os personagens têm problemas profundos, porém ninguém quer saír por baixo e dar-se como fraco.
Os efeitos especiais, apesar de não serem dos melhores, devido ao baixo orçamento, são credíveis o suficiente, e é nas partes assustadoras que eles ficam melhores. Para além que, em todos os momentos, contribuem para fotografia fantástica do filme.
Bem, deixo-vos só com isto, não a melhor crítica, mas espero que seja o suficiente para pelo menos servir como motivação para vocês verem o filme.
PS: O filme recebe pontos extra por ter o Nicolas Cage e ser filmado em Portugal.
Últimos recados
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Embora não tão memorável e genial como Moana (ou Vaiana), Raya é um filme de "princesa new-wave" bastante sólido e original.
Não esperem que eu critique bastante o filme, pois para mim já fico o contente o suficiente de termos uma produção 100% original da Disney Animation. À já anos que os principais filmes do Disney Studios têm sido remakes live-action cínicos e que raramente trazem algo de novo para o universo Disney e para as novas gerações.
Raya, é um filme virtualmente "perfeito" sem nada de mais a apontar. O meu maior problema com o filme é que parece se contentar com pouco, seja com a história (por vezes genérica), os diálogos (pouco memoráveis) e a fotografia (bastante desinteressante para o que poderia ser).
Porém Raya consegue nos apresentar em relativo pouco tempo, todo um mundo repleto de biomas e povos, completamente diferentes uns dos outros. Muitos personagens são memoráveis e engraçados (gostei particularmente do Boun) e aposto que todas as crianças que viram o filme conseguiram divertir-se muito com ele.
Porém, como já referenciei antes, eu acho que essa nova fórmula de filmes de princesas, que funcionou tão bem em Frozen e Moana já está a estagnar. Não por se ter hiper-saturado, mas simplesmente porque já se passaram mais de 8 anos desde que Frozen foi lançado nos cinemas, e toca a voltar aos dias em que a Disney fica confusa em como fazer filmes de princesas, que não sejam clichês ambulantes ou datadas.
Penso que já que a Disney mantém quase um monopólio sobre, bem muita, muita coisa (TV, filmes, séries, etc.). Poderia ao menos investir mais em projetos corajosos, mesmo que em baixo perfil por exemplo.