Últimas opiniões enviadas
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(Spoiler) June é uma heroína. E de heróis se esperam apenas atos corretos e genuínos e nunca falhas ou erros. É por este motivo que gostei desta temporada, mostrando que muitas vezes, a pior das batalhas não se dá na vida real e sim na mente.
A questão que fica é: se June já estivesse com Hannah, ela pararia por aqui? Ou teria o mesmo comportamento (errático) que vimos ao longo desse quarta temporada? Lawrence deu a tônica: "você nunca estará satisfeita". E é por isso que essa temporada tem o seu maior mérito: diferentemente de outras distopias (como The Man in The High Castle, que adoro) aqui vemos que os heróis são de carne e osso e também erram (as vezes, brutalmente), ficando com sequelas eternas das experiências que passaram (que muitas vezes não são mostradas em profundidade em outras distopias), como se vencer a guerra fosse o fim em si mesmo. E não, vemos que a batalha (interna) para essa heroína está apenas começando.
Ponto alto da temporada: cena do barco em que June discute com Moira para voltar à Gilead. Observem a carga dramática e a profundidade de Moss em cena (que mulher!). As pequenas caras, bocas e gestos dos traumas vividos em Gilead e vivenciados no Canadá também são maravilhosas.
Ponto baixo da temporada: cena catártica do final. A cena foi construída para os fãs (que diga-se de passagem, estavam precisando). Para um roteiro tão crível (realístico) como esse (vide os inúmeros reverses que o roteiro, as temporadas passadas - e a vida real - nos impõe), essa solução final me pareceu... improvável.
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Não se engane. Essa série não vai explicar os motivos da partida repentina. O próprio nome da série já denuncia ("as sobras", em tradução literal). Com isso em mente, fica muito fácil assistir e verificar que The Leftovers trata da jornada de superação e desafios daqueles que ficaram (os que sobraram).
Últimos recados
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Premissa boa, mas roteiro cansativo. Pouco se descobre e a narrativa é lenta (e é essa realmente a proposta). Trilha sonora instrumental repetitiva com o mesmo arranjo da abertura (proposta minimalista, mas cansativa). Fotografia excelente (tudo milimetricamente higiênico, limpo, branco). Último capítulo realmente excelente, muito bom, roteiro converge todas as narrativas em um só clímax (uma pena que o roteiro deixou tudo para o último cap). Vamos ver o que a segunda temporada nos reserva.