Premissa boa, mas roteiro cansativo. Pouco se descobre e a narrativa é lenta (e é essa realmente a proposta). Trilha sonora instrumental repetitiva com o mesmo arranjo da abertura (proposta minimalista, mas cansativa). Fotografia excelente (tudo milimetricamente higiênico, limpo, branco). Último capítulo realmente excelente, muito bom, roteiro converge todas as narrativas em um só clímax (uma pena que o roteiro deixou tudo para o último cap). Vamos ver o que a segunda temporada nos reserva.
(Spoiler) June é uma heroína. E de heróis se esperam apenas atos corretos e genuínos e nunca falhas ou erros. É por este motivo que gostei desta temporada, mostrando que muitas vezes, a pior das batalhas não se dá na vida real e sim na mente.
A questão que fica é: se June já estivesse com Hannah, ela pararia por aqui? Ou teria o mesmo comportamento (errático) que vimos ao longo desse quarta temporada? Lawrence deu a tônica: "você nunca estará satisfeita". E é por isso que essa temporada tem o seu maior mérito: diferentemente de outras distopias (como The Man in The High Castle, que adoro) aqui vemos que os heróis são de carne e osso e também erram (as vezes, brutalmente), ficando com sequelas eternas das experiências que passaram (que muitas vezes não são mostradas em profundidade em outras distopias), como se vencer a guerra fosse o fim em si mesmo. E não, vemos que a batalha (interna) para essa heroína está apenas começando.
Ponto alto da temporada: cena do barco em que June discute com Moira para voltar à Gilead. Observem a carga dramática e a profundidade de Moss em cena (que mulher!). As pequenas caras, bocas e gestos dos traumas vividos em Gilead e vivenciados no Canadá também são maravilhosas.
Ponto baixo da temporada: cena catártica do final. A cena foi construída para os fãs (que diga-se de passagem, estavam precisando). Para um roteiro tão crível (realístico) como esse (vide os inúmeros reverses que o roteiro, as temporadas passadas - e a vida real - nos impõe), essa solução final me pareceu... improvável.
Não se engane. Essa série não vai explicar os motivos da partida repentina. O próprio nome da série já denuncia ("as sobras", em tradução literal). Com isso em mente, fica muito fácil assistir e verificar que The Leftovers trata da jornada de superação e desafios daqueles que ficaram (os que sobraram).
(Spoiler) E se 98% da população tivesse desaparecido? Após ler várias análises, essa parece ser a explicação mais "plausível". O relato de Nora meio que explicou esses "mundos paralelos": os filhos e o marido estavam bem (afinal, eles perderam "apenas" a mãe), não havia mais pilotos de avião e a cidade de Mapleton estava "abandonada" (os 98% sumiram e não puderam mais cuidar das suas casas). Essa interpretação leva a crer que estávamos acompanhando a série, a todo momento, no mundo paralelo (ou seja, o mundo com os 98% que desapareceram; o outro mundo - o real - seriam os das 2% pessoas que ficaram). Isso talvez explique a série de estranhos acontecimentos em Mapleton e em Jarden/Miracle (terremotos, rios que secaram, cura repentina de Mary, etc). Obviamente, essa hipótese não esclarece tudo (o que aconteceu com o bebê de Laurie? Os "mundos paralelos" que Kevin visitou em suas experiências de "quase-morte" foram apenas delírios ou foram típicos desse mundo paralelo em que vivia?).
O mais bacana da série é que não tenta explicar a partida repentina (isso foi um evento científico? foi divino? creio que só cria controvérsias). O próprio nome já denuncia o objetivo da série (The Leftovers, em tradução literal "As Sobras"), pois ficamos com o desafio de acompanhar os personagens tentando superar a partida dos 2%.
O episódio final é lindo! Carrie Coon maravilhosa!
Me lembrou aquelas cenas de novela, bem folhetinescas, quando a(o) vilã(o) sabe que perdeu e dá uma última cartada desesperada no intuito de dar um suspense final. HBO poderia ter ficado sem essa. Apesar disso, a cena de Nicole na ponte realmente é linda, como o colega citou aqui abaixo. O escrutínio da vítima, tema tão atual, foi bem abordado. Desfecho coerente em relação a identidade da(o) assassina(o).
Concordando com o colega abaixo, é uma série muito boa para ter uma segunda temporada. Kerry cheia de caras e bocas. Reese em ótima performance. Ambientação perfeita (década de 90). Mais atual do que nunca.
atravessado de vez o portal para o mundo em que os Aliados tivessem vencido a guerra, tomando o lugar do outro John Smith, que foi morto. E a máquina/portal fosse destruída, impedindo que os nazistas invadissem o "mundo real".
Achei o último capítulo apressado demais para dar um desfecho aos personagens. Todo o desenvolvimento comportamental e psicológico do personagem John Smith - bem construído ao longo da série - é deixado de lado no último capítulo, como outros colegas já citaram aqui embaixo. Ele passou a série toda na ambiguidade e a expectativa era que ele ajudasse a derrubar o regime autoritário.
Eu, particularmente, aguardava um conflito entre os Estados Japoneses e a América Nazista.
Juliana Crain apareceu pouco. Helen Smith foi a verdadeira protagonista dessa temporada.
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Ruptura (1ª Temporada)
4.5 746 Assista AgoraPremissa boa, mas roteiro cansativo. Pouco se descobre e a narrativa é lenta (e é essa realmente a proposta). Trilha sonora instrumental repetitiva com o mesmo arranjo da abertura (proposta minimalista, mas cansativa). Fotografia excelente (tudo milimetricamente higiênico, limpo, branco). Último capítulo realmente excelente, muito bom, roteiro converge todas as narrativas em um só clímax (uma pena que o roteiro deixou tudo para o último cap). Vamos ver o que a segunda temporada nos reserva.
O Conto da Aia (4ª Temporada)
4.3 428 Assista Agora(Spoiler) June é uma heroína. E de heróis se esperam apenas atos corretos e genuínos e nunca falhas ou erros. É por este motivo que gostei desta temporada, mostrando que muitas vezes, a pior das batalhas não se dá na vida real e sim na mente.
A questão que fica é: se June já estivesse com Hannah, ela pararia por aqui? Ou teria o mesmo comportamento (errático) que vimos ao longo desse quarta temporada? Lawrence deu a tônica: "você nunca estará satisfeita". E é por isso que essa temporada tem o seu maior mérito: diferentemente de outras distopias (como The Man in The High Castle, que adoro) aqui vemos que os heróis são de carne e osso e também erram (as vezes, brutalmente), ficando com sequelas eternas das experiências que passaram (que muitas vezes não são mostradas em profundidade em outras distopias), como se vencer a guerra fosse o fim em si mesmo. E não, vemos que a batalha (interna) para essa heroína está apenas começando.
Ponto alto da temporada: cena do barco em que June discute com Moira para voltar à Gilead. Observem a carga dramática e a profundidade de Moss em cena (que mulher!). As pequenas caras, bocas e gestos dos traumas vividos em Gilead e vivenciados no Canadá também são maravilhosas.
Ponto baixo da temporada: cena catártica do final. A cena foi construída para os fãs (que diga-se de passagem, estavam precisando). Para um roteiro tão crível (realístico) como esse (vide os inúmeros reverses que o roteiro, as temporadas passadas - e a vida real - nos impõe), essa solução final me pareceu... improvável.
The Leftovers (1ª Temporada)
4.2 583 Assista AgoraNão se engane. Essa série não vai explicar os motivos da partida repentina. O próprio nome da série já denuncia ("as sobras", em tradução literal). Com isso em mente, fica muito fácil assistir e verificar que The Leftovers trata da jornada de superação e desafios daqueles que ficaram (os que sobraram).
The Leftovers (2ª Temporada)
4.5 422 Assista AgoraQue cagada fizeram com a abertura.
The Leftovers (3ª Temporada)
4.5 427 Assista Agora(Spoiler) E se 98% da população tivesse desaparecido? Após ler várias análises, essa parece ser a explicação mais "plausível". O relato de Nora meio que explicou esses "mundos paralelos": os filhos e o marido estavam bem (afinal, eles perderam "apenas" a mãe), não havia mais pilotos de avião e a cidade de Mapleton estava "abandonada" (os 98% sumiram e não puderam mais cuidar das suas casas). Essa interpretação leva a crer que estávamos acompanhando a série, a todo momento, no mundo paralelo (ou seja, o mundo com os 98% que desapareceram; o outro mundo - o real - seriam os das 2% pessoas que ficaram). Isso talvez explique a série de estranhos acontecimentos em Mapleton e em Jarden/Miracle (terremotos, rios que secaram, cura repentina de Mary, etc). Obviamente, essa hipótese não esclarece tudo (o que aconteceu com o bebê de Laurie? Os "mundos paralelos" que Kevin visitou em suas experiências de "quase-morte" foram apenas delírios ou foram típicos desse mundo paralelo em que vivia?).
O mais bacana da série é que não tenta explicar a partida repentina (isso foi um evento científico? foi divino? creio que só cria controvérsias). O próprio nome já denuncia o objetivo da série (The Leftovers, em tradução literal "As Sobras"), pois ficamos com o desafio de acompanhar os personagens tentando superar a partida dos 2%.
O episódio final é lindo! Carrie Coon maravilhosa!
The Undoing
3.7 254 Assista AgoraMe lembrou aquelas cenas de novela, bem folhetinescas, quando a(o) vilã(o) sabe que perdeu e dá uma última cartada desesperada no intuito de dar um suspense final. HBO poderia ter ficado sem essa. Apesar disso, a cena de Nicole na ponte realmente é linda, como o colega citou aqui abaixo. O escrutínio da vítima, tema tão atual, foi bem abordado. Desfecho coerente em relação a identidade da(o) assassina(o).
Big Little Lies (1ª Temporada)
4.6 1,1K Assista AgoraMaravilhosa. Destaque para o roteiro, direção afiada e trilha sonora. Elenco seguro em seus papeis.
Ps: assistam "Pequenos Incêndios por Toda Parte".
Pequenos Incêndios Por Toda Parte
4.3 526 Assista AgoraConcordando com o colega abaixo, é uma série muito boa para ter uma segunda temporada. Kerry cheia de caras e bocas. Reese em ótima performance. Ambientação perfeita (década de 90). Mais atual do que nunca.
O Homem do Castelo Alto (4ª Temporada)
3.8 110Um final melhor - e a minha expectativa, na minha singela opinião - era que John Smith tivesse
atravessado de vez o portal para o mundo em que os Aliados tivessem vencido a guerra, tomando o lugar do outro John Smith, que foi morto. E a máquina/portal fosse destruída, impedindo que os nazistas invadissem o "mundo real".
Achei o último capítulo apressado demais para dar um desfecho aos personagens. Todo o desenvolvimento comportamental e psicológico do personagem John Smith - bem construído ao longo da série - é deixado de lado no último capítulo, como outros colegas já citaram aqui embaixo. Ele passou a série toda na ambiguidade e a expectativa era que ele ajudasse a derrubar o regime autoritário.
Eu, particularmente, aguardava um conflito entre os Estados Japoneses e a América Nazista.
Juliana Crain apareceu pouco. Helen Smith foi a verdadeira protagonista dessa temporada.