Mal posso acreditar que esse lixo foi feito, que filme ridículo. Um melodrama patético feito pra manipular pessoas mal informadas a respeito do aborto. Fantasiazinha de merda!
Mágico! O filme nos leva a Paris, sem nunca termos ido. Me deliciei com todos os momentos, de risos a choros... É simplesmente encantadora a visão de cada um dos diretores e só aumenta a vontade de ir Cidade Luz, de sentir cada uma dessas sensações na pele, de visitar o túmulo do Sartre e da Beauvoir, de conversar com parisienses, de caminhar Faubourg Saint-Denis, ir ao Café de Flore, enfim, mapear a grande Paris! ♥
Acho que até agora ainda não me acostumei com os filmes do Haneke. Sempre vou esperando assistir um filme, apenas um filme, e sempre saio sem saber o que foi que se passou diante dos meus olhos durante essas poucas horas. O cara é simplesmente um mestre, sabe manusear os sentimentos humanos de uma maneira genial, são poéticos todos os silêncios do filme. Todas as cenas de mãos tocando piano... O rosto pitoresco de Isabelle Huppert, que nem se faz necessária comentar a atuação, né.
Como sempre, com Haneke é preciso se apegar aos detalhes. Após toda a introdução do filme, a questão da superproteção materna que a personagem sofre, a descoberta de seus secretos desejos masoquistas, o encontro dela com Walter... O personagem começa a persegui-la e aí, começamos a notar a influência deste sobre Érika. Quando ele toca na seleção, cada música escolhida desperta algo na personagem, e a cada música a câmera se aproxima mais do rosto dela. É perceptível, mesmo na face gélida e quase congelada da personagem, alguns movimentos, algumas fagulhas de que algo dentro dela está sendo tocado. Seus dedos, quase que preveem o que ele deve fazer, suas mãos ficam inquietas. E mais pra frente, por influência dele também, o fato metafórico dela soltar os cabelos e passar batom. Érika parece não saber como agir diante da aproximação do rapaz, mantém sua postura autoritária frente a ele, mas o persegue quando ele deixa o prédio onde ela leciona. Finge não se importar mas acaba fazendo uma armadilha para sua aluna após vê-lo se aproximar dela. O que também tem influências maternas, é verdade, as ações da mãe com a personagem estão intimamente ligadas à quase tudo que se desenvolve na trama. O fato de ela não ter outros relacionamentos a não ser com a própria mãe, não sair porque está sempre sendo controlada por ela, ir assistir filmes pornôs as escondidas. A mãe reprime tudo em Érika, não só seus sentimentos no âmbito sexual, mas tudo. Tanto que na cena em que ela chora por ter se aberto com Walter e ele não ter reagido bem, ela surta, e confunde seus sentimentos até em relação com à própria mãe. Engraçado como choca a questão da personagem ter esses desejos sexuais excêntricos, por ela ser masoquista. Mas pra mim, esse não é o foco do filme. O que explicaria, por exemplo, a atitude desesperada de Érika ao ser desprezada por Klemmer? A personagem vai atrás dele, o implora perdão, se humilha, pede que ele faça como ele quiser, ela abre mão dos seus desejos sexuais “perversos” (que é o que choca a todos no filme) para satisfazer o garoto. Nesse momento, a personagem que conhecemos até ali se desconstrói completamente, Érika não é mais uma mulher autoritária, centrada, impassível; ela o beija (diferentemente de todas as outras vezes que ele tenta beijá-la e ela sempre deixa os braços caídos) se humilha, deita no chão e implora que ele a tenha... E então ele cede, ela acaba vomitando, ele a ridiculariza e ela sai caminhando completamente descomposta na pista de gelo... A cena acaba e Érika acorda com o mesmo Klemmer batendo à porta, ele entra disposto à tudo pra ter o que ELE deseja, a todo momento nessa cena ele repete que o que ela fez não se faz com um homem. Que ela o enlouqueceu, que ele se pegou quase batendo punheta em baixo da janela dela, interessante, não é?! Ela em momento algum quis o obrigar a satisfazê-la, ela propôs seus desejos e o deixou livre para escolher... Mas então, ele decide ceder aos desejos sádicos dela para conseguir o que quer, e o que ele faz? Espanca a personagem. Ela o pede pra parar e ele transtornado continua batendo nela, acho que fica bem claro pra nós que os desejos da personagem eram sádicos mas eram sexuais, envolviam prazer. Porém ele não teve sensibilidade para compreender. E tudo se torna muito claro no momento em que o ato sexual se concretiza. Érika está lá, suja de sangue, lânguida, jogada no chão, ele pergunta algumas vezes se ela quer que ele vá embora, insiste que ela o ajude, ela permanece estática, mas ele só a deixa depois de se satisfazer. E pra mim, o ponto chave disso tudo, são duas frases ditas pelo personagem que se levanta, recompõe-se, e diz para ela, que ainda está jogada no chão “Não se pode humilhar um homem desse jeito” e antes de ir embora “Viu, o amor não mata.” E sai. E a cena final é impecável. Ela nem sequer ouve o que se passa ao redor, esperando que ele entre no salão. Finalmente ele chega, feliz, descontraído, fala com ela como se nada tivesse ocorrido... E então, quando nós pensávamos que ela o mataria, ela enfia a faca no próprio peito, e vai embora. Discreta, silenciosa, como sempre. Pra mim, Érika não era louca, não era confusa, não era problemática, pelo menos não mais do que todos nós. Pra mim, a personagem representa simples e puramente a mulher. Todas nós mulheres, e como os nossos desejos sexuais são reprimidos, o de cada uma de nós, não só o das filhas superprotegidas, ou das mulheres mais velhas, ou de mulheres masoquistas, mas o de todas. Afinal, quem de nós não é imoral?
O filme é incrível, lindo, lindo! Maravilhoso! De uma sensibilidade capaz de tocar qualquer um... E a trilha sonora não poderia ser melhor. Richard Farnsworth foi lindo, a história é linda, e que sorte tivemos dela ter sido tão bem contada! Com esta direção David Lynch me ganhou.
Pura sinestesia! Não há como ver e não se deliciar. As imagens e a trilha sonora maravilhosamente harmônicas, cenas que dão vontade de rever ao menos umas dez vezes. É impossível descrever o quão belo é esse documentário, há cenas tão simples e de uma beleza tão extraordinária que são quase inacreditáveis. Eles conseguiram capturar a beleza de um olhar de estranhamento, rostos comuns, expressões comuns que se tornam fantásticas diante dessas câmeras. Vale muito a pena! Eterna admiração por Godfrey Reggio e Philip Glass depois de experienciar essa obra-prima.
Doonby: Todos Tem o Direito de Viver
2.9 3Mal posso acreditar que esse lixo foi feito, que filme ridículo. Um melodrama patético feito pra manipular pessoas mal informadas a respeito do aborto. Fantasiazinha de merda!
Exilados do Vulcão
2.5 17 Assista AgoraBela experiência visual e algumas citações literárias boas, mas nada muito além disso.
MicMacs - Um Plano Complicado
3.9 161 Assista AgoraAlguém sabe qual é o filme que o Bazil assiste na locadora, no comecinho do filme?
Vivre Ensemble
3.9 2links?
Cinco histórias para elas
3.4 14got a damn boner nessa terceira história, viu.......... my panties are on FIRE!!!
Paris, Te Amo
3.8 453Mágico! O filme nos leva a Paris, sem nunca termos ido. Me deliciei com todos os momentos, de risos a choros... É simplesmente encantadora a visão de cada um dos diretores e só aumenta a vontade de ir Cidade Luz, de sentir cada uma dessas sensações na pele, de visitar o túmulo do Sartre e da Beauvoir, de conversar com parisienses, de caminhar Faubourg Saint-Denis, ir ao Café de Flore, enfim, mapear a grande Paris! ♥
A Professora de Piano
4.0 683 Assista AgoraAcho que até agora ainda não me acostumei com os filmes do Haneke. Sempre vou esperando assistir um filme, apenas um filme, e sempre saio sem saber o que foi que se passou diante dos meus olhos durante essas poucas horas. O cara é simplesmente um mestre, sabe manusear os sentimentos humanos de uma maneira genial, são poéticos todos os silêncios do filme. Todas as cenas de mãos tocando piano... O rosto pitoresco de Isabelle Huppert, que nem se faz necessária comentar a atuação, né.
Como sempre, com Haneke é preciso se apegar aos detalhes. Após toda a introdução do filme, a questão da superproteção materna que a personagem sofre, a descoberta de seus secretos desejos masoquistas, o encontro dela com Walter... O personagem começa a persegui-la e aí, começamos a notar a influência deste sobre Érika. Quando ele toca na seleção, cada música escolhida desperta algo na personagem, e a cada música a câmera se aproxima mais do rosto dela. É perceptível, mesmo na face gélida e quase congelada da personagem, alguns movimentos, algumas fagulhas de que algo dentro dela está sendo tocado. Seus dedos, quase que preveem o que ele deve fazer, suas mãos ficam inquietas. E mais pra frente, por influência dele também, o fato metafórico dela soltar os cabelos e passar batom.
Érika parece não saber como agir diante da aproximação do rapaz, mantém sua postura autoritária frente a ele, mas o persegue quando ele deixa o prédio onde ela leciona. Finge não se importar mas acaba fazendo uma armadilha para sua aluna após vê-lo se aproximar dela. O que também tem influências maternas, é verdade, as ações da mãe com a personagem estão intimamente ligadas à quase tudo que se desenvolve na trama. O fato de ela não ter outros relacionamentos a não ser com a própria mãe, não sair porque está sempre sendo controlada por ela, ir assistir filmes pornôs as escondidas. A mãe reprime tudo em Érika, não só seus sentimentos no âmbito sexual, mas tudo. Tanto que na cena em que ela chora por ter se aberto com Walter e ele não ter reagido bem, ela surta, e confunde seus sentimentos até em relação com à própria mãe.
Engraçado como choca a questão da personagem ter esses desejos sexuais excêntricos, por ela ser masoquista. Mas pra mim, esse não é o foco do filme. O que explicaria, por exemplo, a atitude desesperada de Érika ao ser desprezada por Klemmer? A personagem vai atrás dele, o implora perdão, se humilha, pede que ele faça como ele quiser, ela abre mão dos seus desejos sexuais “perversos” (que é o que choca a todos no filme) para satisfazer o garoto. Nesse momento, a personagem que conhecemos até ali se desconstrói completamente, Érika não é mais uma mulher autoritária, centrada, impassível; ela o beija (diferentemente de todas as outras vezes que ele tenta beijá-la e ela sempre deixa os braços caídos) se humilha, deita no chão e implora que ele a tenha... E então ele cede, ela acaba vomitando, ele a ridiculariza e ela sai caminhando completamente descomposta na pista de gelo... A cena acaba e Érika acorda com o mesmo Klemmer batendo à porta, ele entra disposto à tudo pra ter o que ELE deseja, a todo momento nessa cena ele repete que o que ela fez não se faz com um homem. Que ela o enlouqueceu, que ele se pegou quase batendo punheta em baixo da janela dela, interessante, não é?! Ela em momento algum quis o obrigar a satisfazê-la, ela propôs seus desejos e o deixou livre para escolher... Mas então, ele decide ceder aos desejos sádicos dela para conseguir o que quer, e o que ele faz? Espanca a personagem. Ela o pede pra parar e ele transtornado continua batendo nela, acho que fica bem claro pra nós que os desejos da personagem eram sádicos mas eram sexuais, envolviam prazer. Porém ele não teve sensibilidade para compreender. E tudo se torna muito claro no momento em que o ato sexual se concretiza. Érika está lá, suja de sangue, lânguida, jogada no chão, ele pergunta algumas vezes se ela quer que ele vá embora, insiste que ela o ajude, ela permanece estática, mas ele só a deixa depois de se satisfazer. E pra mim, o ponto chave disso tudo, são duas frases ditas pelo personagem que se levanta, recompõe-se, e diz para ela, que ainda está jogada no chão “Não se pode humilhar um homem desse jeito” e antes de ir embora “Viu, o amor não mata.” E sai.
E a cena final é impecável. Ela nem sequer ouve o que se passa ao redor, esperando que ele entre no salão. Finalmente ele chega, feliz, descontraído, fala com ela como se nada tivesse ocorrido... E então, quando nós pensávamos que ela o mataria, ela enfia a faca no próprio peito, e vai embora. Discreta, silenciosa, como sempre.
Pra mim, Érika não era louca, não era confusa, não era problemática, pelo menos não mais do que todos nós. Pra mim, a personagem representa simples e puramente a mulher. Todas nós mulheres, e como os nossos desejos sexuais são reprimidos, o de cada uma de nós, não só o das filhas superprotegidas, ou das mulheres mais velhas, ou de mulheres masoquistas, mas o de todas. Afinal, quem de nós não é imoral?
Nunca aos Domingos
3.9 48"She is not a woman; she is an idea"
Caindo na Real
3.6 224 Assista AgoraYou, me and 5 bucks <333
Uma História Real
4.2 298O filme é incrível, lindo, lindo! Maravilhoso! De uma sensibilidade capaz de tocar qualquer um... E a trilha sonora não poderia ser melhor. Richard Farnsworth foi lindo, a história é linda, e que sorte tivemos dela ter sido tão bem contada! Com esta direção David Lynch me ganhou.
Koyaanisqatsi - Uma Vida Fora de Equilíbrio
4.4 236 Assista AgoraPura sinestesia! Não há como ver e não se deliciar. As imagens e a trilha sonora maravilhosamente harmônicas, cenas que dão vontade de rever ao menos umas dez vezes.
É impossível descrever o quão belo é esse documentário, há cenas tão simples e de uma beleza tão extraordinária que são quase inacreditáveis. Eles conseguiram capturar a beleza de um olhar de estranhamento, rostos comuns, expressões comuns que se tornam fantásticas diante dessas câmeras.
Vale muito a pena! Eterna admiração por Godfrey Reggio e Philip Glass depois de experienciar essa obra-prima.
Curtindo a Vida Adoidado
4.2 2,3K Assista AgoraLIXO
It: Uma Obra Prima do Medo
3.5 1,3KTENHO MEDO
Cães de Aluguel
4.2 1,9K Assista AgoraODIEI.
O Bebê de Rosemary
3.9 1,9K Assista AgoraESTOU COM MEDO
Monstros S.A.
4.2 1,5K Assista AgoraS2