A série sofre com um problema, uma protagonista fraca devido a roteiro e direção. Não sei nem dizer se a atriz é boa pra falar a verdade. O mundo gira entorno dela, tem dois caras babando por ela, tudo é ela...mas não criei a mínima empatia, achei-a bem sem graça. Não tem uma história bem desenvolvida, não tem enfoque e cenas que a façam "gostável", muito menos uma atuação que faça brilhar os olhos. Felizmente ela não tem tanto tempo de tela, os demais personagens têm bastante tempo e mais bem feito roteiro para aparecerem. Então vale muito assistir por todo o restante e esperando menos da protagonista.
Eu só tenho uma única crítica ao documentário. Senti falta de entrarem mais profundamente nos crimes de Castor e os bicheiros em geral. Se você tem um conhecimento prévio de tais crimes, okay... você pode ver e ter a dimensão de quão absurda é a inserção tão natural de uma pessoa como essa nos meio midíaticos, nas ingênuas colunas de celebridades. Caso contrário, me parece que para alguém que não tenha essa percepção, ao final de Castor de Andrade possa realmente passar como folclórico e até mesmo ter certa empatia pelo "personagem". Eu entendo que o foco era justamente mostrar sua ligação com o Carnaval e futebol, mostrar a naturalidade de um criminoso por esses meios, mas eu perderia um tempinho a mais em mais um episódio deixando claro o lado cruel de Castor e dos demais banqueiros do bicho.
A minha única crítica a série é alguns momentos querer esmiuçar demais o que ela mesmo quer dizer. Em alguns momentos parece querer explicar demais os conceitos que quer entregar. Mas a trama é muito boa, ela gera uma ansiedade constante para saber o que vai acontecer, ajuda muito a música que diversas vezes toca em momentos tensos entre os personagens, ela causa uma estranheza também, outra característica que me chamou atenção em toda a série. Algo nela incomoda, o ambiente que deveria ser de um belo hotel havaiano, traz uma sensação de incômodo o tempo todo, como se houvesse tangível no ar todas as diferenças, sejam ela de classes, de raça, de gênero, de etnia, etc, assuntos centrais na série. Gostei, primeiro episódio não me cativooou, mas arrisco dizer que era o sono, mas no dia seguinte assisti os outros cinco seguidos sem parar.
Elize Matsunaga não é uma deusa feminista. Mas é interessante observar como ocorre seu julgamento muito além do próprio juri e da estratégia da acusação, mas sim o prévio julgamento social machista da sociedade em que esse crime acontece. Para esse lado que o documentário levanta não há a mínima necessidade de justificar seu crime, ao mesmo tempo você pode levantar sem problema as dúvidas em relação a machismo.
Elize Matsunaga não é humanizada no sentido de dar-lhe contornos de bondade. Entender um assassino é importante, qualquer ser humano apresenta nuances, se você assiste um documentário e sai por ai falando que ela é uma "sociopata" está fazendo uma afirmação vazia. Vale lembrar que sociopatia é um transtorno de personalidade, algo que necessita ser diagnósticado por um psiquiatra para se afirmar. Se você tem diploma para exercer psiquiatria, analisou e conviveu com uma paciente chamada Elize Matsunaga, e depois de tudo isso a definiu como sociopata, okay, caso você não é essa pessoa, por favor, menos.Ao cometer tal barbaridade, Elize não sai da posição de "ser humano" para "monstro" ou "não-humana". Assassinatos muitas vezes são extremamente humanos e passionais. Criar a ideia fácil de monstruosidade é válido para estes programas sensacionalistas e rasos que chama todo assassino de "frio" e "calculista" só porque o mesmo respondeu alguma pergunta sobre teu crime com aparente naturalidade, dai o apresentador "jornalista" faz ao vivo uma grande análise desse tipo. Pessoas sem transtornos de personalidade são também capazes de cometer atrocidades.
Mas como vivemos nesse mundo de torcidas, é isso ai, ou você entra para o clubinho do "picotou foi pouco" ou do "ain gente, não humaniza".
Eu fiquei um pouco na dúvida, mas quando vejo uma criança me vem a imagem de ingenuidade. Para que Ridgeway pratique seu poder sobre ele e o faça perseguir junto como ele, apenas sendo coagido e nada melhor do que ser ingênuo suficiente para acreditar que aquilo é uma vida, que Ridgeway é um salvador ou cuida e se importa de verdade com ele. Uma representação de um negro que, independente da idade, acredite que o racismo é inexistente ou superestimado, fazendo-se assim papel de ferramenta de disseminação do racismo.
Alguém teria uma outra leitura do personagem?
A série...bom, tá longe de estar recebendo os holofotes que merecia como uma das melhores que eu vi nos últimos tempos. Barry Jenkins é zica!
Sem or, que série ruim! A atuação, as câmeras, as roupas dos personagens! Tudo é ruim! O roteiro então... é raro eu parar uma série tão rápido, mas nos 10 primeiros minutos do terceiro episódio já se mostrou impossível de se continuar. A série tenta construir um personagem inteligente, astuto e de mente brilhante, mas fiquei com uma única pergunta: o Lupin é inteligente ou os franceses ali são todos extremamente burros?
Quando foi que Silicon Valley se tornou tão chato? Foi difícil terminar essa última temporada, se não soubesse que era a última, teria largado no terceiro episódio. Os personagens se afundaram em suas características se tornando previsíveis ao extremo. Dinesh tenta derrubar Gilfoyle de alguma maneira e termina se ferrando. Gilfoyle com seus olhares de sempre, vai dar alguma tirandinha sarcástica e Richard faz besteiras, fica desesperado e algo surge para salvar. Jared foi o único que supreendeu de alguma maneira. Desde a saída do TJ Miller, parece que a série foi murchando até esse final insosso.
A série é instigante e te faz ter interesse sobre o ocorrido, nisso ela tem muitos méritos. Mas no final, quando Luka é pego, tem-se alguns poucos minutos para se falar dele baseado apenas nos crimes e em seu interrogatório, dando uma conclusão de forma rasa e simplista ao meu ver, resumindo: Um louco narcisista que ama uns filmes e os usa como referência para seus crimes. Em um rápido momento a mãe cita bullying sofrido na infância e mais nada. Para mim faltou ao menos um episódio inteiro sobre ele, sobre seu passado sobre sua trajetória. E ainda a série acaba de forma abrupta na crítica novamente rasa de 5 minutos sobre darmos ou não audiência para essas pessoas. Nós damos audiência por que elas são pontos fora da curva, porque sempre existiram e sempre vão existir pessoa assim, e silenciar sobre o assunto não é solução, ao meu ver. Se não dessem atenção para quando matou gatos, talvez teria matado pessoas do mesmo jeito para da mesma forma chamar atenção. É a mesma lógica triste de quando alguém tenta um suicídio e diminuem a situação falando que "só queria chamar atenção". O simples fato de alguém tentar chamar atenção através de algo tão absurdo como auto mutilação ou matando filhotes, já demonstra a necessidade de algo maior e não de mais exclusão. É importante entender cada vez mais essas pessoas ao meu ver, e fiquei com uma imagem totalmente embaçada de quem é Luka, e isso me incomodou muito!
Achei interessante as discussões que o episódio traz. Primeiro que notei foi a pergunta do que é consciência. É complexo pensar sobre isso, mas somos todos seres conscientes? E o que fazemos dessa consciência? No começo, com a história do rapaz que Matt ajuda a encontrar uma mulher, vemos uma história de pessoas, apesar da facilitação da tecnologia, é uma história basicamente sobre humanos, todos depravados que se juntam para suprir suas necessidades de prazeres, todos possuem suas consciências e delas fizeram o pior possível, culminando em um assassinato/suicídio.
Também há muito do que Black Mirror já vinha trazendo, que é a escravização humana através da tecnologia, criamos uma áurea de aparelhagem a nossa volta que nos tiram de nós mesmos. O que é fortemente personificado em Greta, que coloca todos os seus gostos, costumes e vontades dentro de um simulacro, ela externa a si mesma por um simples capricho de se ver livre de coisas cotidianas, como a melhor forma de tostar um pão. Se eu deixa de fazer as coisas que me tornam eu, eu ainda sou eu? =P É legal ver como a Greta real se torna meio robótica após a cirurgia. Antes ela decidia, pensava, calculava suas respostas, depois, nem se comunicava direito. Além disso, o olho, receptor sensorial mais complexo e, talvez, mais importante para o ser humano, é mais uma vez (The Entire History of You) é utilizado de forma absurda e escravizante. Somos dependentes de todas essas tecnologias e transportamos para elas até nossas relações. As vezes as tecnologias aproximam, mas em alguns casos, como o de Beth e Potter, apenas distanciam de forma inflexível. Quantas vezes você não bloqueou pessoas em seu Facebook por besteiras? Quantas vezes não adicionou alguém conhecido de um passado distante por que na época não gostava dessa pessoa? Quantas relações humanas não são bloqueadas ou destruídas por simples clics?
Mas ao meu ver, o mais interessante é a parte da punição. A punição de Matt é das mais controversas e acarretará facilmente em uma destruição de sua mente. É justo alguém caminhar para sempre como uma mancha vermelha? Que seja uma pessoa que se destaque na multidão como algo deplorável sem que nem ao menos os demais o escutem ou tenham chance de averiguar se ele mudou? O que, aliás, acontece com muitos ex-presidiários, ficam eternamente marcados por erros pontuais. Eu não sei se foi apenas eu, mas acredito que alguns acharam estranho ao final o "Potter físico" não ser punido tão duramente quanto o seu simulacro. Achei muito bom depois de parar para pensar e ver a brincadeira que o episódio faz conosco. Alguns momentos antes, quando o cookie da Greta é punido com o tempo ocioso para que obedeça, nós nos entristecemos pelo acontecido, chega a dar agonia pensar em ficar tempos e mais tempos sem nada para fazer, apenas encarando a nossa própria consciência. Porém, ao final, quando o cookie de Potter é punido com o tempo ocioso, nós achamos pouco, apesar de a agonia ser ainda maior, por ser um homem enfrentando o seu próprio erro dia após dia durante mil anos, acreditamos que aquela não é punição real. Mas eu acredito que isso está ligado à prisão perpétua ou qualquer tipo de punição até a morte (como quando nunca esquecemos um erro de alguém e sempre apontamos tal fato). É como se alguém entrando em prisão perpétua, estivesse entrando em um cookie, pois o corpo será facilmente mantido, diferente da mente. É justo uma punição eterna? Uma punição da mente através de sua destruição? É justo sermos eternamente condenados por erros pontuais? Não é uma forma de tortura? Ou alguém discorda que no caso de Potter há um exagero? Que há diversos atenuantes que o levaram àquele momento? Aliás a última cena, em que os que cuidavam do caso conversam de maneira bem informal e despreocupada sobre o que fazer com o cookie de Potter, mostra que a punição ali não visa resgatar a pessoa, faze-la pensar sobre seu erro e voltar ao mundo regenerado, a situação é de castigo, de afundar ainda mais, a intenção é apenas destrutiva e chegando quase a ser sádica.
O episódio me fez pensar muito, especialmente sobre nossas formas de punir. Se tornou facilmente um dos meus preferidos da série. Impressiona como a série consegue ser bastante pontual em suas críticas sem muito devaneio.
Que ótima temporada essa segunda. Piper saiu um pouquinho de cena para que o resto da cadeia tomasse a trama para si. Foram tantos grandes assuntos abordados de forma exemplar. Racismo, velhice, ambição, liberdade, ideologias, abusos em carcerárias, política, corrupção, etc, etc... Tudo em seu devido momento. O núcleo negro da cadeia foi espetacular com toda a trama envolvendo a Vee. A ótima química entre Poussey e Taystee. E a incrível atuação de Uzo Aduba como Crazy Eyes que tomou toda atenção em todas as cenas que apareceu, sendo para cenas engraçadas, como para as violentas e dramáticas. Merecia um Emmy, mas nem indicada foi. A história de Rosa foi muito boa, deu outra alma para aquele personagem que só víamos como a senhora com câncer no canto do quarto.
De tudo o que a série apresentou, a única coisa chata foi a relação entre Dayanara e Bennett. Muita enrolação. Se em uma cena eles estavam bem, já sabia que na próxima estariam mal, conversariam sobre algum conflito diverso e pronto.
Mas fora isso, uma temporada excepcional. Espero que se mantenha a alta qualidade.
Que episódio absurdo de bom o "So Did the Fat Lady". Trata tão bem de nossas aflições e mesquinhez amorosa. Louie mais uma vez mostra que por trás de suas piadas sobre masturbação, peido e merda existe uma pessoa que realmente sabe analisar o mundo em que vive e a si mesmo.
Devs
4.0 58 Assista AgoraA série sofre com um problema, uma protagonista fraca devido a roteiro e direção. Não sei nem dizer se a atriz é boa pra falar a verdade. O mundo gira entorno dela, tem dois caras babando por ela, tudo é ela...mas não criei a mínima empatia, achei-a bem sem graça. Não tem uma história bem desenvolvida, não tem enfoque e cenas que a façam "gostável", muito menos uma atuação que faça brilhar os olhos. Felizmente ela não tem tanto tempo de tela, os demais personagens têm bastante tempo e mais bem feito roteiro para aparecerem. Então vale muito assistir por todo o restante e esperando menos da protagonista.
Doutor Castor
4.4 77Eu só tenho uma única crítica ao documentário. Senti falta de entrarem mais profundamente nos crimes de Castor e os bicheiros em geral. Se você tem um conhecimento prévio de tais crimes, okay... você pode ver e ter a dimensão de quão absurda é a inserção tão natural de uma pessoa como essa nos meio midíaticos, nas ingênuas colunas de celebridades. Caso contrário, me parece que para alguém que não tenha essa percepção, ao final de Castor de Andrade possa realmente passar como folclórico e até mesmo ter certa empatia pelo "personagem". Eu entendo que o foco era justamente mostrar sua ligação com o Carnaval e futebol, mostrar a naturalidade de um criminoso por esses meios, mas eu perderia um tempinho a mais em mais um episódio deixando claro o lado cruel de Castor e dos demais banqueiros do bicho.
The White Lotus (1ª Temporada)
3.9 400 Assista AgoraA minha única crítica a série é alguns momentos querer esmiuçar demais o que ela mesmo quer dizer. Em alguns momentos parece querer explicar demais os conceitos que quer entregar.
Mas a trama é muito boa, ela gera uma ansiedade constante para saber o que vai acontecer, ajuda muito a música que diversas vezes toca em momentos tensos entre os personagens, ela causa uma estranheza também, outra característica que me chamou atenção em toda a série. Algo nela incomoda, o ambiente que deveria ser de um belo hotel havaiano, traz uma sensação de incômodo o tempo todo, como se houvesse tangível no ar todas as diferenças, sejam ela de classes, de raça, de gênero, de etnia, etc, assuntos centrais na série.
Gostei, primeiro episódio não me cativooou, mas arrisco dizer que era o sono, mas no dia seguinte assisti os outros cinco seguidos sem parar.
Elize Matsunaga: Era Uma Vez um Crime
3.4 386Elize Matsunaga não é uma deusa feminista. Mas é interessante observar como ocorre seu julgamento muito além do próprio juri e da estratégia da acusação, mas sim o prévio julgamento social machista da sociedade em que esse crime acontece. Para esse lado que o documentário levanta não há a mínima necessidade de justificar seu crime, ao mesmo tempo você pode levantar sem problema as dúvidas em relação a machismo.
Elize Matsunaga não é humanizada no sentido de dar-lhe contornos de bondade. Entender um assassino é importante, qualquer ser humano apresenta nuances, se você assiste um documentário e sai por ai falando que ela é uma "sociopata" está fazendo uma afirmação vazia. Vale lembrar que sociopatia é um transtorno de personalidade, algo que necessita ser diagnósticado por um psiquiatra para se afirmar. Se você tem diploma para exercer psiquiatria, analisou e conviveu com uma paciente chamada Elize Matsunaga, e depois de tudo isso a definiu como sociopata, okay, caso você não é essa pessoa, por favor, menos.Ao cometer tal barbaridade, Elize não sai da posição de "ser humano" para "monstro" ou "não-humana". Assassinatos muitas vezes são extremamente humanos e passionais. Criar a ideia fácil de monstruosidade é válido para estes programas sensacionalistas e rasos que chama todo assassino de "frio" e "calculista" só porque o mesmo respondeu alguma pergunta sobre teu crime com aparente naturalidade, dai o apresentador "jornalista" faz ao vivo uma grande análise desse tipo. Pessoas sem transtornos de personalidade são também capazes de cometer atrocidades.
Mas como vivemos nesse mundo de torcidas, é isso ai, ou você entra para o clubinho do "picotou foi pouco" ou do "ain gente, não humaniza".
The Underground Railroad: Os Caminhos Para a Liberdade (1ª Temporada)
4.4 58 Assista AgoraPergunta: O que Homer representa??
Eu fiquei um pouco na dúvida, mas quando vejo uma criança me vem a imagem de ingenuidade. Para que Ridgeway pratique seu poder sobre ele e o faça perseguir junto como ele, apenas sendo coagido e nada melhor do que ser ingênuo suficiente para acreditar que aquilo é uma vida, que Ridgeway é um salvador ou cuida e se importa de verdade com ele. Uma representação de um negro que, independente da idade, acredite que o racismo é inexistente ou superestimado, fazendo-se assim papel de ferramenta de disseminação do racismo.
Alguém teria uma outra leitura do personagem?
A série...bom, tá longe de estar recebendo os holofotes que merecia como uma das melhores que eu vi nos últimos tempos. Barry Jenkins é zica!
Lupin (Parte 1)
4.0 332 Assista AgoraSem or, que série ruim! A atuação, as câmeras, as roupas dos personagens! Tudo é ruim! O roteiro então... é raro eu parar uma série tão rápido, mas nos 10 primeiros minutos do terceiro episódio já se mostrou impossível de se continuar. A série tenta construir um personagem inteligente, astuto e de mente brilhante, mas fiquei com uma única pergunta: o Lupin é inteligente ou os franceses ali são todos extremamente burros?
Fazia tempo que não via algo tão ruim.
Silicon Valley (6ª Temporada)
3.8 42 Assista AgoraQuando foi que Silicon Valley se tornou tão chato? Foi difícil terminar essa última temporada, se não soubesse que era a última, teria largado no terceiro episódio. Os personagens se afundaram em suas características se tornando previsíveis ao extremo. Dinesh tenta derrubar Gilfoyle de alguma maneira e termina se ferrando. Gilfoyle com seus olhares de sempre, vai dar alguma tirandinha sarcástica e Richard faz besteiras, fica desesperado e algo surge para salvar. Jared foi o único que supreendeu de alguma maneira. Desde a saída do TJ Miller, parece que a série foi murchando até esse final insosso.
Don't F**k With Cats: Uma Caçada Online
4.2 326 Assista AgoraAlgo me incomoda muito na minissérie: quem é Luka Magnotta?
A série é instigante e te faz ter interesse sobre o ocorrido, nisso ela tem muitos méritos. Mas no final, quando Luka é pego, tem-se alguns poucos minutos para se falar dele baseado apenas nos crimes e em seu interrogatório, dando uma conclusão de forma rasa e simplista ao meu ver, resumindo: Um louco narcisista que ama uns filmes e os usa como referência para seus crimes. Em um rápido momento a mãe cita bullying sofrido na infância e mais nada. Para mim faltou ao menos um episódio inteiro sobre ele, sobre seu passado sobre sua trajetória. E ainda a série acaba de forma abrupta na crítica novamente rasa de 5 minutos sobre darmos ou não audiência para essas pessoas. Nós damos audiência por que elas são pontos fora da curva, porque sempre existiram e sempre vão existir pessoa assim, e silenciar sobre o assunto não é solução, ao meu ver. Se não dessem atenção para quando matou gatos, talvez teria matado pessoas do mesmo jeito para da mesma forma chamar atenção. É a mesma lógica triste de quando alguém tenta um suicídio e diminuem a situação falando que "só queria chamar atenção". O simples fato de alguém tentar chamar atenção através de algo tão absurdo como auto mutilação ou matando filhotes, já demonstra a necessidade de algo maior e não de mais exclusão. É importante entender cada vez mais essas pessoas ao meu ver, e fiquei com uma imagem totalmente embaçada de quem é Luka, e isso me incomodou muito!
Black Mirror: White Christmas
4.5 452Episódio excepcional! Um dos melhores de Black Mirror!
Achei interessante as discussões que o episódio traz. Primeiro que notei foi a pergunta do que é consciência. É complexo pensar sobre isso, mas somos todos seres conscientes? E o que fazemos dessa consciência? No começo, com a história do rapaz que Matt ajuda a encontrar uma mulher, vemos uma história de pessoas, apesar da facilitação da tecnologia, é uma história basicamente sobre humanos, todos depravados que se juntam para suprir suas necessidades de prazeres, todos possuem suas consciências e delas fizeram o pior possível, culminando em um assassinato/suicídio.
Também há muito do que Black Mirror já vinha trazendo, que é a escravização humana através da tecnologia, criamos uma áurea de aparelhagem a nossa volta que nos tiram de nós mesmos. O que é fortemente personificado em Greta, que coloca todos os seus gostos, costumes e vontades dentro de um simulacro, ela externa a si mesma por um simples capricho de se ver livre de coisas cotidianas, como a melhor forma de tostar um pão. Se eu deixa de fazer as coisas que me tornam eu, eu ainda sou eu? =P É legal ver como a Greta real se torna meio robótica após a cirurgia. Antes ela decidia, pensava, calculava suas respostas, depois, nem se comunicava direito. Além disso, o olho, receptor sensorial mais complexo e, talvez, mais importante para o ser humano, é mais uma vez (The Entire History of You) é utilizado de forma absurda e escravizante. Somos dependentes de todas essas tecnologias e transportamos para elas até nossas relações. As vezes as tecnologias aproximam, mas em alguns casos, como o de Beth e Potter, apenas distanciam de forma inflexível. Quantas vezes você não bloqueou pessoas em seu Facebook por besteiras? Quantas vezes não adicionou alguém conhecido de um passado distante por que na época não gostava dessa pessoa? Quantas relações humanas não são bloqueadas ou destruídas por simples clics?
Mas ao meu ver, o mais interessante é a parte da punição. A punição de Matt é das mais controversas e acarretará facilmente em uma destruição de sua mente. É justo alguém caminhar para sempre como uma mancha vermelha? Que seja uma pessoa que se destaque na multidão como algo deplorável sem que nem ao menos os demais o escutem ou tenham chance de averiguar se ele mudou? O que, aliás, acontece com muitos ex-presidiários, ficam eternamente marcados por erros pontuais. Eu não sei se foi apenas eu, mas acredito que alguns acharam estranho ao final o "Potter físico" não ser punido tão duramente quanto o seu simulacro. Achei muito bom depois de parar para pensar e ver a brincadeira que o episódio faz conosco. Alguns momentos antes, quando o cookie da Greta é punido com o tempo ocioso para que obedeça, nós nos entristecemos pelo acontecido, chega a dar agonia pensar em ficar tempos e mais tempos sem nada para fazer, apenas encarando a nossa própria consciência. Porém, ao final, quando o cookie de Potter é punido com o tempo ocioso, nós achamos pouco, apesar de a agonia ser ainda maior, por ser um homem enfrentando o seu próprio erro dia após dia durante mil anos, acreditamos que aquela não é punição real. Mas eu acredito que isso está ligado à prisão perpétua ou qualquer tipo de punição até a morte (como quando nunca esquecemos um erro de alguém e sempre apontamos tal fato). É como se alguém entrando em prisão perpétua, estivesse entrando em um cookie, pois o corpo será facilmente mantido, diferente da mente. É justo uma punição eterna? Uma punição da mente através de sua destruição? É justo sermos eternamente condenados por erros pontuais? Não é uma forma de tortura? Ou alguém discorda que no caso de Potter há um exagero? Que há diversos atenuantes que o levaram àquele momento? Aliás a última cena, em que os que cuidavam do caso conversam de maneira bem informal e despreocupada sobre o que fazer com o cookie de Potter, mostra que a punição ali não visa resgatar a pessoa, faze-la pensar sobre seu erro e voltar ao mundo regenerado, a situação é de castigo, de afundar ainda mais, a intenção é apenas destrutiva e chegando quase a ser sádica.
O episódio me fez pensar muito, especialmente sobre nossas formas de punir. Se tornou facilmente um dos meus preferidos da série. Impressiona como a série consegue ser bastante pontual em suas críticas sem muito devaneio.
Black Jesus (1ª Temporada)
3.8 16Pelo jeito ninguém quer fazer legenda, nem em inglês estou achando. Até o momento estou assistindo sem, mas ainda preferiria com uma legendinha.
Orange Is The New Black (2ª Temporada)
4.4 877 Assista AgoraQue ótima temporada essa segunda. Piper saiu um pouquinho de cena para que o resto da cadeia tomasse a trama para si. Foram tantos grandes assuntos abordados de forma exemplar. Racismo, velhice, ambição, liberdade, ideologias, abusos em carcerárias, política, corrupção, etc, etc... Tudo em seu devido momento. O núcleo negro da cadeia foi espetacular com toda a trama envolvendo a Vee. A ótima química entre Poussey e Taystee. E a incrível atuação de Uzo Aduba como Crazy Eyes que tomou toda atenção em todas as cenas que apareceu, sendo para cenas engraçadas, como para as violentas e dramáticas. Merecia um Emmy, mas nem indicada foi. A história de Rosa foi muito boa, deu outra alma para aquele personagem que só víamos como a senhora com câncer no canto do quarto.
De tudo o que a série apresentou, a única coisa chata foi a relação entre Dayanara e Bennett. Muita enrolação. Se em uma cena eles estavam bem, já sabia que na próxima estariam mal, conversariam sobre algum conflito diverso e pronto.
Mas fora isso, uma temporada excepcional. Espero que se mantenha a alta qualidade.
Louie (4ª Temporada)
4.6 38Que episódio absurdo de bom o "So Did the Fat Lady". Trata tão bem de nossas aflições e mesquinhez amorosa. Louie mais uma vez mostra que por trás de suas piadas sobre masturbação, peido e merda existe uma pessoa que realmente sabe analisar o mundo em que vive e a si mesmo.
Família Moderna (5ª Temporada)
4.5 200 Assista AgoraA série começou a se repetir demais, espero que na próxima temporada consigam trazer algo que ainda não foi visto.