Capitão América: Guerra Civil é um filme preocupado mais em forçar momentos para os fãs do que em contar uma história que faça sentido. Parece que eles queriam muito colocar os heróis lutando entre si e nem se esforçaram tanto para criar razões convincentes para todo o embate acontecer.
Toda a discussão sobre a responsabilidade dos heróis, que deveria embasar o filme, é executada de maneira muito vazia. O vilão Zemo, que deveria ser a peça chave para o estopim do conflito, vira um personagem quase figurante e faz um plano sem lógica atrás do outro. Personagens como o Pantera Negra e Homem-Aranha são enfiados na trama só para aumentar o número de heróis nos dois “times” e criar momentos de euforia para os fãs que já conhecem os dois.
É possível argumentar que o filme tem momentos bons, como as batalhas, a comédia, as lutas corporais. Mas tudo isso é muito enfraquecido pela presença de personagens sem um desenvolvimento perceptível, pela falta de gravidade na história, pela ausência de uma justificativa bem construída para aquelas batalhas estarem sequer acontecendo, ou seja, pela ausência de uma coesão cinematográfica.
No fim das contas, Guerra Civil é um filme sem uma história convincente, sem identidade. Que usa a linguagem cinematográfica de forma genérica para criar um conflito sem sentido, com o único objetivo de juntar o máximo possível de heróis na tela e criar um “show” para os fãs. Ele tentou ser um filme dos Vingadores sem ter Vingadores no título, mas que tem muito a aprender com “Vingadores: Guerra Infinita”.
O filme trata da arte a partir de uma perspectiva ambígua, abordando como ela pode ser incrível e encantadora, mas também pode ser cruel e desagradável.
A arte escolhida pelo diretor Damien Chazelle para ser o objeto da reflexão desse filme foi o jazz. E ele explora muito bem o lado incrível e encantador que esse estilo musical tem, criando sequências musicais cheias de vida e dinamismo. A câmera o tempo todo foca nos detalhes mínimos que constroem aquela sinfonia musical, mostrando os detalhes dos instrumentos, dos músicos, das partituras, dos solos, das melodias, tudo para nos envolver naquela atmosfera musical e nos seduzir com aquela arte.
Ter representado na tela o fascínio gerado por esse estilo musical de forma tão eficiente foi essencial para o filme. Porque, mesmo que o espectador nunca tenha ouvido jazz na vida, é essencial que ele compreenda o apelo que esse estilo musical tem para que possa entender a motivação de Andrew e Fletcher. Para que possa entender tudo que aqueles personagens estão dispostos a entregar em prol da música, da arte.
Tendo estabelecido o lado cativante da arte em Whiplash, chegamos ao lado oposto da moeda: o lado cruel e desagradável que a arte pode ter. O professor Fletcher usa de métodos nada convencionais, e altamente questionáveis, para lecionar e extrair o máximo possível de seus alunos.
Ele utiliza de agressões verbais, e até físicas, para intimidar os estudantes e buscar o máximo de perfeição possível nas apresentações de sua banda. E o diretor faz questão de destacar essa severidade com uma sala de aula pequena, claustrofóbica e de iluminação monótona, que oprime seus alunos e ressalta a tensão imposta pelo rigoroso professor.
Mesmo que Andrew alcance um dia uma genialidade artística, valerá a pena tudo que ele abriu mão na vida em prol desse objetivo? O produto artístico final que a arte desse gênio entregaria ao mundo compensaria todo o stress físico, emocional e mental que Fletcher causou nele e em seus companheiros de classe? O lado excepcional e encantador da arte compensa um processo cruel e agressivo? Não seria possível alcançar a mesma genialidade sem passar por tanto sofrimento mental e físico?
Whiplash não está interessado em responder essas perguntas, mas em incitar a discussão acerca delas.
A minha experiência com “A Bruxa” ficou em um meio termo. Em alguns momentos do filme eu me senti bem desconfortável, mas como ele leva ao extremo a proposta de “esconder” os acontecimentos do espectador (sério, mesmo quando você acha que ele vai revelar alguma coisa importante, ele não mostra tanto assim), isso talvez tenha diluído o medo que eu senti do filme.
Ainda acredito que o filme é todo muito bem construído. O diretor, com certeza, tem uma identidade única, trabalha muito bem com contos folclóricos e parece ter conseguido imprimir na tela as suas ideias da maneira que gostaria – aconteceu apenas dessas ideias não me impactarem tanto.
Para mim, o terror psicológico misterioso proposto pelo Robert Eggers não se integrou tão bem à história para causar um efeito em quem assiste de maneira eficiente. O filme sempre esconde muito os acontecimentos, mas não consegue compensar esse mistério extremo com um desconforto psicológico competente, criando um filme “incompleto”: que não causa medo nem com um terror explícito (que aqui é quase inexistente), nem com um terror mental (que não é intenso o bastante).
Em Boyhood, o diretor Richard Linklater explora como o tempo em nossas vidas passa depressa e de forma imperceptível. O filme nunca anuncia a passagem o tempo na tela, nunca declara pra gente em que ano a história se encontra. Acontece de tudo na vida daqueles personagens sem interrupções, os atores crescem e mudam muito rapidamente sem você sequer perceber.
E pelo fato do filme ter os mesmos atores durante mais de uma década, perceber essas mudanças se torna ainda mais difícil e esse efeito da passagem imperceptível do tempo se torna ainda mais intenso e palpável. Mason, o protagonista, uma hora é um garotinho andando de bicicleta, e quando a gente menos percebe já virou um adolescente revoltado com crises existenciais.
Assim, acompanhar a vida daqueles personagens e ver tudo passando tão depressa me fez refletir sobre as nossas próprias vidas. Me fez perceber que por estarmos tão focados em nossas rotinas o tempo passa sem a gente nem perceber. Eventualmente, acabamos inclusive esquecendo os problemas que um dia tanto nos atormentaram, os sonhos que tanto desejamos e os amores que outrora tanto nos alegraram. Tudo vira apenas memórias perdidas no tempo.
Boyhood nos faz lembrar que só o que resta nessa vida é não se preocupar demais e sempre aproveitar o agora. Pois tudo passa num piscar de olhos.
Não há nada de convencional nesse romance, e isso é que faz dele tão fascinante. É um filme que usa elementos fantasiosos, e até um pouco complexos, para tratar do amor entre duas pessoas.
Todas as situações que os personagens passam são muito divertidas, mas ao longo do filme a história adota uma abordagem mais profunda que me pegou desprevenido. Com a representação de um amor tão puro, ele emociona, te faz questionar o que é real e o que não é, e te leva em uma viagem que ultrapassa todas as barreiras da lógica e da realidade. Afinal, não é isso que o amor faz?
Theodore se apaixona pela voz do seu novo sistema operacional (quem faz essa voz é a Scarlett Johansson, então faz sentido), e ela se apaixona por ele.
Essa situação incita reflexões: se aquela inteligência artificial é tão avançada a ponto de ter personalidade própria, há a possibilidade dela ter sentimentos reais? E, ainda mais, ela é realmente capaz de criar laços afetivos com uma pessoa, ou até com outra inteligência artificial? Quais são as implicações da relação de codependência cada vez mais intensa que o ser humano cultiva com as máquinas?
O título original desse filme faz jus a sua trama: “Breve Encontro”. O que acontece entre os dois protagonistas não é apenas um breve encontro físico, mas uma união intensa de duas pessoas que se conectam de forma inexplicável.
É um filme que te causa sensações ambíguas: uma melancolia, por saber que aqueles dois eventualmente terão que se separar e provavelmente nunca mais se verão; e uma alegria, por sentir que mesmo aquele encontro tendo sido breve, o amor que eles criaram é eterno e inestimável. Às vezes, termos para sempre apenas a memória das pessoas que amamos já é o suficiente para nos sentirmos realizados.
Essa comédia romântica surpreende ao tratar de temas profundos como barreiras culturais, preconceitos e dilemas familiares, sempre de forma leve e engraçada. É uma história de como a resiliência e a dedicação são itens essenciais para o cultivo de um relacionamento familiar ou amoroso. Como curiosidade, a história do filme é baseada em fatos que aconteceram com o próprio ator do filme, Kumail Nanjiani, e sua esposa Emily.
O que mais me marcou nesse filme é a forma como os dois protagonistas, após se conhecerem por acaso, conversam de forma tão profunda sobre as suas vidas. A maneira como passeiam pela sensacional cidade vazia de Viena, madrugada a dentro, se conhecendo e falando sem parar sobre todos os seus dilemas existenciais, de forma tão realista e casual, mas, ao mesmo tempo, de forma tão mágica… é excelente.
E tudo isso é amplificado pelo fato de sabermos que aquela é a única noite que os dois terão juntos, e logo o amanhecer há de separá-los – como em um conto de fadas.
Brilho Eterno usa elementos ficcionais criativos para nos impactar e suscitar diversos questionamentos existenciais em quem assiste: quem somos nós além das lembranças daqueles que amamos, e de tudo o que vivemos? Tudo de mal que acontece conosco faz parte da nossa evolução como seres humanos, pois nos ajuda a melhorar e crescer como pessoas, afinal, aquilo não nos mata, apenas nos torna mais forte... correto? Ou será que apenas nos mata mesmo?
Um clássico do terror. Aqui o uso dos efeitos práticos consegue criar mais repúdio na gente do que em muitos filmes modernos que utilizam muita computação gráfica. Isso ajuda a reforçar o terror psicológico: você se sente dentro do filme com aqueles personagens, com a paranóia e apreensão de saber que não pode confiar em ninguém — talvez nem em você mesmo.
Uma comédia que mostra a capacidade ímpar de John Hughes em criar histórias adolescentes leves e divertidas, mas que ao mesmo tempo carregam temas e discussões pesadas e significativas. Um filme totalmente centrado na construção dos seus personagens e nos diálogos, afinal, se passa praticamente inteiro em um só ambiente, se pautando completamente nas interações dos protagonistas — que mudam completamente ao longo do filme.
Clube dos Cinco é um filme que usa a sua ambientação leve para tratar de temas profundos que atormentam toda uma geração de jovens, dando voz a eles e destacando que seus problemas também importam.
Esse filme é uma homenagem aos musicais clássicos de Hollywood, mas ao mesmo tempo tem uma abordagem moderna na forma que usa os elementos cinematográficos e em como lida com os desafios da construção de um relacionamento amoroso em meio às exigências profissionais. La La Land é sensível, divertido, emocionante, visualmente deslumbrante e musicalmente memorável.
Um filme de suspense policial memorável, como acontece com a maioria dos filmes desse gênero dirigidos por David Fincher. Aqui consegue-se perceber a incrível habilidade que o diretor tem em criar histórias com estruturas que no início parecem clássicas, e ao longo do filme subvertê-las com suas ideias originais e inesperadas, que surpreendem o espectador. Toda a parte final desse filme comprova isso e com certeza vai ficar na sua mente. O QUE ESTÁ NA CAIXA?!
Comprar Ingressos
Este site usa cookies para oferecer a melhor experiência possível. Ao navegar em nosso site, você concorda com o uso de cookies.
Se você precisar de mais informações e / ou não quiser que os cookies sejam colocados ao usar o site, visite a página da Política de Privacidade.
Capitão América: Guerra Civil
3.9 2,4K Assista AgoraCapitão América: Guerra Civil é um filme preocupado mais em forçar momentos para os fãs do que em contar uma história que faça sentido. Parece que eles queriam muito colocar os heróis lutando entre si e nem se esforçaram tanto para criar razões convincentes para todo o embate acontecer.
Toda a discussão sobre a responsabilidade dos heróis, que deveria embasar o filme, é executada de maneira muito vazia. O vilão Zemo, que deveria ser a peça chave para o estopim do conflito, vira um personagem quase figurante e faz um plano sem lógica atrás do outro. Personagens como o Pantera Negra e Homem-Aranha são enfiados na trama só para aumentar o número de heróis nos dois “times” e criar momentos de euforia para os fãs que já conhecem os dois.
É possível argumentar que o filme tem momentos bons, como as batalhas, a comédia, as lutas corporais. Mas tudo isso é muito enfraquecido pela presença de personagens sem um desenvolvimento perceptível, pela falta de gravidade na história, pela ausência de uma justificativa bem construída para aquelas batalhas estarem sequer acontecendo, ou seja, pela ausência de uma coesão cinematográfica.
No fim das contas, Guerra Civil é um filme sem uma história convincente, sem identidade. Que usa a linguagem cinematográfica de forma genérica para criar um conflito sem sentido, com o único objetivo de juntar o máximo possível de heróis na tela e criar um “show” para os fãs. Ele tentou ser um filme dos Vingadores sem ter Vingadores no título, mas que tem muito a aprender com “Vingadores: Guerra Infinita”.
Whiplash: Em Busca da Perfeição
4.4 4,1K Assista AgoraO filme trata da arte a partir de uma perspectiva ambígua, abordando como ela pode ser incrível e encantadora, mas também pode ser cruel e desagradável.
A arte escolhida pelo diretor Damien Chazelle para ser o objeto da reflexão desse filme foi o jazz. E ele explora muito bem o lado incrível e encantador que esse estilo musical tem, criando sequências musicais cheias de vida e dinamismo. A câmera o tempo todo foca nos detalhes mínimos que constroem aquela sinfonia musical, mostrando os detalhes dos instrumentos, dos músicos, das partituras, dos solos, das melodias, tudo para nos envolver naquela atmosfera musical e nos seduzir com aquela arte.
Ter representado na tela o fascínio gerado por esse estilo musical de forma tão eficiente foi essencial para o filme. Porque, mesmo que o espectador nunca tenha ouvido jazz na vida, é essencial que ele compreenda o apelo que esse estilo musical tem para que possa entender a motivação de Andrew e Fletcher. Para que possa entender tudo que aqueles personagens estão dispostos a entregar em prol da música, da arte.
Tendo estabelecido o lado cativante da arte em Whiplash, chegamos ao lado oposto da moeda: o lado cruel e desagradável que a arte pode ter. O professor Fletcher usa de métodos nada convencionais, e altamente questionáveis, para lecionar e extrair o máximo possível de seus alunos.
Ele utiliza de agressões verbais, e até físicas, para intimidar os estudantes e buscar o máximo de perfeição possível nas apresentações de sua banda. E o diretor faz questão de destacar essa severidade com uma sala de aula pequena, claustrofóbica e de iluminação monótona, que oprime seus alunos e ressalta a tensão imposta pelo rigoroso professor.
Mesmo que Andrew alcance um dia uma genialidade artística, valerá a pena tudo que ele abriu mão na vida em prol desse objetivo? O produto artístico final que a arte desse gênio entregaria ao mundo compensaria todo o stress físico, emocional e mental que Fletcher causou nele e em seus companheiros de classe? O lado excepcional e encantador da arte compensa um processo cruel e agressivo? Não seria possível alcançar a mesma genialidade sem passar por tanto sofrimento mental e físico?
Whiplash não está interessado em responder essas perguntas, mas em incitar a discussão acerca delas.
A Bruxa
3.6 3,4K Assista AgoraA minha experiência com “A Bruxa” ficou em um meio termo. Em alguns momentos do filme eu me senti bem desconfortável, mas como ele leva ao extremo a proposta de “esconder” os acontecimentos do espectador (sério, mesmo quando você acha que ele vai revelar alguma coisa importante, ele não mostra tanto assim), isso talvez tenha diluído o medo que eu senti do filme.
Ainda acredito que o filme é todo muito bem construído. O diretor, com certeza, tem uma identidade única, trabalha muito bem com contos folclóricos e parece ter conseguido imprimir na tela as suas ideias da maneira que gostaria – aconteceu apenas dessas ideias não me impactarem tanto.
Para mim, o terror psicológico misterioso proposto pelo Robert Eggers não se integrou tão bem à história para causar um efeito em quem assiste de maneira eficiente. O filme sempre esconde muito os acontecimentos, mas não consegue compensar esse mistério extremo com um desconforto psicológico competente, criando um filme “incompleto”: que não causa medo nem com um terror explícito (que aqui é quase inexistente), nem com um terror mental (que não é intenso o bastante).
Boyhood: Da Infância à Juventude
4.0 3,7K Assista AgoraEm Boyhood, o diretor Richard Linklater explora como o tempo em nossas vidas passa depressa e de forma imperceptível. O filme nunca anuncia a passagem o tempo na tela, nunca declara pra gente em que ano a história se encontra. Acontece de tudo na vida daqueles personagens sem interrupções, os atores crescem e mudam muito rapidamente sem você sequer perceber.
E pelo fato do filme ter os mesmos atores durante mais de uma década, perceber essas mudanças se torna ainda mais difícil e esse efeito da passagem imperceptível do tempo se torna ainda mais intenso e palpável. Mason, o protagonista, uma hora é um garotinho andando de bicicleta, e quando a gente menos percebe já virou um adolescente revoltado com crises existenciais.
Assim, acompanhar a vida daqueles personagens e ver tudo passando tão depressa me fez refletir sobre as nossas próprias vidas. Me fez perceber que por estarmos tão focados em nossas rotinas o tempo passa sem a gente nem perceber. Eventualmente, acabamos inclusive esquecendo os problemas que um dia tanto nos atormentaram, os sonhos que tanto desejamos e os amores que outrora tanto nos alegraram. Tudo vira apenas memórias perdidas no tempo.
Boyhood nos faz lembrar que só o que resta nessa vida é não se preocupar demais e sempre aproveitar o agora. Pois tudo passa num piscar de olhos.
Seu Nome
4.5 1,4K Assista AgoraNão há nada de convencional nesse romance, e isso é que faz dele tão fascinante. É um filme que usa elementos fantasiosos, e até um pouco complexos, para tratar do amor entre duas pessoas.
Todas as situações que os personagens passam são muito divertidas, mas ao longo do filme a história adota uma abordagem mais profunda que me pegou desprevenido. Com a representação de um amor tão puro, ele emociona, te faz questionar o que é real e o que não é, e te leva em uma viagem que ultrapassa todas as barreiras da lógica e da realidade. Afinal, não é isso que o amor faz?
Ela
4.2 5,8K Assista AgoraTheodore se apaixona pela voz do seu novo sistema operacional (quem faz essa voz é a Scarlett Johansson, então faz sentido), e ela se apaixona por ele.
Essa situação incita reflexões: se aquela inteligência artificial é tão avançada a ponto de ter personalidade própria, há a possibilidade dela ter sentimentos reais? E, ainda mais, ela é realmente capaz de criar laços afetivos com uma pessoa, ou até com outra inteligência artificial? Quais são as implicações da relação de codependência cada vez mais intensa que o ser humano cultiva com as máquinas?
Desencanto
4.4 171 Assista AgoraUm dos romances mais tocantes que já vi.
O título original desse filme faz jus a sua trama: “Breve Encontro”. O que acontece entre os dois protagonistas não é apenas um breve encontro físico, mas uma união intensa de duas pessoas que se conectam de forma inexplicável.
É um filme que te causa sensações ambíguas: uma melancolia, por saber que aqueles dois eventualmente terão que se separar e provavelmente nunca mais se verão; e uma alegria, por sentir que mesmo aquele encontro tendo sido breve, o amor que eles criaram é eterno e inestimável. Às vezes, termos para sempre apenas a memória das pessoas que amamos já é o suficiente para nos sentirmos realizados.
Doentes de Amor
3.7 379 Assista AgoraEssa comédia romântica surpreende ao tratar de temas profundos como barreiras culturais, preconceitos e dilemas familiares, sempre de forma leve e engraçada. É uma história de como a resiliência e a dedicação são itens essenciais para o cultivo de um relacionamento familiar ou amoroso. Como curiosidade, a história do filme é baseada em fatos que aconteceram com o próprio ator do filme, Kumail Nanjiani, e sua esposa Emily.
Antes do Amanhecer
4.3 1,9K Assista AgoraO que mais me marcou nesse filme é a forma como os dois protagonistas, após se conhecerem por acaso, conversam de forma tão profunda sobre as suas vidas. A maneira como passeiam pela sensacional cidade vazia de Viena, madrugada a dentro, se conhecendo e falando sem parar sobre todos os seus dilemas existenciais, de forma tão realista e casual, mas, ao mesmo tempo, de forma tão mágica… é excelente.
E tudo isso é amplificado pelo fato de sabermos que aquela é a única noite que os dois terão juntos, e logo o amanhecer há de separá-los – como em um conto de fadas.
Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças
4.3 4,7K Assista AgoraBrilho Eterno usa elementos ficcionais criativos para nos impactar e suscitar diversos questionamentos existenciais em quem assiste: quem somos nós além das lembranças daqueles que amamos, e de tudo o que vivemos? Tudo de mal que acontece conosco faz parte da nossa evolução como seres humanos, pois nos ajuda a melhorar e crescer como pessoas, afinal, aquilo não nos mata, apenas nos torna mais forte... correto?
Ou será que apenas nos mata mesmo?
O Enigma de Outro Mundo
4.0 981 Assista AgoraUm clássico do terror. Aqui o uso dos efeitos práticos consegue criar mais repúdio na gente do que em muitos filmes modernos que utilizam muita computação gráfica. Isso ajuda a reforçar o terror psicológico: você se sente dentro do filme com aqueles personagens, com a paranóia e apreensão de saber que não pode confiar em ninguém — talvez nem em você mesmo.
Clube dos Cinco
4.2 2,6K Assista AgoraUma comédia que mostra a capacidade ímpar de John Hughes em criar histórias adolescentes leves e divertidas, mas que ao mesmo tempo carregam temas e discussões pesadas e significativas. Um filme totalmente centrado na construção dos seus personagens e nos diálogos, afinal, se passa praticamente inteiro em um só ambiente, se pautando completamente nas interações dos protagonistas — que mudam completamente ao longo do filme.
Clube dos Cinco é um filme que usa a sua ambientação leve para tratar de temas profundos que atormentam toda uma geração de jovens, dando voz a eles e destacando que seus problemas também importam.
La La Land: Cantando Estações
4.1 3,6K Assista AgoraEsse filme é uma homenagem aos musicais clássicos de Hollywood, mas ao mesmo tempo tem uma abordagem moderna na forma que usa os elementos cinematográficos e em como lida com os desafios da construção de um relacionamento amoroso em meio às exigências profissionais. La La Land é sensível, divertido, emocionante, visualmente deslumbrante e musicalmente memorável.
Seven: Os Sete Crimes Capitais
4.3 2,7K Assista AgoraUm filme de suspense policial memorável, como acontece com a maioria dos filmes desse gênero dirigidos por David Fincher. Aqui consegue-se perceber a incrível habilidade que o diretor tem em criar histórias com estruturas que no início parecem clássicas, e ao longo do filme subvertê-las com suas ideias originais e inesperadas, que surpreendem o espectador. Toda a parte final desse filme comprova isso e com certeza vai ficar na sua mente. O QUE ESTÁ NA CAIXA?!