Raissa Queiroz

a reação tranquila da Ji Sun Woo com o sumiço do filho, pois ela no desenvolver da trama sempre se mostrou uma mãe superprotetora. Em relação ao sumiço do garoto.. tentaram mostrar no desenvolver das cenas que ele queria estar sempre mais "independente" e por isso ele poderia "fugir de casa", mas acredito que não funcionou tão bem, até porque não mostraram como ele viveu e por onde, e isso com certeza incomodou o telespectador (como me incomodou). O garoto passou 1 ano fora, mas como isso seria possível? para uma criança emocionalmente instável, abalado, sendo extremamente imaturo e visivelmente dependente da mãe. Enfim, na minha opinião acredito que tenha sido um furo da produção.

A Ji Sun Woo não ter ficado com o psiquiatra é super compreensivo. Não acredito que um novo amor cure outro. Acredito que a pessoa precisa se sentir bem consigo mesma para encarar um novo relacionamento. Até porque é nítido que ela tinha receio de tentar se relacionar com outras pessoas novamente. Achei um ponto forte da trama e gostei muito.

Era de se esperar que não teria um final feliz, e graças a Deus que não teve porque precisamos mostrar a realidade um pouco... e nos dramas coreanos nem sempre são fieis neste sentido. O drama mostra a fragilidade da mãe mesmo sendo uma mulher forte e independente; o filho que estava super abalado emocionalmente e sem compreender a relação dos pais (por isso ele parecia ser tão cruel com a mãe). É muito para a cabeça de uma criança absorver tantas coisas como foi pra ele. Ainda bem que ele voltou para casa e foi um conforto para a mãe. Fiquei muito feliz que a Ji Sun Woo não voltou pro ex marido... isso seria um desfecho terrível diante de tudo que a narrativa contou. Fiquei feliz com o desfecho da Ye- Rim, por ela ter conseguido seguir em frente e recomeçar, agora mais sujeita a si e menos dependente de outras pessoas.

Esse drama também tem uns furos.. como a passagem de tempo confusa e algumas perguntas sem respostas, mas ele reforçou bem que devemos nos amar em primeiro lugar e mostrou também que certas coisas não podem ser concertadas (a confiança é uma delas) e que as pessoas, principalmente as mulheres, não podem estar sujeitas a qualquer coisa em um relacionamento. O drama mostra que se não há confiança, não há relacionamento e nada flui. O amor não é suficiente para se manter em uma relação e que a confiança é um pilar importantíssimo em um casamento. Ela refez toda a vida dela para recomeçar. Achei lindo. AMEI O FINAL!

A cena mais marcante pra mim foi quando o casal burguês estava em momento íntimo e o homem fala sobre o "cheiro de metrô" que fica impregnado no banco de trás do carro (se referindo aos pobres/ ao motorista), e logo que o motorista dirige para a mulher burguesa ela "percebe" esse cheiro e a reação dele.. a expressão sabe de se sentir totalmente humilhado e desprezado é surreal. O telespectador sente um incômodo ao ver essa cena. Sente-se enojado, triste e ao mesmo tempo imaculado por não perceber a gravidade da situação e não poder defender.