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"A maioria dos dias do ano é comum. Eles começam e terminam, sem nenhuma memória durável nesse tempo. A maioria dos dias não tem impacto no decorrer da vida."

"Coincidência. É o que tudo é. Nada mais do que coincidência"

" Finalmente aprendeu que não existem milagres. Não existem coisas como o destino. Nada está destinado a ser. Ele sabia. Ele tinha certeza disso agora."

Últimas opiniões enviadas

  • Robson

    Existe um filme recém lançado pela Netflix chamado "Between Two Ferns" que contém algumas relações interessantes com esse Coringa, de Todd Phillips protagonizado por Joaquin Phoenix. Interpelado por uma versão fictícia de Will Ferrell, Zach Galifianakis argumenta porque merece um programa em rede nacional: "Eu sou homem, hétero e branco!". Galifianakis alcançou a celebridade estrelando um filme de Todd Phillips, tanto cá como lá existem personagens obcecados por talk-shows, e existe também um homem branco e hétero que se acha merecedor de coisas que parecem não estar ao seu alcance.

    Não se engane, após anos de mazela artística, a parceria DC/Warner parece mais uma vez ter mudado o jogo em relação às adaptações cinematográficas de quadrinhos. Assim como a incensada trilogia nolaniana do Batman, o longa metragem premiado em Veneza parece dar um sopro novo ao gênero que domina Hollywood. É necessário constatar no entanto que o sopro pode ser encarada como um bafejo tóxico saído dos tanques que deram origem a algumas versões do Palhaço do Crime.

    No roteiro, assinado por Phillips e Scott Silver, acompanhamos Arthur Fleck( Phoenix), um comediante não muito talentoso como sérios problemas de ordem psicológica. Enquanto tenta seguir rumo ao estrelato, Fleck cuida de sua mãe doente, Penny (Conroy), e busca ajuda psiquiátrica no sistema de saúde/serviço social de Gotham. Esse panorama ecoa alguns conceitos trazidos por Alan Moore na graphic novel "Piada Mortal", uma das que tentam dar conta do passado do personagem.

    E nisso talvez esteja o grande trunfo desse filme. Livre das amarras de continuidade e coesão dos universos compartilhados, a DC parece apostar no conceito de "single issues", histórias fechadas e sem conexão com a linha cronológica interminável dos super heróis. É uma boa jogada e permite maiores ousadias, e é talvez aí que resida o grande problema do filme: Seu discurso é maior do que a capacidade de transmiti-la, e por isso soa mal.

    Entendam: Tecnicamente o filme é soberbo. Desde a cinematografia, passando pela recriação de uma metrópole norte-americana do final dos anos 70/ começo dos anos 80, e a atmosfera de sujeira e corrupção que imperam na Gotham sem rumo e pré-Batman são perfeitamente concebidos e realizados.

    Em termos de atuação idem, Joaquin Phoenix é um dos maiores atores da história do Cinema e o seu papel é tão bem defendido que até mesmo falas que parecem saídas de um Tumblr de um adolescente espinhento que acha ter tendências sociopatas saem com dignidade da sua boca. O problema é o discurso como um todo.

    Fleck é portador de um discurso anti-establishment vago, oco de maiores propósitos, e isso não seria problema se o filme não desse vazão para achar que a sua mensagem é grandiloquente, quando na verdade não é. Existe um ideário "anti-sistema" , sendo que o "sistema" é mesmo esse ente vazio e abstrato. O que seria? Os financistas de Wall Street? A versão Donald Trump de Thomas Wayne e seu discurso meritocrata e messiânico?

    Como se não bastasse a explosão violenta mal-canalizada do filme, seu roteiro patina bonito em um jogo de gato e rato com o espectador que faria corar os melhores novelistas do México. Todd Phillips, a julgar pelas suas desastrosas entrevistas de divulgação do longa, culpando desde à "Extrema Esquerda", passando pelo "Politicamente Correto" acha que inventou algum novo tipo de roda, mas não é bem assim, passa longe disso, muito pela falta de sutileza do cineasta que é discreto na emissão de seu discurso como um desfile de elefantes em um mosteiro tibetano. Em mãos mais talentosas, como as de um Martin Scorsese talvez ( que o diretor nem agradece nos créditos, mesmo sendo tributário de parte de sua carreira) esse discurso fosse mais polido e objetivo, uma pena que não o é.

    Fazendo menção à polêmica dos "incels", o filme não endossa esse comportamento, haja vista que Fleck não culpabiliza as mulheres pelo seu fracasso, mas não surpreenderia se algum desses imbecis tomasse o filme como portador de suas bandeiras e usasse como desculpa para atitudes tresloucadas. Em suma é isso, "Coringa" é um filme perigoso em tempos perigosos

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  • Robson

    A série perde demais sem o Steve Carell, sinal disso é a repetição de vários plots do Michael com o Andy, melhora um pouco no final, mas longe do brilhantismo de outros momentos.

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  • Filmow
    Filmow

    O Oscar 2017 está logo aí e teremos o nosso tradicional BOLÃO DO OSCAR FILMOW!

    Serão 3 vencedores no Bolão com prêmios da loja Chico Rei para os três participantes que mais acertarem nas categorias da premiação. (O 1º lugar vai ganhar um kit da Chico Rei com 01 camiseta + 01 caneca + 01 almofada; o 2º lugar 01 camiseta da Chico Rei; e o 3º lugar 01 almofada da Chico Rei.)

    Vem participar da brincadeira com a gente, acesse https://filmow.com/bolao-do-oscar/ para votar.
    Boa sorte! :)

    * Lembrando que faremos uma transmissão ao vivo via Facebook e Youtube da Casa Filmow na noite da cerimônia, dia 26 de fevereiro. Confirme presença no evento https://www.facebook.com/events/250416102068445/

  • Alisson Pinheiro
    Alisson Pinheiro

    Curte o Ricardo Darín? Se sim, você deve começar a curtir sua página no facebook que tem o objetivo de divulgar os trabalhos desse ator.

    https://www.facebook.com/ricardodarinbrasil

  • Dominique
    Dominique

    "A maioria dos dias não tem impacto no decorrer da vida"? Vou ter que discordar disso aí, é claro que uns pouquíssimos dias são mais memoráveis do que a grande maioria deles, mas a personalidade é construída de pequenas experiências, de pequenos eventos, como tijolos e, por mais insignificante que um fato nos possa parecer, sem esses "tijolinhos" seríamos incompletos. Tudo impacta, influencia e tem consequências, ainda que a maioria dessas consequências escapem à nossa percepção. :)

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