Últimas opiniões enviadas
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Ran
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Líder de uma clã está cansado e repassa aos seus três filhos os seus poderes de liderança, porém não poderia imaginar que isso os dividiria e que ele mesmo se tornaria um alvo.
A cena de batalha/massacre lá por uma hora de filme, sem os sons da batalha, só tocando uma trilha melancólica, traz um misto de sensações conflitantes. É uma cena bonita esteticamente, como todo o filme, mas ao mesmo tempo brutal e cruel. E aquele "silêncio" dos efeitos sonoros com a música e o prolongamento da cena, como se aquela matança nunca mais fosse terminar, e que não nos poupa de suas imagens violentas, torna toda a situação desesperadora e traz uma tristeza se considerarmos que tudo aquilo vem de uma guerra familiar. Temos uma família desmanchada na distribuição de seus poderes entre os irmãos, e o pai, que foi quem concedeu esses poderes, não imaginava ver tudo chegar a esse ponto, ainda está vivo e no meio do fogo cruzado. Ele não é inocente, nem um pouco inocente, mas não dá para sentir a ironia e de se lamentar que as coisas saíram de seu controle e tornaram-se piores.
Um filme belíssimo e épico!
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Adaptação do texto de Nikolai Gogol, Viy conta a história de um seminarista um tanto indisciplinado que acaba se envolvendo com uma bruxa, filha da nobreza, que perto de sua morte o chama para rezar por sua alma por 3 noites. O pai dela fica desconfiado sobre onde e como a filha e o seminarista se conheceram, mas resolve atender ao seu pedido. A cada noite em que o seminarista passa trancado na igreja com o cadáver, mais o medo toma conta dele devido às manifestações sobrenaturais.
É um filme que carrega um tom até cômico em suas situações, tenho a impressão de que o filme nem se leva a sério, mas pense num filme com um visual bonito e instigante. A terceira noite na igreja é o ponto alto da produção.
Últimos recados
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Confesso que, para mim, a primeira meia hora de filme se arrastou um pouco. Porém, lembrei que, mesmo sendo uma adaptação de Macbeth, a história foi transposta para o Japão feudal e possui suas próprias características. Como não podia deixar de fazer, Kurosawa transmite em seu filme todas as nuances desta tragédia. Temos o soldado com uma esposa murmuradora (e gananciosa) que é quem o leva à glória manchada que será sua ruína. No início o remorso o domina, mas depois temos uma inversão, e o soldado torna-se arrogante e seguro demais de seu destino. O final é apoteótico, quando o que é profetizado (aparentemente impossível) inevitavelmente acontece. Shakespeare se orgulharia dessa "montagem".