"Thee I love..." A mais pura representação da Guerra Civil desde "Gone with the Wind". A família Birdwell, pacifista e Quaker, está prestes a viver um momento dramático em suas vidas - Guerra Civil. Com todos os princípios e valores, Jess Birdwell (Gary Cooper) e sua família desprezam a violência e vivem uma vida extremamente regrada. A história se enlaça em um família religiosa e sistemática, que utilizando de grande dose sentimentalista, o longa retrata a reação e as dúvidas deles para com a guerra. Prezando pelo Certo/Errado e Bem/Mal, Willian Wyler nos aprecia com esta trama inocente escrita por Michael Wilson, baseado no romance de Jessamyn West ("The Friendly Persuasion"), sobre a vida familiar do meio amoroso aos conflitos. A construção da fotografia, logo após e com os créditos, é belíssima. A cena inicia-se com um pato percorrendo na lagoa sob reflexo da casa dos Birdwell, logo em seguida quando a câmera abre, percebemos a casa como um todo e descobrimos que aquele pato também é significativo na história e seu nome é Samantha. O pato pode simbolizar o carinho para com o próximo da família Quaker e a maneira de que estão sempre prezando pelo bem. Possuem uma maneira peculiar de comunicação, utilizando "Thee, Thy, Thou", que são pronomes pessoais traduzidos do Grego e Hebraico. A trama criada entre os personagens e suas relações são espetaculares - uma filha adolescente apaixonada pelo guerreiro, um menino inquieto e pestinha, um primogênito com atitudes heróicas, uma mãe acolhedora e amorosa, o escravo livre prezado pela família, os animais muito estimados e o pai submetido à vontade de manter sua família sempre feliz. O elenco conta com grandes nomes como Gary Cooper e Dorothy McGuire, como também com a estrela de "Psicose" - Anthony Perkins. Belíssimo! "Friendly Persuasion" vai te agradar em cem maneiras diferentes!
Orson Welles retrata a tragédia de Othello de uma forma nada linear e com uma fotografia maravilhosa. Desconstruindo o ínicio, Welles inicia o longa com o que já conhemos ser o final da peça de Shakespeare e logo em seguida elabora os créditos. Com um fulgor inacreditável, ele incorpora todas as dores do coração de um mouro duvidoso. Othello é uma pobre criatura consumida por uma terra de insegurança e Iago, o seu sub-oficial, aproveita da fertilidade desta terra para plantar ali o ciúme. Esta clara e atemporal tragédia de Shakespeare fala sobre racismo, amor e traição. Othello, consumido pelas dores e dúvidas, passa a viver uma vida sombria, a qual Orson Welles representa em sua obra com uma tamanha riqueza de imagens.
A cena, logo no final, em que Othello levanta Desdêmona morta nos braços e implora para que reconheçam o seu amor apesar de tudo é fenomenal.
Envolvido por ângulos detalhados, uma grandeza de estúdio característica e uma luminosidade perspicaz, The Tragedy of Othello é um preto e branco inesquecível que mereceu, com toda sua fúria, a "Palma de Ouro" no Festivel de Cannes.
"Oh my man I love him so, he'll never know." Barbra Streisand, lágrimas e seus devaneios amorosos. Funny Girl é a história verídica da comediante Fanny Brice, do anonimato ao estrelato e seu casamento com o jogador de Pôquer Nick Arnstein. O musical começou na Broadway em 1964, com letras de Bob Merrill, música de Jule Styne e baseado no livro de Isobbel Lennart.
A filha de Fanny Brice e Nick Arnstein, que também aparece no longametragem, nomeada Frances foi casada com Ray Stark, o produtor do musical na Broadway.
Em 1968, William Wyler levou o musical às rosas da Sétima Arte. Barbra Streisand é quem interpreta Fanny Brice e sua perfomance foi tão fabulosa, que no Oscar acabou dividindo o prêmio de melhor atriz com Katharine Hepburn (por "O Leão no Inverno"). Nick Arnstein não brilha tanto quanto Fanny e suas agonias matrimoniais são abordadas com grande excelência durante o enredo. Em Funny Girl, Barbra Streisand tem o papel de sua vida, obteve uma oportunidade de viver uma personagem cômica e com isso pode mostrar os dois lados de ser uma grande Atriz. Não deixando as piadas de lado, ela consegue mostrar todo o drama vivido pela personagem e cria essa balança com um carisma jamais visto. As canções são engraçadas e inesquecíveis, minhas prediletas "Don't Rain on My Parade" e "My Man", respectivamente terminam o primeiro e segundo ato. A maneira como a personagem amadurece, com uma noção incrível de segurança e responsablidade, faz deste longametragem uma grande homenagem à comediante da década de 30 - Fanny Brice e marca a carreira de Barbra para sempre, como uma grande mulher que é. AFI classificou "Funny Girl" como o musical #16 das 25 obras de arte do Cinema. Se eu criasse a minha lista, com certeza ele estaria mais acima. Funny Girl é uma melodia interminável sobre o Amor e suas consequências.
"Following you is following me.". É a fala da personagem de Faye Dunaway caracterizando sua atração fatal com o personagem de Steve Mcqueen. Imagine uma versão diferente da animação 'Tom & Jerry', aquela do gato que vivia perseguindo o rato. O que acontece quando você tem um Tom, extremamente sexy e sensual, que se apaixona pelo Jerry? Acontece o "Affair de Thomas Crown". Thomas Crown é o (Rato) homem que tem tudo e está sendo perseguido, como também acusado, por roubos acontecidos em um Banco de Boston. Vicki Anderson é a (Gato, ou melhor Gata?) mulher incrivelmente bela contratada para investigar o caso de Crown. É velha rivalidade Gato-Rato, abordada de uma forma sexy e instigante, presenteada com a trilha sonora de Michel Legrand, que por sinal ganhou Oscar de Canção Original pela belíssima "Windmills of Your Mind". O rato parece não estar satisfeito com todo o seu poderio e dinheiro, A gata está vivendo o seu maior dilema - "a justiça ou meu amor?". Sempre tive uma queda por filmes de mulheres perigosamente apaixonadas.
O final do filme é inesperado. A dor de Vicki contrastando com o sorriso de Crown é fenomenal. Ainda melhor é a cena do Xadrez, essa é uma que entrou para a história do cinema. A sensualidade, os beijos, os closes, os olhares. The Thomas Crown Affair é um Masterpiece.
"Lady, that young man is a stud-poker-playing son of a..." É o erudito Poker. Todo aquele charuto e mistério em volta de uma mesa redonda, onde os grandes jogadores disputavam todo o dinheiro e a alma. Steve Mcqueen foi uma estrela na década de 60 e 70, esbanjando todas suas qualidades na mesa do diabo, agora mais que nunca incorpora um indivíduo dominado pelo árduo desejo de vencer um manda-chuva nas cartas. Seus passos durante o enredo são harmonizados com a música de Ray Charles, uma fotografia esplendorosa e mulheres lindas. Ele, como 'Cincinnati Kid' está prestes a descobrir o poderio do seu oponente, que é apelidado de 'The Man'. Este mistério situa-se durante a grande depressão, o que não é difícil de perceber, com a presença do Noir na construção do suspense. Durante algumas cartadas do filme, o diretor constrói imagens lindas e desconcertantes, com movimentos corridos da câmera e os olhares dos personagens envolvidos pela penumbra da cena. Sem penumbra de dúvidas - é a cena mais perfeita!
Tim Burton deixa sua marca por onde passa, por essa digo que é o que ele faz de melhor. Ele cria Wonderlands e reinventa a imaginação das pessoas. Entretanto, é um pecado dizer (como marca nos créditos finais), que o longa foi baseado na obra de Lewis Carroll. É verdade que ele repetiu elementos, mas as tendências e a maneira a qual os personagens interagem com a história foi levemente descaracterizada e recriada em um novo critério. Faço uma leitura do filme de uma maneira descontraída e acredito que Tim Burton transformou a desvairada história em um passatempo divertido e compreensível na mente infantil. Não julgo mal que tenha feito isso, afinal de contas uma parte boa do público é de crianças, na verdade enfatizo que não devemos tentar comparar com o livro. Apesar de ter queimado a lisergia que o livro vivo nos transmite, ainda encontramos detalhes divertidos e de extrema referência. Logo no início, Alice descreve o seu sonho para o pai e cita alguns personagens antropomórficos do país das maravilhas, característica que Tim Burton fez uso intensamente. A mãe do pretendente de Alice reclamando das flores brancas e questionando por que elas não são vermelhas faz menção claramente à Rainha de Copas. O Coelho Branco não é tão elétrico, Chapeleiro Maluco não é tão maluco e a própria Alice ganhou um ar mais heróico. Entretanto, o enigma corvo-escrivaninha, o eterno chá das 6, o Croquet da Rainha de Copas, o roubo dos Tartes, o sorriso malvado do Gato de Chesire e os conselhos da Lagarta são elementos cruciais, que às vezes abordado de uma maneira diferente, fez menção às Aventuras no País das Maravilhas. Assim como flores falantes, os gêmeos Tweedledee e Tweedledum, aquele inseto "cavaloquemexevoa", a Rainha Branca e a aventura de Alice matando o Jabberwocky fazem parte de "Alice através do espelho". São elementos fundamentais que deram solidez ao critério incial, que Burton usou para levar a história ao formato 3D, colocando ela assim no seu próprio mundo.
Shutter Island, um pensamento instigante e psicológico, embrulhado com a atuação sentimental do Leonardo DiCaprio, esta que por nada deste universo se faz despercebida. Uma surrealidade cheia de vida. "Ilha do Medo"? Acho que não, Scorcese mais te faz refletir sobre a loucura do que sentir o próprio medo. Os questionamentos do personagem de DiCaprio são imprescindíveis e constroem uma pseudorelação do filme com o espectador, é quase como se ele nos procurasse para obter respostas. Amei a cena do vinil rodando e um close no andar de Dicaprio, a fotografia muito bela dentro de uma sonoridade clássica.
"The point is, ladies and gentleman, that greed, for lack of a better word, is good. Greed is right, greed works." É o clássico no mercado das ações. Um filme esbanjando atores talentosos e aquela filmagem bem 'final dos 80, querendo ir para os 90'. O filme só peca nas formalidades, além de super formal, o roteiro é incrivelmente técnico e isso acaba dificultando um pouco a concentração de quem assiste. Claro! isso não vale para os fanáticos com economia... Anyway, dispersões a parte, Charlie Sheen em qualquer momento dos 80s não é uma coisa que você deveria perder! Apliquei tudo nele - "I'm hot on this stock." rs
O que esse professor faz é uma coisa inspiradora e Matthew Perry é um ator que não consegue passar despercebido em nenhum lugar. Uma fórmula desconcertante para uma história de coragem.
Vertigem é a sensação de tontura que um indivíduo pode sentir, olhando para baixo, de um ponto muito alto. É exatamente isso que o filme trata. Partindo de um local onde quase tudo é personagem, James Stewart é um ex-detetive acrofóbico (medo de altura), Kim Novak é uma loira misteriosa, Barbara Bel Geddes é uma fashionista frustrada com o amor e Tom Helmore é o marido "preocupado". Por último, como vários elementos influenciam na construção da trama, a cidade de São Francisco nos envolve com uma sensação labiríntica e objetos (pintura, flor e jóia) me faz vítima sincera na história da personagem. A sequência no sonho de Scottie - personagem de James Stewart - vai ficar para a história do cinema, muito fabulosa!
"O que você quer de mim?" Esta é a pergunta do criminoso, com um close macabro em seu rosto, para o personagem de James Stewart. Hitchcock, criando Janela Indiscreta, utilizou uma ferramenta na qual o personagem parece saber que estamos observando sua vida, além do voyeur protagonista. Durante a primeira sequência, as cortinas do apartamento de Jeff sobem do mesmo modo que as cortinas de um cinema antigo, simbolizando assim a relação que o protagonista tem com os acontecimentos externos a sua janela, ele assiste a tudo de uma distância segura e comparável a um cinema. Além de Grace Kelly estar divina, eu gosto muito desses detalhes hitchcock, as mulheres são perfeitas até que se apaixonam e se tornam perigosas.
Frenesi é um entusiasmo delirante. Como pode ser visto aqui mesmo, ninguém esquece da cena do caminhão, que é sem dúvidas um marco na sétima arte. O assassino buscando por sua vítima em um saco de batatas. Este foi meu primeiro Hitchcock anos 70, assusta um pouco, primeiro porque as cores da imagem apresentam maior realidade e é super diferente do cinema cinquentista de fato; segundo porque os cortes de cabelo, as roupas e toda a estética humana já tem aquele ar setentista; terceiro e mais perturbador, este é primeiro filme a apresentar cena de nudez e palavrões, ou seja, isso já deixa o filme com um teor diferente dos antigos. Entretanto, nem tudo são rosas e apesar do diretor trabalhar um humor que se destaca, o suspense (sim!) acaba devendo alguma coisa para as produções anteriores. Vale a pena conferir o cameo de Hitchcock em Frenesi, ele aparece logo no início, antes e durante a parte que a obra apresenta ao espectador a primeira vítima dos assassinatos em série. Segue um público assistindo a um discurso político e quando todos aplaudem, Hitchcock é o único que fica imóvel, apenas observando.
Faroeste com Audrey Hepburn?! Pode parecer difícil imaginar aquela peça de joalheria suja de terra amarela. Mesmo assim ela aparece com sua dramaticidade de sempre, muito peculiar, diga-se de passagem. Burt Lancaster está incrivelmente sexy. O roteiro tem seu quê de criativo, agradando até quem sabe os menos apreciadores de fotografia bucólica. Afinal de contas, você consegue imaginar uma Audrey Hepburn no meio de uma briga "Cowboys Vs Indios Kiowa"? Se não, assista "O Passado Não perdoa".
Billy Wilder faz comédias com paixão. A maneira como o personagem de Jack Lemmon é incapaz de lidar com o seu próprio destino é brilhante. Wilder faz uma grande crítica a interações adulteras de funcionários em uma empresa através de uma chave, que simboliza um circulo que não tem fim e leva a carreira do personagem principal a descolar, mas de uma forma que ele precisa dominar e se libertar de suas incapacidades. Adoro a cena que Jack Lemmon tentando assistir Grande Hotel na televisão e os comerciais enormes relutando, grande referência para a MGM! A imitadora da Marilyn também, grande carisma da sua parte viu, Billy?! Quando a personagem de Shirley MacLaine diz "Eu mandarei panetones para ele todo Natal", meu coração bateu mais forte! Uma obra-prima que ganhou Oscar até de melhor filme!
Vejo tudo, vejo o Hitler se revirando no túmulo depois dessa! Bastardos é um filme denso, desconcertante e detem todas a ferramentas para tirar o folego de qualquer pessoa. O sotaque arrojado de Brad Pitt está impecável e Waltz é um pedante excessivamente perspicaz. É de se admirar quando vejo, ainda hoje em dia, pessoas fazendo cinema com objetivo do resultado ser uma obra inteligente acima de tudo. Sim, a tecnologia não faz mal a ninguém. O efeito especial trazido de 2030 deve ser explorado. Assistir a um filme 3D com nivel de detalhamento que o ser humano só falta enxergar a alma do ator é uma coisa que merece respeito. Não nego! Porém, defendo fatores que merecem vir primeiro numa lista de importâncias, como a inteligência do roteiro. Disso, Bastardos tem de sobra, esbanjando... o filme nos hipnotiza cada segundo, cada diálogo constroi uma peça chave para o fim deste enorme quebracabeça nazista. Hitler irônico e insolente, uma violência necessária para a obra. "Essa foi minha obra-prima!" diz Aldo Raine. No Oscar, definitivamente será uma batalha entre Falcões e Ratos, acredito que este Falcão merece o prêmio de melhor filme!
"I think my face is funny." Cinderela em Paris é de longe um dos melhores filmes da Audrey e isso inclui desde trilha sonora até figurino. Nem se comenta a ambientação, Paris sempre oferecendo seu melhor para o cinema. É possível perceber também uma semelhança deste com o atual "O Diabo veste Prada", além da Moda, em ambos temos meninas sonhadoras e inteligentes demais para o mundo Fashion, e que acabam repensando suas opiniões. Contando com um dos grandes astros do mundo musical, Fred Astaire traz um charme inigualável ao filme. Portanto, aprecie a arte desta obra, vice-versa, e sempre: Think Pink!
Até quando passa na globo eu assisto. Brokeback Mountain vai ficar para sempre na minha vida. A maneira como Jack Twist se entrega ao amor me encanta. Ennis del mar e seus ressentimentos incorporados por Heath Ledger, um belíssimo ator que deixará saudades. A parte feminina do filme encantadora com seus cabelos montados e retrossauros. A trilha sonora sutil e simples, acordes de violão capazes de tocar o mais profundo dos nervos de qualquer pessoa. Baseado no conto de Annie Proulx, já vencedora do prêmio Pulitzer. Aprecie a maneira como o bucolismo abraça a história do filme, tão impecavelmente! O amor é uma força da natureza!
Juventude Transviada
3.9 546 Assista AgoraJames Dean é o símbolo da impulsividade cinquentista!
Super Xuxa contra Baixo Astral
2.7 530 Assista AgoraXuxa de ombreira!
Sublime Tentação
3.9 24"Thee I love..." A mais pura representação da Guerra Civil desde "Gone with the Wind". A família Birdwell, pacifista e Quaker, está prestes a viver um momento dramático em suas vidas - Guerra Civil. Com todos os princípios e valores, Jess Birdwell (Gary Cooper) e sua família desprezam a violência e vivem uma vida extremamente regrada. A história se enlaça em um família religiosa e sistemática, que utilizando de grande dose sentimentalista, o longa retrata a reação e as dúvidas deles para com a guerra. Prezando pelo Certo/Errado e Bem/Mal, Willian Wyler nos aprecia com esta trama inocente escrita por Michael Wilson, baseado no romance de Jessamyn West ("The Friendly Persuasion"), sobre a vida familiar do meio amoroso aos conflitos. A construção da fotografia, logo após e com os créditos, é belíssima. A cena inicia-se com um pato percorrendo na lagoa sob reflexo da casa dos Birdwell, logo em seguida quando a câmera abre, percebemos a casa como um todo e descobrimos que aquele pato também é significativo na história e seu nome é Samantha. O pato pode simbolizar o carinho para com o próximo da família Quaker e a maneira de que estão sempre prezando pelo bem. Possuem uma maneira peculiar de comunicação, utilizando "Thee, Thy, Thou", que são pronomes pessoais traduzidos do Grego e Hebraico. A trama criada entre os personagens e suas relações são espetaculares - uma filha adolescente apaixonada pelo guerreiro, um menino inquieto e pestinha, um primogênito com atitudes heróicas, uma mãe acolhedora e amorosa, o escravo livre prezado pela família, os animais muito estimados e o pai submetido à vontade de manter sua família sempre feliz. O elenco conta com grandes nomes como Gary Cooper e Dorothy McGuire, como também com a estrela de "Psicose" - Anthony Perkins. Belíssimo!
"Friendly Persuasion" vai te agradar em cem maneiras diferentes!
Otelo
3.9 26 Assista AgoraOrson Welles retrata a tragédia de Othello de uma forma nada linear e com uma fotografia maravilhosa. Desconstruindo o ínicio, Welles inicia o longa com o que já conhemos ser o final da peça de Shakespeare e logo em seguida elabora os créditos. Com um fulgor inacreditável, ele incorpora todas as dores do coração de um mouro duvidoso. Othello é uma pobre criatura consumida por uma terra de insegurança e Iago, o seu sub-oficial, aproveita da fertilidade desta terra para plantar ali o ciúme. Esta clara e atemporal tragédia de Shakespeare fala sobre racismo, amor e traição. Othello, consumido pelas dores e dúvidas, passa a viver uma vida sombria, a qual Orson Welles representa em sua obra com uma tamanha riqueza de imagens.
A cena, logo no final, em que Othello levanta Desdêmona morta nos braços e implora para que reconheçam o seu amor apesar de tudo é fenomenal.
Funny Girl - A Garota Genial
4.3 214 Assista Agora"Oh my man I love him so, he'll never know." Barbra Streisand, lágrimas e seus devaneios amorosos. Funny Girl é a história verídica da comediante Fanny Brice, do anonimato ao estrelato e seu casamento com o jogador de Pôquer Nick Arnstein. O musical começou na Broadway em 1964, com letras de Bob Merrill, música de Jule Styne e baseado no livro de Isobbel Lennart.
A filha de Fanny Brice e Nick Arnstein, que também aparece no longametragem, nomeada Frances foi casada com Ray Stark, o produtor do musical na Broadway.
Em 1968, William Wyler levou o musical às rosas da Sétima Arte. Barbra Streisand é quem interpreta Fanny Brice e sua perfomance foi tão fabulosa, que no Oscar acabou dividindo o prêmio de melhor atriz com Katharine Hepburn (por "O Leão no Inverno").
Nick Arnstein não brilha tanto quanto Fanny e suas agonias matrimoniais são abordadas com grande excelência durante o enredo.
Em Funny Girl, Barbra Streisand tem o papel de sua vida, obteve uma oportunidade de viver uma personagem cômica e com isso pode mostrar os dois lados de ser uma grande Atriz. Não deixando as piadas de lado, ela consegue mostrar todo o drama vivido pela personagem e cria essa balança com um carisma jamais visto.
As canções são engraçadas e inesquecíveis, minhas prediletas "Don't Rain on My Parade" e "My Man", respectivamente terminam o primeiro e segundo ato.
A maneira como a personagem amadurece, com uma noção incrível de segurança e responsablidade, faz deste longametragem uma grande homenagem à comediante da década de 30 - Fanny Brice e marca a carreira de Barbra para sempre, como uma grande mulher que é. AFI classificou "Funny Girl" como o musical #16 das 25 obras de arte do Cinema. Se eu criasse a minha lista, com certeza ele estaria mais acima. Funny Girl é uma melodia interminável sobre o Amor e suas consequências.
Crown, O Magnífico
3.5 36 Assista Agora"Following you is following me.". É a fala da personagem de Faye Dunaway caracterizando sua atração fatal com o personagem de Steve Mcqueen. Imagine uma versão diferente da animação 'Tom & Jerry', aquela do gato que vivia perseguindo o rato. O que acontece quando você tem um Tom, extremamente sexy e sensual, que se apaixona pelo Jerry? Acontece o "Affair de Thomas Crown". Thomas Crown é o (Rato) homem que tem tudo e está sendo perseguido, como também acusado, por roubos acontecidos em um Banco de Boston. Vicki Anderson é a (Gato, ou melhor Gata?) mulher incrivelmente bela contratada para investigar o caso de Crown. É velha rivalidade Gato-Rato, abordada de uma forma sexy e instigante, presenteada com a trilha sonora de Michel Legrand, que por sinal ganhou Oscar de Canção Original pela belíssima "Windmills of Your Mind". O rato parece não estar satisfeito com todo o seu poderio e dinheiro, A gata está vivendo o seu maior dilema - "a justiça ou meu amor?". Sempre tive uma queda por filmes de mulheres perigosamente apaixonadas.
O final do filme é inesperado. A dor de Vicki contrastando com o sorriso de Crown é fenomenal. Ainda melhor é a cena do Xadrez, essa é uma que entrou para a história do cinema. A sensualidade, os beijos, os closes, os olhares. The Thomas Crown Affair é um Masterpiece.
A Mesa do Diabo
3.8 38 Assista Agora"Lady, that young man is a stud-poker-playing son of a..." É o erudito Poker. Todo aquele charuto e mistério em volta de uma mesa redonda, onde os grandes jogadores disputavam todo o dinheiro e a alma. Steve Mcqueen foi uma estrela na década de 60 e 70, esbanjando todas suas qualidades na mesa do diabo, agora mais que nunca incorpora um indivíduo dominado pelo árduo desejo de vencer um manda-chuva nas cartas. Seus passos durante o enredo são harmonizados com a música de Ray Charles, uma fotografia esplendorosa e mulheres lindas. Ele, como 'Cincinnati Kid' está prestes a descobrir o poderio do seu oponente, que é apelidado de 'The Man'. Este mistério situa-se durante a grande depressão, o que não é difícil de perceber, com a presença do Noir na construção do suspense. Durante algumas cartadas do filme, o diretor constrói imagens lindas e desconcertantes, com movimentos corridos da câmera e os olhares dos personagens envolvidos pela penumbra da cena. Sem penumbra de dúvidas - é a cena mais perfeita!
Alice no País das Maravilhas
3.4 4,0K Assista AgoraTim Burton deixa sua marca por onde passa, por essa digo que é o que ele faz de melhor. Ele cria Wonderlands e reinventa a imaginação das pessoas. Entretanto, é um pecado dizer (como marca nos créditos finais), que o longa foi baseado na obra de Lewis Carroll. É verdade que ele repetiu elementos, mas as tendências e a maneira a qual os personagens interagem com a história foi levemente descaracterizada e recriada em um novo critério. Faço uma leitura do filme de uma maneira descontraída e acredito que Tim Burton transformou a desvairada história em um passatempo divertido e compreensível na mente infantil. Não julgo mal que tenha feito isso, afinal de contas uma parte boa do público é de crianças, na verdade enfatizo que não devemos tentar comparar com o livro. Apesar de ter queimado a lisergia que o livro vivo nos transmite, ainda encontramos detalhes divertidos e de extrema referência. Logo no início, Alice descreve o seu sonho para o pai e cita alguns personagens antropomórficos do país das maravilhas, característica que Tim Burton fez uso intensamente. A mãe do pretendente de Alice reclamando das flores brancas e questionando por que elas não são vermelhas faz menção claramente à Rainha de Copas. O Coelho Branco não é tão elétrico, Chapeleiro Maluco não é tão maluco e a própria Alice ganhou um ar mais heróico. Entretanto, o enigma corvo-escrivaninha, o eterno chá das 6, o Croquet da Rainha de Copas, o roubo dos Tartes, o sorriso malvado do Gato de Chesire e os conselhos da Lagarta são elementos cruciais, que às vezes abordado de uma maneira diferente, fez menção às Aventuras no País das Maravilhas. Assim como flores falantes, os gêmeos Tweedledee e Tweedledum, aquele inseto "cavaloquemexevoa", a Rainha Branca e a aventura de Alice matando o Jabberwocky fazem parte de "Alice através do espelho". São elementos fundamentais que deram solidez ao critério incial, que Burton usou para levar a história ao formato 3D, colocando ela assim no seu próprio mundo.
Ilha do Medo
4.2 4,0K Assista AgoraShutter Island, um pensamento instigante e psicológico, embrulhado com a atuação sentimental do Leonardo DiCaprio, esta que por nada deste universo se faz despercebida. Uma surrealidade cheia de vida. "Ilha do Medo"? Acho que não, Scorcese mais te faz refletir sobre a loucura do que sentir o próprio medo. Os questionamentos do personagem de DiCaprio são imprescindíveis e constroem uma pseudorelação do filme com o espectador, é quase como se ele nos procurasse para obter respostas. Amei a cena do vinil rodando e um close no andar de Dicaprio, a fotografia muito bela dentro de uma sonoridade clássica.
Wall Street: Poder e Cobiça
3.7 247 Assista Agora"The point is, ladies and gentleman, that greed, for lack of a better word, is good. Greed is right, greed works." É o clássico no mercado das ações. Um filme esbanjando atores talentosos e aquela filmagem bem 'final dos 80, querendo ir para os 90'. O filme só peca nas formalidades, além de super formal, o roteiro é incrivelmente técnico e isso acaba dificultando um pouco a concentração de quem assiste. Claro! isso não vale para os fanáticos com economia... Anyway, dispersões a parte, Charlie Sheen em qualquer momento dos 80s não é uma coisa que você deveria perder! Apliquei tudo nele - "I'm hot on this stock." rs
O Triunfo
4.0 112O que esse professor faz é uma coisa inspiradora e Matthew Perry é um ator que não consegue passar despercebido em nenhum lugar. Uma fórmula desconcertante para uma história de coragem.
Um Corpo que Cai
4.2 1,3K Assista AgoraVertigem é a sensação de tontura que um indivíduo pode sentir, olhando para baixo, de um ponto muito alto. É exatamente isso que o filme trata. Partindo de um local onde quase tudo é personagem, James Stewart é um ex-detetive acrofóbico (medo de altura), Kim Novak é uma loira misteriosa, Barbara Bel Geddes é uma fashionista frustrada com o amor e Tom Helmore é o marido "preocupado". Por último, como vários elementos influenciam na construção da trama, a cidade de São Francisco nos envolve com uma sensação labiríntica e objetos (pintura, flor e jóia) me faz vítima sincera na história da personagem. A sequência no sonho de Scottie - personagem de James Stewart - vai ficar para a história do cinema, muito fabulosa!
Janela Indiscreta
4.3 1,2K Assista Agora"O que você quer de mim?" Esta é a pergunta do criminoso, com um close macabro em seu rosto, para o personagem de James Stewart. Hitchcock, criando Janela Indiscreta, utilizou uma ferramenta na qual o personagem parece saber que estamos observando sua vida, além do voyeur protagonista. Durante a primeira sequência, as cortinas do apartamento de Jeff sobem do mesmo modo que as cortinas de um cinema antigo, simbolizando assim a relação que o protagonista tem com os acontecimentos externos a sua janela, ele assiste a tudo de uma distância segura e comparável a um cinema. Além de Grace Kelly estar divina, eu gosto muito desses detalhes hitchcock, as mulheres são perfeitas até que se apaixonam e se tornam perigosas.
Frenesi
3.9 272 Assista AgoraFrenesi é um entusiasmo delirante. Como pode ser visto aqui mesmo, ninguém esquece da cena do caminhão, que é sem dúvidas um marco na sétima arte. O assassino buscando por sua vítima em um saco de batatas. Este foi meu primeiro Hitchcock anos 70, assusta um pouco, primeiro porque as cores da imagem apresentam maior realidade e é super diferente do cinema cinquentista de fato; segundo porque os cortes de cabelo, as roupas e toda a estética humana já tem aquele ar setentista; terceiro e mais perturbador, este é primeiro filme a apresentar cena de nudez e palavrões, ou seja, isso já deixa o filme com um teor diferente dos antigos. Entretanto, nem tudo são rosas e apesar do diretor trabalhar um humor que se destaca, o suspense (sim!) acaba devendo alguma coisa para as produções anteriores. Vale a pena conferir o cameo de Hitchcock em Frenesi, ele aparece logo no início, antes e durante a parte que a obra apresenta ao espectador a primeira vítima dos assassinatos em série. Segue um público assistindo a um discurso político e quando todos aplaudem, Hitchcock é o único que fica imóvel, apenas observando.
O Passado Não Perdoa
3.6 57 Assista AgoraFaroeste com Audrey Hepburn?! Pode parecer difícil imaginar aquela peça de joalheria suja de terra amarela. Mesmo assim ela aparece com sua dramaticidade de sempre, muito peculiar, diga-se de passagem. Burt Lancaster está incrivelmente sexy. O roteiro tem seu quê de criativo, agradando até quem sabe os menos apreciadores de fotografia bucólica. Afinal de contas, você consegue imaginar uma Audrey Hepburn no meio de uma briga "Cowboys Vs Indios Kiowa"? Se não, assista "O Passado Não perdoa".
Se Meu Apartamento Falasse
4.3 423 Assista AgoraBilly Wilder faz comédias com paixão. A maneira como o personagem de Jack Lemmon é incapaz de lidar com o seu próprio destino é brilhante. Wilder faz uma grande crítica a interações adulteras de funcionários em uma empresa através de uma chave, que simboliza um circulo que não tem fim e leva a carreira do personagem principal a descolar, mas de uma forma que ele precisa dominar e se libertar de suas incapacidades. Adoro a cena que Jack Lemmon tentando assistir Grande Hotel na televisão e os comerciais enormes relutando, grande referência para a MGM! A imitadora da Marilyn também, grande carisma da sua parte viu, Billy?! Quando a personagem de Shirley MacLaine diz "Eu mandarei panetones para ele todo Natal", meu coração bateu mais forte! Uma obra-prima que ganhou Oscar até de melhor filme!
A Firma
3.4 179 Assista AgoraTrês estrelas para um suspense criativo que te deixa imóvel no sofá por alguns momentos. Uma estrela para o charme metido a heroi do Tom Cruise.
À Francesa
2.2 87Eu quero uma Hermès Grace Kelly!
Hell
3.1 98"Meu credo: seja bela e consumista." Lolita Pille
Beleza Americana
4.1 2,9K Assista AgoraEu sou um desses estranhos que filmam saco de plástico voando. Obrigatório!
Imagine Eu e Você
3.7 742Meus entretenimentos lesbianos
Bastardos Inglórios
4.4 4,9K Assista AgoraVejo tudo, vejo o Hitler se revirando no túmulo depois dessa! Bastardos é um filme denso, desconcertante e detem todas a ferramentas para tirar o folego de qualquer pessoa. O sotaque arrojado de Brad Pitt está impecável e Waltz é um pedante excessivamente perspicaz. É de se admirar quando vejo, ainda hoje em dia, pessoas fazendo cinema com objetivo do resultado ser uma obra inteligente acima de tudo. Sim, a tecnologia não faz mal a ninguém. O efeito especial trazido de 2030 deve ser explorado. Assistir a um filme 3D com nivel de detalhamento que o ser humano só falta enxergar a alma do ator é uma coisa que merece respeito. Não nego! Porém, defendo fatores que merecem vir primeiro numa lista de importâncias, como a inteligência do roteiro. Disso, Bastardos tem de sobra, esbanjando... o filme nos hipnotiza cada segundo, cada diálogo constroi uma peça chave para o fim deste enorme quebracabeça nazista. Hitler irônico e insolente, uma violência necessária para a obra. "Essa foi minha obra-prima!" diz Aldo Raine. No Oscar, definitivamente será uma batalha entre Falcões e Ratos, acredito que este Falcão merece o prêmio de melhor filme!
Cinderela em Paris
4.0 419 Assista Agora"I think my face is funny." Cinderela em Paris é de longe um dos melhores filmes da Audrey e isso inclui desde trilha sonora até figurino. Nem se comenta a ambientação, Paris sempre oferecendo seu melhor para o cinema. É possível perceber também uma semelhança deste com o atual "O Diabo veste Prada", além da Moda, em ambos temos meninas sonhadoras e inteligentes demais para o mundo Fashion, e que acabam repensando suas opiniões. Contando com um dos grandes astros do mundo musical, Fred Astaire traz um charme inigualável ao filme. Portanto, aprecie a arte desta obra, vice-versa, e sempre: Think Pink!
O Segredo de Brokeback Mountain
3.9 2,2K Assista AgoraAté quando passa na globo eu assisto. Brokeback Mountain vai ficar para sempre na minha vida. A maneira como Jack Twist se entrega ao amor me encanta. Ennis del mar e seus ressentimentos incorporados por Heath Ledger, um belíssimo ator que deixará saudades. A parte feminina do filme encantadora com seus cabelos montados e retrossauros. A trilha sonora sutil e simples, acordes de violão capazes de tocar o mais profundo dos nervos de qualquer pessoa. Baseado no conto de Annie Proulx, já vencedora do prêmio Pulitzer. Aprecie a maneira como o bucolismo abraça a história do filme, tão impecavelmente! O amor é uma força da natureza!