Além de trilha sonora - que é muito boa, o filme tem uma fotografia competente. Duas cenas, em especial, me cativaram muito - a cena das estrelas cadentes e a que estampa o cartaz principal do filme. Péssima atuação da Nathália Dill e alguns exageros à parte, é até um filme razoável.
Sempre procrastinei esse remake por dois mootivos: primeiro por achar desnecessária uma refilmagem - visto que a versão original é relativamente recente. Depois, por nutrir uma espécie de "PRÉ-conceito" quando o assunto é remake. Acabo de ver, enfim. Trata-se de um remake bastante competente - apesar de ter perdido muito da sutileza e/ou despretensão do filme sueco. Todos os - muitos - pontos positivos de Deixe-me Entrar podem ser encontrados em Deixa Ela Entrar. Estávamos certos, eu e o meu "pré-conceito" - apesar de ser um bom filme, repito, é desnecessário.
Perturbador. Martha Marcy May Marlene te conduz, de maneira integral, à tensão - em sua forma mais crua. Com fotografia e atuações que dispensam meus comentários, o filme é composto por vários paralelos à cerca de sua ideia central:
um culto - voluntário - onde pessoas são estupradas, drogadas, submissas e impulsionadas a acreditar que isso configura algum tipo de elevação espiritual.
Os flashbacks, que aparecem desde o início, mesclam a narrativa de maneira precisa e instantânea. A não-linearidade das cenas e montagem - que muitas vezes confunde (tanto, que no início de algumas cenas você não sabe se o que vai ver é presente ou passado) - caíram como luvas nas mãos do novato Sean Durkin.
A propósito, isso se evidencia na cena em que Martha pergunta à irmã: "Isso é do passado ou é de agora?"
No mais, se o silêncio absoluto em certas cenas, as nuances e a linha tênue entre sombra e luz não estão ali para fazer você sentir um pouco do que Martha (Marcy May ou Marlene) sentiu, então, eu não sei. Sobre o fim, se você compreende que o mesmo é passível da interpretação de cada um; se você acha que ele pode significar alguma coisa ou que pode não significar nada; se você não sabe se ela termina como Martha, Marcy May ou Marlene, bem, já é um bom começo. Em tempo, é no fim que se pode concluir a digna - e coerente - direção do Sean Durkin.
Sei que ainda vou ver e ouvir muito: "Esperei mais desse filme" - Compreendo. Talvez não seja um filme que supera as expectativas, mas também não é um filme que decepciona. Aaron Sorkin, mais uma vez, mostrando potencial; roteiro muito bem trabalhado. Além da direção eficaz e fotografia persuasiva. Me peguei entediada em certos momentos, esperando as coisas acontecerem, mas, nada que chegue a preocupar. Sobre todo furor em torno da atuação de Pitt; é verdade que ele - junto com o Jonah Hill - desempenha bem o seu papel e não deixa a desejar, mas discordo dos muitos que defendem a ideia de que trata-se da sua melhor atuação no cinema. Não acho que ele tenha superado O Curioso Caso de Benjamin Button, por exemplo. Ou, até mesmo, A Árvore da Vida. Um bom filme. Simplesmente. Recomendo àqueles que não se importam com a ausência de clichês.
Estou, honestamente, impressionada; de uma genialidade, sinceridade e intensidade impressionantes. Fotografia - excepcional e impassível - que marca e simboliza a atmosfera carregada de tristeza e angústia que embala o filme na maior parte do tempo. Tristeza que tenta se fazer ausente apenas nos minutos finais, quando se tem a sensação de um resquício de esperança. A frieza das relações, os desejos reprimidos não poderiam ser mostrados de maneira mais verdadeira; atuações impressionantes. Dolorosamente maravilhoso.
Diferente de tudo que já se viu sobre a adolescência e seus conflitos, As Virgens Suicidas é um filme assustador, poético e angustiante. É a inocência - em sua forma finita - materializada e descrita, magistralmente, por Sofia Coppola. Além de belas nuances, fotografia encantadora e narrativa extremamente persuasiva - que te envolve e prende aos dramas vividos por cada uma das irmãs - a história das Lisbon é contada sob visão e perspectivas dos garotos da vizinhaça, o que é um ponto a mais. A sensibilidade imposta, o cotidiano, o tédio oprimido ou mesmo os belos rostos angelicais - que se contrapõem às angústias e pesares - são alguns dos outros detalhes que reforçam a beleza e competência dessa que é uma das - duas, contando com Encontros e Desencontros) - melhores obras da Coppola.
Comédia e Câncer num mesmo filme. No mínimo, atípico. É admirável a maneira leve, emocionante - sem ser exagerado - e cômica, com que o Jonathan Levine conseguiu tratar essa doença, tão malígna, neste filme.
Não se trata de um melodrama previsível, clichê e barato; daqueles que te fazem chorar feito um condenado, como é de praxe acontecer com a maior parte dos filmes que abordam esse tipo de tema.
50% é leve sem ser insensível. Um filme verdadeiro; mostra as angústias, mas também mostra os sorrisos. Mostra os momentos de desespero, mas também os momentos desesperados de alegria. Um retrato fiel do que é a vida.
Joseph Gordon-Levitt, atuando lindamente, faz com que você vista a camisa do Adam e torça como se estivesse torcendo pela vida de um amigo íntimo e querido. Foi assim que me senti.
Na cena do carro, aquele rompante furioso, nossa, de fazer qualquer um sofrer junto. Ou nos segundos seguintes, quando ele liga pra Katie e diz que queria tê-la como namorada. Uma sinceridade visível, bonita e emocionante habita o olhar de ambos, naquele momento.
Seth Rogen além render risos com aquele jeito pretensioso e vulgar, me emocionou - ainda que despretensiosamente -
Partindo de uma narrativa - eventualmente - polêmica, Deixa Ela Entrar traz - a tiracolo - uma espécie de metáfora que remete o espectador a situações bem atuais. Muito mais do que uma simples (e bonita) história de amor entre seres - biologicamente - distintos; de maneira crua - fugindo, completamente, do vão fantasioso -, Deixa Ela Entrar é uma obra corajosa, inteligente e, incontestavelmente, eficaz.
Eficaz quando mostra a transformação - surpreendente - de um indivíduo sensível num, justificável, psicopata. O desejo de vingança, o sorriso no rosto ao ver o outro sangrar evidenciam o resultado dos tormentos vividos por Oskar.
Eli, psicopata nata, está ali para contrapor a situação. Eu também poderia citar o - não menos importante - Håkan, mas não vou me prolongar tanto. Por fim, além da interação e química impressionantes entre os intérpretes-protagonistas, a obra conta com planos providenciais, oportunos e determinantes para que cada detalhe seja devidamente percebido.
Em tempo: Vivo procrastinando o remake porque, sinceramente, achei bastante desnecessária essa refilmagem, tendo em vista que a versão original é recente.
Biografia tão bem contada que é dispensável que o espectador seja um fã/conhecedor do - mito - que foi Edith Piaf.
Contar a vida de uma pessoa através do cinema - ou mesmo de um livro -, diferente do que muita gente pensa, não deve ser uma tarefa das mais fáceis. E essa tarefa, preciso ressaltar, Olivier Dahan cumpriu de maneira brilhante. É bastante corriqueiro diretores caírem no buraco comum: contar a história de alguém de maneira puramente morna, cronológica, factual e, raramente, pouco além disso. 'La Môme' é, sem dúvidas, uma exceção. Acontecimentos ganham vida através da - impecável- interpretação da Marion. Para definir da maneira mais simples, eu diria que Piaf é a alma e Marion o corpo. Sim, Marion é Piaf! Trata-se de uma interpretação forte, visceral e, eu diria, cruel. Marion te golpeia, fere e toca na ferida ao mergulhar nas desgraças da vida de Piaf.
História contada belissimamente. Vale - muito - a pena ser conferida e aplaudida. Melhor biografia que já vi.
é um filme que requer o mínimo de atenção - e o coração aberto. incrível em sua fotografia, roteiro e trilha sonora. é o tipo de filme que diz muito, dizendo pouco. me encanta. um dos mais bonitos que já vi.
Comprar Ingressos
Este site usa cookies para oferecer a melhor experiência possível. Ao navegar em nosso site, você concorda com o uso de cookies.
Se você precisar de mais informações e / ou não quiser que os cookies sejam colocados ao usar o site, visite a página da Política de Privacidade.
Paraísos Artificiais
3.2 1,8K Assista AgoraAlém de trilha sonora - que é muito boa, o filme tem uma fotografia competente. Duas cenas, em especial, me cativaram muito - a cena das estrelas cadentes e a que estampa o cartaz principal do filme.
Péssima atuação da Nathália Dill e alguns exageros à parte, é até um filme razoável.
Ligações Perigosas
4.0 342 Assista Agoradiálogos. glenn close.
Deixe-me Entrar
3.4 1,9K Assista AgoraSempre procrastinei esse remake por dois mootivos: primeiro por achar desnecessária uma refilmagem - visto que a versão original é relativamente recente. Depois, por nutrir uma espécie de "PRÉ-conceito" quando o assunto é remake. Acabo de ver, enfim. Trata-se de um remake bastante competente - apesar de ter perdido muito da sutileza e/ou despretensão do filme sueco. Todos os - muitos - pontos positivos de Deixe-me Entrar podem ser encontrados em Deixa Ela Entrar. Estávamos certos, eu e o meu "pré-conceito" - apesar de ser um bom filme, repito, é desnecessário.
Missão: Impossível - Protocolo Fantasma
3.7 1,7K Assista AgoraSensacional.
Martha Marcy May Marlene
3.4 268Perturbador.
Martha Marcy May Marlene te conduz, de maneira integral, à tensão - em sua forma mais crua. Com fotografia e atuações que dispensam meus comentários, o filme é composto por vários paralelos à cerca de sua ideia central:
um culto - voluntário - onde pessoas são estupradas, drogadas, submissas e impulsionadas a acreditar que isso configura algum tipo de elevação espiritual.
A propósito, isso se evidencia na cena em que Martha pergunta à irmã: "Isso é do passado ou é de agora?"
Sobre o fim, se você compreende que o mesmo é passível da interpretação de cada um; se você acha que ele pode significar alguma coisa ou que pode não significar nada; se você não sabe se ela termina como Martha, Marcy May ou Marlene, bem, já é um bom começo. Em tempo, é no fim que se pode concluir a digna - e coerente - direção do Sean Durkin.
O Homem que Mudou o Jogo
3.7 931 Assista AgoraSei que ainda vou ver e ouvir muito: "Esperei mais desse filme" - Compreendo. Talvez não seja um filme que supera as expectativas, mas também não é um filme que decepciona. Aaron Sorkin, mais uma vez, mostrando potencial; roteiro muito bem trabalhado. Além da direção eficaz e fotografia persuasiva. Me peguei entediada em certos momentos, esperando as coisas acontecerem, mas, nada que chegue a preocupar. Sobre todo furor em torno da atuação de Pitt; é verdade que ele - junto com o Jonah Hill - desempenha bem o seu papel e não deixa a desejar, mas discordo dos muitos que defendem a ideia de que trata-se da sua melhor atuação no cinema. Não acho que ele tenha superado O Curioso Caso de Benjamin Button, por exemplo. Ou, até mesmo, A Árvore da Vida. Um bom filme. Simplesmente. Recomendo àqueles que não se importam com a ausência de clichês.
Gritos e Sussurros
4.3 472Estou, honestamente, impressionada; de uma genialidade, sinceridade e intensidade impressionantes. Fotografia - excepcional e impassível - que marca e simboliza a atmosfera carregada de tristeza e angústia que embala o filme na maior parte do tempo. Tristeza que tenta se fazer ausente apenas nos minutos finais, quando se tem a sensação de um resquício de esperança.
A frieza das relações, os desejos reprimidos não poderiam ser mostrados de maneira mais verdadeira; atuações impressionantes.
Dolorosamente maravilhoso.
As Virgens Suicidas
3.8 1,4K Assista AgoraDiferente de tudo que já se viu sobre a adolescência e seus conflitos, As Virgens Suicidas é um filme assustador, poético e angustiante. É a inocência - em sua forma finita - materializada e descrita, magistralmente, por Sofia Coppola. Além de belas nuances, fotografia encantadora e narrativa extremamente persuasiva - que te envolve e prende aos dramas vividos por cada uma das irmãs - a história das Lisbon é contada sob visão e perspectivas dos garotos da vizinhaça, o que é um ponto a mais. A sensibilidade imposta, o cotidiano, o tédio oprimido ou mesmo os belos rostos angelicais - que se contrapõem às angústias e pesares - são alguns dos outros detalhes que reforçam a beleza e competência dessa que é uma das - duas, contando com Encontros e Desencontros) - melhores obras da Coppola.
50%
3.9 2,2K Assista AgoraComédia e Câncer num mesmo filme. No mínimo, atípico.
É admirável a maneira leve, emocionante - sem ser exagerado - e cômica, com que o Jonathan Levine conseguiu tratar essa doença, tão malígna, neste filme.
Não se trata de um melodrama previsível, clichê e barato; daqueles que te fazem chorar feito um condenado, como é de praxe acontecer com a maior parte dos filmes que abordam esse tipo de tema.
50% é leve sem ser insensível. Um filme verdadeiro; mostra as angústias, mas também mostra os sorrisos. Mostra os momentos de desespero, mas também os momentos desesperados de alegria. Um retrato fiel do que é a vida.
Joseph Gordon-Levitt, atuando lindamente, faz com que você vista a camisa do Adam e torça como se estivesse torcendo pela vida de um amigo íntimo e querido. Foi assim que me senti.
Na cena do carro, aquele rompante furioso, nossa, de fazer qualquer um sofrer junto. Ou nos segundos seguintes, quando ele liga pra Katie e diz que queria tê-la como namorada. Uma sinceridade visível, bonita e emocionante habita o olhar de ambos, naquele momento.
Seth Rogen além render risos com aquele jeito pretensioso e vulgar, me emocionou - ainda que despretensiosamente -
na cena em que Adam encontra, no banheiro do Kyle, um livro sobre como lidar com pessoas com Câncer.
Senti carinho por todos os personagens. Desde a doce e delicada Katie à sempre presente, dedicada e amorosa mãe do Adam (Angelica Huston).
É como disse abaixo o Carlos Eduardo: É daqueles filmes que você torce para não acabar.
Deixa Ela Entrar
4.0 1,6KPartindo de uma narrativa - eventualmente - polêmica, Deixa Ela Entrar traz - a tiracolo - uma espécie de metáfora que remete o espectador a situações bem atuais.
Muito mais do que uma simples (e bonita) história de amor entre seres - biologicamente - distintos; de maneira crua - fugindo, completamente, do vão fantasioso -, Deixa Ela Entrar é uma obra corajosa, inteligente e, incontestavelmente, eficaz.
Eficaz quando mostra a transformação - surpreendente - de um indivíduo sensível num, justificável, psicopata. O desejo de vingança, o sorriso no rosto ao ver o outro sangrar evidenciam o resultado dos tormentos vividos por Oskar.
Eli, psicopata nata, está ali para contrapor a situação. Eu também poderia citar o - não menos importante - Håkan, mas não vou me prolongar tanto.
Por fim, além da interação e química impressionantes entre os intérpretes-protagonistas, a obra conta com planos providenciais, oportunos e determinantes para que cada detalhe seja devidamente percebido.
Em tempo: Vivo procrastinando o remake porque, sinceramente, achei bastante desnecessária essa refilmagem, tendo em vista que a versão original é recente.
Brilho de uma Paixão
3.7 383 Assista AgoraUma pintura - muito bonita - viva.
Piaf - Um Hino ao Amor
4.3 1,1K Assista AgoraBiografia tão bem contada que é dispensável que o espectador seja um fã/conhecedor do - mito - que foi Edith Piaf.
Contar a vida de uma pessoa através do cinema - ou mesmo de um livro -, diferente do que muita gente pensa, não deve ser uma tarefa das mais fáceis. E essa tarefa, preciso ressaltar, Olivier Dahan cumpriu de maneira brilhante. É bastante corriqueiro diretores caírem no buraco comum: contar a história de alguém de maneira puramente morna, cronológica, factual e, raramente, pouco além disso.
'La Môme' é, sem dúvidas, uma exceção.
Acontecimentos ganham vida através da - impecável- interpretação da Marion. Para definir da maneira mais simples, eu diria que Piaf é a alma e Marion o corpo. Sim, Marion é Piaf! Trata-se de uma interpretação forte, visceral e, eu diria, cruel.
Marion te golpeia, fere e toca na ferida ao mergulhar nas desgraças da vida de Piaf.
História contada belissimamente. Vale - muito - a pena ser conferida e aplaudida. Melhor biografia que já vi.
Onde Vivem os Monstros
3.8 2,4K Assista Agoraé um filme que requer o mínimo de atenção - e o coração aberto.
incrível em sua fotografia, roteiro e trilha sonora.
é o tipo de filme que diz muito, dizendo pouco.
me encanta. um dos mais bonitos que já vi.