O filme só deve servir pra quem não conhece nada dos jogos mesmo. E é triste, porque a Alicia realmente se esforçou, mas achei a própria Lara desse filme mal desenvolvida, a gente não sabe se ela já é uma badass hiper talentosa de nascença ou se ela tá passando por tudo isos pra aprender a ser fodona; fora que não tem nenhum outro personagem interessante além dela; nenhuma das emoções parecem verdadeiras pra mim; as cenas de ação se preocuparam demais em copiar o jogo, o problema é que no jogo a Lara é bem mais frágil, aqui ela se acidenta se estribucha rola quica geme e mesmo assim tá dando saltos de oito metros e escalando rochedos molhados na mão. Aí dá as merdas do clímax do filme, ela dá uma choradinha, mas no final já tá ostentando 2 pistolas como se sempre tivesse feito isso antes.
Fico triste porque eu queria gostar desse filme, mas na época que lançou o trailer eu já broxei; e aí o filme é basicamente tudo o que eu vi no trailer, nada me surpreendeu, nada me emocionou, nada me impressionou nem tentando ver como filme independente do jogo. Por isso que acho que só fica melhor mesmo pra quem não conhece nada dos novos jogos e quer passar o tempo. E é porque nem tô comparando com os filmes da Jolie. Se era pra adaptar a história do 1ª jogo do reboot pro cinema eu preferia que tivessem copiado a história inteira e comprimido, com os amigos da Lara, as magia tudo, etc, porque a Lara tá muito mais humanizada e se desenvolvendo como arqueóloga acrobática no jogo. :/
Obs.: E nem tem nada a ver com a falta de sexualização da Lara, é só tudo vazio e forçado mesmo, pra mim. A Lara nos jogos atuais passa por situações que vão passo a passo construindo a personalidade e as emoções dela. Aqui no filme não aconteceu pra mim. Quando o personagem já chega super fodão assim e o roteiro se aproveita do background de riqueza dele pra justificar isso (o que nem os jogos fazem), é um recurso fácil de narrativa que tende a fazer algumas pessoa a perderem a empatia, já que a Lara aqui geme mas é imortal.
Tô triste porque tá floppando nos cinemas porque é um filme muito bom, principalmente por mostrar a relação delas se desenvolvendo, e as personagens e atrizes têm química. Sério, apesar de eu sempre ter sido fã da franquia ciente de que é uma franquia bobinha, eu fui esperando algo pior do que os anteriores e me surpreendi positivamente toda hora.
Olha, eu me surpreendi com tantos comentários negativos. Eu realmente gostei desse filme. Inclusive, é o que mais gostei dessa trilogia moderna de zumbis do Romero, porque achei a história bem bacana, e ele manteve o estilo todo de zumbis dele (então, pra quem acompanhou tudo antes, zumbi andando a cavalo não é surpresa), além de o Romero ter deixado questionamentos sobre essa série dele que eu queria poder ter respostas, mas, né, não vamos ter. Eu achei o enredo principalmente bacana, a história das duas famílias das irmãs.
A única coisa desgracenta mesmo foi os efeitos de computador. Eu fiquei até chocado de ver como a qualidade decaiu bastante, pareceu inferior até aos filmes anteriores. Então eu culpo a empresa de efeitos especiais, não o Romero. Ele não perdeu o bom humor pro gore.
Que filme horrível! Mas no melhor sentido da palavra.
É um daqueles vários filmes de Pre-Code dos quais a gente se orgulha, e muito, por nos propor reflexões de coisas que não só eram erradas na época, como continuam erradas até hoje. Night Nurse, então, é o tipo de filme que, sem precisar de cenas mais extremas, consegue causar desconforto — e não exclusivamente pela trama principal de um verdadeiro complô contra uma vida frágil e infantil, mas pelos momentos tensos que vivenciamos com a admirável personagem da Barbara (submetida e aversiva não só a um mundo machista, como a uma ética de medicina completamente suja). Não bastasse isso, há ainda a explicitação da vida de uma mãe desleixada e alcóolatra, que prefere continuar bebendo à assumir suas responsabilidades (embora haja uma "justificativa", e embora eu ache que esse seja um tema ambíguo e delicado, mas o filme pega exatamente nas consequências disso, o que, obviamente, não é nada legal).
É por filmes assim que dá uma dó de saber que muitas pessoas simplesmente desprezam o cinema clássico só porque são filmes antigos, em preto e branco, sem efeitos "decentes" e num ritmo mais objetivo do que os atuais; então é comum a disseminação do preconceito de que filmes assim são inteiramente negativos devido aos costumes ultrapassados da época. Mas, principalmente quem conhece a Barbara Stanwyck e acompanha a carreira dela, sabe que ela atuou em críticas sociais MUITO importantes.
E pra concluir de maneira aleatória: 1) Gente, é tão raro ver sangue em filme antigo. Adoro Pre-Code. 2) Prefiro o Gable sem o bigodinho.
Eu tenho que dizer absolutamente que AMEI este filme. É basicamente o tipo de filme que junta dois dos meus temas favoritos no mundo: Transexualidade e época.
Eu vi que, apesar das críticas negativas, ele tem recebido muitas avaliações positivas. Ainda assim, eu resolvi deixar uma resenha aqui para mostrar um ponto de vista diferente dessas mesmas críticas negativas, sendo eu alguém que conhece e estuda transexualidade, gêneros e afins, e sobretudo ama e investiga a todo o tempo a História.
Ou seja, caros desconhecidos, peço que me acompanhem nesta resenha enorme caso queiram ver um lado positivo de forma mais argumentada. Esta resenha NÃO contém spoilers.
Primeiro, sobre o filme: A primeira coisa que me chamou a atenção ao assistir foi a trilha sonora. Música clássica é praticamente clichê em dramas, costuma passar despercebida, mas a deste filme me chamou a atenção logo na abertura, e ela vai maestrando todas as cenas do filme. Foi quase a sensação que tive a assistir apresentações de balé.
Ademais, a fotografia, o figurino, enfim, tudo absolutamente me pareceu tratado com muito cuidado por toda a equipe. Digo isso até por coisas mínimas, como paletas de cores, ângulos de câmera, etc — essas coisas que a gente acha que não percebe, mas nosso cérebro capta e leva às nossas emoções.
Agora, sobre as interpretações: Eu admiro muito a interpretação da Alicia, mas sinto uma dor no coração quando vejo a atuação dela passar à frente da do próprio Eddie. Se já é incrível qualquer pessoa que consegue incorporar personagens mais usuais, imaginem um ator hetero e cisgênero interpretando um personagem trans? Eu vi uma dedicação imensa da parte dele, maior até do que outros personagens LGBT com os quais já me deparei. E digo isso porque acredito que ele, principalmente, soube dominar o olhar. O olhar dele é cativante. Céus! Aquele olhar brilhando de angústia, e todas as vezes em que ele se deparava com o reflexo e nem era preciso dizer nada. Aliás, reflexos aparecem o tempo todo para dar a imagem do que a personagem sente em cada momento. Isso é incrível. Ele também soube lidar com os maneios femininos muito bem. Ele soube transpor delicadeza, fragilidade, vulnerabilidade, e um ar sonhador que era uma graça, quase como de uma menininha tímida, falando tão baixo, tentando imitr as mulheres que via. E eu tinha muito receio a esse respeito, também, porque, como eu disse, ele me pareceu fazer uma interpretação melhor do que muitos outros personagens LGBT que já vi.
Entendam: Eu gosto de tudo que é LGBT também, mas a maioria dos filmes ou é dedicado exclusivamente o público LGBT, ou traz uma interpretação tão fraca que a gente não aguenta ver. Por isso, apesar de eu ter pulado de alegria por ser finalmente um filme de época com uma pessoa trans, eu tinha um receio imenso. Se não fosse de época provavelmente eu não teria assistido até que me recomendassem fortemente, pois cansei de ver muitas coisas parecidas.
Daí entra uma das questões mais polêmicas: Por que o ator não é trans?
É óbvio que ainda vivemos numa problemática de ter referências famosas LGBT, sobretudo trans. É claro que eu desejo de todo coração ter mais pessoas trans atuando — e, aliás, a atriz que faz a enfermeira que cuida da Lili no filme é uma mulher trans —, mas eu não acho que isso vá acontecer num estalar de dedos, e se pessoas trans ainda são ameaçadas ao sair na rua, têm medo de se mostrar em qualquer lugar do mundo. Também há a questão: Quantas pessoas trans se apresentaram para o filme, além da enfermeira? E, de qualquer forma, o cinema SEMPRE busca atores conhecidos para filmes de alto custo como este. Mais ainda: Há cenas de nudez no filme, há questionamentos, há sentimentos. Não poderia ser uma mulher trans operada, pelo menos, já que o filme se trata de uma biografia que mostra justamente a fase de exploração e libertação do feminino em um homem. Era necessário um corpo masculino no começo, afinal, a história real da Lili termina por complicações de cirurgia mesmo. E ainda que algum dia venham um monte de pessoas trans nas telinhas, eu não acho que todos os papéis trans devam ser interpretado por trans, que devam se prender a etiqueta de trans ou do que for. Eu quero um futuro onde sexualidade não importe para se fazer um papel. Ademais, não é a primeira vez que um ator faz bem o papel de algo que ele não é, e que a sociedade teima em chamar de "tabu": Há atores vivendo profundamente doenças em seus personagens, ou personalidades complicadíssimas (como os que venham da prostituição, do crime, problemas com drogas, enfim, um monte). Se eu, que escrevo ficção, já tenho que ralar e pesquisar muito. Imagine colocar isso no corpo todo?
Repito: É claro que quero pessoas trans famosas por aí, mas eu acho que desprezar um filme (especialmente antes de ver, o que tem acontecido muito) só porque o ator não é trans não cola. É enfim uma boa referência, de pessoas que foram pelo menos atentas à questão. É um bom filme, é emocionante, ele tenta apresentar uma compreensão da transexualidade para pessoas que talvez não tenham contato, e de uma forma positiva — tão positiva que existe apenas uma única cena de violência, na maior parte a gente só vivencia os conflitos de Lili e da esposa Gerda.
Por fim, a questão do esteriótipo feminino: Qual é o problema de querer ser mulher feminina, casar, ter filhos? A gente só não deve permitir um subjugo por parte da cultura machista que tenta calar, sufocar, maltratar. Mas esse esteriótipo pode ser real, ou pode ser simplesmente comum e não implicar em defeito. Além do mais, na época de Lili o feminismo ainda estava caminhando, os movimentos LGBTs ainda eram simplesmente ocultos, homossexual"ISMO" era uma doença, e ninguém sabia o que era isso de se sentir em desacordo com o corpo biológico. Dizer que a personagem Lili se acomodou a um esteriótipo feminino é abertura não só para discursar sobre todos os transexuais todos que fazem cirurgias para viverem seus ideiais de homens e mulheres, como todos os homens e mulheres nascidos como tais, e o filme não tem essa intenção, ele é só a adaptação da vida de alguém. Mais ainda, se hoje ao menos temos alguma noção dessa liberdade porque ela nos parece à vista, porque estamos lutando, naquela época a simples pronúncia poderia levar alguém para a cadeia. E a prisão sociocultural era muito maior. Seria um anacronismo doloroso fingir que a tendência de uma pessoa naquela época a se rebelar contra padrões de comportamento era tão grande quanto agora. E vamos lembrar, de novo, que o filme é uma biografia: A Lili REAL morreu porque queria ter um útero, porque queria ser mãe. Então não podemos julgar o filme por ter pegado esse fato.
Além disso... Cara, é o filme da considerada primeira transexual (de cirurgia e tal) da história, de que se tem registro (muitas coisas foram jogadas ao fogo para apagar essas "vergonhas"). Alguém milagrosamente resolveu pegar a biografia dela, estudar toda a época em que ela viveu, e apresentá-la ao mundo. Quantas pessoas conhecem Lili Elbe? Quantas pessoas, inclusive do meio LGBT, conhecem Lili Elbe? Eu vi esse filme ganhando o interesse de conhecidos que são abertamente ignorantes no assunto, mas se interessaram por conhecer essa personagem de nossa história. Além do mais, os registros historiográficos de pessoas gays/lésbicas é muito pequeno, e de pessoas trans é quase nulo. E finalmente temos alguém assim no cinema, e que não foi convertida! E alguém que não está fazendo piada do que é ser trans, não é uma caricatura: É alguém (no caso, o ator) que foi ali e se propôs a atuar por pessoas que não suportam o próprio corpo, só pra começar.
Até que a equipe e o ator venham me decepcionar, eu paro de defendê-los, mas ainda acharei um bom filme.
Enfim, deve ser a maior resenha que já fiz no Filmow, mas eu parabenizo você, pessoa aleatória, quem chegou ao fim deste texto, independente de concordar comigo ou não. ♥ Leve em consideração que é o meu ponto de vista, com a bagagem que eu tenho. Eu me identifico absolutamente com o filme, amo, e recomendo a todos (ou não a todos, porque pessoas que esperarem por mais agitação, ação, violência, etc, vão achar parado, "sessão da tarde" mesmo, já que apesar de ser drama é um filme quase linear, mas não menos cativante).
Acho que sou uma das poucas pessoas que realmente gostou desse filme? Ou talvez a minha lista de filme de zumbis, por ser tão grande, tenha lá seus filmes ruins e faça esse [REC] me parecer bom?
Eu gostei de verdade. Terminei pensando no quanto o filme era foda, e lembrando dos demais, e por alguma razão acabei gostando até dos que achei mais fracos anteriormente.
Acho que em qualquer filme [REC] soube trabalhar o terror claustrofóbico muito bem, mas nesse ele se supera: é um navio, no meio do mar, sem possibilidade de retorno, com caminhos e ambientes super estreitos. Não bastando isso como motivo de aflição, mesmo não sendo found footage, a câmera trabalha muito bem aos movimentos, ao ponto de realmente parecer (especialmente no final) que há um dos personagens a manuseando. Soma-se isso à iluminação, e ao horror de ambientes específicos: Há uma cena (pode ler, não é spoiler) em que nossa protagonista se vê com uma lâmpada na mão entre um monte de gaiolas com carcaças de animais; depois, há uma fuga por escadas de ferro em túneis, por aí vai. Eu realmente acho que esses pequenos elementos contam pro horror, e adoro como [REC] tem esse cuidado.
A estória é outra coisa exemplar. O título "apocalipse" realmente passa uma expectativa diferente pelo conhecimento popular que temos, mas eu descobri que a palavra também pode significar algo como "revelar o que está oculto", e é nisso em que melhor se encaixa. Eu gostei de como o filme nos conduz a pensar as coisas, enchendo de dúvidas e surpresas.
E acho que não dá pra dizer que o filme é parado. Já começa em correria, tem pausa, correria, pausa, e então... bom, uma adrenalina sem fim muito digna dos finais de filmes do gênero.
Eu gosto de como [REC] pegou a temática (zumbi), pegou os melhores elementos de horror (gore, espaços, ângulos, câmeras instáveis e iluminação) e transformou tudo numa estória única. Eu me contentei bastante com o final, achei justíssimo, depois de tanta merda que deu.
Então, mesmo que o filme não tenha muitas avaliações positivas, eu acho que vale à pena dar uma chance. Porque mesmo que haja quem desgoste, é um filme bem trabalhado, e, se não a maior parte do tempo, em algum momento, pelo menos, vocês poderão sentir a tensão e agonia esperadas. :)
Eu não sou exigente com filmes de zumbis, não. Eu gostei pra caralho, até. Esse Dead Rising cumpre bem as receitas básicas de um filme de zumbi, e ainda tem uma trama interessante, assim como personagens que, apesar dos defeitos explícitos que nos fazem até passar raiva, a gente aplaude pelas iniciativas. Tem bastante gore e matanças bem criativas, sobretudo implementando a coisa do jogo de construir suas próprias armas malucas. Além dos zumbis vestidos a caráter: o palhaço do começo, o açougueiro, a gótica, e até um zumbi loiro vestindo a jaqueta amarela de um dos protagonistas dos jogos. Ah! E gostei de darem mais espaço pros caras de gangues. :D
É verdade que o filme parece bem mais longo do que é. Mas, estranhamente, não me senti entediado em momento algum. Eu achei a atuação dos atores ótima (tanto dos protagonistas quanto dos próprios zumbis). Tende a um filme sério, e deixa o humor por causa das matanças mesmo. Os pobres zumbis parecem mais bonequinhos de tortura dos diretores, e é mais divertido quando os espectadores olham assim, também.
Outra coisa boa é a trilha sonora. Geralmente é algo que eu não comento em filmes, mas essa me chamou a atenção, e curti bastante.
Como eu disse, eu não sou exigente. São poucos os filmes de zumbi que me decepcionaram, porque eu gosto tanto da receitinha básica quanto de quaisquer novidades que sejam propostas. Então, apesar das avaliações negativas, eu recomendo sim. Principalmente pra quem, como eu, quer ir aumentando a lista de filmes já assistidos do gênero. :)
Eu tinha medo de não gostar, justamente por amar os filmes originais. E eu sou mesmo o tipo de pessoa que tem preconceito com remakes. Mas eu dei uma chance pra esse filme depois de ler um livro contando tudo sobre a produção de Evil Dead e etc, e que esse remake tinha toda a orientação do Sam, Robert e Bruce. Ainda assim, enrolei pra ver, imaginando que seria ou mais fraco ou igual aos filmes de terror atuais que... Deixa quieto, essa parte.
Primeiro, apesar de ser um remake, temos que avaliar o filme independentemente. Além do mais, é uma nova história, embora com um mesmo embasamento. E a história ficou ótima como ficou. Parece ser bem séria, com os problemas familiares do David e da Mia... até os fãs da saga original verem todas as referências aos filmes anteriores, e rir. Pra mim, pelo menos, foram como piadinhas visuais. Eu simplesmente adorei como eles colocaram tudo, ainda mais em relação a coisa da mão, da motosserra, etc.
O que me agradou nos filmes anteriores, principalmente, era o frenesi. Esse filme de 2013 não tem o mesmo ritmo deles, tem algo próprio, mas não deixa a desejar. Me pareceu abordar mais o pavor cru do que a insanidade (vivida anteriormente pelo Ash). Essa abordagem do pavor foi benéfica, porque encaixou perfeitamente todo o banho de sangue que aparece da metade do filme pra frente.
E essa é a parte que eu mais gostei! Quando eu procuro um filme de terror, eu quero um filme de TERROR, eu quero mesmo sangue pra todo lado, nojeiras e tudo o que tiver direito. Então foi engraçado desejar um banho de sangue e ver isso acontecer. Eu nunca espero tanto gore dos filmes atuais, mas bati palmas pra esse aqui. Quando o gore começa, ele não pára. Não se teve piedade de ninguém, muito menos do expectador. Fizeram questão de dar close nos detalhes. Então eu sinceramente acho injusto alguém dizer que não ficou bom. As pessoas têm todo direito de não gostar, mas seria legal reconhecer que eles capricharam do jeito deles. E o modo como exploraram a cor vermelha? Lindo!
Eu, quem não bato bem da cabeça, realmente recomendo o filme a pessoas que não batem bem da cabeça também. Se pensar em banho de sangue, tenha Evil Dead 2013 como primeira opção.
Meh. Tem seus momentos. É legal ver melhor trabalhada uma estória da qual eu gostei tanto, mas... apesar de dar seus sustinhos no começo (até porque o filme de 1968 não tem os mesmos "repentes" deste), praticamente não me comoveu.
Acho que a minha primeira decepção foi a Barbara. Não que eu goste da Barbara do filme de 68, ela é inútil demais pra uma protagonista — embora a coisa mais legal seja sair ostentando por aí a frase: "They're coming to get you, Barbara!". Só que eu achei muito estranho uma santinha, quem acaba de perder o irmão, de repente se tornar a criatura mais fodástica de todo o filme. Eu gosto de mulheres com esse tipo de personalidade nos filmes, só acho que ficou muito forçado aqui. Pode ser que eu tenha achado forçado até por causa do Ben. Em ambos os filmes, ambos os personagens e atores são fodas. Foi simplesmente injusto, na minha modesta opinião de fã, trocarem o final do modo como fizeram! Até porque a minha parte favorita do filme de 1968 é o final. E também não entendi como ele virou zumbi nesse filme de 1990. Vou ter que voltar e procurar o momento em que ele foi mordido.
O que me deu desespero também foi ver o Cooper subindo pro sótão. Por mais odioso que ele seja, eu gostei de o terem feito ainda mais odioso nesse filme — por isso o meu medo de imaginar ele sobrevivendo. Foi muito inesperado, pra mim, a reação da Barbara ao reencontrá-lo, mas admito que gargalhei aqui, sozinha. A melhor parte do filme.
Também gostei da nova Judy Rose, embora essas gritarias me dêem nos nervos. Mas achei mais realista que a do primeiro filme, que parecia um manequim também. Ao menos a Barbara no primeiro filme estava em estado de choque. E a Judy? Pff.
Eu não esperava uma história idêntica, porque gosto de ver as variações de originais para remakes. Tipo os filmes de Dawn Of The Dead, ambos muito bons, na minha opinião. Mas confesso que esperava mais. Os zumbis estavam melhores, mas o filme me pareceu parado o tempo inteiro. No filme de 1968 não tem ação, mas a tensão está presente o tempo inteiro, e é por isso que eu gosto dessa estória em particular. Uma pena.
Acho que recomendo ver este remake antes do filme original.
Eu amo a Courtney desde antes do RuPaul's, mas concordo quando ele diz que ela tá descansada demais no corpo/beleza. :/ Já é a segunda ou terceira vez que ela coloca só uns trapinhos e desfila. Ela tem um corpo lindo, sim, mas mostrar o corpo não é suficiente pra uma competição dessa - Carmen Carrera já passou por isso. Não entendo mesmo, a Courtney sempre teve tantas roupas lindas, nos clipes, sessões de fotos e etc. Mas acho que Bianca e DeLa vão pra final. Estão sempre impecáveis.
'Tá aí um filme que nunca imaginei que pudesse gostar, que me negava a assistir, ainda mais porque amo filmes de zumbis, e esperava que esse fosse só mais uma adaptação de romance "adolescente" com aquele besteirol típico de filmes americanos. Pensei que fosse ser bem forçado, que teria aqueles clichês mal trabalhados... Mas, cara, surpreendentemente eu adorei! Eles souberam conduzir bem o enredo, sem forçar a barra, a interpretação dos atores também foi ótima; e também não deixou a tensão de lado, achei bem legal a coisa de zumbis e esqueletos, e de como coisinhas simples deram uma pitada de humor sem precisar apelar pra sexo.
O melhor dos filmes de zumbis, na minha opinião, é que eles fazem uma excelente crítica a tudo se utilizando sempre de uma mesma imagem - os próprios zumbis. E eu achei sim bem bonitinho tudo o que sucedeu nesse filme, esse destaque às emoções humanas que às vezes só passamos a valorizar quando perdemos, além de confiança, isso de tentar enxergar o outro, etc.
Mas uma das razões pelas quais eu não queria ver é a tradução do título em português. Não que não faça sentido, mas o título original com certeza soa muito melhor e mais bonitinho.
Não é um filme de se esperar um enredo surpreendente e tudo mais. Não. Ele é simples, trabalha com clichês e também faz piadinhas com isso. Mas realmente dá pra curtir, dependendo do gosto de cada um. E mesmo que tendo me adiantado e achado que seria uma porcaria, eu gostei, quebrei a cara. Que bom! :3
É até difícil de explicar. Ele tem muitos pontos positivos, afinal me parece algo bem real - uma parte do "real" que as pessoas omitem, ou querem acreditar que não existe, ou fingem que não está ali. Achei legal o filme seguir a vida de François, de como mesmo em silêncio é como se a gente pudesse entrar na cabeça dele, ver o que ele está pensando, a partir de suas expressões ou de quando a câmera mostra o que ele fita com tanta atenção - como na cena final. São os pensamentos inauditos dele que nos fazem pensar, nós somos absorvidos por esse mundo dele.
Só que... Eu achei o filme muito parado. Eu não sei explicar exatamente o porquê. Praticamente em todos os momentos me senti entediado. Acho que, por ser filme, eu espero algo mais dinâmico, imediato. Geralmente filmes com esse ritmo tão lento me dão uma agonia tremenda. Deve ser isso.
Acho que eu poderia recomendar o filme pra quem se interessa em abrir mais a cabeça, ou quem gosta mesmo de algo que incite a divagações. Não é ruim, mas acho que pessoas como eu vão curtir mais fazendo alguma coisa ao mesmo tempo. :(
Eu esperava mais. ): Tava bem empolgada pra assistir desde que soube, porque vou atrás de tudo o que tem Ziegfeld no meio... Mas achei mais cansativo, e foram poucos os momentos em que curti realmente.
Primeiro que eu esperava uma participação maior pra Lucille Ball. Pensei que ela fosse cantar e dar as caras outras vezes. Ademais, minhas partes favoritas acabaram sendo as partes de humor e, acima de todas, o encontro do Kelly com o Astaire. ♥ Realmente foi muito bom, os dois são magníficos, extremamente carismáticos, a música tema também era divertida, a coreografia bastante criativa. ♥
Eu também gostei da aparição da Judy Garland, mas também achei meio fraca. Nos demais momentos que eram bem estilo Ziegfeld, a produção, as roupas, e a composição da imagem em geral... Era bem bonito, mas também achei fraco, no sentido de ser uma imagem meio que sem emoção - as músicas pareciam sem graça, quando não repetitivas, embora não sejam ruins. Eu gosto mais das passagens do filme Ziegfeld Girl (1941) do que nesse.
Não deixo de dizer que é um bom filme, apesar de tudo. Provavelmente foi só a expectativa que eu tinha.
Pelo começo do filme, eu imaginei que fosse ser bem trash - e não aquele "trash" que a gente acaba curtindo justamente pelos vacilos, mas algo que eu realmente fosse achar que estava perdendo meu tempo. E chegava na metade do filme e emoção nenhuma acontecia (mas não é o primeiro filme de zumbi em que me vejo nisso, anyway).
Mas quando toda a ação começou, tudo começou a ficar divertido! Apesar de o filme não ser excepcional em qualidade, achei que a produção conseguiu fazer muito bem com o que tinha. As maquiagens e a carnificina toda ficaram bem legais, e muitos dos atores tinham ótimas expressões faciais. Só me incomodou a maneira de andar deles, ainda tava "humana" demais. Fora aquelas câmeras lentas que são meio travadinhas e bem ultrapassadas, que não pareceu ser proposital.
De resto, gostei bastante. Gostei da ideia e de como explicaram o vírus, de todo o humor negro, da interpretação dos atores em geral... E das músicas! Principalmente quando começavam a atirar. Mas acho que é porque eu gosto de filmes assim, que saibam quebrar o gelo de vez em quando. E apesar de ser um filme mais pra terror do que paródia, eu não achei que o lado do humor quebrou alguma coisa.
Curti bastante. :)
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Tomb Raider: A Origem
3.2 942 Assista AgoraO filme só deve servir pra quem não conhece nada dos jogos mesmo. E é triste, porque a Alicia realmente se esforçou, mas achei a própria Lara desse filme mal desenvolvida, a gente não sabe se ela já é uma badass hiper talentosa de nascença ou se ela tá passando por tudo isos pra aprender a ser fodona; fora que não tem nenhum outro personagem interessante além dela; nenhuma das emoções parecem verdadeiras pra mim; as cenas de ação se preocuparam demais em copiar o jogo, o problema é que no jogo a Lara é bem mais frágil, aqui ela se acidenta se estribucha rola quica geme e mesmo assim tá dando saltos de oito metros e escalando rochedos molhados na mão. Aí dá as merdas do clímax do filme, ela dá uma choradinha, mas no final já tá ostentando 2 pistolas como se sempre tivesse feito isso antes.
Fico triste porque eu queria gostar desse filme, mas na época que lançou o trailer eu já broxei; e aí o filme é basicamente tudo o que eu vi no trailer, nada me surpreendeu, nada me emocionou, nada me impressionou nem tentando ver como filme independente do jogo. Por isso que acho que só fica melhor mesmo pra quem não conhece nada dos novos jogos e quer passar o tempo. E é porque nem tô comparando com os filmes da Jolie. Se era pra adaptar a história do 1ª jogo do reboot pro cinema eu preferia que tivessem copiado a história inteira e comprimido, com os amigos da Lara, as magia tudo, etc, porque a Lara tá muito mais humanizada e se desenvolvendo como arqueóloga acrobática no jogo. :/
Obs.: E nem tem nada a ver com a falta de sexualização da Lara, é só tudo vazio e forçado mesmo, pra mim. A Lara nos jogos atuais passa por situações que vão passo a passo construindo a personalidade e as emoções dela. Aqui no filme não aconteceu pra mim. Quando o personagem já chega super fodão assim e o roteiro se aproveita do background de riqueza dele pra justificar isso (o que nem os jogos fazem), é um recurso fácil de narrativa que tende a fazer algumas pessoa a perderem a empatia, já que a Lara aqui geme mas é imortal.
As Panteras
3.1 705 Assista AgoraTô triste porque tá floppando nos cinemas porque é um filme muito bom, principalmente por mostrar a relação delas se desenvolvendo, e as personagens e atrizes têm química. Sério, apesar de eu sempre ter sido fã da franquia ciente de que é uma franquia bobinha, eu fui esperando algo pior do que os anteriores e me surpreendi positivamente toda hora.
A Ilha dos Mortos
2.2 346Olha, eu me surpreendi com tantos comentários negativos. Eu realmente gostei desse filme. Inclusive, é o que mais gostei dessa trilogia moderna de zumbis do Romero, porque achei a história bem bacana, e ele manteve o estilo todo de zumbis dele (então, pra quem acompanhou tudo antes, zumbi andando a cavalo não é surpresa), além de o Romero ter deixado questionamentos sobre essa série dele que eu queria poder ter respostas, mas, né, não vamos ter. Eu achei o enredo principalmente bacana, a história das duas famílias das irmãs.
A única coisa desgracenta mesmo foi os efeitos de computador. Eu fiquei até chocado de ver como a qualidade decaiu bastante, pareceu inferior até aos filmes anteriores. Então eu culpo a empresa de efeitos especiais, não o Romero. Ele não perdeu o bom humor pro gore.
Triunfos de Mulher
3.8 9Que filme horrível! Mas no melhor sentido da palavra.
É um daqueles vários filmes de Pre-Code dos quais a gente se orgulha, e muito, por nos propor reflexões de coisas que não só eram erradas na época, como continuam erradas até hoje. Night Nurse, então, é o tipo de filme que, sem precisar de cenas mais extremas, consegue causar desconforto — e não exclusivamente pela trama principal de um verdadeiro complô contra uma vida frágil e infantil, mas pelos momentos tensos que vivenciamos com a admirável personagem da Barbara (submetida e aversiva não só a um mundo machista, como a uma ética de medicina completamente suja). Não bastasse isso, há ainda a explicitação da vida de uma mãe desleixada e alcóolatra, que prefere continuar bebendo à assumir suas responsabilidades (embora haja uma "justificativa", e embora eu ache que esse seja um tema ambíguo e delicado, mas o filme pega exatamente nas consequências disso, o que, obviamente, não é nada legal).
É por filmes assim que dá uma dó de saber que muitas pessoas simplesmente desprezam o cinema clássico só porque são filmes antigos, em preto e branco, sem efeitos "decentes" e num ritmo mais objetivo do que os atuais; então é comum a disseminação do preconceito de que filmes assim são inteiramente negativos devido aos costumes ultrapassados da época. Mas, principalmente quem conhece a Barbara Stanwyck e acompanha a carreira dela, sabe que ela atuou em críticas sociais MUITO importantes.
E pra concluir de maneira aleatória: 1) Gente, é tão raro ver sangue em filme antigo. Adoro Pre-Code. 2) Prefiro o Gable sem o bigodinho.
A Garota Dinamarquesa
4.0 2,2K Assista AgoraEu tenho que dizer absolutamente que AMEI este filme. É basicamente o tipo de filme que junta dois dos meus temas favoritos no mundo: Transexualidade e época.
Eu vi que, apesar das críticas negativas, ele tem recebido muitas avaliações positivas. Ainda assim, eu resolvi deixar uma resenha aqui para mostrar um ponto de vista diferente dessas mesmas críticas negativas, sendo eu alguém que conhece e estuda transexualidade, gêneros e afins, e sobretudo ama e investiga a todo o tempo a História.
Ou seja, caros desconhecidos, peço que me acompanhem nesta resenha enorme caso queiram ver um lado positivo de forma mais argumentada. Esta resenha NÃO contém spoilers.
Primeiro, sobre o filme: A primeira coisa que me chamou a atenção ao assistir foi a trilha sonora. Música clássica é praticamente clichê em dramas, costuma passar despercebida, mas a deste filme me chamou a atenção logo na abertura, e ela vai maestrando todas as cenas do filme. Foi quase a sensação que tive a assistir apresentações de balé.
Ademais, a fotografia, o figurino, enfim, tudo absolutamente me pareceu tratado com muito cuidado por toda a equipe. Digo isso até por coisas mínimas, como paletas de cores, ângulos de câmera, etc — essas coisas que a gente acha que não percebe, mas nosso cérebro capta e leva às nossas emoções.
Agora, sobre as interpretações: Eu admiro muito a interpretação da Alicia, mas sinto uma dor no coração quando vejo a atuação dela passar à frente da do próprio Eddie. Se já é incrível qualquer pessoa que consegue incorporar personagens mais usuais, imaginem um ator hetero e cisgênero interpretando um personagem trans? Eu vi uma dedicação imensa da parte dele, maior até do que outros personagens LGBT com os quais já me deparei. E digo isso porque acredito que ele, principalmente, soube dominar o olhar. O olhar dele é cativante. Céus! Aquele olhar brilhando de angústia, e todas as vezes em que ele se deparava com o reflexo e nem era preciso dizer nada. Aliás, reflexos aparecem o tempo todo para dar a imagem do que a personagem sente em cada momento. Isso é incrível. Ele também soube lidar com os maneios femininos muito bem. Ele soube transpor delicadeza, fragilidade, vulnerabilidade, e um ar sonhador que era uma graça, quase como de uma menininha tímida, falando tão baixo, tentando imitr as mulheres que via. E eu tinha muito receio a esse respeito, também, porque, como eu disse, ele me pareceu fazer uma interpretação melhor do que muitos outros personagens LGBT que já vi.
Entendam: Eu gosto de tudo que é LGBT também, mas a maioria dos filmes ou é dedicado exclusivamente o público LGBT, ou traz uma interpretação tão fraca que a gente não aguenta ver. Por isso, apesar de eu ter pulado de alegria por ser finalmente um filme de época com uma pessoa trans, eu tinha um receio imenso. Se não fosse de época provavelmente eu não teria assistido até que me recomendassem fortemente, pois cansei de ver muitas coisas parecidas.
Daí entra uma das questões mais polêmicas: Por que o ator não é trans?
É óbvio que ainda vivemos numa problemática de ter referências famosas LGBT, sobretudo trans. É claro que eu desejo de todo coração ter mais pessoas trans atuando — e, aliás, a atriz que faz a enfermeira que cuida da Lili no filme é uma mulher trans —, mas eu não acho que isso vá acontecer num estalar de dedos, e se pessoas trans ainda são ameaçadas ao sair na rua, têm medo de se mostrar em qualquer lugar do mundo. Também há a questão: Quantas pessoas trans se apresentaram para o filme, além da enfermeira? E, de qualquer forma, o cinema SEMPRE busca atores conhecidos para filmes de alto custo como este. Mais ainda: Há cenas de nudez no filme, há questionamentos, há sentimentos. Não poderia ser uma mulher trans operada, pelo menos, já que o filme se trata de uma biografia que mostra justamente a fase de exploração e libertação do feminino em um homem. Era necessário um corpo masculino no começo, afinal, a história real da Lili termina por complicações de cirurgia mesmo. E ainda que algum dia venham um monte de pessoas trans nas telinhas, eu não acho que todos os papéis trans devam ser interpretado por trans, que devam se prender a etiqueta de trans ou do que for. Eu quero um futuro onde sexualidade não importe para se fazer um papel. Ademais, não é a primeira vez que um ator faz bem o papel de algo que ele não é, e que a sociedade teima em chamar de "tabu": Há atores vivendo profundamente doenças em seus personagens, ou personalidades complicadíssimas (como os que venham da prostituição, do crime, problemas com drogas, enfim, um monte). Se eu, que escrevo ficção, já tenho que ralar e pesquisar muito. Imagine colocar isso no corpo todo?
Repito: É claro que quero pessoas trans famosas por aí, mas eu acho que desprezar um filme (especialmente antes de ver, o que tem acontecido muito) só porque o ator não é trans não cola. É enfim uma boa referência, de pessoas que foram pelo menos atentas à questão. É um bom filme, é emocionante, ele tenta apresentar uma compreensão da transexualidade para pessoas que talvez não tenham contato, e de uma forma positiva — tão positiva que existe apenas uma única cena de violência, na maior parte a gente só vivencia os conflitos de Lili e da esposa Gerda.
Por fim, a questão do esteriótipo feminino: Qual é o problema de querer ser mulher feminina, casar, ter filhos? A gente só não deve permitir um subjugo por parte da cultura machista que tenta calar, sufocar, maltratar. Mas esse esteriótipo pode ser real, ou pode ser simplesmente comum e não implicar em defeito. Além do mais, na época de Lili o feminismo ainda estava caminhando, os movimentos LGBTs ainda eram simplesmente ocultos, homossexual"ISMO" era uma doença, e ninguém sabia o que era isso de se sentir em desacordo com o corpo biológico. Dizer que a personagem Lili se acomodou a um esteriótipo feminino é abertura não só para discursar sobre todos os transexuais todos que fazem cirurgias para viverem seus ideiais de homens e mulheres, como todos os homens e mulheres nascidos como tais, e o filme não tem essa intenção, ele é só a adaptação da vida de alguém. Mais ainda, se hoje ao menos temos alguma noção dessa liberdade porque ela nos parece à vista, porque estamos lutando, naquela época a simples pronúncia poderia levar alguém para a cadeia. E a prisão sociocultural era muito maior. Seria um anacronismo doloroso fingir que a tendência de uma pessoa naquela época a se rebelar contra padrões de comportamento era tão grande quanto agora. E vamos lembrar, de novo, que o filme é uma biografia: A Lili REAL morreu porque queria ter um útero, porque queria ser mãe. Então não podemos julgar o filme por ter pegado esse fato.
Além disso... Cara, é o filme da considerada primeira transexual (de cirurgia e tal) da história, de que se tem registro (muitas coisas foram jogadas ao fogo para apagar essas "vergonhas"). Alguém milagrosamente resolveu pegar a biografia dela, estudar toda a época em que ela viveu, e apresentá-la ao mundo. Quantas pessoas conhecem Lili Elbe? Quantas pessoas, inclusive do meio LGBT, conhecem Lili Elbe? Eu vi esse filme ganhando o interesse de conhecidos que são abertamente ignorantes no assunto, mas se interessaram por conhecer essa personagem de nossa história. Além do mais, os registros historiográficos de pessoas gays/lésbicas é muito pequeno, e de pessoas trans é quase nulo. E finalmente temos alguém assim no cinema, e que não foi convertida! E alguém que não está fazendo piada do que é ser trans, não é uma caricatura: É alguém (no caso, o ator) que foi ali e se propôs a atuar por pessoas que não suportam o próprio corpo, só pra começar.
Até que a equipe e o ator venham me decepcionar, eu paro de defendê-los, mas ainda acharei um bom filme.
Enfim, deve ser a maior resenha que já fiz no Filmow, mas eu parabenizo você, pessoa aleatória, quem chegou ao fim deste texto, independente de concordar comigo ou não. ♥ Leve em consideração que é o meu ponto de vista, com a bagagem que eu tenho. Eu me identifico absolutamente com o filme, amo, e recomendo a todos (ou não a todos, porque pessoas que esperarem por mais agitação, ação, violência, etc, vão achar parado, "sessão da tarde" mesmo, já que apesar de ser drama é um filme quase linear, mas não menos cativante).
[REC]⁴ Apocalipse
2.5 593 Assista AgoraAcho que sou uma das poucas pessoas que realmente gostou desse filme? Ou talvez a minha lista de filme de zumbis, por ser tão grande, tenha lá seus filmes ruins e faça esse [REC] me parecer bom?
Eu gostei de verdade. Terminei pensando no quanto o filme era foda, e lembrando dos demais, e por alguma razão acabei gostando até dos que achei mais fracos anteriormente.
Acho que em qualquer filme [REC] soube trabalhar o terror claustrofóbico muito bem, mas nesse ele se supera: é um navio, no meio do mar, sem possibilidade de retorno, com caminhos e ambientes super estreitos. Não bastando isso como motivo de aflição, mesmo não sendo found footage, a câmera trabalha muito bem aos movimentos, ao ponto de realmente parecer (especialmente no final) que há um dos personagens a manuseando. Soma-se isso à iluminação, e ao horror de ambientes específicos: Há uma cena (pode ler, não é spoiler) em que nossa protagonista se vê com uma lâmpada na mão entre um monte de gaiolas com carcaças de animais; depois, há uma fuga por escadas de ferro em túneis, por aí vai. Eu realmente acho que esses pequenos elementos contam pro horror, e adoro como [REC] tem esse cuidado.
A estória é outra coisa exemplar. O título "apocalipse" realmente passa uma expectativa diferente pelo conhecimento popular que temos, mas eu descobri que a palavra também pode significar algo como "revelar o que está oculto", e é nisso em que melhor se encaixa. Eu gostei de como o filme nos conduz a pensar as coisas, enchendo de dúvidas e surpresas.
E acho que não dá pra dizer que o filme é parado. Já começa em correria, tem pausa, correria, pausa, e então... bom, uma adrenalina sem fim muito digna dos finais de filmes do gênero.
Eu gosto de como [REC] pegou a temática (zumbi), pegou os melhores elementos de horror (gore, espaços, ângulos, câmeras instáveis e iluminação) e transformou tudo numa estória única. Eu me contentei bastante com o final, achei justíssimo, depois de tanta merda que deu.
Então, mesmo que o filme não tenha muitas avaliações positivas, eu acho que vale à pena dar uma chance. Porque mesmo que haja quem desgoste, é um filme bem trabalhado, e, se não a maior parte do tempo, em algum momento, pelo menos, vocês poderão sentir a tensão e agonia esperadas. :)
Dead Rising: Watchtower - O Filme
2.5 126Eu não sou exigente com filmes de zumbis, não. Eu gostei pra caralho, até. Esse Dead Rising cumpre bem as receitas básicas de um filme de zumbi, e ainda tem uma trama interessante, assim como personagens que, apesar dos defeitos explícitos que nos fazem até passar raiva, a gente aplaude pelas iniciativas. Tem bastante gore e matanças bem criativas, sobretudo implementando a coisa do jogo de construir suas próprias armas malucas. Além dos zumbis vestidos a caráter: o palhaço do começo, o açougueiro, a gótica, e até um zumbi loiro vestindo a jaqueta amarela de um dos protagonistas dos jogos. Ah! E gostei de darem mais espaço pros caras de gangues. :D
É verdade que o filme parece bem mais longo do que é. Mas, estranhamente, não me senti entediado em momento algum. Eu achei a atuação dos atores ótima (tanto dos protagonistas quanto dos próprios zumbis). Tende a um filme sério, e deixa o humor por causa das matanças mesmo. Os pobres zumbis parecem mais bonequinhos de tortura dos diretores, e é mais divertido quando os espectadores olham assim, também.
Outra coisa boa é a trilha sonora. Geralmente é algo que eu não comento em filmes, mas essa me chamou a atenção, e curti bastante.
Como eu disse, eu não sou exigente. São poucos os filmes de zumbi que me decepcionaram, porque eu gosto tanto da receitinha básica quanto de quaisquer novidades que sejam propostas. Então, apesar das avaliações negativas, eu recomendo sim. Principalmente pra quem, como eu, quer ir aumentando a lista de filmes já assistidos do gênero. :)
A Morte do Demônio
3.2 3,9K Assista AgoraEu tinha medo de não gostar, justamente por amar os filmes originais. E eu sou mesmo o tipo de pessoa que tem preconceito com remakes. Mas eu dei uma chance pra esse filme depois de ler um livro contando tudo sobre a produção de Evil Dead e etc, e que esse remake tinha toda a orientação do Sam, Robert e Bruce. Ainda assim, enrolei pra ver, imaginando que seria ou mais fraco ou igual aos filmes de terror atuais que... Deixa quieto, essa parte.
Primeiro, apesar de ser um remake, temos que avaliar o filme independentemente. Além do mais, é uma nova história, embora com um mesmo embasamento. E a história ficou ótima como ficou. Parece ser bem séria, com os problemas familiares do David e da Mia... até os fãs da saga original verem todas as referências aos filmes anteriores, e rir. Pra mim, pelo menos, foram como piadinhas visuais. Eu simplesmente adorei como eles colocaram tudo, ainda mais em relação a coisa da mão, da motosserra, etc.
O que me agradou nos filmes anteriores, principalmente, era o frenesi. Esse filme de 2013 não tem o mesmo ritmo deles, tem algo próprio, mas não deixa a desejar. Me pareceu abordar mais o pavor cru do que a insanidade (vivida anteriormente pelo Ash). Essa abordagem do pavor foi benéfica, porque encaixou perfeitamente todo o banho de sangue que aparece da metade do filme pra frente.
E essa é a parte que eu mais gostei! Quando eu procuro um filme de terror, eu quero um filme de TERROR, eu quero mesmo sangue pra todo lado, nojeiras e tudo o que tiver direito. Então foi engraçado desejar um banho de sangue e ver isso acontecer. Eu nunca espero tanto gore dos filmes atuais, mas bati palmas pra esse aqui. Quando o gore começa, ele não pára. Não se teve piedade de ninguém, muito menos do expectador. Fizeram questão de dar close nos detalhes. Então eu sinceramente acho injusto alguém dizer que não ficou bom. As pessoas têm todo direito de não gostar, mas seria legal reconhecer que eles capricharam do jeito deles. E o modo como exploraram a cor vermelha? Lindo!
Eu, quem não bato bem da cabeça, realmente recomendo o filme a pessoas que não batem bem da cabeça também. Se pensar em banho de sangue, tenha Evil Dead 2013 como primeira opção.
A Noite dos Mortos-Vivos
3.6 373 Assista AgoraMeh. Tem seus momentos. É legal ver melhor trabalhada uma estória da qual eu gostei tanto, mas... apesar de dar seus sustinhos no começo (até porque o filme de 1968 não tem os mesmos "repentes" deste), praticamente não me comoveu.
Acho que a minha primeira decepção foi a Barbara. Não que eu goste da Barbara do filme de 68, ela é inútil demais pra uma protagonista — embora a coisa mais legal seja sair ostentando por aí a frase: "They're coming to get you, Barbara!". Só que eu achei muito estranho uma santinha, quem acaba de perder o irmão, de repente se tornar a criatura mais fodástica de todo o filme. Eu gosto de mulheres com esse tipo de personalidade nos filmes, só acho que ficou muito forçado aqui. Pode ser que eu tenha achado forçado até por causa do Ben. Em ambos os filmes, ambos os personagens e atores são fodas. Foi simplesmente injusto, na minha modesta opinião de fã, trocarem o final do modo como fizeram! Até porque a minha parte favorita do filme de 1968 é o final. E também não entendi como ele virou zumbi nesse filme de 1990. Vou ter que voltar e procurar o momento em que ele foi mordido.
O que me deu desespero também foi ver o Cooper subindo pro sótão. Por mais odioso que ele seja, eu gostei de o terem feito ainda mais odioso nesse filme — por isso o meu medo de imaginar ele sobrevivendo. Foi muito inesperado, pra mim, a reação da Barbara ao reencontrá-lo, mas admito que gargalhei aqui, sozinha. A melhor parte do filme.
Também gostei da nova Judy Rose, embora essas gritarias me dêem nos nervos. Mas achei mais realista que a do primeiro filme, que parecia um manequim também. Ao menos a Barbara no primeiro filme estava em estado de choque. E a Judy? Pff.
Eu não esperava uma história idêntica, porque gosto de ver as variações de originais para remakes. Tipo os filmes de Dawn Of The Dead, ambos muito bons, na minha opinião. Mas confesso que esperava mais. Os zumbis estavam melhores, mas o filme me pareceu parado o tempo inteiro. No filme de 1968 não tem ação, mas a tensão está presente o tempo inteiro, e é por isso que eu gosto dessa estória em particular. Uma pena.
Acho que recomendo ver este remake antes do filme original.
RuPaul's Drag Race (6ª Temporada)
4.6 339 Assista AgoraEu amo a Courtney desde antes do RuPaul's, mas concordo quando ele diz que ela tá descansada demais no corpo/beleza. :/ Já é a segunda ou terceira vez que ela coloca só uns trapinhos e desfila. Ela tem um corpo lindo, sim, mas mostrar o corpo não é suficiente pra uma competição dessa - Carmen Carrera já passou por isso. Não entendo mesmo, a Courtney sempre teve tantas roupas lindas, nos clipes, sessões de fotos e etc. Mas acho que Bianca e DeLa vão pra final. Estão sempre impecáveis.
Meu Namorado é um Zumbi
2.9 2,6K Assista Agora'Tá aí um filme que nunca imaginei que pudesse gostar, que me negava a assistir, ainda mais porque amo filmes de zumbis, e esperava que esse fosse só mais uma adaptação de romance "adolescente" com aquele besteirol típico de filmes americanos. Pensei que fosse ser bem forçado, que teria aqueles clichês mal trabalhados... Mas, cara, surpreendentemente eu adorei! Eles souberam conduzir bem o enredo, sem forçar a barra, a interpretação dos atores também foi ótima; e também não deixou a tensão de lado, achei bem legal a coisa de zumbis e esqueletos, e de como coisinhas simples deram uma pitada de humor sem precisar apelar pra sexo.
O melhor dos filmes de zumbis, na minha opinião, é que eles fazem uma excelente crítica a tudo se utilizando sempre de uma mesma imagem - os próprios zumbis. E eu achei sim bem bonitinho tudo o que sucedeu nesse filme, esse destaque às emoções humanas que às vezes só passamos a valorizar quando perdemos, além de confiança, isso de tentar enxergar o outro, etc.
Mas uma das razões pelas quais eu não queria ver é a tradução do título em português. Não que não faça sentido, mas o título original com certeza soa muito melhor e mais bonitinho.
Não é um filme de se esperar um enredo surpreendente e tudo mais. Não. Ele é simples, trabalha com clichês e também faz piadinhas com isso. Mas realmente dá pra curtir, dependendo do gosto de cada um. E mesmo que tendo me adiantado e achado que seria uma porcaria, eu gostei, quebrei a cara. Que bom! :3
Beleza
3.0 68Filme forte. Mas morri de tédio.
É até difícil de explicar. Ele tem muitos pontos positivos, afinal me parece algo bem real - uma parte do "real" que as pessoas omitem, ou querem acreditar que não existe, ou fingem que não está ali. Achei legal o filme seguir a vida de François, de como mesmo em silêncio é como se a gente pudesse entrar na cabeça dele, ver o que ele está pensando, a partir de suas expressões ou de quando a câmera mostra o que ele fita com tanta atenção - como na cena final. São os pensamentos inauditos dele que nos fazem pensar, nós somos absorvidos por esse mundo dele.
Só que... Eu achei o filme muito parado. Eu não sei explicar exatamente o porquê. Praticamente em todos os momentos me senti entediado. Acho que, por ser filme, eu espero algo mais dinâmico, imediato. Geralmente filmes com esse ritmo tão lento me dão uma agonia tremenda. Deve ser isso.
Acho que eu poderia recomendar o filme pra quem se interessa em abrir mais a cabeça, ou quem gosta mesmo de algo que incite a divagações. Não é ruim, mas acho que pessoas como eu vão curtir mais fazendo alguma coisa ao mesmo tempo. :(
Folias de Ziegfeld
3.8 12Eu esperava mais. ): Tava bem empolgada pra assistir desde que soube, porque vou atrás de tudo o que tem Ziegfeld no meio... Mas achei mais cansativo, e foram poucos os momentos em que curti realmente.
Primeiro que eu esperava uma participação maior pra Lucille Ball. Pensei que ela fosse cantar e dar as caras outras vezes. Ademais, minhas partes favoritas acabaram sendo as partes de humor e, acima de todas, o encontro do Kelly com o Astaire. ♥ Realmente foi muito bom, os dois são magníficos, extremamente carismáticos, a música tema também era divertida, a coreografia bastante criativa. ♥
Eu também gostei da aparição da Judy Garland, mas também achei meio fraca. Nos demais momentos que eram bem estilo Ziegfeld, a produção, as roupas, e a composição da imagem em geral... Era bem bonito, mas também achei fraco, no sentido de ser uma imagem meio que sem emoção - as músicas pareciam sem graça, quando não repetitivas, embora não sejam ruins. Eu gosto mais das passagens do filme Ziegfeld Girl (1941) do que nesse.
Não deixo de dizer que é um bom filme, apesar de tudo. Provavelmente foi só a expectativa que eu tinha.
O Vôo da Morte
2.0 79Pelo começo do filme, eu imaginei que fosse ser bem trash - e não aquele "trash" que a gente acaba curtindo justamente pelos vacilos, mas algo que eu realmente fosse achar que estava perdendo meu tempo. E chegava na metade do filme e emoção nenhuma acontecia (mas não é o primeiro filme de zumbi em que me vejo nisso, anyway).
Mas quando toda a ação começou, tudo começou a ficar divertido! Apesar de o filme não ser excepcional em qualidade, achei que a produção conseguiu fazer muito bem com o que tinha. As maquiagens e a carnificina toda ficaram bem legais, e muitos dos atores tinham ótimas expressões faciais. Só me incomodou a maneira de andar deles, ainda tava "humana" demais. Fora aquelas câmeras lentas que são meio travadinhas e bem ultrapassadas, que não pareceu ser proposital.
De resto, gostei bastante. Gostei da ideia e de como explicaram o vírus, de todo o humor negro, da interpretação dos atores em geral... E das músicas! Principalmente quando começavam a atirar. Mas acho que é porque eu gosto de filmes assim, que saibam quebrar o gelo de vez em quando. E apesar de ser um filme mais pra terror do que paródia, eu não achei que o lado do humor quebrou alguma coisa.
Curti bastante. :)