La Haine narra uma França que não é tão abordada para o exterior. Temos uma visão da França com amor, comédias românticas, ou no máximo uma tragicomédia. La Haine é uma França imigrante, todos que são de fora daquele subúrbio leem com selvageria, não é só a polícia que é violenta, é a burguesia pseudointeligente, são os skinheads, todos apresentam privilégios para tratar os três protagonistas com violência. Posso dizer que é um filme com uma temática universal e atemporal. Quantos jovens choram e sofrem em silêncio pela violência contra o seu povo, sua cultura e sua vivência. Um filme para assistir com ódio e sair com ódio.
"Those who died are justified. For wearing the badge, they're the chosen whites."
Para um primeiro filme de um diretor, é ok. As personagens do Colin First e Julianne Moore são oks, mas a personagem do Nicholas Hoult, eu fiquei assim?? Fora que o casal nem tem química sabe, só trocam algumas palavras e olhares isso já se torna apaixonado??? Eu vi mais química entre Colin e a Julianne. Visualmente é um filme muito bonito, soube que a produção de design do filme é a mesma galera que fez Mad Men (aliás se não assistiu, vale a pena assistir). Don Drapper aparece nesse filme hehehe.
Um documentário atemporal, serve para os EUA, para Israel, para Rússia e Ucrânia. Guerras são criadas para manter a hierarquia de poder estável, quem comanda as guerras majoritariamente nunca foi/se foi nunca iria mandar um filho ou uma filha. A parte que mais me esmaga são os relatos de pessoas que foram para lá e se arrependem bastante, as pessoas que choram pelos seus parentes que se foram, nenhuma guerra e morte irá trazer eles de volta. Infelizmente, nenhum playboy morreu no 11 de setembro, apenas trabalhadores. Que um dia possamos viver que nem a música Vilarejo - Marisa Monte: Há um vilarejo ali Onde areja um vento bom Na varanda, quem descansa Vê o horizonte deitar no chão Pra acalmar o coração Lá o mundo tem razão Terra de heróis, lares de mãe Paraíso se mudou para lá Por cima das casas, cal Frutos em qualquer quintal Peitos fartos, filhos fortes Sonho semeando o mundo real Toda gente cabe lá Palestina, Shangri-lá Vem andar e voa Vem andar e voa Vem andar e voa.
Esse documentário foi muito bem construído, naquela época ninguém com dinheiro e influência poderia construir um documentário como esse no BR. Graças a Internet, isso aqui pode ter um fácil acesso, espero que mais brasileiros assistam essa produção. Mesmo que seja dos anos 90, a Globo ainda continua firme e forte na influência da política brasileira, apoiando golpes e políticos de direita, quanto mais gente passando fome, mais grana essa família e empresa lucram. Espero um dia que essa empresa venha a falir. Comentários: O Brizola chamando o Roberto Marinho de Stalin, vsf, por isso que o PDT é um lixo de partido. Olha a comparação. "Domingão do Faustão: uma mistura de música, olimpíadas bobocas e catástrofes domésticas" - Não existe melhor definição para isso, nos anos 80 até que dava para rir de algumas coisas, mas esse programa foi ficando mais ruim do que nunca.
O filme em si não me pegou totalmente, as personagens não são tão cativantes como nos outros filmes da Pixar, em que acaba, que não existe apenas um ou dois destaques, mas o elenco todo. Nesse caso a personagem 22 é mais interessante de todas. Mas vale ressalta o ponto de uma personagem principal ser negro, no caso do Joe, todo o universo dele com a sua vivência negra, o seu amor por Jazz, ali na parte das lembranças que é bem rápido dar para ver ele com um grupo de Hip Hop. Meio que a ideia da novela A Viagem que a exploração da temática morte é apresentada como racista, no caso o "paraíso" é formado majoritariamente por brancos. Outra parte que chama a atenção é como os músicos negros demoram anos para serem reconhecidos ou morrem pobres. A mensagem do filme é mais interessante, um homem é obcecado pelo que faz,o Jazz é a vida dele, parece que não existe mais nada, como até mesmo o barbeiro fica feliz quando ele conversa sobre outros assuntos, meio que existe um limite onde tudo se consome e gostos isso mostra o quanto pode ser prejudicial. No mais assistir um filme do Studio Ghibli é mais interessante e emocionante.
Review do dia 23 de dezembro de 2020 Depois de anos sem assistir Alien, eu resolvi assistir durante um isolamento social tal como a galera está na nave. Eu vejo como ele ainda continua brilhante no roteiro, no caso nem lembrava mais da história e me pegou de surpresa. Depois de assistir, eu fiquei pensando, nunca que iria colocar uma Alexa disfarçada de cientista em uma nave, as chances de dar errado são altas. Toda hora eu ficava prestando atenção no gato, para ver se ele estava vivo e salvo, na moral, quem leva um gato para uma missão dessa? No mais, a Ripley estava certa de não trazer um infectado para dentro de um local, você quer mais um contexto para o Covid-19! No mais usem máscaras, álcool e fiquem em casa!
Eu saí com dor de cabeça depois de assistir esse filme do Nolan. Basicamente é a parte 2 de A Origem, tem uma criança e mulher em perigo e precisa ser salva, apresenta diálogos em que as pessoas estão explicando o que está acontecendo e que vai acontecer, o que deixa mais confuso, aquelas cenas que acontecem ao mesmo tempo só que mostrando uma visão e depois a outra, aqueles barulhos horríveis que causam dor no seu ouvido. Fora que as personagens são uns verdadeiros robôs sabe, não tem uma exploração total deles, se sabe pouco para um filme de quase 3 horas, a única parte interessante é que o "vilão" está doente, no caso ele vai morrer e quer levar o mundo junto, até o discurso dele é batido no caso o mundo está acabando porque as pessoas não estão cuidando dele direito e sou tipo um Deus.
A Globo tá querendo fazer um universo como a Marvel, só que com filmes biográficos. Esse foi o primeiro que eu assistir dessa nova leva. A voz do Simonal é única e irreconhecível, mas você fica se perguntando como assim o cara saiu do mapa? Aí que você vai dar um Google ou assistir essa produção. A parte técnica visualmente e o cast é maravilhoso. Porém, o filme deixa bastante aberto para o público se o Simonal era favor ou não da ditadura no BR. Antes de tudo, vamos lembrar que o cantor e compositor era negro e de origem pobre, a gente sabe que o "cancelamento" para preto é 2x mais pesado que para branco, como ele fala em uma cena com o amigo, ele tá fazendo música para ganhar dinheiro, ele tem noção que está vivendo em uma sociedade em que existe racismo no Brasil, agora o Roberto Carlos, que é branco, canta música "apolítica" e tem ligações com a Ditadura ninguém cancelou ele até agora. Já foi comprovado que o Simonal não serviu como "espião" para o DOPS. Mas não foi certo ele ter ameaçado e ter pedido para um agente do DOPS fazer isso com o contador, ele realmente tinha gastos luxuosos, não só ele, como a família toda, ou seja ele tem culpa disso, ele não procurou saber.
Mais uma produção feita no século XXI que caiu na mesmice de colocar URSS x E.U.A. O segundo filme considerei fraco em vários aspectos, deu a entender que esse filme veio explicar a saída do Scott e que a Diana tinha que virar a página, tava óbvio que o Scott não poderia parecer no segundo filme, pois ele é mortal e ela não. Outro fato, cadê as músicas dos anos 80? New Order, Duran Duran e entre outros grupos, faltou isso focou na vestimenta e no estilo de vida, como NY era insegura nos anos 80. A personagem da Cheetah poderia ser mais desenvolvida, a parte mais interessante foi mostrar que ela é viciada em trabalho, não tinha desenvolvimento social, o clássico Beth, a feia e que ela ajuda os outros, pelo menos passa essa ideia, poderiam trabalhar até mesmo a ideia de uma aliada, o Max Lord como "vilão" já era suficiente para o filme, também trabalhando na ideia de "gênios milionários ou gênios que não tinham nada, ganharam grana e ficaram malucos, o que não falta de exemplo para o século XXI". Fora que ele é muito longo 2h30min para um filme que se torna chato e cansativo. As duas únicas cenas que tocaram bastante foi a deles no caça e no final que aparece a Lynda Carter. Fun fact de 1984: Regan/Bush ganham a presidência e o Mark Zuckerberg nasceu, por si só já um ano considerado infernal!
Não vou negar que depois de assistir o filme, eu procurei assistir um vídeo no youtube para tirar as minhas dúvidas sobre o final, já que o final do anime é considerado "inacabado" por questões de custo e tempo. Como o anime, o filme é uma produção maravilhosa e todo enredo, você acaba não desgrudando os olhos da tela, para entender o que está acontecendo e ao mesmo tempo o que vai acontecer com cada personagem. O inicio do filme já é um choque em si, pela ação do Shinji e mostra que ele "não é um coitado", aliás ninguém dessa produção é vilão e herói, mas pessoas com ego [bastante freudiano isso da minha parte], a diferença é que o Shinji entendeu ele como pessoa e aceitou o fato dele ser assim, por isso ele não se misturou ao líquido de LCL e a Asuka sobreviveu por causa da sua proteção do EVA, meio que uma arca de Noé. Para quem não entende a Bíblia ou nunca foi de ler [caso essa pessoa que está escrevendo aqui] é bastante interessante as alegorias e as escolhas de cada personagem, o fato da Rei não entregar a Yui para o Gendo, como uma ideia que Lilith [primeira esposa de Adão] não se entregou para o homem que a amava, enquanto Gendo conseguia qualquer ação com as suas amantes. A parte que mais chamou a minha atenção foi com as imagens da população, mostrando o cotidiano, o balançar do balanço, as pessoas indo e voltando, como nós poderíamos sumir como poeiras no espaço.
Krasinski, seu safado, você me enganou nesses dois anos. Nossa eu tô muito pistola, esse filme é o puro suco de chorume da vida estadunidense. Basicamente essa família vive em um meio apocalítico, quando tu percebe que a mãe tá grávida, eu não acredito que essa mulher teve a coragem de engravidar em meio apocalítico, como o pai aceita um rolê desse??? Já não basta que vocês tenham três filhos, no começo uma criança morre. O inimigo deles são uns alienígenas que procuram caçar os seres humanos quando produzem uma certa frequência de barulho, assim a família não consegue se expressar verbalmente, apenas utilizando língua de sinais, isso aqui é uma semiótica para os estadunidenses atacarem e excluírem qualquer imigrante em seu país, como se fossem uma ameaça para a cultura deles. Fora a dinâmica entre pais e filhos, as mulheres cuidam da casa e os homens caçam e constroem tecnologias, o menino foge da dinâmica homem tem que ser corajoso, proteger quem ama e sacrifício, deve ser aceito e normalizado que meninos e homens tenham medo, você não pode forçar esse comportamento, diferente da menina que quer aprender com o pai e participar de outras tarefas, mesmo sem muita instrução do pai e ela que salva a família no final. Para quem quiser conhecer mais sobre os discursos basta assistir o vídeo doLucas: https://www.youtube.com/watch?v=stpA1vzbXN0 Resumindo esse filme é para mostrar o conservadorismo e a construção de mundo que o John Krasinski e a Emily Blunt apresentam. Como fã The Office, o Jim não existe meninas e meninos, sinto muito.
O filme em si não tem nenhuma surpresa, na verdade o filme funciona como um documentário, na qual a personagem da Frances só está guiando o público para ter contato com as pessoas que vivem sobre trailers. O filme mostra o verdadeiro Estados Unidos da America, pobre, desempregado, sem direitos e as pessoas que contém um pouco tentando tirar o dinheiro de pessoas que não tem, o próprio Amazon por si só fala disso, empregados que não podem ter seus sindicatos, são vigiados dentro do trabalho e provavelmente fora. Você trabalha dia e noite para ganhar 500 dólares que não dá nem para pagar uma consulta ou uma operação. Algumas partes do filme são interessantes, a conversa dela com o Bob sobre perdas pela vida e o vídeo da Swankie. Vejo que o filme não tenta romantizar esse cotidiano como Capitão Fantástico e Na Natureza Selvagem. A Frances apresenta um papel incrível e no filme certo diferente da última obra que ela participou que era um verdadeiro passar pano para um policial racista e toda situação.
O filme em si não tem nenhuma surpresa, não lembro do Aquaman ser um herói com uma narrativa interessante comparado com os outros heróis da DC, mas o filme é melhor que qualquer coisa que o Snyder entregue. O final do filme é aberto, mostrando que provavelmente vai ter um parte 2, mas não sei será surpreendente
Não era para ter assistido esse filme, mas a minha tia me perturbou tanto, que eu disse okay, vou assistir. Bom, deveria ter me dedicado uma escolha melhor, basicamente o filme é um melodrama, que poderia ser bastante utilizado para criticar o estilo de vida americana, a falta de um sistema de saúde universal, universidades públicas e acessíveis e entre outras críticas. Fora que as personagens continuam com a mesma construção, "a mãe problemática", "o filho querido", "a avó que apoia" e a ausência de uma figura paterna ou até mesmo agressivo, baseado em fatos reais, parece que não existe outras personalidades. Tudo é feito do caminho a até o b
Fazia um tempo que eu não assistia um bom terror psicológico, eu não lembrava mais do primeiro filme de Jogos Mortais e resolvi assistir, sério é muito bom! Envelheceu muito bem no quesito qualidade. Todas as conexões do filme, ele não te entrega logo (chora Nolan), os flashbacks também te dão alguns dados. Resumindo o filme te prende, tu quer saber como eles vão sair dali, até mesmo as cenas mais violentas não são de dar tanto arrepio, lembro que os outros vão ficando mais pesados, fora que no primeiro filme tu já saca que vão vir outros e etc. Pretendo assistir o segundo filme, eu acho que nunca assistir esse.
Mais um filme que a Meg Ryan é feita de trouxa por um homem, já não basta que anos depois ela vai ser trouxa por causa do Tom Hanks! A história em si não é tão interessante, eu acho que chama mais atenção são os intervalos que vários casais contam como se conheceram. Esse filme me lembrou HIMYM no traçado de você conhecer as pessoas há anos e depois começarem a se relacionar. No fim, se eu fosse a Sally teria ido embora e continuado a amizade com o Harry, Harry evoluiu com o tempo, clássico de homens. Toda essa interação entre homem e mulher que não podem ser amigos, eu acho engraçado e bizarro, porque isso nunca aconteceu comigo, porque nem cis eu sou pelo começo de conversa. No mais dar para tirar algumas gargalhadas e o final é de se esperar.
Um daqueles filmes que tu já vai preparado sabendo que ele não envelheceu bem, toda a construção do James Bond em ser hétero, forte, sedutor e etc. O que vai gerar várias situações para rir, mas na verdade a telespectadora gostaria de dar um grande soco, eu entendo, porém pelo que eu lembre seja o filme mais divertido, não foco apenas em um vilão maluco das ideias, eu nem considero que a Major seja uma bondgirl, porque ela tem o próprio enredo dela. Mas o especial de todos é a música tema, que é maravilhosa, talvez a minha favorita de todas, sério, fica grudado na sua cabeça e abertura também é maravilhosa. No mais vai preparado para rir do ridículo e ver paisagens belíssimas do Egito.
O documentário carregado de uma certa dramatização, como a maioria dos documentários da Netflix. Ele pode funcionar com uma certa base para procurar mais sobre a Romênia durante a URSS. O filme não mostra como foi feita a derrubada de Ceaușescu, ele utiliza do artefato de apenas os filmes ajudaram, o que não é verdade, foram anos e anos de controle na vida das pessoas. O erro do governo foi em proibir a cultura capitalista, como dizem quanto mais proibido melhor, não se deve esconder as realidades, deve se mostrar e criticar, portanto as fitas chegavam nas casas, porém não existia um bate papo depois para se discutir as realidades, nem tudo é conto de fadas, principalmente durante a Guerra Fria com Reagan e Thatcher com os seus governos conservadores. Interessante observar novas vivências e procurar suas histórias, observar como a arte pode ser importante na vida das pessoas e que ela ganha novos significados.
Depois de assistir o filme Simonal lançado em 2018, resolvi partir para assistir o documentário. Um dos diretores do filme é o Cláudio Manoel (ex-Casseta e Planeta) e atual fanbase do partido Novo. O documentário ganhou novos comentários pelo fato do Danilo Gentili ter citado o filme e de uma forma sem sentido dizendo que a "patrulha do bem" acabou com a vida de Simonal. Esse filme e a outra produção mais recente pecam em ser duais, na qual o telespectador escolhe se Simonal ou não fez a situação certa, Simonal não é anjinho nessa história, a forma que ele resolveu a situação não foi certa.
A forma que os anos 90 não consegue esquecer os anos 80, como isso também acontece nos anos 2000 para cá, o que existem de produções que focam na década saí dos cinco dos dedos da mão. Assistindo o Sandler e Drew bem jovens e fofos é de animar qualquer coração, um cantor que tem vontade de crescer como artista e casar, são combinações que não acontecem bastante. Enfim...é um daqueles filmes para assistir para lembra como era meio trash os anos 80, até mesmo o estereótipo do andrógino presente no meio New wave. Fez parte da minha infância assistindo na Sessão da Tarde, é o meu terceiro filme favorito romântico que tem o Sandler o primeiro é claro que é Embriagados de Amor.
Eu fiquei todo destruído depois de assistir, triste demais, uma história muito real e pesada. Tantas situações para se comentar. Não tem como ter raiva do Bill, ele foi uma das vítimas desse sistema racista, ele seria preso e provavelmente iria morrer, foi enganado, fora que ele não tem contato com ninguém fora do Partido, fico pensando na solidão negra, se ele tivesse um amigo ou uma amiga, um parente para ajudar ele, realmente fico pensando como carregar tudo isso e não poder desabafar. Se ele fosse contra os planos ele também iria morrer, ele foi um laranja de tudo. Sinto que ele não apoiou a ação de matar o Fred, ele viu que eles não iriam acabar com a nação como o próprio FBI construiu, ele deve ter se sentindo mal com tudo isso, o suicídio dele, não sei se ele conseguiu pedir um perdão por tudo isso. O FBI prendeu o Huey para perder a força no movimento negro, porém ganhou mais forças, mataram Fred para apagar seu legado mas também não conseguiram, esse filme é a prova de tudo, para mostrar não a verdade, mas para contar uma parte de uma realidade que existe, a criminalização do movimento negro, criar uma imagem que somos violentos, queremos acabar com o mundo e etc. As atuações estão excelentes, a cronologia também e vai ganhar muitos prêmios.
Você percebe que esse filme foi construído por uma mulher, quando as duas personagens não tem diálogos como, "nossa eu odeio os homens e como eles se comportam" e entre outras falas genéricas. Na verdade, tudo é construído por imagens, sempre falo que a imagem sempre fala mais que certas palavras, esse filme constrói direitinho essa visão, desde da primeira cena até a última. Fora que você não precisa construir toda a história das duas personagens, você percebe pela idade delas, o cotidiano e seus comportamentos como elas são abusadas pelo chefe, pelos pais, pelo companheiro e etc. A cena que mostra o título do filme é uma dor no estômago, não tem como não ficar triste e com raiva ao mesmo tempo, essa é a nossa realidade há anos, infelizmente. Essa obra deveria ganhar mais destaque.
É o quinto filme do Haneke que assisto, até o momento o mais fraco de roteiro. Talvez não aconteceu uma exploração da vítima de Benny, na maioria dos filmes do diretor acontece uma exploração na vida da vítima, nesse caso a única coisa que sabemos que ela é uma moça, que gosta de filmes e provavelmente pobre, porque ter VHS na época era uma questão de luxo. Fora que não existe uma explosão total até mesmo dos pais, aparenta um campo fértil para construir mais narrativas, a irmã de Benny. O filme é lento de fato, porém não soube explorar totalmente esses minutos de cena. Fora isso, abordagem do Haneke sobre porte de armas, a naturalização da violência na nossa sociedade e como a justiça funciona para famílias de classe alta é muito bem feita e recomendado.
Mesmo que o filme na boa parte fique no discurso em cima do muro, eu entendo a expectativa que o Roberto Farias quis construir, uma classe média "apolítizada", que só quer ganhar o seu e curtir a vida, porém tem essa quebra quando os militares começam a sequestrar qualquer pessoa que não tenha nada haver com os movimentos sociais, os anos 70, marcado por um "milagre econômico", mas na verdade já não conseguia mais maquiar a desigualdade social, logo os militares não sabiam o que fazer, logo começou a perseguição sem pesquisar o passado da pessoa. É realidade da Ditadura Civil e Militar, muitos que morreram, desapareceram, sequestrados não tinham nada haver com os movimentos sociais, foram apenas pegos sem habeas corpus, testemunhas ocultas e etc. A nossa vida pode mudar desde entrar em um taxi e até não escolher um lado, sendo assim o destino traça por si só. O final do filme escrito "uma histórica fictícia" é a fatia do bolo.
O Ódio
4.2 319"Quem nos protege de vocês?
La Haine narra uma França que não é tão abordada para o exterior. Temos uma visão da França com amor, comédias românticas, ou no máximo uma tragicomédia.
La Haine é uma França imigrante, todos que são de fora daquele subúrbio leem com selvageria, não é só a polícia que é violenta, é a burguesia pseudointeligente, são os skinheads, todos apresentam privilégios para tratar os três protagonistas com violência.
Posso dizer que é um filme com uma temática universal e atemporal. Quantos jovens choram e sofrem em silêncio pela violência contra o seu povo, sua cultura e sua vivência. Um filme para assistir com ódio e sair com ódio.
"Those who died are justified. For wearing the badge, they're the chosen whites."
Direito de Amar
4.0 1,1K Assista AgoraPara um primeiro filme de um diretor, é ok. As personagens do Colin First e Julianne Moore são oks, mas a personagem do Nicholas Hoult, eu fiquei assim?? Fora que o casal nem tem química sabe, só trocam algumas palavras e olhares isso já se torna apaixonado??? Eu vi mais química entre Colin e a Julianne.
Visualmente é um filme muito bonito, soube que a produção de design do filme é a mesma galera que fez Mad Men (aliás se não assistiu, vale a pena assistir). Don Drapper aparece nesse filme hehehe.
Fahrenheit 11 de Setembro
3.9 260Um documentário atemporal, serve para os EUA, para Israel, para Rússia e Ucrânia. Guerras são criadas para manter a hierarquia de poder estável, quem comanda as guerras majoritariamente nunca foi/se foi nunca iria mandar um filho ou uma filha.
A parte que mais me esmaga são os relatos de pessoas que foram para lá e se arrependem bastante, as pessoas que choram pelos seus parentes que se foram, nenhuma guerra e morte irá trazer eles de volta.
Infelizmente, nenhum playboy morreu no 11 de setembro, apenas trabalhadores.
Que um dia possamos viver que nem a música Vilarejo - Marisa Monte:
Há um vilarejo ali
Onde areja um vento bom
Na varanda, quem descansa
Vê o horizonte deitar no chão
Pra acalmar o coração
Lá o mundo tem razão
Terra de heróis, lares de mãe
Paraíso se mudou para lá
Por cima das casas, cal
Frutos em qualquer quintal
Peitos fartos, filhos fortes
Sonho semeando o mundo real
Toda gente cabe lá
Palestina, Shangri-lá
Vem andar e voa
Vem andar e voa
Vem andar e voa.
Muito Além do Cidadão Kane
4.1 344 Assista AgoraEsse documentário foi muito bem construído, naquela época ninguém com dinheiro e influência poderia construir um documentário como esse no BR. Graças a Internet, isso aqui pode ter um fácil acesso, espero que mais brasileiros assistam essa produção.
Mesmo que seja dos anos 90, a Globo ainda continua firme e forte na influência da política brasileira, apoiando golpes e políticos de direita, quanto mais gente passando fome, mais grana essa família e empresa lucram. Espero um dia que essa empresa venha a falir.
Comentários:
O Brizola chamando o Roberto Marinho de Stalin, vsf, por isso que o PDT é um lixo de partido. Olha a comparação.
"Domingão do Faustão: uma mistura de música, olimpíadas bobocas e catástrofes domésticas" - Não existe melhor definição para isso, nos anos 80 até que dava para rir de algumas coisas, mas esse programa foi ficando mais ruim do que nunca.
Soul
4.3 1,4KO filme em si não me pegou totalmente, as personagens não são tão cativantes como nos outros filmes da Pixar, em que acaba, que não existe apenas um ou dois destaques, mas o elenco todo. Nesse caso a personagem 22 é mais interessante de todas.
Mas vale ressalta o ponto de uma personagem principal ser negro, no caso do Joe, todo o universo dele com a sua vivência negra, o seu amor por Jazz, ali na parte das lembranças que é bem rápido dar para ver ele com um grupo de Hip Hop. Meio que a ideia da novela A Viagem que a exploração da temática morte é apresentada como racista, no caso o "paraíso" é formado majoritariamente por brancos. Outra parte que chama a atenção é como os músicos negros demoram anos para serem reconhecidos ou morrem pobres.
A mensagem do filme é mais interessante, um homem é obcecado pelo que faz,o Jazz é a vida dele, parece que não existe mais nada, como até mesmo o barbeiro fica feliz quando ele conversa sobre outros assuntos, meio que existe um limite onde tudo se consome e gostos isso mostra o quanto pode ser prejudicial.
No mais assistir um filme do Studio Ghibli é mais interessante e emocionante.
Alien: O Oitavo Passageiro
4.1 1,3K Assista AgoraReview do dia 23 de dezembro de 2020 Depois de anos sem assistir Alien, eu resolvi assistir durante um isolamento social tal como a galera está na nave.
Eu vejo como ele ainda continua brilhante no roteiro, no caso nem lembrava mais da história e me pegou de surpresa.
Depois de assistir, eu fiquei pensando, nunca que iria colocar uma Alexa disfarçada de cientista em uma nave, as chances de dar errado são altas. Toda hora eu ficava prestando atenção no gato, para ver se ele estava vivo e salvo, na moral, quem leva um gato para uma missão dessa?
No mais, a Ripley estava certa de não trazer um infectado para dentro de um local, você quer mais um contexto para o Covid-19! No mais usem máscaras, álcool e fiquem em casa!
Tenet
3.4 1,3K Assista AgoraEu saí com dor de cabeça depois de assistir esse filme do Nolan. Basicamente é a parte 2 de A Origem, tem uma criança e mulher em perigo e precisa ser salva, apresenta diálogos em que as pessoas estão explicando o que está acontecendo e que vai acontecer, o que deixa mais confuso, aquelas cenas que acontecem ao mesmo tempo só que mostrando uma visão e depois a outra, aqueles barulhos horríveis que causam dor no seu ouvido.
Fora que as personagens são uns verdadeiros robôs sabe, não tem uma exploração total deles, se sabe pouco para um filme de quase 3 horas, a única parte interessante é que o "vilão" está doente, no caso ele vai morrer e quer levar o mundo junto, até o discurso dele é batido no caso o mundo está acabando porque as pessoas não estão cuidando dele direito e sou tipo um Deus.
Simonal
3.3 76 Assista AgoraA Globo tá querendo fazer um universo como a Marvel, só que com filmes biográficos. Esse foi o primeiro que eu assistir dessa nova leva. A voz do Simonal é única e irreconhecível, mas você fica se perguntando como assim o cara saiu do mapa? Aí que você vai dar um Google ou assistir essa produção.
A parte técnica visualmente e o cast é maravilhoso. Porém, o filme deixa bastante aberto para o público se o Simonal era favor ou não da ditadura no BR. Antes de tudo, vamos lembrar que o cantor e compositor era negro e de origem pobre, a gente sabe que o "cancelamento" para preto é 2x mais pesado que para branco, como ele fala em uma cena com o amigo, ele tá fazendo música para ganhar dinheiro, ele tem noção que está vivendo em uma sociedade em que existe racismo no Brasil, agora o Roberto Carlos, que é branco, canta música "apolítica" e tem ligações com a Ditadura ninguém cancelou ele até agora. Já foi comprovado que o Simonal não serviu como "espião" para o DOPS.
Mas não foi certo ele ter ameaçado e ter pedido para um agente do DOPS fazer isso com o contador, ele realmente tinha gastos luxuosos, não só ele, como a família toda, ou seja ele tem culpa disso, ele não procurou saber.
Mulher-Maravilha 1984
3.0 1,4K Assista AgoraMais uma produção feita no século XXI que caiu na mesmice de colocar URSS x E.U.A. O segundo filme considerei fraco em vários aspectos, deu a entender que esse filme veio explicar a saída do Scott e que a Diana tinha que virar a página, tava óbvio que o Scott não poderia parecer no segundo filme, pois ele é mortal e ela não. Outro fato, cadê as músicas dos anos 80? New Order, Duran Duran e entre outros grupos, faltou isso focou na vestimenta e no estilo de vida, como NY era insegura nos anos 80.
A personagem da Cheetah poderia ser mais desenvolvida, a parte mais interessante foi mostrar que ela é viciada em trabalho, não tinha desenvolvimento social, o clássico Beth, a feia e que ela ajuda os outros, pelo menos passa essa ideia, poderiam trabalhar até mesmo a ideia de uma aliada, o Max Lord como "vilão" já era suficiente para o filme, também trabalhando na ideia de "gênios milionários ou gênios que não tinham nada, ganharam grana e ficaram malucos, o que não falta de exemplo para o século XXI". Fora que ele é muito longo 2h30min para um filme que se torna chato e cansativo.
As duas únicas cenas que tocaram bastante foi a deles no caça e no final que aparece a Lynda Carter.
Fun fact de 1984: Regan/Bush ganham a presidência e o Mark Zuckerberg nasceu, por si só já um ano considerado infernal!
Neon Genesis Evangelion: O Fim do Evangelho
4.3 253 Assista AgoraNão vou negar que depois de assistir o filme, eu procurei assistir um vídeo no youtube para tirar as minhas dúvidas sobre o final, já que o final do anime é considerado "inacabado" por questões de custo e tempo.
Como o anime, o filme é uma produção maravilhosa e todo enredo, você acaba não desgrudando os olhos da tela, para entender o que está acontecendo e ao mesmo tempo o que vai acontecer com cada personagem.
O inicio do filme já é um choque em si, pela ação do Shinji e mostra que ele "não é um coitado", aliás ninguém dessa produção é vilão e herói, mas pessoas com ego [bastante freudiano isso da minha parte], a diferença é que o Shinji entendeu ele como pessoa e aceitou o fato dele ser assim, por isso ele não se misturou ao líquido de LCL e a Asuka sobreviveu por causa da sua proteção do EVA, meio que uma arca de Noé.
Para quem não entende a Bíblia ou nunca foi de ler [caso essa pessoa que está escrevendo aqui] é bastante interessante as alegorias e as escolhas de cada personagem, o fato da Rei não entregar a Yui para o Gendo, como uma ideia que Lilith [primeira esposa de Adão] não se entregou para o homem que a amava, enquanto Gendo conseguia qualquer ação com as suas amantes.
A parte que mais chamou a minha atenção foi com as imagens da população, mostrando o cotidiano, o balançar do balanço, as pessoas indo e voltando, como nós poderíamos sumir como poeiras no espaço.
Um Lugar Silencioso
4.0 3,0K Assista AgoraKrasinski, seu safado, você me enganou nesses dois anos. Nossa eu tô muito pistola, esse filme é o puro suco de chorume da vida estadunidense.
Basicamente essa família vive em um meio apocalítico, quando tu percebe que a mãe tá grávida, eu não acredito que essa mulher teve a coragem de engravidar em meio apocalítico, como o pai aceita um rolê desse??? Já não basta que vocês tenham três filhos, no começo uma criança morre. O inimigo deles são uns alienígenas que procuram caçar os seres humanos quando produzem uma certa frequência de barulho, assim a família não consegue se expressar verbalmente, apenas utilizando língua de sinais, isso aqui é uma semiótica para os estadunidenses atacarem e excluírem qualquer imigrante em seu país, como se fossem uma ameaça para a cultura deles.
Fora a dinâmica entre pais e filhos, as mulheres cuidam da casa e os homens caçam e constroem tecnologias, o menino foge da dinâmica homem tem que ser corajoso, proteger quem ama e sacrifício, deve ser aceito e normalizado que meninos e homens tenham medo, você não pode forçar esse comportamento, diferente da menina que quer aprender com o pai e participar de outras tarefas, mesmo sem muita instrução do pai e ela que salva a família no final.
Para quem quiser conhecer mais sobre os discursos basta assistir o vídeo doLucas: https://www.youtube.com/watch?v=stpA1vzbXN0
Resumindo esse filme é para mostrar o conservadorismo e a construção de mundo que o John Krasinski e a Emily Blunt apresentam.
Como fã The Office, o Jim não existe meninas e meninos, sinto muito.
Nomadland
3.9 896 Assista AgoraO filme em si não tem nenhuma surpresa, na verdade o filme funciona como um documentário, na qual a personagem da Frances só está guiando o público para ter contato com as pessoas que vivem sobre trailers.
O filme mostra o verdadeiro Estados Unidos da America, pobre, desempregado, sem direitos e as pessoas que contém um pouco tentando tirar o dinheiro de pessoas que não tem, o próprio Amazon por si só fala disso, empregados que não podem ter seus sindicatos, são vigiados dentro do trabalho e provavelmente fora. Você trabalha dia e noite para ganhar 500 dólares que não dá nem para pagar uma consulta ou uma operação.
Algumas partes do filme são interessantes, a conversa dela com o Bob sobre perdas pela vida e o vídeo da Swankie. Vejo que o filme não tenta romantizar esse cotidiano como Capitão Fantástico e Na Natureza Selvagem.
A Frances apresenta um papel incrível e no filme certo diferente da última obra que ela participou que era um verdadeiro passar pano para um policial racista e toda situação.
Aquaman
3.7 1,7K Assista AgoraO filme em si não tem nenhuma surpresa, não lembro do Aquaman ser um herói com uma narrativa interessante comparado com os outros heróis da DC, mas o filme é melhor que qualquer coisa que o Snyder entregue.
O final do filme é aberto, mostrando que provavelmente vai ter um parte 2, mas não sei será surpreendente
Era Uma Vez um Sonho
3.5 448 Assista AgoraNão era para ter assistido esse filme, mas a minha tia me perturbou tanto, que eu disse okay, vou assistir. Bom, deveria ter me dedicado uma escolha melhor, basicamente o filme é um melodrama, que poderia ser bastante utilizado para criticar o estilo de vida americana, a falta de um sistema de saúde universal, universidades públicas e acessíveis e entre outras críticas. Fora que as personagens continuam com a mesma construção, "a mãe problemática", "o filho querido", "a avó que apoia" e a ausência de uma figura paterna ou até mesmo agressivo, baseado em fatos reais, parece que não existe outras personalidades. Tudo é feito do caminho a até o b
Jogos Mortais
3.7 1,6K Assista AgoraFazia um tempo que eu não assistia um bom terror psicológico, eu não lembrava mais do primeiro filme de Jogos Mortais e resolvi assistir, sério é muito bom! Envelheceu muito bem no quesito qualidade.
Todas as conexões do filme, ele não te entrega logo (chora Nolan), os flashbacks também te dão alguns dados.
Resumindo o filme te prende, tu quer saber como eles vão sair dali, até mesmo as cenas mais violentas não são de dar tanto arrepio, lembro que os outros vão ficando mais pesados, fora que no primeiro filme tu já saca que vão vir outros e etc.
Pretendo assistir o segundo filme, eu acho que nunca assistir esse.
Harry & Sally: Feitos um Para o Outro
3.9 504 Assista AgoraMais um filme que a Meg Ryan é feita de trouxa por um homem, já não basta que anos depois ela vai ser trouxa por causa do Tom Hanks!
A história em si não é tão interessante, eu acho que chama mais atenção são os intervalos que vários casais contam como se conheceram. Esse filme me lembrou HIMYM no traçado de você conhecer as pessoas há anos e depois começarem a se relacionar.
No fim, se eu fosse a Sally teria ido embora e continuado a amizade com o Harry, Harry evoluiu com o tempo, clássico de homens. Toda essa interação entre homem e mulher que não podem ser amigos, eu acho engraçado e bizarro, porque isso nunca aconteceu comigo, porque nem cis eu sou pelo começo de conversa. No mais dar para tirar algumas gargalhadas e o final é de se esperar.
007: O Espião que me Amava
3.6 157 Assista AgoraUm daqueles filmes que tu já vai preparado sabendo que ele não envelheceu bem, toda a construção do James Bond em ser hétero, forte, sedutor e etc. O que vai gerar várias situações para rir, mas na verdade a telespectadora gostaria de dar um grande soco, eu entendo, porém pelo que eu lembre seja o filme mais divertido, não foco apenas em um vilão maluco das ideias, eu nem considero que a Major seja uma bondgirl, porque ela tem o próprio enredo dela.
Mas o especial de todos é a música tema, que é maravilhosa, talvez a minha favorita de todas, sério, fica grudado na sua cabeça e abertura também é maravilhosa.
No mais vai preparado para rir do ridículo e ver paisagens belíssimas do Egito.
Chuck Norris vs. Comunismo
4.1 34O documentário carregado de uma certa dramatização, como a maioria dos documentários da Netflix. Ele pode funcionar com uma certa base para procurar mais sobre a Romênia durante a URSS.
O filme não mostra como foi feita a derrubada de Ceaușescu, ele utiliza do artefato de apenas os filmes ajudaram, o que não é verdade, foram anos e anos de controle na vida das pessoas. O erro do governo foi em proibir a cultura capitalista, como dizem quanto mais proibido melhor, não se deve esconder as realidades, deve se mostrar e criticar, portanto as fitas chegavam nas casas, porém não existia um bate papo depois para se discutir as realidades, nem tudo é conto de fadas, principalmente durante a Guerra Fria com Reagan e Thatcher com os seus governos conservadores.
Interessante observar novas vivências e procurar suas histórias, observar como a arte pode ser importante na vida das pessoas e que ela ganha novos significados.
Simonal, Ninguém Sabe o Duro que Dei
4.0 126 Assista AgoraDepois de assistir o filme Simonal lançado em 2018, resolvi partir para assistir o documentário. Um dos diretores do filme é o Cláudio Manoel (ex-Casseta e Planeta) e atual fanbase do partido Novo. O documentário ganhou novos comentários pelo fato do Danilo Gentili ter citado o filme e de uma forma sem sentido dizendo que a "patrulha do bem" acabou com a vida de Simonal.
Esse filme e a outra produção mais recente pecam em ser duais, na qual o telespectador escolhe se Simonal ou não fez a situação certa, Simonal não é anjinho nessa história, a forma que ele resolveu a situação não foi certa.
Afinado no Amor
3.3 317 Assista AgoraA forma que os anos 90 não consegue esquecer os anos 80, como isso também acontece nos anos 2000 para cá, o que existem de produções que focam na década saí dos cinco dos dedos da mão.
Assistindo o Sandler e Drew bem jovens e fofos é de animar qualquer coração, um cantor que tem vontade de crescer como artista e casar, são combinações que não acontecem bastante.
Enfim...é um daqueles filmes para assistir para lembra como era meio trash os anos 80, até mesmo o estereótipo do andrógino presente no meio New wave. Fez parte da minha infância assistindo na Sessão da Tarde, é o meu terceiro filme favorito romântico que tem o Sandler o primeiro é claro que é Embriagados de Amor.
Judas e o Messias Negro
4.1 516 Assista AgoraEu fiquei todo destruído depois de assistir, triste demais, uma história muito real e pesada. Tantas situações para se comentar.
Não tem como ter raiva do Bill, ele foi uma das vítimas desse sistema racista, ele seria preso e provavelmente iria morrer, foi enganado, fora que ele não tem contato com ninguém fora do Partido, fico pensando na solidão negra, se ele tivesse um amigo ou uma amiga, um parente para ajudar ele, realmente fico pensando como carregar tudo isso e não poder desabafar. Se ele fosse contra os planos ele também iria morrer, ele foi um laranja de tudo. Sinto que ele não apoiou a ação de matar o Fred, ele viu que eles não iriam acabar com a nação como o próprio FBI construiu, ele deve ter se sentindo mal com tudo isso, o suicídio dele, não sei se ele conseguiu pedir um perdão por tudo isso.
O FBI prendeu o Huey para perder a força no movimento negro, porém ganhou mais forças, mataram Fred para apagar seu legado mas também não conseguiram, esse filme é a prova de tudo, para mostrar não a verdade, mas para contar uma parte de uma realidade que existe, a criminalização do movimento negro, criar uma imagem que somos violentos, queremos acabar com o mundo e etc.
As atuações estão excelentes, a cronologia também e vai ganhar muitos prêmios.
Nunca, Raramente, Às Vezes, Sempre
4.0 217 Assista AgoraVocê percebe que esse filme foi construído por uma mulher, quando as duas personagens não tem diálogos como, "nossa eu odeio os homens e como eles se comportam" e entre outras falas genéricas. Na verdade, tudo é construído por imagens, sempre falo que a imagem sempre fala mais que certas palavras, esse filme constrói direitinho essa visão, desde da primeira cena até a última.
Fora que você não precisa construir toda a história das duas personagens, você percebe pela idade delas, o cotidiano e seus comportamentos como elas são abusadas pelo chefe, pelos pais, pelo companheiro e etc. A cena que mostra o título do filme é uma dor no estômago, não tem como não ficar triste e com raiva ao mesmo tempo, essa é a nossa realidade há anos, infelizmente.
Essa obra deveria ganhar mais destaque.
O Vídeo de Benny
3.6 233 Assista AgoraÉ o quinto filme do Haneke que assisto, até o momento o mais fraco de roteiro. Talvez não aconteceu uma exploração da vítima de Benny, na maioria dos filmes do diretor acontece uma exploração na vida da vítima, nesse caso a única coisa que sabemos que ela é uma moça, que gosta de filmes e provavelmente pobre, porque ter VHS na época era uma questão de luxo.
Fora que não existe uma explosão total até mesmo dos pais, aparenta um campo fértil para construir mais narrativas, a irmã de Benny. O filme é lento de fato, porém não soube explorar totalmente esses minutos de cena.
Fora isso, abordagem do Haneke sobre porte de armas, a naturalização da violência na nossa sociedade e como a justiça funciona para famílias de classe alta é muito bem feita e recomendado.
Pra Frente, Brasil
3.7 76Mesmo que o filme na boa parte fique no discurso em cima do muro,
eu entendo a expectativa que o Roberto Farias quis construir, uma classe média "apolítizada", que só quer ganhar o seu e curtir a vida, porém tem essa quebra quando os militares começam a sequestrar qualquer pessoa que não tenha nada haver com os movimentos sociais, os anos 70, marcado por um "milagre econômico", mas na verdade já não conseguia mais maquiar a desigualdade social, logo os militares não sabiam o que fazer, logo começou a perseguição sem pesquisar o passado da pessoa.
É realidade da Ditadura Civil e Militar, muitos que morreram, desapareceram, sequestrados não tinham nada haver com os movimentos sociais, foram apenas pegos sem habeas corpus, testemunhas ocultas e etc.
A nossa vida pode mudar desde entrar em um taxi e até não escolher um lado, sendo assim o destino traça por si só. O final do filme escrito "uma histórica fictícia" é a fatia do bolo.