Que filme incrível! [SPOILERS] Acho que o nome corações de ferro não ficou tão bom quanto o título original que é Fury, fazendo referência ao nome do Tanque. O elenco escolhido entregou muito. O filme retrata muito bem como até o mais puro dos puros se torna corrompido pelas marcas da guerra, não há inocência que aguente tantos golpes. Logan Lerman entrega muito interpretando Norman, migra muito bem de alguém que não sabia nem usar uma arma para alguém com sangue nos olhos querendo matar o máximo de nazistas possível, e ao chegar no fim do filme, volta para a casca da pessoa inocente, mas aqui com uma nova skin, a do medo. Em American Sniper a gente vê um pouco disso, e sem precisarem mostrar em Fury, a gente já sabe que esse soldado vai chegar em casa e começar a ter crises e perturbações lembrando dos momentos vividos. O papel de destaque no filme é o do Brad Pitt como Don, corajoso e destemido, justo e extremamente observador. Entrega um líder que não aceita covardia e não abandona seu posto em hipótese alguma, dos soldados, o mais apegado ao Fury. O personagem trouxe várias camadas, que nos provoca sentir um mix de sentimentos, em seus últimos minutos uma demonstração de vulnerabilidade quando diz para o Norman que também estava com medo. O roteiro acerta em cheio, só um ponto que não fez muito sentido, o momento em que o soldado deixa o Norman escapar, não há muito fundamento, um soldado nazista jamais deixaria que o inimigo escapasse vivo, temos material suficiente sobre a SS para sabemos que não haveria esse momento caridoso e amigável. Inclusive o Don também era assim, ele menciona que mataria quantos nazis ele pudesse. Outro ponto que me incomodou foi quando o Norman entrou no quarto e ficou o tempo todo sem dar assistência à arma, só pegou do quarto quando foi embora, não sei se foi inserido no roteiro de forma proposital pelo fato de ele ser inocente, mas um soldado jamais deixaria a arma de lado no terreno inimigo. Algumas frases me marcaram muito, quando o Grady diz "Eu acho que você é um bom homem", essa frase trouxe um pouco de humanidade ao personagem. Outro momento é o que ele fala que eles também já foram como o Norman, mostrando como foram corrompidos. Isso me lembra da conhecida frase "A farda modela o corpo e atrofia a mente", não é algo que a pessoa queira, mas não tem como fugir disso, as marcas e as perdas na guerra mudam a pessoa pouco a pouco. Gostei como o filme evidenciou o tanque, e o fato de eles estarem nele até o último segundo, os que morreram e o que sobreviveu. Ele foi a alma do filme. Me surpreendeu, esperava ser apenas mais um filme clichê de guerra, mas entregou muito, boa edição, ambientação, direção e produção.
Esse filme é muito grandioso. Não apenas pela direção impecável de Stanley Kubrick, mas o filme por inteiro é extremamente bem feito, cada detalhe, muito bem pensado para estar ali. Tom Cruise entregou muito, o personagem muito bem executado, a gente cria empatia por ele, mesmo ele sendo o tipo de pessoa que gosta de subornar os outros, mente para a esposa, para a secretária, para os que estão à sua volta. Temos Nicole Kidman brilha muito no papel de Alice, embora as palavras lentas e sensualmente arrastadas sejam insuportáveis, é proposital do roteiro que seja assim, a beleza da Nicole é fundamental para o personagem que atrai a todos por onde passa. Essa coisa de ela ser uma pessoa que dança quase se beijando com outros homens, mas tem ciúme do esposo estar conversando com duas mulheres. Toda a narrativa vai deixando no expectador a sensação de que somos o próprio Bill. Quando ele está andando na rua e o piano começa a tocar de fundo, vai dando aquela agonia desesperadora e perturbadora em quem assiste. A ambientação e atmosfera impecável, tudo em todos os lugares parece ser parte de um museu de obras de artes. A "seita" dos poderosos que gera muita teoria da conspiração na vida real, sabemos que há rumores de uma seita de irmandade chamada Skull and Bones frequentada por poderosos senadores, chefes de Estado e Presidentes na América. O filme mostra muito bem como a vulnerabilidade é algo ruim, a amiga toma decisões perante a vulnerabilidade da morte do pai, ele toma decisões baseadas na paranoia imaginando a esposa com outro o tempo todo. Nesse momento a pessoa acaba procurando por novas aventuras que possam preencher o vazio da decepção. No meio de tudo isso, um casamento que era aparentemente maravilhoso foi ruindo aos poucos, outro ponto aqui é a covardia do Bill, ele presenciou a exposição da menor de idade e apesar de querer, não tomou nenhuma providência que a ajudasse, assim como passou o filme todo tentando ignorara situação que vivia em casa, não consigo imaginar outra pessoa além de Tom Cruise para o papel. O filme explora a nudez de uma forma artística, algumas cenas do corpo da Nicole de costas pareciam quadros renascentistas. O que mais me ganhou definitivamente foram as trilhas sonoras, tudo encaixa tão bem onde tem que estar.
Direção impecável do Christopher Nolan. Complexo, mas muito bem contado. É o tipo de filme que a gente fica o tempo todo criando teorias e no final descobre que errou todas. Destaque para a direção de edição e cores, gosto da separação do preto e branco e o colorido dividindo a forma e tempo em que a história se passa. A atuação do Guy Pearce foi muito boa, entregou tudo. Roteiro maravilhoso!
Dá pra assistir, mas as atuações não foram das melhores. O Timothée Chalamet tentou entregar, mas se fizermos uma comparação entre esse filme e A Fantástica Fábrica de Chocolate, o Johnny Depp entrega, entretém, até o último momento do filme a gente fica empolgado, o elevador que passa pelo céu, o desenvolvimento de cada um dos que ganham o bilhete dourado, a gente conhece cada personagem, pega ranço de alguns, gosta de outros, já aqui em Wonka, não senti desenvolvimento da história em si de forma cativante. Gostei das atuações do Keegan Key e do Hugh Grant (como Oompa-Loompa, tentou entregar diante do roteiro ruim que recebeu), mas a atuação da Calah Lane como Noodle, deixou muito a desejar. Com certeza não será memorável como a Fantástica Fábrica de Chocolate. Gostei da parte em que o segredo estava no bilhete, ou seja, por anos e anos o segredo esteve ali com ele o tempo todo, algumas referências ao filme original, mas só.
Não é a melhor coisa do mundo, mas definitivamente não é a pior. Muito nostálgico, saudade do Paul Walker. O filme entrega o que propôs no roteiro, as cenas de ação estão legais, a história é legal, e tem o Fishburne (como sempre, fazendo papel de agente da polícia).
Dei 3,5 por conta do roteiro que poderia ter sido incrível, mas faltou muito na execução. Ainda assim é necessário enaltecer os pontos fortes do filme. A crítica social à religião, principalmente aos evangélicos tradicionais foi colocada de forma brilhante aqui. No início quando mostra a Mari fazendo a oração quando acorda, aparece ela fazendo isso enquanto passa uma máscara para pele no rosto, representando que ela usa uma máscara enquanto religiosa, que ela não é aquela pessoa da oração. Temos aqui crentes que cantam lá na frente e se relacionam sexualmente, crente que bate na noiva, crente que na verdade é lésbica, o pastor que quer manter a imagem de igreja perfeita pra ganhar a campanha, os atores contratados para fingirem possessão, entre outros. Mas o fato é, a igreja é um mar de hipocrisias. A festa carnal ali representa a liberdade, a Melissa teve o rosto cortado porque encontrou a liberdade, a Melissa representa a liberdade. A possessão na Mari representa o incômodo que a pessoa sente quando encontra essa liberdade. Percebe-se que ela só começou a se sentir possessa depois que viu a Melissa, quando alguém toma a decisão de abandonar a crença religiosa, todo mundo diz que essa pessoa está tomada por um espírito ruim, apenas a verdade deles existe e se fecham para qualquer outra. A medusa aqui (pra mim) representa a religiosidade cristã e as cobras são os cristãos que são a sustentação e representação dela. Sempre que encontraram alguém que não andava de acordo com o que eles queriam (tanto as "preciosas" e os "vigilantes") eram punidos. Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência. Quantas vezes a gente já viu pessoas aleatoriamente sem ninguém pedir criticando uma pessoa por ter preferência sexual diferente (pessoas que eles nem conhecem), ou julgando quem escuta músicas populares, no fundo a gente sabe que essas pessoas queriam ser lives, mas elas não se libertam, por conta das ameaças de irem para o inferno. Mas não ironicamente, o inferno já é o que essas pessoas fazem na vida dos outros diariamente. Os gritos vão passando de uma pessoa para a outra no final porque quando alguém se liberta, tenta libertar outras pessoas das amarras e crenças infundáveis, mesmo após conhecer a ideia da liberdade, precisaram passar pelo tribunal dos crentes (a briga delas com os vigilantes de sião), quando conseguiram vencer a pressão dos religiosos e abandonar a igreja, finalmente ela encontra a Melissa (que tira a máscara da religião extrema) e sorri pra ela, ela sorri de volta, representando que encontrou a liberdade (que ela tanto buscava, ela pasou boa parte do tempo a procurando). Enfim, essa é a minha visão, como já fui religiosa, entendi dessa forma, como uma crítica. Direção da Anita foi boa, mas senti que do meio para o final o filme ficou um pouco arrastado, interpretações de Mari Oliveira, Lara Tremouroux e João Vithor Oliveira foram boas, mas senti falta disso no resto do elenco. Queria destacar a maravilha da edição com relação às cores e enquadramentos. Gosto muito do uso das cores, queria destacar muito a cena inicial dela dançado possessa, foi lindíssimo e bem filmado. As cenas do ralo da pia levando na água as máscaras que iam caindo, foi muito bem colocado. A bíblia vê a cobra como a representação do mal, que fez Eva trair a religião, então faz sentido o filme se chamar medusa e elas representarem cobras. A edição de Marilia Moraes também brilhou aqui. Gostei, mas poderia ter sido melhor do meio em diante.
Que obra-prima! A direção de fotografia, filmografia, edição, roteiro estão impecáveis. Willem Dafoe entregou muito na atuação, como sempre. O Robert Pattinson aqui prova que não há nenhum resquício de outros filmes em sua atuação. A entrega entre a passividade e o autoritarismo são muito marcantes. Em todas as teorias e interpretações o fime se destacaria. Mitologicamente cada cena faz sentido e se encaixa nas intrigas dos deuses gregos. A última imagem do Tommy sendo comido pelas gaivotas conclui que quem desafia Zeus sempre será punido, uma vez que deuses são imortais e seria comido pelas gaivotas pra sempre. O homem no geral também sempre quis acesso à luz (sabedoria/ conhecimento). O velho do mar é um dos primeiros mitos, o que se encaixa muito com a aparência do Dafoe aqui. O próprio farol sobrenatural representando tudo que precisa ser preservado pelas divindades, e Tommy enfrentou tudo que precisou para chegar até ele. Saindo do campo mitológico e indo para o metafórico, o velho faroleiro pode ser o alter-ego do Tommy, que só é revelado quando bêbado ele admite pra si mesmo. A solidão e isolamento causa loucura, não houve sereia alguma, mas sim o Tommy tendo que enfrentar a própria carência estando tanto tempo sem sexo. Um ponto de destaque pra mim é como ele mais novo (assim como todos nós) chega na vida inocente e sem malícia, submissos e subordinados sem opinião forte, seguindo as regras do livro, não bebendo, etc. Mas com o passar do tempo, a gente vai percebendo que algumas regras em alguns lugares não valem nada e precisamos seguir conforme o sistema, em meio à bagunça e nojeira que a vida virou por aceitar tudo que ouvimos e não nos posicionarmos pra enfrentar nós mesmos e nossos medos começamos a perceber que a passividade não vai nos levar a lugar nenhum, precisamos abrir mão de algumas coisas e pessoas, mesmo que sejam partes de nós mesmos para chegarmos à algo que tanto queremos, e em alguns casos, o que tanto queríamos é exatamente o que traz nosso fim. Gosto de como a direção vai sujando o ambiente, deixando claustrofóbico, incluindo a gente na trama como se fôssemos alguma parte daquilo acompanhando tudo de perto. A mistura da solidão com o silêncio de nossos próprios pensamentos endoidece. É uma luta constante tentando manter a sanidade, chega uma hora que não se sabe o que é real e o que é criado por nós. Ver tudo em preto e branco causa ainda mais estranheza. O faroleiro sempre está acima do subordinado, mas quando ele deixa de ser passivo, o que era autoridade aparece sentado (abaixo dele) e o que era passivo agora aparece em pé como sinal de poderio, conquista de autoridade, cada detalhe me pegou, as filmagens de um quarto para o outro ficou lindíssima. Nota máxima!
Nota 3,0 por conta da direção de fotografia que é primorosa, e só. Alguns plots, mas não vai ser aquele filme de suspense inesquecível, na verdade longe disso. Roteiro pobre, a atuação do Stephen Lang carrega o filme nas costas, o coitado tentou e entregou bastante, fez o que conseguiu com o roteiro que recebeu. Clichês complemente desnecessários como o quadro de ponta cabeça, o que seria interessante mesmo, explorar os sentidos não fizeram, faziam a festa correndo na frente do cara e ele não ouvia nada contrariando completamente o fator de que sentido apurado é a principal premissa referente a alguém que perde a visão. As outras atualizações não se destacaram, exceto pelo cachorro que foi importante em vários momentos.
Brandon Cronenberg dirigiu muito bem, porém a direção foi apagada por conta do roteiro, muito arrastado, não me prendeu. As cenas de violência e gore ficaram muito boas (por conta da direção), alguns takes me lembraram Black Mirror e foi apenas por isso que dei 3,0, inclusivea atriz já participoude BM. Me agrada muito esse universo da inteligência artificial e suas consequências. As cenas de transição dos corpos ficaram muito boas, a cena da máscara extremamente creep e bizarra, muito bem gravada em iluminação e edição em vermelho. Mas não dá pra ignorar algumas péssimas atuações e o roteiro pobre.
Que suspense maravilhoso! A atuação da Nicole Kidman no papel de Grace está incrível, visto que grande parte do filme é com a câmera focada nas expressões dela, e ela entregou muito. O roteiro é muito bom, entregando dicas aos poucos, os plots são bons e muito bem aplicados no momento certo. A direção de figurinos e tons de cores estão impecáveis. O clima mórbido e cinzento combinando com tudo. Outro destaque para mim são as atuações da Fionnula Flanagan como Bertha e da Alakina Mann como Anne. O modo como o roteiro vai quebrantando a Grace, inicialmente ela é durona e fria, e aos poucos vai amolecendo o coração conforme descobre junto com a gente os fatos me pegou demais. Direção e produção espetaculares!
Sandra Bullock arrasando como sempre! Atuação maravilhosa, o filme traz boas piadas e críticas aos concursos, tão bom assistir a um filme dessa época! Que saudade, muito nostálgico. Roteiro com algumas coisas que envelheceram mal no sentido que a galera de hoje pegaria no pé, mas deve-se considerar a época, sendo assim e ignorando esse fato, o filme é maravilhoso e arranca muita risada. Amo a temática dos anos 2000, a Sandra está lindíssima nesse filme.
Sou suspeita em falar, pois faço Ciência da Computação e sou apaixonada pela área. Filme surpreendente, roteiro muito bom, por um lado faz a gente pensar nas maravilhas dos avanços da Inteligência artificial, por outro, a que ponto a ganância das pessoas pode chegar, para fazer experiências com os corpos das pessoas com ou sem autorização, um ponto do roteiro que me agrada é a luta pra salvar as outras pessoas, evidenciando o lado humano, apesar do Código fonte. Vera Farmiga abrilhantando o elenco, é sempre um prazer, atuação impecável do Jake Gyllenhaal, como sempre. Direção de fotografia e edição poderia ser um pouco melhor, mas para 2011 está ótimo. Me marcou no final quando o chefe do projeto diz que uma hora uma crise aparece, infelizmente é a realidade dos grandes financiadores de pesquisa e projetos de IA. Gosto de como o filme dá ênfase em perguntar o que faríamos se soubéssemos que nos resta poucos minutos de vida. É uma pergunta boa a se fazer para nós mesmos. Entrou no meu top. Filmaço!
Filme muito bom! Entrou para o meu top! A mensagem principal que o filme passou para mim foi referente ao mau que a gente aceita mesmo sendo bom depois de ouvir tantas e tantas vezes que cavamos maldade. Chega uma hora que as pessoas cansam de se justificar e abraçam esse "destino". A representação de tudo é muito bem executada pela direção e roteiro do Robert Eggers, a hipocrisia veio na forma de um pai que deseja ter a família "perfeita" e falha miseravelmente nisso, quando ele grita que não criou uma filha bruxa, nos dias de hoje quem nunca ouviu a frase do pai hipócrita cristão tradicional "eu não criei filho meu pra ser isso ou aquilo", é um pai que primeiramente abriu mão do conforto deles para ser dono da própria razão indo embora da comunidade, depois temos a tentativa de explicar ao filho os valores bíblicos e o menino completamente confuso, pois ouvia algo e via o pai fazendo completamente o oposto do que dizia, sendo criado de uma forma selvagem e se preparando para ser o homem da casa prematuramente. Temos a representação do diabo no bode, que nos mostra o quanto o pai se preocupa tanto com a filha que fazia tudo certo focando na pessoa errada que o tempo todo teve o diabo dentro da própria casa e não percebeu, às vezes nossas próprias convicções nos fazem cegos impedindo-nos de enxergar o óbvio. Temos uma mãe sempre acusando a Thomasin de qualquer coisa que dê errado, que pensou em vendê-la aos serviços de outras pessoas, uma esposa com aparência acabada e desmotivada com relação à autoestima que tem ciúme da própria filha, acusando-a de seduzir pai e irmão, um casal que vive trocando "eu te amo" em palavras mas em momento nenhum demonstraram afeto real ou sexual um pelo outro. O pai e a mãe representam muito bem o extremo religioso, o filho do meio representa muito bem o conformismo social daqueles que são orientados a fazer o que fazem sem saber muito bem o motivo, mas como foram criados assim, apenas o fazem, até instigam questionamentos, mas acaba ficando nisso mesmo. E a Thomasin me lembra o papel principal do Cisne Negro, a Nina, que a um certo ponto, decide abraçar seu lado obscuro e encontra felicidade nisso. Saindo do sentido figurado e falando do filme em si, a Bruxa original provavelmente também foi atraída para assinar o livro e ficou pela floresta depois. A representação do ritual ficou muito boa, me lembra aqueles quadros de pinturas relacionados às bruxas de antigamente. A direção de fotografia, figurinos, cores, a edição, a luz natural, tudo ficou tão incrível. As atuações de Harvey Scrimshaw e da Anya Joy com certeza foram o destaque.
Filme muito bom! Ótima Direção, não tem como não elogiar a direção de fotografia, o enquadramento no rosto dos atores durante os diálogos é sensacional e tem um efeito de pura agonia para quem assiste. A atuação de Anthony Hopkins como Lecter simplesmente incrível, muito perturbador a mesma "pessoa" que conversa calmamente com a Clarice ser a que deixa os policiais naquele estado horrível e pendurado com a pele caindo, é horripilante. Jodie Foster também atuou bem. O roteiro é bom, não é o tipo de filme para reassistir por ser muito pesado para o psicológico, mas com certeza marca.
Muito nostálgico. Um dos primeiros filmes de terror que eu vi na vida. Na época eu fiquei dias pensando na cena do dedinho e do alicate. Enredo bom, temática boa, ambientação e cenário impecáveis, algumas atuações deixaram a desejar, mas não contei na minha nota, pois é mais sobre a nostalgia boa que sinto quando assisto. Toda a temática sobre a cidade toda ser de cera e como a gente vai descobrindo aos poucos que são pessoas é tão legal e envolvente. A trilha sonora com os rocks dos anos 2000 é tão maravilhosa. Um dos meus filmes de terror favoritos!
Esse filme me lembra Sniper Americano, que é um dos meus filmes favoritos de Guerra. Essa coisa de voltar da Guerra e estar completamente vegetando por dentro, mentalmente abalado e destruído, com burnout em seu nível mais complexo, a atuação do Tobey Maguire está impecável, nos momentos em que o olhar do ator fala, nos momentos em que ele precisa explodir ira fisicamente, tudo muito bem entregue, não dei nota máxima pelo fato de eu não ter sentido que o filme teve um final justo, merecia um final muito melhor, mais bem trabalhado, muito bem ver no mesmo filme a Natalie Portman, Tobey Maguire e Jake Gyllenhaal, elenco muito bem escolhido para passar a sobriedade e complexidade do filme tanto pelo olhar de quem vai, como pelo de quem fica. Direção impecável do Jim Sheridan.
Sem dúvidas o que carrega o filme nas costas é a atuação da Vera Farmiga. Alguns momentos do enredo não me prenderam, embora a qualidade das edições seja boa. Gostei do desenvolvimento do tema ritual e todo o envolvimento da família na trama, mas faltou muito para uma nota 4. Dei 3,0 por conta do casal (de atores) que sempre brilha no protagonismo, mas não assistiria novamente ou indicaria para alguém, se tivesse que indicar, seria o primeiro da trilogia.
Um dos meus favoritos. Quando eu era mais nova sempre passava dias depois de assistir com medo de fazer qualquer coisa relacionada às coisas que causavam as mortes no filme. Ele não é aquele filme de roteiro e atuações 5 estrelas nível Oscar, mas vale a nota pela nostalgia que traz sempre que assisto, me sinto bem, com o coração aquecido em ver algo de bom que me lembra bons tempos. Gosto do enredo, levando em consideração a época, é um filme muito bom.
Se eu tivesse assistido esse filme quando era adolescente não teria entendido nada, mas assistindo pela primeira vez em 2023, faz total sentido. Que filme maravilhoso, dirigido com maestria, tantas camadas a serem destrinchadas, nosso psicológico é nosso maior inimigo na vida, o lado ruim de buscar a perfeição é que como é algo inalcançável, nada nunca estará bom, nunca sera suficiente, mesmo que para todas as pessoas que te rodeiam esteja perfeito, para você sempre haverá um ponto a ser melhorado ou algo que não ficou do jeito que você queria, pois o padrão inalcançável já se instalou dentro do consciente. E muitas vezes quando a pessoa tecnicamente "consegue" alcançar, a caminhada foi tão exaustiva e cheia de sacrifícios, inclusive temos referências a isso no filme quando mostra os pés completamente machucados ou o estado físico e emocionalda bailarina anterior. Um padrão tão alto requer muito esforço e drenagem da saúde psicológica e emocional, perde-se o acolhimento do eu como um ser digno de compaixão, não há o olhar pra si mesmo com olhos de amor-próprio e empatia, olhar do eu preciso de cuidado psicológico, eu preciso dormir, etc. O filme entrega muito, roteiro magnífico, a interpretação da Nina pela Natalie Portman foi brilhante em todos os sentidos. A construção do personagem no roteiro, toda a doçura do Cisne branco quando habitava dentro dela, a representação visual na ambientação do quarto e da paleta de cores claras, pouco a pouco muda de acordo com o avanço do nascimento e desenvolvimento do Cisne negro, o momento em que ela joga os ursos fora é o marco dos traços vindo à tona na personalidade, as paranóias, a convivência com a mãe narcisista, a relação com o diretor que claramente se aproveita sexualmente de todas as candidatas que queiram estar em foco, o que não é diferente do que acontece hoje em dia por exemplo no mundo da moda, o reflexo no espelho dando vida à consciência, e finalmente o momento em que no palco ela vira o Cisne negro, o palco literal representando o palco da vida, figurando tudo que a Nina protagoniza em sua realidade e o pulo final representando o preço pago ao chegar no pódio. A verdade é que a busca pela perfeição aprisiona nosso eu interior e é por isso que ela em alguns momentos invejou a bailarina que representava a liberdade. Ser livre é uma das maiores conquistas de alguém, pois onde mora a liberdade genuína de mente e espírito, é-se feliz, não que ela não tenha encontrado a liberdade, pois liberdade é relativa e quando se entregou ao seu Cisne Negro de certa forma libertou-se, mas uma "liberdade" momentânea que durou pouco e teve um preço alto. Nota mil!
Um dos meus filmes favoritos dos anos 2000. Sempre que assisto morro de rir. Ótimas atuações de Elizabeth Hurley e Brandon Fraser. Brandon se desdobrando em vários personagens e entregando tudo, o roteiro é bobinho, mas é proposital, é o que o filme propõe entrega, as referências e as piadas são muito engraçadas, transformar o trágico em cômico sem desrespeito, filme pra rir em um domingo à tarde. Amo toda a temática dos anos 2000, as roupas e os cabelos da época, maquiagem grunge do resquício dos anos 90 mas com o fresh das novidades que a virada da década trouxe, a edição entrega em momentos como a abertura, mas deixa a desejar em momentos quando como ela se transforma no diabo no inferno, porém não da pra levar isso em consideração, são as ferramentas da época rsrs. A Elizabeth Hurley possui uma beleza em níveis tão altos, que mulher linda, destaque para o sotaque adorável, entregou tanto na atuação.
Não é tão bom quanto o primeiro, mas está longe de ser ruim. A edição aqui me pega muito, pois fica muito gráfico e artificial os cortes que têm o homem torto e o Bill aparecendo na fresta da porta. O destaque aqui é para A Freira (valak), que realmente brilhou nos poucos momentos em que apareceu. A Valak e a Vera Farmiga salvaram o filme com as atuações. O roteiro não é tão ruim, mas poderia ser melhor.
O filme é muito bom! Gosto como intercalam entre a vida das vítimas e dos Warren. Sou muito suspeita para falar da Vera Farmiga. Essa mulher nunca erra! Todas as atuações dela são brilhantes, ela é a queridinha do Horror. O roteiro é bom (apesar de que aqui, o fato de ser baseado em fatos reais para mim não vale nada, uma vez que não acredito), mas mesmo assim e bom. A gente se envolve na trama e a forma como as entidades são apresentadas se destaca bastante. É um clássico.
Corações de Ferro
3.9 1,4K Assista AgoraQue filme incrível! [SPOILERS] Acho que o nome corações de ferro não ficou tão bom quanto o título original que é Fury, fazendo referência ao nome do Tanque. O elenco escolhido entregou muito. O filme retrata muito bem como até o mais puro dos puros se torna corrompido pelas marcas da guerra, não há inocência que aguente tantos golpes. Logan Lerman entrega muito interpretando Norman, migra muito bem de alguém que não sabia nem usar uma arma para alguém com sangue nos olhos querendo matar o máximo de nazistas possível, e ao chegar no fim do filme, volta para a casca da pessoa inocente, mas aqui com uma nova skin, a do medo. Em American Sniper a gente vê um pouco disso, e sem precisarem mostrar em Fury, a gente já sabe que esse soldado vai chegar em casa e começar a ter crises e perturbações lembrando dos momentos vividos. O papel de destaque no filme é o do Brad Pitt como Don, corajoso e destemido, justo e extremamente observador. Entrega um líder que não aceita covardia e não abandona seu posto em hipótese alguma, dos soldados, o mais apegado ao Fury. O personagem trouxe várias camadas, que nos provoca sentir um mix de sentimentos, em seus últimos minutos uma demonstração de vulnerabilidade quando diz para o Norman que também estava com medo. O roteiro acerta em cheio, só um ponto que não fez muito sentido, o momento em que o soldado deixa o Norman escapar, não há muito fundamento, um soldado nazista jamais deixaria que o inimigo escapasse vivo, temos material suficiente sobre a SS para sabemos que não haveria esse momento caridoso e amigável. Inclusive o Don também era assim, ele menciona que mataria quantos nazis ele pudesse. Outro ponto que me incomodou foi quando o Norman entrou no quarto e ficou o tempo todo sem dar assistência à arma, só pegou do quarto quando foi embora, não sei se foi inserido no roteiro de forma proposital pelo fato de ele ser inocente, mas um soldado jamais deixaria a arma de lado no terreno inimigo. Algumas frases me marcaram muito, quando o Grady diz "Eu acho que você é um bom homem", essa frase trouxe um pouco de humanidade ao personagem. Outro momento é o que ele fala que eles também já foram como o Norman, mostrando como foram corrompidos. Isso me lembra da conhecida frase "A farda modela o corpo e atrofia a mente", não é algo que a pessoa queira, mas não tem como fugir disso, as marcas e as perdas na guerra mudam a pessoa pouco a pouco. Gostei como o filme evidenciou o tanque, e o fato de eles estarem nele até o último segundo, os que morreram e o que sobreviveu. Ele foi a alma do filme. Me surpreendeu, esperava ser apenas mais um filme clichê de guerra, mas entregou muito, boa edição, ambientação, direção e produção.
De Olhos Bem Fechados
3.9 1,5K Assista AgoraEsse filme é muito grandioso. Não apenas pela direção impecável de Stanley Kubrick, mas o filme por inteiro é extremamente bem feito, cada detalhe, muito bem pensado para estar ali. Tom Cruise entregou muito, o personagem muito bem executado, a gente cria empatia por ele, mesmo ele sendo o tipo de pessoa que gosta de subornar os outros, mente para a esposa, para a secretária, para os que estão à sua volta. Temos Nicole Kidman brilha muito no papel de Alice, embora as palavras lentas e sensualmente arrastadas sejam insuportáveis, é proposital do roteiro que seja assim, a beleza da Nicole é fundamental para o personagem que atrai a todos por onde passa. Essa coisa de ela ser uma pessoa que dança quase se beijando com outros homens, mas tem ciúme do esposo estar conversando com duas mulheres. Toda a narrativa vai deixando no expectador a sensação de que somos o próprio Bill. Quando ele está andando na rua e o piano começa a tocar de fundo, vai dando aquela agonia desesperadora e perturbadora em quem assiste. A ambientação e atmosfera impecável, tudo em todos os lugares parece ser parte de um museu de obras de artes. A "seita" dos poderosos que gera muita teoria da conspiração na vida real, sabemos que há rumores de uma seita de irmandade chamada Skull and Bones frequentada por poderosos senadores, chefes de Estado e Presidentes na América. O filme mostra muito bem como a vulnerabilidade é algo ruim, a amiga toma decisões perante a vulnerabilidade da morte do pai, ele toma decisões baseadas na paranoia imaginando a esposa com outro o tempo todo. Nesse momento a pessoa acaba procurando por novas aventuras que possam preencher o vazio da decepção. No meio de tudo isso, um casamento que era aparentemente maravilhoso foi ruindo aos poucos, outro ponto aqui é a covardia do Bill, ele presenciou a exposição da menor de idade e apesar de querer, não tomou nenhuma providência que a ajudasse, assim como passou o filme todo tentando ignorara situação que vivia em casa, não consigo imaginar outra pessoa além de Tom Cruise para o papel. O filme explora a nudez de uma forma artística, algumas cenas do corpo da Nicole de costas pareciam quadros renascentistas. O que mais me ganhou definitivamente foram as trilhas sonoras, tudo encaixa tão bem onde tem que estar.
Amnésia
4.2 2,2K Assista AgoraDireção impecável do Christopher Nolan. Complexo, mas muito bem contado. É o tipo de filme que a gente fica o tempo todo criando teorias e no final descobre que errou todas. Destaque para a direção de edição e cores, gosto da separação do preto e branco e o colorido dividindo a forma e tempo em que a história se passa. A atuação do Guy Pearce foi muito boa, entregou tudo. Roteiro maravilhoso!
Wonka
3.4 384 Assista AgoraDá pra assistir, mas as atuações não foram das melhores. O Timothée Chalamet tentou entregar, mas se fizermos uma comparação entre esse filme e A Fantástica Fábrica de Chocolate, o Johnny Depp entrega, entretém, até o último momento do filme a gente fica empolgado, o elevador que passa pelo céu, o desenvolvimento de cada um dos que ganham o bilhete dourado, a gente conhece cada personagem, pega ranço de alguns, gosta de outros, já aqui em Wonka, não senti desenvolvimento da história em si de forma cativante. Gostei das atuações do Keegan Key e do Hugh Grant (como Oompa-Loompa, tentou entregar diante do roteiro ruim que recebeu), mas a atuação da Calah Lane como Noodle, deixou muito a desejar. Com certeza não será memorável como a Fantástica Fábrica de Chocolate. Gostei da parte em que o segredo estava no bilhete, ou seja, por anos e anos o segredo esteve ali com ele o tempo todo, algumas referências ao filme original, mas só.
A Morte e a Vida de Bobby Z
3.1 89Não é a melhor coisa do mundo, mas definitivamente não é a pior. Muito nostálgico, saudade do Paul Walker. O filme entrega o que propôs no roteiro, as cenas de ação estão legais, a história é legal, e tem o Fishburne (como sempre, fazendo papel de agente da polícia).
Medusa
3.4 52 Assista AgoraDei 3,5 por conta do roteiro que poderia ter sido incrível, mas faltou muito na execução. Ainda assim é necessário enaltecer os pontos fortes do filme. A crítica social à religião, principalmente aos evangélicos tradicionais foi colocada de forma brilhante aqui. No início quando mostra a Mari fazendo a oração quando acorda, aparece ela fazendo isso enquanto passa uma máscara para pele no rosto, representando que ela usa uma máscara enquanto religiosa, que ela não é aquela pessoa da oração. Temos aqui crentes que cantam lá na frente e se relacionam sexualmente, crente que bate na noiva, crente que na verdade é lésbica, o pastor que quer manter a imagem de igreja perfeita pra ganhar a campanha, os atores contratados para fingirem possessão, entre outros. Mas o fato é, a igreja é um mar de hipocrisias. A festa carnal ali representa a liberdade, a Melissa teve o rosto cortado porque encontrou a liberdade, a Melissa representa a liberdade. A possessão na Mari representa o incômodo que a pessoa sente quando encontra essa liberdade. Percebe-se que ela só começou a se sentir possessa depois que viu a Melissa, quando alguém toma a decisão de abandonar a crença religiosa, todo mundo diz que essa pessoa está tomada por um espírito ruim, apenas a verdade deles existe e se fecham para qualquer outra. A medusa aqui (pra mim) representa a religiosidade cristã e as cobras são os cristãos que são a sustentação e representação dela. Sempre que encontraram alguém que não andava de acordo com o que eles queriam (tanto as "preciosas" e os "vigilantes") eram punidos. Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência. Quantas vezes a gente já viu pessoas aleatoriamente sem ninguém pedir criticando uma pessoa por ter preferência sexual diferente (pessoas que eles nem conhecem), ou julgando quem escuta músicas populares, no fundo a gente sabe que essas pessoas queriam ser lives, mas elas não se libertam, por conta das ameaças de irem para o inferno. Mas não ironicamente, o inferno já é o que essas pessoas fazem na vida dos outros diariamente. Os gritos vão passando de uma pessoa para a outra no final porque quando alguém se liberta, tenta libertar outras pessoas das amarras e crenças infundáveis, mesmo após conhecer a ideia da liberdade, precisaram passar pelo tribunal dos crentes (a briga delas com os vigilantes de sião), quando conseguiram vencer a pressão dos religiosos e abandonar a igreja, finalmente ela encontra a Melissa (que tira a máscara da religião extrema) e sorri pra ela, ela sorri de volta, representando que encontrou a liberdade (que ela tanto buscava, ela pasou boa parte do tempo a procurando). Enfim, essa é a minha visão, como já fui religiosa, entendi dessa forma, como uma crítica. Direção da Anita foi boa, mas senti que do meio para o final o filme ficou um pouco arrastado, interpretações de Mari Oliveira, Lara Tremouroux e João Vithor Oliveira foram boas, mas senti falta disso no resto do elenco. Queria destacar a maravilha da edição com relação às cores e enquadramentos. Gosto muito do uso das cores, queria destacar muito a cena inicial dela dançado possessa, foi lindíssimo e bem filmado. As cenas do ralo da pia levando na água as máscaras que iam caindo, foi muito bem colocado. A bíblia vê a cobra como a representação do mal, que fez Eva trair a religião, então faz sentido o filme se chamar medusa e elas representarem cobras. A edição de Marilia Moraes também brilhou aqui. Gostei, mas poderia ter sido melhor do meio em diante.
Os Sete Samurais
4.5 404Roteiro e direção de fotografia impecáveis! Que clássico!
O Farol
3.8 1,6K Assista AgoraQue obra-prima! A direção de fotografia, filmografia, edição, roteiro estão impecáveis. Willem Dafoe entregou muito na atuação, como sempre. O Robert Pattinson aqui prova que não há nenhum resquício de outros filmes em sua atuação. A entrega entre a passividade e o autoritarismo são muito marcantes. Em todas as teorias e interpretações o fime se destacaria. Mitologicamente cada cena faz sentido e se encaixa nas intrigas dos deuses gregos. A última imagem do Tommy sendo comido pelas gaivotas conclui que quem desafia Zeus sempre será punido, uma vez que deuses são imortais e seria comido pelas gaivotas pra sempre. O homem no geral também sempre quis acesso à luz (sabedoria/ conhecimento). O velho do mar é um dos primeiros mitos, o que se encaixa muito com a aparência do Dafoe aqui. O próprio farol sobrenatural representando tudo que precisa ser preservado pelas divindades, e Tommy enfrentou tudo que precisou para chegar até ele. Saindo do campo mitológico e indo para o metafórico, o velho faroleiro pode ser o alter-ego do Tommy, que só é revelado quando bêbado ele admite pra si mesmo. A solidão e isolamento causa loucura, não houve sereia alguma, mas sim o Tommy tendo que enfrentar a própria carência estando tanto tempo sem sexo. Um ponto de destaque pra mim é como ele mais novo (assim como todos nós) chega na vida inocente e sem malícia, submissos e subordinados sem opinião forte, seguindo as regras do livro, não bebendo, etc. Mas com o passar do tempo, a gente vai percebendo que algumas regras em alguns lugares não valem nada e precisamos seguir conforme o sistema, em meio à bagunça e nojeira que a vida virou por aceitar tudo que ouvimos e não nos posicionarmos pra enfrentar nós mesmos e nossos medos começamos a perceber que a passividade não vai nos levar a lugar nenhum, precisamos abrir mão de algumas coisas e pessoas, mesmo que sejam partes de nós mesmos para chegarmos à algo que tanto queremos, e em alguns casos, o que tanto queríamos é exatamente o que traz nosso fim. Gosto de como a direção vai sujando o ambiente, deixando claustrofóbico, incluindo a gente na trama como se fôssemos alguma parte daquilo acompanhando tudo de perto. A mistura da solidão com o silêncio de nossos próprios pensamentos endoidece. É uma luta constante tentando manter a sanidade, chega uma hora que não se sabe o que é real e o que é criado por nós. Ver tudo em preto e branco causa ainda mais estranheza. O faroleiro sempre está acima do subordinado, mas quando ele deixa de ser passivo, o que era autoridade aparece sentado (abaixo dele) e o que era passivo agora aparece em pé como sinal de poderio, conquista de autoridade, cada detalhe me pegou, as filmagens de um quarto para o outro ficou lindíssima. Nota máxima!
O Homem nas Trevas
3.7 1,9K Assista AgoraNota 3,0 por conta da direção de fotografia que é primorosa, e só. Alguns plots, mas não vai ser aquele filme de suspense inesquecível, na verdade longe disso. Roteiro pobre, a atuação do Stephen Lang carrega o filme nas costas, o coitado tentou e entregou bastante, fez o que conseguiu com o roteiro que recebeu. Clichês complemente desnecessários como o quadro de ponta cabeça, o que seria interessante mesmo, explorar os sentidos não fizeram, faziam a festa correndo na frente do cara e ele não ouvia nada contrariando completamente o fator de que sentido apurado é a principal premissa referente a alguém que perde a visão. As outras atualizações não se destacaram, exceto pelo cachorro que foi importante em vários momentos.
Possessor
3.4 302 Assista AgoraBrandon Cronenberg dirigiu muito bem, porém a direção foi apagada por conta do roteiro, muito arrastado, não me prendeu. As cenas de violência e gore ficaram muito boas (por conta da direção), alguns takes me lembraram Black Mirror e foi apenas por isso que dei 3,0, inclusivea atriz já participoude BM. Me agrada muito esse universo da inteligência artificial e suas consequências. As cenas de transição dos corpos ficaram muito boas, a cena da máscara extremamente creep e bizarra, muito bem gravada em iluminação e edição em vermelho. Mas não dá pra ignorar algumas péssimas atuações e o roteiro pobre.
Os Outros
4.1 2,5K Assista AgoraQue suspense maravilhoso! A atuação da Nicole Kidman no papel de Grace está incrível, visto que grande parte do filme é com a câmera focada nas expressões dela, e ela entregou muito. O roteiro é muito bom, entregando dicas aos poucos, os plots são bons e muito bem aplicados no momento certo. A direção de figurinos e tons de cores estão impecáveis. O clima mórbido e cinzento combinando com tudo. Outro destaque para mim são as atuações da Fionnula Flanagan como Bertha e da Alakina Mann como Anne. O modo como o roteiro vai quebrantando a Grace, inicialmente ela é durona e fria, e aos poucos vai amolecendo o coração conforme descobre junto com a gente os fatos me pegou demais. Direção e produção espetaculares!
Miss Simpatia
3.3 950 Assista AgoraSandra Bullock arrasando como sempre! Atuação maravilhosa, o filme traz boas piadas e críticas aos concursos, tão bom assistir a um filme dessa época! Que saudade, muito nostálgico. Roteiro com algumas coisas que envelheceram mal no sentido que a galera de hoje pegaria no pé, mas deve-se considerar a época, sendo assim e ignorando esse fato, o filme é maravilhoso e arranca muita risada. Amo a temática dos anos 2000, a Sandra está lindíssima nesse filme.
Friends: A Reunião
4.3 330 Assista AgoraMuito nostálgico, reassistindo hoje. Que saudade do Matthew Perry. Muito icônico e emocionante!
Contra o Tempo
3.8 2,0K Assista AgoraSou suspeita em falar, pois faço Ciência da Computação e sou apaixonada pela área. Filme surpreendente, roteiro muito bom, por um lado faz a gente pensar nas maravilhas dos avanços da Inteligência artificial, por outro, a que ponto a ganância das pessoas pode chegar, para fazer experiências com os corpos das pessoas com ou sem autorização, um ponto do roteiro que me agrada é a luta pra salvar as outras pessoas, evidenciando o lado humano, apesar do Código fonte. Vera Farmiga abrilhantando o elenco, é sempre um prazer, atuação impecável do Jake Gyllenhaal, como sempre. Direção de fotografia e edição poderia ser um pouco melhor, mas para 2011 está ótimo. Me marcou no final quando o chefe do projeto diz que uma hora uma crise aparece, infelizmente é a realidade dos grandes financiadores de pesquisa e projetos de IA. Gosto de como o filme dá ênfase em perguntar o que faríamos se soubéssemos que nos resta poucos minutos de vida. É uma pergunta boa a se fazer para nós mesmos. Entrou no meu top. Filmaço!
A Bruxa
3.6 3,4K Assista AgoraFilme muito bom! Entrou para o meu top! A mensagem principal que o filme passou para mim foi referente ao mau que a gente aceita mesmo sendo bom depois de ouvir tantas e tantas vezes que cavamos maldade. Chega uma hora que as pessoas cansam de se justificar e abraçam esse "destino". A representação de tudo é muito bem executada pela direção e roteiro do Robert Eggers, a hipocrisia veio na forma de um pai que deseja ter a família "perfeita" e falha miseravelmente nisso, quando ele grita que não criou uma filha bruxa, nos dias de hoje quem nunca ouviu a frase do pai hipócrita cristão tradicional "eu não criei filho meu pra ser isso ou aquilo", é um pai que primeiramente abriu mão do conforto deles para ser dono da própria razão indo embora da comunidade, depois temos a tentativa de explicar ao filho os valores bíblicos e o menino completamente confuso, pois ouvia algo e via o pai fazendo completamente o oposto do que dizia, sendo criado de uma forma selvagem e se preparando para ser o homem da casa prematuramente. Temos a representação do diabo no bode, que nos mostra o quanto o pai se preocupa tanto com a filha que fazia tudo certo focando na pessoa errada que o tempo todo teve o diabo dentro da própria casa e não percebeu, às vezes nossas próprias convicções nos fazem cegos impedindo-nos de enxergar o óbvio. Temos uma mãe sempre acusando a Thomasin de qualquer coisa que dê errado, que pensou em vendê-la aos serviços de outras pessoas, uma esposa com aparência acabada e desmotivada com relação à autoestima que tem ciúme da própria filha, acusando-a de seduzir pai e irmão, um casal que vive trocando "eu te amo" em palavras mas em momento nenhum demonstraram afeto real ou sexual um pelo outro. O pai e a mãe representam muito bem o extremo religioso, o filho do meio representa muito bem o conformismo social daqueles que são orientados a fazer o que fazem sem saber muito bem o motivo, mas como foram criados assim, apenas o fazem, até instigam questionamentos, mas acaba ficando nisso mesmo. E a Thomasin me lembra o papel principal do Cisne Negro, a Nina, que a um certo ponto, decide abraçar seu lado obscuro e encontra felicidade nisso. Saindo do sentido figurado e falando do filme em si, a Bruxa original provavelmente também foi atraída para assinar o livro e ficou pela floresta depois. A representação do ritual ficou muito boa, me lembra aqueles quadros de pinturas relacionados às bruxas de antigamente. A direção de fotografia, figurinos, cores, a edição, a luz natural, tudo ficou tão incrível. As atuações de Harvey Scrimshaw e da Anya Joy com certeza foram o destaque.
O Silêncio dos Inocentes
4.4 2,8K Assista AgoraFilme muito bom! Ótima Direção, não tem como não elogiar a direção de fotografia, o enquadramento no rosto dos atores durante os diálogos é sensacional e tem um efeito de pura agonia para quem assiste. A atuação de Anthony Hopkins como Lecter simplesmente incrível, muito perturbador a mesma "pessoa" que conversa calmamente com a Clarice ser a que deixa os policiais naquele estado horrível e pendurado com a pele caindo, é horripilante. Jodie Foster também atuou bem. O roteiro é bom, não é o tipo de filme para reassistir por ser muito pesado para o psicológico, mas com certeza marca.
A Casa de Cera
3.1 2,1K Assista AgoraMuito nostálgico. Um dos primeiros filmes de terror que eu vi na vida. Na época eu fiquei dias pensando na cena do dedinho e do alicate. Enredo bom, temática boa, ambientação e cenário impecáveis, algumas atuações deixaram a desejar, mas não contei na minha nota, pois é mais sobre a nostalgia boa que sinto quando assisto. Toda a temática sobre a cidade toda ser de cera e como a gente vai descobrindo aos poucos que são pessoas é tão legal e envolvente. A trilha sonora com os rocks dos anos 2000 é tão maravilhosa. Um dos meus filmes de terror favoritos!
Entre Irmãos
3.6 966 Assista AgoraEsse filme me lembra Sniper Americano, que é um dos meus filmes favoritos de Guerra. Essa coisa de voltar da Guerra e estar completamente vegetando por dentro, mentalmente abalado e destruído, com burnout em seu nível mais complexo, a atuação do Tobey Maguire está impecável, nos momentos em que o olhar do ator fala, nos momentos em que ele precisa explodir ira fisicamente, tudo muito bem entregue, não dei nota máxima pelo fato de eu não ter sentido que o filme teve um final justo, merecia um final muito melhor, mais bem trabalhado, muito bem ver no mesmo filme a Natalie Portman, Tobey Maguire e Jake Gyllenhaal, elenco muito bem escolhido para passar a sobriedade e complexidade do filme tanto pelo olhar de quem vai, como pelo de quem fica. Direção impecável do Jim Sheridan.
Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio
3.2 961 Assista AgoraSem dúvidas o que carrega o filme nas costas é a atuação da Vera Farmiga. Alguns momentos do enredo não me prenderam, embora a qualidade das edições seja boa. Gostei do desenvolvimento do tema ritual e todo o envolvimento da família na trama, mas faltou muito para uma nota 4. Dei 3,0 por conta do casal (de atores) que sempre brilha no protagonismo, mas não assistiria novamente ou indicaria para alguém, se tivesse que indicar, seria o primeiro da trilogia.
Premonição 3
3.0 1,1K Assista AgoraUm dos meus favoritos. Quando eu era mais nova sempre passava dias depois de assistir com medo de fazer qualquer coisa relacionada às coisas que causavam as mortes no filme. Ele não é aquele filme de roteiro e atuações 5 estrelas nível Oscar, mas vale a nota pela nostalgia que traz sempre que assisto, me sinto bem, com o coração aquecido em ver algo de bom que me lembra bons tempos. Gosto do enredo, levando em consideração a época, é um filme muito bom.
Cisne Negro
4.2 7,9K Assista AgoraSe eu tivesse assistido esse filme quando era adolescente não teria entendido nada, mas assistindo pela primeira vez em 2023, faz total sentido. Que filme maravilhoso, dirigido com maestria, tantas camadas a serem destrinchadas, nosso psicológico é nosso maior inimigo na vida, o lado ruim de buscar a perfeição é que como é algo inalcançável, nada nunca estará bom, nunca sera suficiente, mesmo que para todas as pessoas que te rodeiam esteja perfeito, para você sempre haverá um ponto a ser melhorado ou algo que não ficou do jeito que você queria, pois o padrão inalcançável já se instalou dentro do consciente. E muitas vezes quando a pessoa tecnicamente "consegue" alcançar, a caminhada foi tão exaustiva e cheia de sacrifícios, inclusive temos referências a isso no filme quando mostra os pés completamente machucados ou o estado físico e emocionalda bailarina anterior. Um padrão tão alto requer muito esforço e drenagem da saúde psicológica e emocional, perde-se o acolhimento do eu como um ser digno de compaixão, não há o olhar pra si mesmo com olhos de amor-próprio e empatia, olhar do eu preciso de cuidado psicológico, eu preciso dormir, etc. O filme entrega muito, roteiro magnífico, a interpretação da Nina pela Natalie Portman foi brilhante em todos os sentidos. A construção do personagem no roteiro, toda a doçura do Cisne branco quando habitava dentro dela, a representação visual na ambientação do quarto e da paleta de cores claras, pouco a pouco muda de acordo com o avanço do nascimento e desenvolvimento do Cisne negro, o momento em que ela joga os ursos fora é o marco dos traços vindo à tona na personalidade, as paranóias, a convivência com a mãe narcisista, a relação com o diretor que claramente se aproveita sexualmente de todas as candidatas que queiram estar em foco, o que não é diferente do que acontece hoje em dia por exemplo no mundo da moda, o reflexo no espelho dando vida à consciência, e finalmente o momento em que no palco ela vira o Cisne negro, o palco literal representando o palco da vida, figurando tudo que a Nina protagoniza em sua realidade e o pulo final representando o preço pago ao chegar no pódio. A verdade é que a busca pela perfeição aprisiona nosso eu interior e é por isso que ela em alguns momentos invejou a bailarina que representava a liberdade. Ser livre é uma das maiores conquistas de alguém, pois onde mora a liberdade genuína de mente e espírito, é-se feliz, não que ela não tenha encontrado a liberdade, pois liberdade é relativa e quando se entregou ao seu Cisne Negro de certa forma libertou-se, mas uma "liberdade" momentânea que durou pouco e teve um preço alto. Nota mil!
Endiabrado
3.0 353 Assista AgoraUm dos meus filmes favoritos dos anos 2000. Sempre que assisto morro de rir. Ótimas atuações de Elizabeth Hurley e Brandon Fraser. Brandon se desdobrando em vários personagens e entregando tudo, o roteiro é bobinho, mas é proposital, é o que o filme propõe entrega, as referências e as piadas são muito engraçadas, transformar o trágico em cômico sem desrespeito, filme pra rir em um domingo à tarde. Amo toda a temática dos anos 2000, as roupas e os cabelos da época, maquiagem grunge do resquício dos anos 90 mas com o fresh das novidades que a virada da década trouxe, a edição entrega em momentos como a abertura, mas deixa a desejar em momentos quando como ela se transforma no diabo no inferno, porém não da pra levar isso em consideração, são as ferramentas da época rsrs. A Elizabeth Hurley possui uma beleza em níveis tão altos, que mulher linda, destaque para o sotaque adorável, entregou tanto na atuação.
Invocação do Mal 2
3.8 2,1K Assista AgoraNão é tão bom quanto o primeiro, mas está longe de ser ruim. A edição aqui me pega muito, pois fica muito gráfico e artificial os cortes que têm o homem torto e o Bill aparecendo na fresta da porta. O destaque aqui é para A Freira (valak), que realmente brilhou nos poucos momentos em que apareceu. A Valak e a Vera Farmiga salvaram o filme com as atuações. O roteiro não é tão ruim, mas poderia ser melhor.
Invocação do Mal
3.8 3,9K Assista AgoraO filme é muito bom! Gosto como intercalam entre a vida das vítimas e dos Warren. Sou muito suspeita para falar da Vera Farmiga. Essa mulher nunca erra! Todas as atuações dela são brilhantes, ela é a queridinha do Horror. O roteiro é bom (apesar de que aqui, o fato de ser baseado em fatos reais para mim não vale nada, uma vez que não acredito), mas mesmo assim e bom. A gente se envolve na trama e a forma como as entidades são apresentadas se destaca bastante. É um clássico.