O filme me surpreendeu. Adorei essas referências literárias no filme, no enredo, nos diálogos. Tornou o filme poético. O modo como o aluno envolveu até o próprio professor com suas histórias. O professor vira o ''leitor'' junto com sua mulher e juntos eles debatem sobre possibilidades e as situações. Cada família é um mundo. Mas achei a forma como o professor incentiva muito inapropriada e ilícita. Foge do controle. O professor e o aluno não é uma dupla muito boa, não.
A fotografia deixou a desejar. O final também. Porém eu gostei bastante do filme apesar da temática ser batida. As cenas de sexo são lindas. As atuações são muito boas. Léa Seydoux divina como sempre. O azul lhe caiu muito bem.
Que atuação espetacular do Bale! A expressão facial, corporal... Tudo impecável fazendo com que o personagem ficasse ainda mais bem elaborado e rico. Filme que mostra os psicopatas que temos inseridos na sociedade, entre nós, e não percebemos, pois eles são dissimulados e sabem passar despercebidos. Sabem agir como pessoas ''normais''. Um filme brilhante! Não sei porque demorei tanto para assistir.
''You're a fucking ugly bitch. I want to stab you to death, and then play around with your blood.''
''Preencha todos os meus buracos, por favor.'' ''Eu não sinto nada.''
Marcou e diz muito sobre Joe.
Saí da sala de cinema extasiada, perturbada com a narrativa tão cheia de metáforas. Me peguei encantada com o mistério do improvável, do confiar ou não confiar na narradora-personagem com suas coincidências perfeitas e impressionantes. A trilha sonora é de arrepiar: Rammstein. Achei interessante o modo como o que Seligman falava se encaixava, se aplicava nas histórias de Joe perfeitamente. As cenas engraçadas com diálogos divertidos e as metáforas com pescaria, música clássica foi o que deu a leveza ao filme. Todos esperavam um filme pornográfico cult e von Trier estapeou a cara de todos dando-lhes uma obra prima. Tenho que assistir mais dez vezes, no mínimo, para tentar entender o que von Trier quis transmitir. Mal posso esperar pelo volume II.
Filme que retrata os pensamentos e atitudes dos adolescentes. Retrata o quanto os adolescentes são mal informados sobre doenças sexualmente transmissíveis e sobre métodos contraceptivos. Apenas a realidade crua dos que não possuem orientação quanto a sexo e como se prevenir de DST/HIV.
Eu adoro filmes com esse tipo de temática. Os diálogos são incríveis e é de onde você tira a ideia que o filme quer passar e até mesmo os pensamentos dos personagens. Toca Hallelujah do Jeff Buckley. ♥
Esse filme me deixou aflita do início ao fim. Uma temática difícil em que o diretor não teve nenhum receio de abordar de forma explícita, de forma verossímil. Atuações brilhantes! Que situação difícil a desse casal. Imagino o que eles não devem pensar... Que tudo seria diferente se eles não fossem viciados. A relação seria mais saudável, como todo namoro. Fico me questionando aonde está a mãe dessa garota que não está presente nunca, que não ajuda, que não dá apoio, suporte. Um filme que mostra a realidade dos viciados. Como tudo se inicia e como termina. Como é difícil sair desse poço profundo. Muitos morrem por terem uma história parecida. Uma dura e cruel realidade. Maravilhosa trilha sonora: David Bowie! Essa cena final foi apenas... Não tem palavras que expressem o que eu senti.
Gostei dos diálogos inteligentes, sensíveis e poéticos que se deu durante a narrativa. O diferencial de ter o Louis Garrel como narrador-personagem, interagindo com o espectador foi maravilhoso e inteligente. Honoré sempre me agrada. Seus filmes são leves e complexos ao mesmo tempo.
As cenas, os diálogos mostram como nós somos inconstantes. Uma hora estamos felizes com nossa situação com o parceiro. Outra hora estamos insatisfeitos, reclamamos e enxergamos todos os defeitos daquela pessoa, mas não a deixamos, porque até os defeitos se tornam bonitos ou apreciáveis. Só então quando deixamos de amar é que muito mais defeitos veem à tona e nos perguntamos: como eu pude me apaixonar por tal pessoa?
Iñárritu sempre abordando a vida como ela é, a sociedade doentia como ela sempre foi e sempre será. Estapeia nossa cara com a verdade nua e crua, situações que fechamos nossos olhos para não querer ver, porque a realidade dói, a realidade é cruel e repugnante.
Retrata famílias imperfeitas, lares destruídos, infidelidade, gravidez precoce, problemas socio-econômicos, alcoolismo... O que gosto no Iñárritu é isso. Ele cria histórias que se entrelaçam e uma justifica a outra. Não perde o sentido, não é só um monte de fatos jogados em tantos minutos de filme.
A história que eu mais gostei foi a do Octavio e Susana. Amo o trabalho do Gael García. Uma tremenda crueldade o que fazem com os cães.
Cortes de cenas mal feitos. Melhore, Sofia. Basicamente o filme mostra a realidade da juventude atual que quer ser o que não pode, que quer ser como os seus ídolos de qualquer maneira, que são guiados pelo que as celebridades fazem em seu dia-a-dia. Crítica severa à sociedade americana que valoriza o que é ilícito. Em todo caso, confesso que esperava mais.
Ps.: É tão fácil assim entrar numa casa de super celebridades? Inspiração para os cleptomaníacos.
Esse filme realmente me pegou desprevenida. Eu não esperava uma história desse tipo. É chocante! Achei que faltou uma organização e uma sequência lógica de cenas, porque houve uma mistura delas e no fim entendi e absorvi pouquíssima coisa. Vi e ouvi histórias chocantes, mas que sabemos bem que ocorre nessa sociedade doentia em que estamos inseridos. A parte dos gatos me deixou muito desconfortável. Senti pena. Algumas cenas me fizeram rir, outras ter nojo, outras me deixaram assustada.
Esse filme mostra como é difícil essa transição, essa fase de descobrimento da sua sexualidade. Como é difícil a aceitação tanto para a criança quanto para os pais que não conseguem entender onde eles erraram (se é que isso é fruto de um erro. Penso que não.) e não sabem lidar com a situação de forma sensata e saudável.
Gostei da forma como o diretor abordou o tema, suavizando-o com os ''sonhos'' de Ludovic, com suas hipóteses sobre sua sexualidade, a historinha do Y perdido no lixo, menino-menina. Mostra como é difícil a sociedade lidar com pessoas diferentes, mostra os preconceitos entranhados.
Tão complexo e tão simples... Gostei da temática que o filme aborda. A mudança de estilo de vida, adaptação. Os conflitos que ocorrem tanto na família tradicional (violência doméstica, alcoolismo) e os conflitos que ocorrem também na família hippie. Que tanto os preceitos da família tradicional quanto da hippie não ocorrem na prática. Gostei bastante também da forma como foram flexíveis diante das situações, mesmo tendo seus pensamentos políticos firmados. Um filme delicioso de assistir. Adoro cada vez mais o cinema sueco e esse diretor vem me surpreendendo a cada filme.
A atuação da Binoche é impecável. Achei incrível, sublime, profundo e melancólico. As sacadas do Krzysztof Kieslowski quanto a expressão dos sentimentos mais profundos da personagem na música e na cor azul, que muitas vezes aparecia refletida no vídeo. A atmosfera do filme é carregada. Visceral, inquietante.
É como se comer o doce da filha (que ''coincidentemente'' é azul) fosse libertá-la da dor de não tê-la mais. Como se as idas na piscina fossem sua tentativa de libertação de todo aquele passado que lhe trazia dor.
Uma mulher que perdeu tudo (amor de mãe, filha, marido). O filme todo ela procura por se libertar de tudo isso, se desprender. Liberdade retratada de forma triste.
O lustre de pedras azuis e o colchão como objetos que a prendia. Logo quando se sentiu livre, se desfez deles.
Cena marcante, quase no final: a dela saindo de casa para a do Olivier. A câmera foca o lustre de pedras azuis e mostra ela fechando a porta. Como se a liberdade se consumasse ali.
Esse final é arrebatador. MEU DEUS!
"Devemos sempre ter a que nos agarrar." ''O amor é paciente, o amor é gentil, suporta qualquer coisa e tudo sabe. O amor nunca acaba.''
Para mim, a Sophie é quem eu quero ser e a Frances é como eu me vejo, caso eu fracasse na vida, caso meus planos para o futuro não tão distante deem errado.
É chato perder um amigo, mas achei que esse amor que Frances sentia por Sophie exacerbado demais. Chegou a ser doentio. Mais chato ainda é quando você faz algo por alguém pensando no bem dessa pessoa e quando ela possui a oportunidade de meio que ''retribuir'', ela age completamente diferente. É bem chato, mas é bastante corriqueiro nas amizades e até nos outros tipos de relacionamento.
Quando se é uma Frances ou não, você tem mais é que viver a vida do jeito que dá, se adequando às suas posses e sem perder a alegria de viver.
É triste ver uma garota de 16 anos ser largada pela mãe, que por sinal é uma mulher inescrupulosa que teve a coragem de deixar a filha para trás para viver com um homem qualquer, mesmo que ela seja fruto de uma ''aventura''. É triste ver ela abandonar os estudos por falta de incentivo, de instrução. De ter que vender o próprio corpo para comprar comida.
O filme mostra nada mais que a verdade nua e crua. Nós sabemos bem que existem muitas Lilyas e Volodyas nesse mundo. Uma garota que não teve uma base familiar, não teve amor. Uma garota sem perspectivas, com sonhos destruídos.
Imagina o quão difícil é sempre receber uma ''rasteira'' quando confia em alguém... É golpe por cima de golpe. É como disseram: você torce para que o sofrimento dela cesse e tudo fique bem. Como um filme com final feliz. Um filme que deixa você perplexa diante de todas as abomináveis práticas que o ser humano é capaz.
A atmosfera do filme é muito pesada. Tanto o subúrbio da União Soviética quanto da Suécia são tão tristes, feios e monótonos. Dá mais realidade ao clima pesado da trama. A trilha sonora é divina! As músicas combinam com cada cena, com a emoção dos personagens.
A melancolia é como um planeta que está prestes a colidir com outro. No caso a melancolia é o planeta ''melancolia'' e nós somos o planeta Terra. Cabe a nós nos conformamos com essa colisão (colisão seria o fato de nos tornarmos melancólicos) ou nos desesperamos com o fim, pois não queremos estar tão tristes assim, queremos nos reerguer, melhorar, voltar ao estado de espírito anterior. As duas irmãs é como se fosse a conformada e a outra desesperada. Ela se recusa a entrar em estado de melancolia.
Também vi que a Justine demonstrava medo e dúvida quanto a várias coisas ditas normais e comuns entre os seres humanos como casar. Ela tentava, se esforçava para estar feliz, mas ela não conseguia. Não via sentido em tudo aquilo. Ela não consegue encontrar seu lugar no mundo e vamos ser sinceros... Não saber onde se encaixa, o que fazer etc é algo deveras assustador. Eu preferia morrer a sentir essa sensação. E é o que ela quer. Com o anúncio do fim do mundo, para ela é super confortável.
Quanto a Claire, na primeira parte você vê ela controladora, segura. Lógico. Ela tem uma vida estável, sabe onde é seu lugar: cuidando do marido e filho. Na segunda parte, com o anúncio do fim, tudo a deixa aflita e insegura.
As duas reações sobre o fim do mundo de dois tipos de referenciais: a do melancólico (que não sabe o seu lugar no mundo, portanto morrer não seria má ideia) e a do encontrado na vida (que tem suas responsabilidades, sua vida completa).
Esse filme é brilhante. Encantada demais com o trabalho do Lars. A cena final é linda! Fotografia perfeita.
Se aproveitar da bondade de uma mulher romântica, simples, pobre, trabalhadora, mãe solteira e cega é muita maldade. Todas as coisas que ocorreram com Selma sensibilizam qualquer um. É muito sofrimento. Ver uma mãe tentar de tudo para proporcionar a seu filho o que ela não teve a oportunidade: enxergar.
É difícil ver Selma deixar que tudo ocorra sem que ela conte o que realmente aconteceu. Ela foi fiel a quem não teve escrúpulos, quem não soube lhe respeitar e destruiu sua vida. Mas podemos ver que apesar da podridão humana, ainda tinha poucas pessoas que se importavam com seu bem estar.
Quero agradecer aos Lars von Trier por me proporcionar essa experiência cinematográfica divina. Esse cineasta está me conquistando pouco a pouco.
Atuação da Björk é incrível. Essa mulher é uma artista inigualável. Minha admiração por essa mulher é infindável.
Definitivamente esse filme é uma crítica à natureza humana, que em sua essência já é má. Nós humanos, com nossas maldades, egoísmos, falta de escrúpulos, é que somos o Anticristo, o mal que existe na Terra.
Inicialmente você se apega apenas aos fatos de que é um luto complicado, pois é um filho que foi perdido. O pai tenta se apegar às suas técnicas terapêuticas para não sofrer , demonstrando total tranquilidade em lidar com a morte do filho. Uma mãe que não suporta a perda desse filho. Porém com o passar dos capítulos, você vai pescando outras ideias escondidas na história. A mãe já era malvada por essência. Ela estudava as torturas e mortes sofridas por mulheres para sua Tese. Ela era aficionada pelo tema. Aficionada por ela mesma.
Foi mostrado que ela torturava o filho e que viu ele pulando da janela. Sua morte poderia ter sido evitada, mas preferiu seguir sua ''veia malvada'' e apenas se preocupar com o orgasmo.
É um filme totalmente cheio de simbolismos por trás da história e acho que duas ou três vezes para entendê-lo é muito pouco. Típico filme ''mind fuck''. Aquele que faz você pensar por meses.
Atores incríveis, fotografia maravilhosa e roteiro muito bem elaborado. Lars von Trier conquistou minha atenção com esse filme. Era um cineasta que eu tinha sérios desafetos por sempre achar seus filmes chatos e lentos demais para uma pessoa ansiosa como eu.
Dentro da Casa
4.1 553 Assista AgoraO filme me surpreendeu. Adorei essas referências literárias no filme, no enredo, nos diálogos. Tornou o filme poético. O modo como o aluno envolveu até o próprio professor com suas histórias. O professor vira o ''leitor'' junto com sua mulher e juntos eles debatem sobre possibilidades e as situações. Cada família é um mundo. Mas achei a forma como o professor incentiva muito inapropriada e ilícita. Foge do controle. O professor e o aluno não é uma dupla muito boa, não.
O beijo me pegou desprevenida. ♥
As Pequenas Margaridas
4.2 267 Assista AgoraQue fotografia divina! Apaixonei.
Azul é a Cor Mais Quente
3.7 4,3K Assista AgoraA fotografia deixou a desejar. O final também. Porém eu gostei bastante do filme apesar da temática ser batida. As cenas de sexo são lindas. As atuações são muito boas. Léa Seydoux divina como sempre. O azul lhe caiu muito bem.
Psicopata Americano
3.7 1,9K Assista AgoraQue atuação espetacular do Bale! A expressão facial, corporal... Tudo impecável fazendo com que o personagem ficasse ainda mais bem elaborado e rico. Filme que mostra os psicopatas que temos inseridos na sociedade, entre nós, e não percebemos, pois eles são dissimulados e sabem passar despercebidos. Sabem agir como pessoas ''normais''. Um filme brilhante! Não sei porque demorei tanto para assistir.
''You're a fucking ugly bitch. I want to stab you to death, and then play around with your blood.''
Ninfomaníaca: Volume 1
3.7 2,7K Assista Agora''Preencha todos os meus buracos, por favor.''
''Eu não sinto nada.''
Marcou e diz muito sobre Joe.
Saí da sala de cinema extasiada, perturbada com a narrativa tão cheia de metáforas. Me peguei encantada com o mistério do improvável, do confiar ou não confiar na narradora-personagem com suas coincidências perfeitas e impressionantes. A trilha sonora é de arrepiar: Rammstein. Achei interessante o modo como o que Seligman falava se encaixava, se aplicava nas histórias de Joe perfeitamente. As cenas engraçadas com diálogos divertidos e as metáforas com pescaria, música clássica foi o que deu a leveza ao filme. Todos esperavam um filme pornográfico cult e von Trier estapeou a cara de todos dando-lhes uma obra prima. Tenho que assistir mais dez vezes, no mínimo, para tentar entender o que von Trier quis transmitir. Mal posso esperar pelo volume II.
Clube dos Cinco
4.2 2,6K Assista AgoraSimples, mas com sua beleza.
A Professora de Piano
4.0 685 Assista Agora''Não tenho sentimentos, Walter. É melhor convencer-se disso. E mesmo que viesse a tê-los, nunca subjugariam a minha inteligência.''
C.R.A.Z.Y. - Loucos de Amor
4.2 712Adorei a trilha sonora: Bowie, Stones e Floyd é para matar. ♥
Kids
3.5 665Filme que retrata os pensamentos e atitudes dos adolescentes. Retrata o quanto os adolescentes são mal informados sobre doenças sexualmente transmissíveis e sobre métodos contraceptivos. Apenas a realidade crua dos que não possuem orientação quanto a sexo e como se prevenir de DST/HIV.
Transmitir o vírus do HIV para virgens é cruel... Mas acontece.
Diálogos objetivos e sem pudores.
Edukators: Os Educadores
4.1 663Eu adoro filmes com esse tipo de temática. Os diálogos são incríveis e é de onde você tira a ideia que o filme quer passar e até mesmo os pensamentos dos personagens. Toca Hallelujah do Jeff Buckley. ♥
Ódio daquele magnata que dedurou eles quando prometeu que não o faria.
"Todo coração é uma célula revolucionária.''
''Fazer revolução hoje em dia é difícil.''
''Queríamos salvar a nossa pele, não o mundo.''
Eu, Christiane F.,13 Anos, Drogada e Prostituída
3.6 1,2K Assista AgoraExtasiante, complexo, incrível, avassalador...
Esse filme me deixou aflita do início ao fim. Uma temática difícil em que o diretor não teve nenhum receio de abordar de forma explícita, de forma verossímil. Atuações brilhantes! Que situação difícil a desse casal. Imagino o que eles não devem pensar... Que tudo seria diferente se eles não fossem viciados. A relação seria mais saudável, como todo namoro. Fico me questionando aonde está a mãe dessa garota que não está presente nunca, que não ajuda, que não dá apoio, suporte. Um filme que mostra a realidade dos viciados. Como tudo se inicia e como termina. Como é difícil sair desse poço profundo. Muitos morrem por terem uma história parecida. Uma dura e cruel realidade. Maravilhosa trilha sonora: David Bowie! Essa cena final foi apenas... Não tem palavras que expressem o que eu senti.
''Vou largar. Amanhã.''
Em Paris
3.7 252Gostei dos diálogos inteligentes, sensíveis e poéticos que se deu durante a narrativa. O diferencial de ter o Louis Garrel como narrador-personagem, interagindo com o espectador foi maravilhoso e inteligente. Honoré sempre me agrada. Seus filmes são leves e complexos ao mesmo tempo.
As cenas, os diálogos mostram como nós somos inconstantes. Uma hora estamos felizes com nossa situação com o parceiro. Outra hora estamos insatisfeitos, reclamamos e enxergamos todos os defeitos daquela pessoa, mas não a deixamos, porque até os defeitos se tornam bonitos ou apreciáveis. Só então quando deixamos de amar é que muito mais defeitos veem à tona e nos perguntamos: como eu pude me apaixonar por tal pessoa?
Amores Brutos
4.2 818 Assista AgoraIñárritu sempre abordando a vida como ela é, a sociedade doentia como ela sempre foi e sempre será. Estapeia nossa cara com a verdade nua e crua, situações que fechamos nossos olhos para não querer ver, porque a realidade dói, a realidade é cruel e repugnante.
Retrata famílias imperfeitas, lares destruídos, infidelidade, gravidez precoce, problemas socio-econômicos, alcoolismo... O que gosto no Iñárritu é isso. Ele cria histórias que se entrelaçam e uma justifica a outra. Não perde o sentido, não é só um monte de fatos jogados em tantos minutos de filme.
A história que eu mais gostei foi a do Octavio e Susana. Amo o trabalho do Gael García.
Uma tremenda crueldade o que fazem com os cães.
Bling Ring - A Gangue de Hollywood
3.0 1,7K Assista AgoraCortes de cenas mal feitos. Melhore, Sofia. Basicamente o filme mostra a realidade da juventude atual que quer ser o que não pode, que quer ser como os seus ídolos de qualquer maneira, que são guiados pelo que as celebridades fazem em seu dia-a-dia. Crítica severa à sociedade americana que valoriza o que é ilícito. Em todo caso, confesso que esperava mais.
Ps.: É tão fácil assim entrar numa casa de super celebridades? Inspiração para os cleptomaníacos.
Vidas sem Destino
3.7 657Esse filme realmente me pegou desprevenida. Eu não esperava uma história desse tipo. É chocante! Achei que faltou uma organização e uma sequência lógica de cenas, porque houve uma mistura delas e no fim entendi e absorvi pouquíssima coisa. Vi e ouvi histórias chocantes, mas que sabemos bem que ocorre nessa sociedade doentia em que estamos inseridos. A parte dos gatos me deixou muito desconfortável. Senti pena. Algumas cenas me fizeram rir, outras ter nojo, outras me deixaram assustada.
É, acho que Korine não faz meu estilo.
Minha Vida em Cor-de-Rosa
4.3 394 Assista AgoraEsse filme mostra como é difícil essa transição, essa fase de descobrimento da sua sexualidade. Como é difícil a aceitação tanto para a criança quanto para os pais que não conseguem entender onde eles erraram (se é que isso é fruto de um erro. Penso que não.) e não sabem lidar com a situação de forma sensata e saudável.
Gostei da forma como o diretor abordou o tema, suavizando-o com os ''sonhos'' de Ludovic, com suas hipóteses sobre sua sexualidade, a historinha do Y perdido no lixo, menino-menina. Mostra como é difícil a sociedade lidar com pessoas diferentes, mostra os preconceitos entranhados.
Mas a família soube lidar bem com tudo isso e no final apoiou o filho com sua sexualidade.
Fica aqui meu eterno desgosto por termos uma sociedade tão opressora.
Bem-Vindos
4.0 47Tão complexo e tão simples... Gostei da temática que o filme aborda. A mudança de estilo de vida, adaptação. Os conflitos que ocorrem tanto na família tradicional (violência doméstica, alcoolismo) e os conflitos que ocorrem também na família hippie. Que tanto os preceitos da família tradicional quanto da hippie não ocorrem na prática. Gostei bastante também da forma como foram flexíveis diante das situações, mesmo tendo seus pensamentos políticos firmados. Um filme delicioso de assistir. Adoro cada vez mais o cinema sueco e esse diretor vem me surpreendendo a cada filme.
Abba e Nazareth na trilha sonora foi ♥.
O Leitor
4.1 1,8K Assista AgoraSublime e sensível.
A Liberdade é Azul
4.1 649 Assista AgoraA atuação da Binoche é impecável. Achei incrível, sublime, profundo e melancólico. As sacadas do Krzysztof Kieslowski quanto a expressão dos sentimentos mais profundos da personagem na música e na cor azul, que muitas vezes aparecia refletida no vídeo. A atmosfera do filme é carregada. Visceral, inquietante.
É como se comer o doce da filha (que ''coincidentemente'' é azul) fosse libertá-la da dor de não tê-la mais. Como se as idas na piscina fossem sua tentativa de libertação de todo aquele passado que lhe trazia dor.
Uma mulher que perdeu tudo (amor de mãe, filha, marido). O filme todo ela procura por se libertar de tudo isso, se desprender. Liberdade retratada de forma triste.
O lustre de pedras azuis e o colchão como objetos que a prendia. Logo quando se sentiu livre, se desfez deles.
Cena marcante, quase no final: a dela saindo de casa para a do Olivier. A câmera foca o lustre de pedras azuis e mostra ela fechando a porta. Como se a liberdade se consumasse ali.
Esse final é arrebatador. MEU DEUS!
"Devemos sempre ter a que nos agarrar."
''O amor é paciente, o amor é gentil, suporta qualquer coisa e tudo sabe.
O amor nunca acaba.''
Frances Ha
4.1 1,5K Assista AgoraUm tapa na cara dos ambiciosos.
Para mim, a Sophie é quem eu quero ser e a Frances é como eu me vejo, caso eu fracasse na vida, caso meus planos para o futuro não tão distante deem errado.
É chato perder um amigo, mas achei que esse amor que Frances sentia por Sophie exacerbado demais. Chegou a ser doentio. Mais chato ainda é quando você faz algo por alguém pensando no bem dessa pessoa e quando ela possui a oportunidade de meio que ''retribuir'', ela age completamente diferente. É bem chato, mas é bastante corriqueiro nas amizades e até nos outros tipos de relacionamento.
Quando se é uma Frances ou não, você tem mais é que viver a vida do jeito que dá, se adequando às suas posses e sem perder a alegria de viver.
Para Sempre Lilya
4.2 868Um soco no estômago daqueles que dói por dias e dias.
Meu sentimento pela personagem: compaixão.
É triste ver uma garota de 16 anos ser largada pela mãe, que por sinal é uma mulher inescrupulosa que teve a coragem de deixar a filha para trás para viver com um homem qualquer, mesmo que ela seja fruto de uma ''aventura''. É triste ver ela abandonar os estudos por falta de incentivo, de instrução. De ter que vender o próprio corpo para comprar comida.
Imagina o quão difícil é sempre receber uma ''rasteira'' quando confia em alguém... É golpe por cima de golpe. É como disseram: você torce para que o sofrimento dela cesse e tudo fique bem. Como um filme com final feliz. Um filme que deixa você perplexa diante de todas as abomináveis práticas que o ser humano é capaz.
A atmosfera do filme é muito pesada. Tanto o subúrbio da União Soviética quanto da Suécia são tão tristes, feios e monótonos. Dá mais realidade ao clima pesado da trama. A trilha sonora é divina! As músicas combinam com cada cena, com a emoção dos personagens.
A cena final é... ♥.
Melancolia
3.8 3,1K Assista AgoraO que eu tirei desse filme:
A melancolia é como um planeta que está prestes a colidir com outro. No caso a melancolia é o planeta ''melancolia'' e nós somos o planeta Terra. Cabe a nós nos conformamos com essa colisão (colisão seria o fato de nos tornarmos melancólicos) ou nos desesperamos com o fim, pois não queremos estar tão tristes assim, queremos nos reerguer, melhorar, voltar ao estado de espírito anterior. As duas irmãs é como se fosse a conformada e a outra desesperada. Ela se recusa a entrar em estado de melancolia.
Também vi que a Justine demonstrava medo e dúvida quanto a várias coisas ditas normais e comuns entre os seres humanos como casar. Ela tentava, se esforçava para estar feliz, mas ela não conseguia. Não via sentido em tudo aquilo. Ela não consegue encontrar seu lugar no mundo e vamos ser sinceros... Não saber onde se encaixa, o que fazer etc é algo deveras assustador. Eu preferia morrer a sentir essa sensação. E é o que ela quer. Com o anúncio do fim do mundo, para ela é super confortável.
Quanto a Claire, na primeira parte você vê ela controladora, segura. Lógico. Ela tem uma vida estável, sabe onde é seu lugar: cuidando do marido e filho. Na segunda parte, com o anúncio do fim, tudo a deixa aflita e insegura.
As duas reações sobre o fim do mundo de dois tipos de referenciais: a do melancólico (que não sabe o seu lugar no mundo, portanto morrer não seria má ideia) e a do encontrado na vida (que tem suas responsabilidades, sua vida completa).
Esse filme é brilhante. Encantada demais com o trabalho do Lars. A cena final é linda! Fotografia perfeita.
Dançando no Escuro
4.4 2,3K Assista AgoraEu nunca chorei tanto após assistir um filme como foi com Dançando no Escuro. Indubitavelmente o filme mais triste que já vi na vida...
Esse filme mostra o quão ruim as pessoas são e até que ponto elas podem chegar para conseguir manter as aparências.
Se aproveitar da bondade de uma mulher romântica, simples, pobre, trabalhadora, mãe solteira e cega é muita maldade. Todas as coisas que ocorreram com Selma sensibilizam qualquer um. É muito sofrimento. Ver uma mãe tentar de tudo para proporcionar a seu filho o que ela não teve a oportunidade: enxergar.
É difícil ver Selma deixar que tudo ocorra sem que ela conte o que realmente aconteceu. Ela foi fiel a quem não teve escrúpulos, quem não soube lhe respeitar e destruiu sua vida. Mas podemos ver que apesar da podridão humana, ainda tinha poucas pessoas que se importavam com seu bem estar.
Quero agradecer aos Lars von Trier por me proporcionar essa experiência cinematográfica divina. Esse cineasta está me conquistando pouco a pouco.
Atuação da Björk é incrível. Essa mulher é uma artista inigualável. Minha admiração por essa mulher é infindável.
Anticristo
3.5 2,2K Assista AgoraDefinitivamente esse filme é uma crítica à natureza humana, que em sua essência já é má. Nós humanos, com nossas maldades, egoísmos, falta de escrúpulos, é que somos o Anticristo, o mal que existe na Terra.
Inicialmente você se apega apenas aos fatos de que é um luto complicado, pois é um filho que foi perdido. O pai tenta se apegar às suas técnicas terapêuticas para não sofrer , demonstrando total tranquilidade em lidar com a morte do filho. Uma mãe que não suporta a perda desse filho. Porém com o passar dos capítulos, você vai pescando outras ideias escondidas na história. A mãe já era malvada por essência. Ela estudava as torturas e mortes sofridas por mulheres para sua Tese. Ela era aficionada pelo tema. Aficionada por ela mesma.
Foi mostrado que ela torturava o filho e que viu ele pulando da janela. Sua morte poderia ter sido evitada, mas preferiu seguir sua ''veia malvada'' e apenas se preocupar com o orgasmo.
É um filme totalmente cheio de simbolismos por trás da história e acho que duas ou três vezes para entendê-lo é muito pouco. Típico filme ''mind fuck''. Aquele que faz você pensar por meses.
Atores incríveis, fotografia maravilhosa e roteiro muito bem elaborado. Lars von Trier conquistou minha atenção com esse filme. Era um cineasta que eu tinha sérios desafetos por sempre achar seus filmes chatos e lentos demais para uma pessoa ansiosa como eu.