Meu filme favorito da trilogia. Um diálogo tão simples, sem cortes, mas tão rico, tão bem construído, que sinto vontade de algum dia poder ter algo exatamente dessa maneira.
O fato de uma noite ter sido tão significante para os dois protagonistas que ambos precisaram registrar artisticamente, de modo a eternizarem um momento tão marcante, é para mim a verdadeira e autêntica construção de um romance.
O único ponto negativo é saber que é uma obra tão única, que dificilmente verei algo semelhante em outro filme.
Apesar de ter considerado esse o filme mais fraco da trilogia, não posso deixar de comentar que ele, ainda assim, é grandioso.
Linklater conseguiu mostrar, ao longo dos três filmes, a evolução de um romance ao longo dos anos. Mas, mais do que ele pretendia, ele foi capaz de fazer com que os personagens evoluíssem de maneira a fazer os próprios atores crescerem conjuntamente.
A mudança de perspectiva e a notória diferença em etapas de vida distintas me faz pensar que talvez a trilogia Before seja uma das contribuições mais preciosas que o cinema pôde dar nesses últimos anos, em termos de vida, tempo, romance, família, diálogos, e logicamente, amor.
Eu adoro a forma como a Sofia Coppola consegue abordar as relações humanas com tanta subjetividade, trabalhando apenas com elementos visuais e não investindo tanto nos diálogos. Esse não é um filme muito forte - existem muitos elementos que poderiam ser abordados e foram descartados pela diretora -, mas passa uma mensagem simples de maneira eficaz.
Outro ponto importante a comentar - algo que vi, inclusive, em comentários nessa página - é a semelhança com Lost In Translation. Sofia, como disse numa entrevista esse ano para a divulgação de The Beguiled, tenta sempre ser versátil e não se prender a um estilo; não tentar vender sua direção como uma marca (algo comum em Tarantino, por exemplo). Talvez por isso a semelhança entre Somewhere e o premiado filme de 2004 tenha me espantado de certo modo. Senti como se o personagem principal de ambos os filmes fosse o mesmo; porém enquanto Bob Harris vive uma relação de amor platônico, Johnny Demarco embarca numa mudança de atitude e personalidade a partir da construção afetuosa com sua filha. Apesar de apresentar um aspecto diferente, não posso deixar de comentar que talvez Sofia tenha a pretensão de humanizar, trazer sentido à vida de pessoas que vivem sem objetivo definido - em especial, homens de meia idade.
Comparações de lado, recomendo o filme para pessoas de sensibilidade apurada. E mesmo quem não gostou do filme há de concordar que a cena da piscina é, no mínimo, cativante.
Eu pretendia ver esse filme há muito tempo, mas esperei até estar pronto para assistir. Acabei fazendo isso apenas ontem.
Que filme sensacional. Acredito que nada tenha me feito ficar tão triste em tanto tempo. Nunca vi algo que tratasse com tanta propriedade o horror e a falta de humanidade presente na Alemanha nazista. Queria pontuar apenas que Liam Neeson fez um excelente trabalho ao tratar com sensibilidade a mudança gradual de Oskar Schindler, de um homem ambicioso e aproveitador da guerra para seus negócios para alguém que se viu na necessidade de agir devido à tamanha destruição.
Ralph Fiennes provavelmente fez a atuação de sua carreira ao retratar um homem vil, cruel e sujo em cenas que jamais esquecerei.
E Steven Spielberg, por fim, fez o trabalho de sua vida. Ao ler sobre o processo do filme fiquei ainda mais emocionado ao saber o que aconteceu durante as filmagens e o quanto isso foi pessoal para ele.
Scarlett Johansson sempre é excelente nos filmes do Woody, mas nesse em particular ela se demonstrou esplêndida. Talvez pela parceria de Allen como ator.
Não é um dos melhores filmes do Woody Allen, mas achei que foi uma melhorada considerável em relação ao filme anterior, Magia ao Luar. Um papel mais justo para Emma Stone, uma história envolvente, ainda que não tanto original, devido ao já repetido homem frustrado, eterno protagonista de Woody Allen, além da retomada do assassinato inspirado em Crime e Castigo de Dostoiévski; mas ainda assim, no final, um trabalho positivo. Destaque também pra atuação de Joaquin Phoenix, sempre impecável.
Esperava ver uma mega produção de ficção científica mas acabei me surpreendendo com um drama/thriller com um quê de ciência. Bastante sincero e direto, com um destaque aos efeitos sonoros que determinaram toda a carga emocional da trama.
HBO está de parabéns pela produção do filme. Existem muitas críticas no que diz respeito à possível parcialidade da produção, favorável unicamente à campanha republicana, mas é preciso enfatizar que essa foi precisamente a delimitação feita na temática do filme: a emblemática participação de Sarah Palin na corrida presidencial de 2008.
E certamente é necessário dizer que o maior trunfo para o sucesso do filme foi o elenco escolhido. Em primeiro lugar, Ed Harris como John McCain. Ed se manteve extremamente sereno e com ar presidencial durante toda a trama, mesmo em seus momentos mais tensos. Um brilhantismo de um grande veterano do cinema. Sarah Paulson, em segundo lugar, mostrou (mais uma vez) porque é uma grande estrela da televisão. Sua última aparição no filme - a cena em que ela faz uma revelação - é uma humanização necessária a todo o antagonismo que sua personagem construiu durante a campanha.
Devo confessar que ainda não entendo potivo pelo qual Woody Harrelson não é reconhecido nas grandes premiações do cinema. Sua interpretação de Steve foi absolutamente fantástica, desde o seu estágio de empolgação com a nova candidata até o instante de raiva reprimida.
Concluo dizendo que Julianne Moore é uma das maiores atrizes da atualidade. Sua versatilidade é cativante, e a simpatia que ela nos faz sentir por Palin, mesmo nos momentos de seus maiores erros, é semelhante ao que sentimos em Still Alice, Maps to The Stars, The Hours e tantos outros filmes que a consagram como a profissional que é. Globo de Ouro mais do que merecido.
P.S.: Adorei o fato de a produção do FIE ter incluído os esquetes de Tina Fey e Amy Poehler no SNL.
O filme se mostrou bastante fiel à proposta do livro e ilustrou muito bem todos os seus processos, o que é louvável por parte de Stephen Daldry. Tudo foi feito com simplicidade mas muita qualidade.
Entretanto o que mais impressiona é Kate Winslet. Todos sabemos que ela é uma atriz sensacional, tem uma versatilidade surpreendente e era merecedora desse Oscar por muitos outros papéis que já fez ou que virá a fazer. Mas sua interpretação de Hanna é tocante. Existe uma mistura de sabedoria e inocência em seu olhar que nos faz questionar quem ela é, por que o seu interesse num garoto de quinze anos, quais os motivos de suas reações exageradas em situações tão aparentemente fúteis, se ela realmente é culpada do crime ao qual é julgada anos depois. Não foi um papel arriscado, cheio de desafios ou que exigisse algo sobrenatural por parte de Winslet, mas ainda assim, ela o viveu com toda a intensidade possível. Isso é o que nos faz admirar uma atriz.
O filme que expressou com maior verossimilhança a complexidade dos relacionamentos adultos, com todos os seus problemas, traições, paranoias e reviravoltas. Um dos finais mais surpreendentes que eu já vi, considerando que a trama não dava nem sinais do que estava por vir. Julia Roberts, Jude Law e Clive Owen representaram muito bem seus papéis, mas Natalie Portman foi quem se sobressaiu através de sua atuação brilhante. Para completar, "The Blower's Daughter", do Damien Rice, foi a escolha perfeita para integrar a trilha sonora desse filme. E se você não gostou, dê outra chance, reveja. Tenho certeza de que vai valer a pena.
O monólogo da primeira cena já me fez ficar instantaneamente apaixonado pelo filme. Especialmente acompanhado pela fotografia magnífica de Manhattan, que capta ainda melhor a essência desse distrito em P&B. Woody Allen em seus primórdios era um gênio. E a presença de Diane Keaton e Meryl Streep agraciam ainda mais a beleza dessa obra.
Essas atrizes maravilhosas se destacaram pela sutileza e verossimilhança. Não é exatamente um filme que se constituirá como um marco, mas é uma importante consolidação na brilhante jornada de Cate Blanchett e uma considerável alavancada na carreira de Rooney Mara (que, inclusive, tenho a impressão de que ouviremos ainda muito mais dela). Todd Haynes também se mostrou brilhante na sua direção e por mostrar o melhor da atmosfera vintage sem se desvencilhar da contemporaneidade do tema em questão.
A questão da transexualidade abordada com um cuidado raro de se ver na mídia, com toda a suavidade e inocência da infância. Uma boa reflexão sobre identidade, descobertas e amor fraternal.
Misture um conto de F. Scott Fitzgerald com uma produção de David Fincher e você terá uma obra inesquecível.
Uma história tocante que nos faz perceber a passagem e a transitoriedade do tempo com outros olhos. Além de nos mostrar o verdadeiro significado do amor.
Gostei muito da adaptação. David Fincher nunca cansa de impressionar com sua direção e fotografia impecáveis. Mas o grande destaque do filme é Rooney Mara, brilhante ao interpretar Lisbeth Salander. Vale a pena ser visto e revisto.
P.S.: Que dozinho que deu da Lisbeth na cena final...
Nunca me canso de assistir a esse filme. Melhor trabalho do Darren Aronofsky desde "Requiem For a Dream", vários fatores fazem desse filme um dos melhores da década. O primeiro deles é, sem duvida, a direção desse thrillers, que nos envolve dentro de uma aura completamente perturbadora e - ouso dizer - psicotrópica por vezes, o que nos faz conhecer melhor a loucura vivida pela bailarina Nina Sayers. Honráveis atuações de Vincent Cassel e Mila Kunis como coadjuvantes, extremamente fidedignos aos personagens, especialmente no que diz respeito ao aspecto sexual dos mesmos.
Mas, obviamente, o destaque é Natalie Portman. Merecida estatueta por uma das protagonistas mais complexas retratadas no cinema dos últimos anos, apresentando ao mesmo tempo a sutileza e a feminilidade como também a sensualidade e o desespero de alguém que quer, e consegue ser perfeita.
Vale dizer que o melhor momento do filme, é, sem dúvidas, a cena final. A beleza do ballet, a emoção da composição de Tchaikovsky, o olhar suplicante da mãe e a compreensão do sacrifício de Nina ao assumir o papel do cisne branco concluem esse drama num tom claro de obra-prima.
O subtítulo em português do filme - "Uma comédia de erros" - não fez muito jus ao enredo, até porque é uma tragédia sem muitos tons cômicos. Entretanto, não é um filme ruim. É, de fato, uma produção simples, mas com uma realização muito precisa, especialmente no roteiro e na fotografia. Não poderia finalizar o comentário sem citar a brilhante atuação de Frances McDormand.
Incrível como os dois protagonistas (Louis Garrel e Léa Seydoux) conseguem expressar tantos sentimentos em um só olhar/gesto. Criativo também é o modo como a adaptação de La Princesse de Clèves se adaptou ao século XXI, através do mundo escolar e presente na (sempre) polêmica relação amorosa proibida professor-aluna. Importante, ainda, ressaltar a presença de Otto (personagem de Grégoire Leprince-Ringuet), fundamental por caracterizar o quão sensíveis podem ser os adolescentes apaixonados. E, concluindo, um fim inesperado que nos leva a pensar se amores realmente podem ser concretizados, encerra o filme com o ponto final talvez não aspirado, porém necessário.
Antes do Pôr-do-Sol
4.2 1,5K Assista AgoraMeu filme favorito da trilogia. Um diálogo tão simples, sem cortes, mas tão rico, tão bem construído, que sinto vontade de algum dia poder ter algo exatamente dessa maneira.
O fato de uma noite ter sido tão significante para os dois protagonistas que ambos precisaram registrar artisticamente, de modo a eternizarem um momento tão marcante, é para mim a verdadeira e autêntica construção de um romance.
O único ponto negativo é saber que é uma obra tão única, que dificilmente verei algo semelhante em outro filme.
Antes da Meia-Noite
4.2 1,5K Assista AgoraApesar de ter considerado esse o filme mais fraco da trilogia, não posso deixar de comentar que ele, ainda assim, é grandioso.
Linklater conseguiu mostrar, ao longo dos três filmes, a evolução de um romance ao longo dos anos. Mas, mais do que ele pretendia, ele foi capaz de fazer com que os personagens evoluíssem de maneira a fazer os próprios atores crescerem conjuntamente.
A mudança de perspectiva e a notória diferença em etapas de vida distintas me faz pensar que talvez a trilogia Before seja uma das contribuições mais preciosas que o cinema pôde dar nesses últimos anos, em termos de vida, tempo, romance, família, diálogos, e logicamente, amor.
Um Lugar Qualquer
3.3 810 Assista AgoraEu adoro a forma como a Sofia Coppola consegue abordar as relações humanas com tanta subjetividade, trabalhando apenas com elementos visuais e não investindo tanto nos diálogos. Esse não é um filme muito forte - existem muitos elementos que poderiam ser abordados e foram descartados pela diretora -, mas passa uma mensagem simples de maneira eficaz.
Outro ponto importante a comentar - algo que vi, inclusive, em comentários nessa página - é a semelhança com Lost In Translation. Sofia, como disse numa entrevista esse ano para a divulgação de The Beguiled, tenta sempre ser versátil e não se prender a um estilo; não tentar vender sua direção como uma marca (algo comum em Tarantino, por exemplo). Talvez por isso a semelhança entre Somewhere e o premiado filme de 2004 tenha me espantado de certo modo. Senti como se o personagem principal de ambos os filmes fosse o mesmo; porém enquanto Bob Harris vive uma relação de amor platônico, Johnny Demarco embarca numa mudança de atitude e personalidade a partir da construção afetuosa com sua filha. Apesar de apresentar um aspecto diferente, não posso deixar de comentar que talvez Sofia tenha a pretensão de humanizar, trazer sentido à vida de pessoas que vivem sem objetivo definido - em especial, homens de meia idade.
Comparações de lado, recomendo o filme para pessoas de sensibilidade apurada. E mesmo quem não gostou do filme há de concordar que a cena da piscina é, no mínimo, cativante.
A Lista de Schindler
4.6 2,3K Assista AgoraEu pretendia ver esse filme há muito tempo, mas esperei até estar pronto para assistir. Acabei fazendo isso apenas ontem.
Que filme sensacional. Acredito que nada tenha me feito ficar tão triste em tanto tempo. Nunca vi algo que tratasse com tanta propriedade o horror e a falta de humanidade presente na Alemanha nazista.
Queria pontuar apenas que Liam Neeson fez um excelente trabalho ao tratar com sensibilidade a mudança gradual de Oskar Schindler, de um homem ambicioso e aproveitador da guerra para seus negócios para alguém que se viu na necessidade de agir devido à tamanha destruição.
Ralph Fiennes provavelmente fez a atuação de sua carreira ao retratar um homem vil, cruel e sujo em cenas que jamais esquecerei.
E Steven Spielberg, por fim, fez o trabalho de sua vida. Ao ler sobre o processo do filme fiquei ainda mais emocionado ao saber o que aconteceu durante as filmagens e o quanto isso foi pessoal para ele.
Isso sim é um filme de verdade.
Capitão Fantástico
4.4 2,7K Assista AgoraUma sensação:
aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
Um Limite Entre Nós
3.8 1,1K Assista AgoraFences foi um filme que pra mim serviu simplesmente pra confirmar o que todo mundo já sabia: Denzel e Viola são maravilhosos.
Scoop - O Grande Furo
3.4 386 Assista AgoraScarlett Johansson sempre é excelente nos filmes do Woody, mas nesse em particular ela se demonstrou esplêndida. Talvez pela parceria de Allen como ator.
Deus da Carnificina
3.8 1,4KAMÉM ROMAN POLANSKI!!!
O Homem Irracional
3.5 553 Assista AgoraNão é um dos melhores filmes do Woody Allen, mas achei que foi uma melhorada considerável em relação ao filme anterior, Magia ao Luar. Um papel mais justo para Emma Stone, uma história envolvente, ainda que não tanto original, devido ao já repetido homem frustrado, eterno protagonista de Woody Allen, além da retomada do assassinato inspirado em Crime e Castigo de Dostoiévski; mas ainda assim, no final, um trabalho positivo. Destaque também pra atuação de Joaquin Phoenix, sempre impecável.
Ex Machina: Instinto Artificial
3.9 2,0K Assista AgoraEsperava ver uma mega produção de ficção científica mas acabei me surpreendendo com um drama/thriller com um quê de ciência. Bastante sincero e direto, com um destaque aos efeitos sonoros que determinaram toda a carga emocional da trama.
Virada no Jogo
3.7 109 Assista AgoraHBO está de parabéns pela produção do filme. Existem muitas críticas no que diz respeito à possível parcialidade da produção, favorável unicamente à campanha republicana, mas é preciso enfatizar que essa foi precisamente a delimitação feita na temática do filme: a emblemática participação de Sarah Palin na corrida presidencial de 2008.
E certamente é necessário dizer que o maior trunfo para o sucesso do filme foi o elenco escolhido. Em primeiro lugar, Ed Harris como John McCain. Ed se manteve extremamente sereno e com ar presidencial durante toda a trama, mesmo em seus momentos mais tensos. Um brilhantismo de um grande veterano do cinema. Sarah Paulson, em segundo lugar, mostrou (mais uma vez) porque é uma grande estrela da televisão. Sua última aparição no filme - a cena em que ela faz uma revelação - é uma humanização necessária a todo o antagonismo que sua personagem construiu durante a campanha.
Devo confessar que ainda não entendo potivo pelo qual Woody Harrelson não é reconhecido nas grandes premiações do cinema. Sua interpretação de Steve foi absolutamente fantástica, desde o seu estágio de empolgação com a nova candidata até o instante de raiva reprimida.
Concluo dizendo que Julianne Moore é uma das maiores atrizes da atualidade. Sua versatilidade é cativante, e a simpatia que ela nos faz sentir por Palin, mesmo nos momentos de seus maiores erros, é semelhante ao que sentimos em Still Alice, Maps to The Stars, The Hours e tantos outros filmes que a consagram como a profissional que é. Globo de Ouro mais do que merecido.
P.S.: Adorei o fato de a produção do FIE ter incluído os esquetes de Tina Fey e Amy Poehler no SNL.
Chicago
4.0 997Não custa lembrar que a Catherine Zeta-Jones tá maravilhosa.
O Leitor
4.1 1,8K Assista AgoraO filme se mostrou bastante fiel à proposta do livro e ilustrou muito bem todos os seus processos, o que é louvável por parte de Stephen Daldry. Tudo foi feito com simplicidade mas muita qualidade.
Entretanto o que mais impressiona é Kate Winslet. Todos sabemos que ela é uma atriz sensacional, tem uma versatilidade surpreendente e era merecedora desse Oscar por muitos outros papéis que já fez ou que virá a fazer. Mas sua interpretação de Hanna é tocante. Existe uma mistura de sabedoria e inocência em seu olhar que nos faz questionar quem ela é, por que o seu interesse num garoto de quinze anos, quais os motivos de suas reações exageradas em situações tão aparentemente fúteis, se ela realmente é culpada do crime ao qual é julgada anos depois. Não foi um papel arriscado, cheio de desafios ou que exigisse algo sobrenatural por parte de Winslet, mas ainda assim, ela o viveu com toda a intensidade possível. Isso é o que nos faz admirar uma atriz.
Closer: Perto Demais
3.9 3,3K Assista AgoraO filme que expressou com maior verossimilhança a complexidade dos relacionamentos adultos, com todos os seus problemas, traições, paranoias e reviravoltas. Um dos finais mais surpreendentes que eu já vi, considerando que a trama não dava nem sinais do que estava por vir. Julia Roberts, Jude Law e Clive Owen representaram muito bem seus papéis, mas Natalie Portman foi quem se sobressaiu através de sua atuação brilhante. Para completar, "The Blower's Daughter", do Damien Rice, foi a escolha perfeita para integrar a trilha sonora desse filme. E se você não gostou, dê outra chance, reveja. Tenho certeza de que vai valer a pena.
O Sol É Para Todos
4.3 414 Assista Agora"Os advogados, suponho, um dia já foram crianças." <3
Manhattan
4.1 595 Assista AgoraO monólogo da primeira cena já me fez ficar instantaneamente apaixonado pelo filme. Especialmente acompanhado pela fotografia magnífica de Manhattan, que capta ainda melhor a essência desse distrito em P&B. Woody Allen em seus primórdios era um gênio. E a presença de Diane Keaton e Meryl Streep agraciam ainda mais a beleza dessa obra.
Carol
3.9 1,5K Assista AgoraEssas atrizes maravilhosas se destacaram pela sutileza e verossimilhança. Não é exatamente um filme que se constituirá como um marco, mas é uma importante consolidação na brilhante jornada de Cate Blanchett e uma considerável alavancada na carreira de Rooney Mara (que, inclusive, tenho a impressão de que ouviremos ainda muito mais dela). Todd Haynes também se mostrou brilhante na sua direção e por mostrar o melhor da atmosfera vintage sem se desvencilhar da contemporaneidade do tema em questão.
Brooklin
3.8 1,1KSaoirse Ronan. Gravem bem esse nome.
Tomboy
4.2 1,6K Assista AgoraA questão da transexualidade abordada com um cuidado raro de se ver na mídia, com toda a suavidade e inocência da infância. Uma boa reflexão sobre identidade, descobertas e amor fraternal.
O Curioso Caso de Benjamin Button
4.1 3,3K Assista AgoraMisture um conto de F. Scott Fitzgerald com uma produção de David Fincher e você terá uma obra inesquecível.
Uma história tocante que nos faz perceber a passagem e a transitoriedade do tempo com outros olhos. Além de nos mostrar o verdadeiro significado do amor.
Millennium: Os Homens que Não Amavam as Mulheres
4.2 3,1K Assista AgoraGostei muito da adaptação. David Fincher nunca cansa de impressionar com sua direção e fotografia impecáveis. Mas o grande destaque do filme é Rooney Mara, brilhante ao interpretar Lisbeth Salander. Vale a pena ser visto e revisto.
P.S.: Que dozinho que deu da Lisbeth na cena final...
Cisne Negro
4.2 7,9K Assista AgoraNunca me canso de assistir a esse filme. Melhor trabalho do Darren Aronofsky desde "Requiem For a Dream", vários fatores fazem desse filme um dos melhores da década. O primeiro deles é, sem duvida, a direção desse thrillers, que nos envolve dentro de uma aura completamente perturbadora e - ouso dizer - psicotrópica por vezes, o que nos faz conhecer melhor a loucura vivida pela bailarina Nina Sayers. Honráveis atuações de Vincent Cassel e Mila Kunis como coadjuvantes, extremamente fidedignos aos personagens, especialmente no que diz respeito ao aspecto sexual dos mesmos.
Mas, obviamente, o destaque é Natalie Portman. Merecida estatueta por uma das protagonistas mais complexas retratadas no cinema dos últimos anos, apresentando ao mesmo tempo a sutileza e a feminilidade como também a sensualidade e o desespero de alguém que quer, e consegue ser perfeita.
Vale dizer que o melhor momento do filme, é, sem dúvidas, a cena final. A beleza do ballet, a emoção da composição de Tchaikovsky, o olhar suplicante da mãe e a compreensão do sacrifício de Nina ao assumir o papel do cisne branco concluem esse drama num tom claro de obra-prima.
Fargo: Uma Comédia de Erros
3.9 920 Assista AgoraO subtítulo em português do filme - "Uma comédia de erros" - não fez muito jus ao enredo, até porque é uma tragédia sem muitos tons cômicos. Entretanto, não é um filme ruim. É, de fato, uma produção simples, mas com uma realização muito precisa, especialmente no roteiro e na fotografia. Não poderia finalizar o comentário sem citar a brilhante atuação de Frances McDormand.
A Bela Junie
3.7 826Incrível como os dois protagonistas (Louis Garrel e Léa Seydoux) conseguem expressar tantos sentimentos em um só olhar/gesto. Criativo também é o modo como a adaptação de La Princesse de Clèves se adaptou ao século XXI, através do mundo escolar e presente na (sempre) polêmica relação amorosa proibida professor-aluna. Importante, ainda, ressaltar a presença de Otto (personagem de Grégoire Leprince-Ringuet), fundamental por caracterizar o quão sensíveis podem ser os adolescentes apaixonados. E, concluindo, um fim inesperado que nos leva a pensar se amores realmente podem ser concretizados, encerra o filme com o ponto final talvez não aspirado, porém necessário.